Tanto o Jumento de Ouro, como o Anime Awards e outras premiações afins, têm os mesmos erros. O problema é a escolha das obras que podem ser votadas e quem pode votar. A única premiação que levo a sério é a da Anime Guild Awards, porque tem os critérios mais objetivos possíveis.
O pessoal do Anime Guild Awards na pré-seleção de quais animes poderão ser elegíveis na votação popular, utilizam de forma transparente métricas tais como: a média de notas do MAL, acima de x pontos; a popularidade do anime, quantidade de membros acima de Y; resultados de votações das temporadas do ano, pegando os três melhores de votações que usaram todos os animes das suas respectivas temporadas; quantidade de obras que o estúdio fez no ano; etc. São critérios matemáticos que visam ser imparciais. Bem diferente de como o Alexandre faz, que é limitando os animes que possam ser votados, sobretudo pelos critérios do que ele gostou e assistiu. No fim, o Jumento de Ouro acaba sendo uma versão um pouco mais popular dos animes que Alexandre pré-elegeu como os melhores.
A votação do Anime Guild Awards tem duas etapas, a de uma jure popular, onde qualquer um pode votar, e outra do jure qualificado. A primeira votação pega as listas dos pré-selecionados. Listas extensas com uns 15 a 20 títulos que podem ser selecionados pelos participantes. Em seguida, essas listas vão para a segunda votação, onde ficam reduzidas para 6 títulos por categoria que o júri qualificado poderá escolher.
Importante frisar que no Anime Guild Awards ninguém vota em apenas um título por categoria, vota em três (primeiro, segundo e terceiro) ou cinco (primeiro, segundo, terceiro, quarto e quinto), dependendo da categoria e de qual das duas votações está participando. A ordem como cada um coloca os votos dá pontos diferentes para cada escolhido. Exemplo: o primeiro da lista ganha 9 pontos, o segundo 6, e o terceiro 3. Os pontos é que são importantes e a soma dos pontos que todos dão é que vai definir qual é o melhor. Com isso, mesmo que um anime tenha muitos votos em primeiro colocado por conta dos fãs, pode não ser eleito. Sendo essa a forma mais objetiva e seria possível. Diferente do Jumento de Ouro, que todos os anos praticamente só prestigia um anime shounen popular em todas as categorias.
Para fazer parte do júri qualificado do Anime Guild Awards tem que se pré-inscrever e ter os critérios mínimos. Os critérios são quanto tempo de animes foi consumido pelo candidato do ano que deseja participar e variedade dessas obras. Tem uma somatória de pontos, onde filmes, animes com episódios de pouca duração, animes com poucos episódios, animes com mais de uma temporada no ano, e desistidos depois de pelo menos três episódios, recebem pontuações diferentes. Essencialmente, o objetivo é que cada jurado tenha assistido a uma quantidade de horas de anime no ano que equivalha ao mínimo de 50 temporadas completas de 12 episódios, isso de animes com pelo menos vinte minutos por episódio. O Alexandre, quando começou essas votações, tinha assistido um pouco mais que 40 animes do ano passado, e vários ele dropou, ou seja, não contam nenhum ponto ou contam poucos pontos. Alexandre não teria as qualificações mínimas para ser um jurado do Anime Guild Awards que este ano conta com 21 jurados qualificados.
Por último, outro ponto que considero bem ruim em certas votações são os excessos de categorias. Quando se faz isso, aparecem categorias que ficam vagas sobre quem pode participar e quais são os critérios para definir o melhor. Por exemplo: um anime focado em drama, que tem um drama bom e contínuo durante toda a trama, pode perder o prêmio na categoria de melhor drama, para um anime que tem apenas uma cena forte dramática, mesmo que o foco do vencedor seja uma comédia. Com isso, os animes populares começam a se repetir em todas as categorias. Por outro lado, colocar critérios demais com tantas categorias temáticas pode levar à falta de candidatos em algumas. Logo, tem categorias que não fazem sentido em certas votações, que só existem pela simples falta de comprometimento de quem fez essa eleição, ou por objetivos escusos de querer prestigiar a um queridinho, ou querer sinalizar para uma agenda.
Melhor anime – Como se pode conferir no link, ninguém podia votar no Jumento de Ouro em Vinland Saga Season 2 ou Jujutsu Kaisen 2nd Season. Os quais são dois dos animes mais populares, mas bem avaliados do ano, e estão ficando nas primeiras colocações em diversas outras premiações. Alexandre pode argumentar sem razão que o melhor anime do ano não poderia ser uma continuação. No entanto, Boku no Kokoro no Yabai Yatsu não pôde ser votado, e tem média de notas maior no MAL do que Tengoku Daimakyou, Jigokuraku e Skip to Loafer.
Melhor encerramento - Ninguém poderia votar em Oshi no Ko, que tem o mais assistido e comentado do ano. Somente um dos vídeos deste encerramento tem mais de dez milhões de visualizações. Sozinho, tem mais visualizações do que todos os outros encerramentos de animes do ano. Tamanho é o absurdo em não colocá-lo na lista de elegíveis que me faltam palavras.
O nome da música de encerramento de Oshi no Ko é Mephisto, essa música pertence a uma banda chamada Queen Bee e essa mesma banda é quem toca a música no anime. O nome do vocalista da banda é Avu-chan, um japonês mestiço, budista devoto, com ascendência afro-americana. Avu-chan sempre se veste como mulher e a mídia japonesa geralmente utiliza pronomes femininos para se referir a ele. Provavelmente pelo Japão ter uma sociedade homogênea que valoriza demais a igualdade e Avu-chan ser um mestiço, seja o motivo dele não gostar de pessoas que categorizam os outros por rótulos raciais ou por gênero. Essa também é a provável causa dele se vestir como mulher.
O Alexandre, um homem branco, ocidental, classe média, não colocou o enceramento de Oshi no Ko na lista. Encerramento que é repercutido e elogiado mundialmente pela sua qualidade. Será que foi um fogo amigo de um lacrador extremamente desaculturado?
Best Girl - Ninguém no Jumento de Ouro poderia votar em Kana Arima, a qual tem 16142 perfis que a colocaram como favorita no MAL, é mais do que Frieren tem. Este número não só a coloca como uma das mais prestigiadas do ano de 2023, mas de todos os anos.
Como se esse absurdo não fosse pouco, ainda colocou para votação a Tomo de Tomo-chan, em vez da Misuzu e da Carol, que estão em outras listas de premiações. Do trio de garotas, a Tomo não é só a mais sem graça, mas tem a metade da popularidade no MAL do que a Misuzu. Ressaltando que Misuzu é um personagem de suporte no mesmo anime da Tomo. Por que a Tomo mereceria essa indicação se perde para um personagem de suporte do seu próprio anime?
Melhor casal - Não lembro qual era a ordem, mas sei que na lista de melhores casais eleita pelos japoneses estavam entre os primeiros casais de Sousou no Frieren, Kusuriya no Hitorigoto e Spy x Family. Nenhum dos casais desses animes puderam ser votados na lista do Alexandre. Qual o critério que ele usou?
Melhor produção/direção – É um completo inepto alguém que passa doze anos da sua vida produzindo vídeos com críticas de animes e ainda assim consegue ter a proeza de tratar produção e direção como sinônimos. Como produção, faltou Vinland Saga II na lista de candidatos, e como direção, faltou Oshi no Ko.
Melhor ação - O Alexandre colocou na lista Mononogatari, anime que nem ele mesmo gostou, que tem as lutas ultra clichês, mal coreografadas, sem clímax, com uma animação mediana e a obra nem tem tanto ação assim se comparada a muitas outras de 2023. Um grande pecado foi não ter colocado nesta lista Kage no Jitsuryokusha 2nd Season, porque de todas as maneiras foi uma obra magnífica, se olhada como todo ou somente no foco de ação. Outras que em termos de ação foram melhores do que as desta lista: Jujutsu Kaisen, Tokyo Revengers: Tenjiku-hen, Helck, até o Spy x Family.
Melhor cena – Dos animes do ano passado, depois de Oshi no Ko, são as cenas de Sousou no Frieren que têm mais visualizações e viralizaram na internet. O Alexandre conseguiu ter a desfaçatez de não colocar ao menos uma cena de Sousou no Frieren para votação.
Quanto à cena selecionada por ele de Oshi no Ko, a morte de Ai, é uma das mais repercutidas, mas nem de longe é a melhor entre tantas outras cenas extraordinárias que Oshi no Ko tem. O mínimo que ele deveria ter feito era de ter possibilitado que pudessem votar em algumas outras cenas do anime além dessa.
Melhor Personagem Principal — Eu uso a foto de Dark Schneider no meu perfil, motivos tenho para achá-lo um ótimo personagem. Entretanto, mesmo acreditando que é o melhor personagem do ano passado, não estaria em lista com as métricas que apontei. Nem tudo é perfeito, mas isso não deve ser desculpa para desleixos.
Melhor comédia – Zom 100 é um grande anime, faz comédia com crítica social, o que é bem valoroso. No entanto, Benriya Saitou-san é absurdamente muito mais cômico e não teve se quer a oportunidade de ser votado. Além disso, houve outros animes com bem mais foco em comédia no ano passado do que esses dois e que não tiveram a oportunidade de serem votados. Qual é o critério para ser escolhido o melhor anime de comédia? É ter conteúdo, é fazer rir muito, é ter foco na comédia? Com que critério se coloca na lista Isekai Hourou Meshi em vez de The 100 Girlfriends se não for para posar de virtude?
Akuyaku Reijou Level 99: Watashi wa Ura-Boss desu ga Maou dewa Arimasen
Sem dúvida, é um anime cativante e prazeroso de assistir, só precisava de uma animação de melhor qualidade para sagrar-se como o melhor anime da sua temporada. Está obra evidência que as boas tramas são melhores que as grandes produções.
Boku no Kokoro no Yabai Yatsu Season 2
O romance escolar é bastante comum, mas este anime tem uma trama com um emaranhado diferente. Além disso, é bem dirigido, recebeu uma boa animação e é cativante. A segunda temporada tem se apresentado como superior a muitos romances, até mesmo em relação à sua prestigiada primeira temporada. Muito disso é em virtude de o ponto forte dessa obra continuar sendo nos bons personagens e nas atraentes interações entre eles.
Dosanko Gal wa Namara Menkoi
O anime apresenta alguns personagens adoráveis, e por ser ambientado constantemente na neve, proporciona situações instigantes. Entretanto, a experiência pode ser prejudicada pelos clichês de um romance lento, com harém e escolar.
Dungeon Meshi
Enorme decepção! Para uma obra baseada em um mangá tão elogiado, esperava-se uma ótima história. No entanto, é apenas um anime de culinária fictícia, com ingredientes que são monstros fictícios. Em outras palavras, é extremamente chato.
Ishura
A proposta é boa e a produção é melhor do que o esperado, mas a obra tem dificuldades em apresentar diversos personagens principais. Além dos problemas com a narrativa, há uma falta de verossimilhança e identificação. Pois, os personagens têm poderes absurdos demais que desafiam as próprias regras deste mundo. Além de terem personalidades incomuns e alguns deles nem sequer serem humanos. Apesar de as expectativas terem sido reduzidas, ainda pode surpreender, uma vez que o anime Saitou-san foi bem mais ousado do que Ishura em não seguir os padrões narrativos nos primeiros episódios e na forma como apresentou os personagens.
Jaku-Chara Tomozaki-kun 2nd Stage
Esta segunda temporada alterou o foco da problemática do protagonista para outro personagem que era secundário na primeira temporada. Tem um lado positivo que é poder explorar a problemática por outros ângulos, sem se tornar entediante, ao mesmo tempo que continua o desenvolvimento do personagem principal. No entanto, essa mudança fez os romances que estavam sendo desenvolvidos ficarem escanteados. Além disso, deu uma aliviada nos temas profundos, controversos e polêmicos. Apesar da suavização, o conteúdo crítico, que torna esta obra especial, permanece bastante presente e complexo.
Majo to Yajuu
Esse é um dos melhores animes da temporada, pois há mistérios instigantes, ação explosiva e personagens com motivações orgânicas. É possível notar também que há uma complexidade nas motivações. Complexidade essa não apenas nas motivações dos protagonistas, mas também nas motivações dos vilões e dos personagens secundários. Ademais, as tramas também são bem elaboradas, com desfechos inesperados, controversos e reflexivos.
No entanto, é um anime Seinen, que deveria ser mais maduro e ter um ritmo adequado. O ritmo rápido, em que um arco é resolvido em um ou dois episódios, obriga os diálogos a serem diretos, menos naturais e com menor maturidade. Além disso, esse ritmo força a finalização de bons personagens e de boas tramas muito precocemente. Também é preciso salientar que, às vezes, é excessivamente pesado, levando posteriormente a suavizações que são por demais excessivas, como as ocorridas no final do primeiro episódio.
Mashle: Shinkakusha Kouho Senbatsu Shiken-hen
Esta temporada inicia-se descartando o que norteava toda a história, que era a principal piada do anime, a de que quase ninguém da trama sabia que o protagonista não era capaz de usar magia. Para tentar compensar, exageram na utilização de outras piadas, de tal forma que as tornam forçadas. A questão não se limita à perda do principal fator cômico, mas à perda de algo tão basilar nessa história que só pode ser identificado como à quebra de uma premissa. Isso resulta em uma diminuição da motivação do personagem e do interesse do público em continuar a acompanhar a obra. Posto que essa revelação deveria ser um clímax de finalização e não um elemento de início de uma nova temporada. Restando apenas de material ao anime uma trama de ação clássica shounem.
Mato Seihei no Slave
O ecchi por vezes vem de cenas ridículas, com elementos imaturos, mas ainda assim é legal. O anime apresenta também alguns personagens interessantes, e a produção está aceitável. No entanto, a premissa é vergonha alheia; a construção de mundo é péssima; a história consegue ser forçada, mesmo sendo simplória; e a trama é repleta de clichês. A impressão é que o anime quer ser um sonho erótico de um estereótipo de virgem masoquista. Para completar a cereja do bolo, o anime tem um terrível trabalho de som.
Metallic Rouge
É belo, bem animado, inteligente e complexo. As constantes cenas de ação são um destaque, uma vez que a computação gráfica não destoa, a tal ponto de suscitar dúvidas se de fato está sendo utilizada. Além disso, as cenas de ação se destacam por serem detalhadas, terem consistência e uma fluidez acima da média. Outro aspecto positivo da obra são as várias temáticas que aborda, como: o papel das máquinas, a fragilidade da vida, a eternidade, a liberdade, e a protagonista lutando contra coisas que deveriam ser do seu interesse.
Entretanto, é provável que o anime não agradará a todos, uma vez que apresenta apenas mulheres protagonistas e desempenhando atividades típicas masculinas. Além disso, o ambiente de Marte costumeiramente não é bem aceito pelo público contemporâneo. Para completar, há uma ausência de um romance, que é um atrativo comum em animes.
No passado, a ficção científica já utilizou Marte para inúmeras obras de sucesso, mas isso era em uma época em que se tinha pouco conhecimento do planeta e as especulações fascinantes dominavam o senso comum. Continuar usando Marte como uma Terra 2.0, não é somente uma questão de saturamento no gênero, mas principalmente de não mais parecer algo plausível.
É possível notar uma tentativa de tornar as protagonistas mais femininas, talvez como uma forma de antecipar possíveis críticas, mas não tem como ocultar a ideologia progressista presente. Esta ideologia tem causado a destruição de boas histórias e acabado com a indústria do entretenimento. Como consequência das péssimas obras ideológicas, existe nesta geração uma grande rejeição automática do público. No entanto, nem sempre uma obra com essa ideologia é ruim. Infelizmente, apesar de Metallic Rouge ser ótimo, não foi lançado no tempo certo para poder brilhar. Ademais, é preciso fazer um adendo de que a ingenuidade GoKu, mesmo que em pequenas gotas, não combina com personagens femininas.
Ore dake Level Up na Ken
O anime correspondeu às expectativas com relação a ter uma boa produção e direção. Os momentos de ação são as melhores partes, pois transmitem muita tensão. Contudo, o anime permanece com a mesma premissa desagradável do original.
O primeiro episódio é típico de um bom anime, com alguns pontos diferenciados e acima da média. O segundo episódio é ótimo, com muita ação, bom drama e uma tensão espetacular. Entretanto, o terceiro episódio é chato, consistindo apenas em explicar a premissa, a qual ninguém se importa e é cheia de problemas.
Youkoso Jitsuryoku Shijou Shugi no Kyoushitsu e 3rd Season
A produção é mediana como o esperado, mas a trama está sendo constantemente instigante. Se continuar atraente assim por mais alguns episódios seguidos, será a temporada mais continuamente instigante. Entretanto, isoladamente, os episódios da terceira temporada já são mais constantes em se manterem todo tempo cativantes. A primeira temporada tem uma primeira metade excelente e a segunda metade é um desastre, com exceção talvez do último episódio. A segunda temporada tem um ótimo último arco, além de mais alguns episódios esporádicos ou cenas deles. A terceira temporada é continuamente ótima, faltando apenas um grande clímax para se consolidar como a melhor das temporadas.
Apesar dos aspectos positivos desta terceira temporada, há algo em Classroom of the Elite que incomoda em todas as temporadas. O anime sofreu muitas alterações em relação ao seu material original, em virtude de reduzirem muito o número de alunos nas salas. Embora essas modificações causem uma desorganização em determinados aspectos do anime, o que mais incomoda é que, apesar da redução de alunos, não resolveu o problema da abundância de personagens. Por vezes, é possível confundir os personagens, esquecer quem era aquele personagem e outras situações semelhantes. Além disso, há muitos personagens que só são importantes ocasionalmente e ficam flutuando em tela a maior parte do tempo. Há também o caso das garotas Kei e Ichinose, que são personagens carismáticas, mas acabam ocupando o lugar consolidado da Horikita, o que é algo extremamente desagradável.
Yubisaki to Renren
A trama tem um grande valor, está bem produzido, tem bons personagens, e momentos esplendorosos. No entanto, o anime consegue ser durante a maior parte do tempo monótono, gerando uma sonolência.
"Oshi no Ko"
Observação: O único outro anime neste ano que poderia concorrer a este lugar seria Sousou no Frieren. Há quem apoie Sousou no Frieren, pois é uma obra-prima. No entanto, certas defesas estão embriagadas com a euforia de ser um anime ainda em exibição. Por outro lado, Oshi no Ko é do início do ano, isso certamente influencia no abrandamento das emoções e das percepções quando se faz um juízo. Após essas reflexões, se as duas obras forem comparadas e separadas em diversos aspectos, uma análise sóbria e calculista não deixa dúvidas de que Oshi no Ko é o anime do ano.
Melhor Continuação
Vinland Saga Season 2
Observação: Há uma cena polêmica neste anime que o marca negativamente, mas desprestigiar uma temporada que se manteve nos mais elevados patamares por quase todo o tempo em virtude de apenas uma cena seria uma enorme injustiça. Além disso, não há concorrentes neste ano que atingiram o mesmo nível.
Melhor Estreante
"Oshi no Ko"
Observação: Dado que a premiação de Anime do Ano foi atribuída a um estreante no ano, a premiação de melhor estreante não poderia ser diferente. Se a premiação fosse para o melhor episódio de estreia, ainda assim não poderia ser diferente, com aquele primeiro episódio com tempo de duração de um longa-metragem que abalou a comunidade otaku. Apesar de Sousou no Frieren também ter tido uma excelente estreia, não foi tão grande para superar Oshi no Ko.
Maior Surpresa
Sousou no Frieren
Observação: Antes de estrear, foi um dos animes mais desacreditados do ano. Mesmo após o seu bom início, demorou um pouco para obter a devida popularidade. Contudo, mantém-se como o anime mais bem avaliado do MAL por um longo período e é o mais popular de sua temporada.
Pior Adaptação
Tengoku Daimakyou
Observação: As pessoas que leram o mangá deste anime ficaram decepcionadas e indignadas com as várias mudanças e censuras impostas ao anime. Obviamente, certas cenas foram muito amenizadas, não passam o mesmo peso e algumas foram mudadas radicalmente. Por exemplo, uma cena que deveria ser dramática foi modificada para ter um tom cômico.
Maior Decepção
NieR:Automata Ver1.1ª
Observação: A decisão foi difícil, tendo em vista os concorrentes Trigun Stampede, The Girl I Like Forgot Her Glasses, Yuusha ga Shinda e The Misfit of Demon King Academy II. O critério definidor utilizado foi aquele anime que apresentasse uma maior expectativa coletiva da comunidade frustrada.
Melhor Animação
Vinland Saga Season 2
Observação: Apesar de Vinland Saga Season 2 apresentar uma animação deslumbrante, detalhada e fluida, este não foi um julgamento fácil. Dado que, quando se define quem tem a melhor animação, as cenas de ação têm um grande peso, uma vez que precisam ser mais robustas, ter muitos efeitos e muita fluidez. É importante salientar que a segunda temporada de Vinland Saga, em comparação com a primeira, apresenta um número consideravelmente menor de cenas de ação, ao passo que a animação melhora em relação a ter uma maior constância na qualidade de todas as cenas. Competindo com Vinland Saga, havia a segunda temporada de Kage, que apresenta uma abundância de cenas espetaculares de ação, com muitos efeitos, detalhes e fluidez. Entretanto, Kage tem um traço mais simples e a obra é mais escura, o que torna a animação mais fácil de ser produzida. Sobrando assim, como o outro grande rival do ano para Vinland Saga, o Jigokuraku, que é mais detalhado que Kage e mais claro. No entanto, Jigokuraku é menos constante em manter uma qualidade de altíssimo nível. Ademais, mesmo Jigokuraku tendo ótimas cenas de ação fica em desvantagem comparado a outros animes do ano nesse quesito, isso é mais perceptível por quem leu o mangá que não teve uma melhora na experiência com o anime.
Outro anime que merece ser mencionado em termos de animação é Suki na Ko, devido ao seu impressionante detalhamento, técnicas aprimoradas e enquadramentos ousados. A animação é marcada sobretudo pelos olhos detalhados e belos, seguidos pelos cabelos volumosos e fluidos. Com relação aos enquadramentos, encantam a maioria das pessoas pela inovação, mesmo com alguns alegando que os ângulos excêntricos geram incômodos. Entretanto, apesar de a animação não ser o problema do anime, existem algumas queixas de que a qualidade elevadíssima não foi constante em todos os episódios. Ademais, o critério crucial para desconsiderar esse trabalho como contendo a melhor animação do ano foram as várias cenas reutilizadas.
Melhor Design de Personagens
Jigokuraku
Observação: Para definir o melhor desenho de personagem, foram levados em consideração critérios além de serem detalhados, bonitos, imponentes e carismáticos, sendo dada importância aos mais estilosos, ou seja, diferentes e chamativos. Além disso, como critério de desempate, foi dada preferência aos animes estreantes deste ano. Desenhos muito distantes de proporções áureas foram descartados.
Melhor Diretor
Saitou, Keiichirou (Sousou no Frieren)
Observação: A escolha foi difícil, tendo em vista a concorrência com o diretor de Oshi no Ko, que fez um trabalho apaixonado dedicando a sua alma. Os dois diretores criaram ótimos enquadramentos, melhoraram os materiais originais, e deixaram as cenas mais emocionantes. O diretor de Oshi no Ko tem como principais vantagens os ótimos ganchos e algumas cenas espetaculares que são superiores às do seu rival. No entanto, o diretor de Sousou no Frieren fez um extraordinário trabalho de ritmo. Além disso, o material original de Oshi no Ko é melhor do que o de Sousou no Frieren, ou seja, o diretor Saitou teve um maior desafio para atingir um ótimo resultado. Por último, Saitou também faz parte da equipe de Oshi no Ko.
Melhor Anime de Romance
Kanojo, Okarishimasu 3rd Season
Observação: Há aqueles que são cheios de ódio e derramam veneno contra esta obra, mas o ódio não é um critério para a avaliação. O romance desta obra é belo, bem desenvolvido, e essa temporada é possivelmente a melhor de todas, pois tem um tom dramático bastante forte. Infelizmente, não é a melhor adaptação possível, uma vez que não aproveitou nem 10% do enorme potencial apresentado no mangá neste trecho. Esta parte de Kanojo é tão extraordinária que, apesar de estar bem aquém do potencial, ainda é extremamente prazerosa. O único outro concorrente que poderia enfrentar Kanojo neste ano seria Yamada-kun, que é um excelente anime. No entanto, apesar de Yamada ter um foco maior no romance, e por isso deveria ter uma primazia, seria injusto não reconhecer, de alguma forma, o que Kanojo fez nessa temporada.
Melhor Anime de Comédia
Benriya Saitou-san, Isekai ni Iku
Observação: Quando o critério principal é a comédia, nenhum outro anime neste ano ofereceu cenas mais hilárias. Além do que, é um anime completo, uma vez que apresenta uma narrativa inusitada, com uma história cheia de reviravoltas, com diversos gêneros, tudo isso com um bom conteúdo e uma excelente direção.
Melhor Anime de Ação
Kage no Jitsuryokusha ni Naritakute! 2nd Season
Observação: Quando o foco principal é ação, ninguém ofereceu este ano mais cenas de ação e de boa qualidade do que Kage.
Melhor Anime de Fantasia
Helck
Observação: O anime, inicialmente, parece ser uma paródia, mas tem uma história absurda, riquíssima e bastante dramática. Além de ser excelente, tem muitos elementos típicos dos clássicos de fantasia, o que o coloca nesta escolha à frente de outros de fantasia deste ano.
Melhor Anime de Drama
Sousou no Frieren
Observação: Independente de quem tem as cenas mais fortes, ou de quem seja o melhor anime em sua totalidade, Sousou no Frieren é mais focado no drama do que Oshi no Ko, tem mais características típicas desse gênero. Portanto, deve ser considerado o melhor anime de drama do ano.
Melhor Personagem Principal
Dark Schneider (Bastard!! Ankoku no Hakaishin Season 2 (ONA))
Melhor Personagem Secundário
Arima, Kana ("Oshi no Ko")
Melhor Música de Anime
Melhor Abertura
Melhor Encerramento
Melhores Animes Estreados em 2023
1. "Oshi no Ko"
2. Sousou no Frieren
3. Helck
4. Jigokuraku
5. Zom 100: Zombie ni Naru made ni Shitai 100 no Koto
6. Benriya Saitou-san, Isekai ni Iku
7. Yamada-kun to Lv999 no Koi wo Suru
Melhores Continuações de Animes em 2023
1. Vinland Saga Season 2
2. Kanojo, Okarishimasu 3rd Season
3. Tokyo Revengers: Tenjiku-hen
4. Spy x Family Season 2
5. Bastard!! Ankoku no Hakaishin Season 2 (ONA)
6. Rurouni Kenshin: Meiji Kenkaku Romantan (2023)
7. Masamune-kun no Revenge R
8. Kimetsu no Yaiba: Katanakaji no Sato-hen
Piores Animes de 2023
1. Maou Gakuin no Futekigousha: Shijou Saikyou no Maou no Shiso, Tensei shite Shison-tachi no Gakkou e Kayou II
2. Isekai Shoukan wa Nidome desu
3. Inu ni Nattara Suki na Hito ni Hirowareta.
4. Yumemiru Danshi wa Genjitsushugisha
Perda de Tempo de 2023
1. Temple
2. Kimi wa Houkago Insomnia
3. Kaminaki Sekai no Kamisama Katsudou
4. Kaiko sareta Ankoku Heishi (30-dai) no Slow na Second Life
5. Eiyuuou, Bu wo Kiwameru Tame Tenseisu: Soshite, Sekai Saikyou no Minarai Kishi♀
6. Mononogatari
7. NieR:Automata Ver1.1ª
8. Suki na Ko ga Megane wo Wasureta
9. Tonikaku Kawaii 2nd Season
Take a look at my Code Geass review.
Dê uma curtida na minha análise de Code Geass.
Link: https://myanimelist.net/profile/Tiago_Vaz_007/reviews
Below is the Portuguese version, the one in the link is in English.
Abaixo está a versão em português, a do link está em inglês.
No que diz respeito ao seu tema central, o anime aborda a filosofia da moral objetiva. É importante salientar que, logo em um dos primeiros episódios da primeira temporada, há um longo diálogo filosófico entre Lelouch e Suzaku. Diálogo o qual evidencia as ideias de Maquiavel, resumidas pela frase de "os fins justificam os meios". Dessa forma, o anime não poderia ser mais explícito sobre sua temática. Compreendendo sobre o que quer discorrer, para demonstrar ao máximo o seu ponto, o método que faz uso é o da eliminação de vidas. Sendo assim, o anime faz os personagens matarem o seu povo, seus aliados, seus amigos, suas famílias, milhões de pessoas e até a se mesmos. Em termos não literais também matam as pátrias, os sentimentos e os amores. Tudo no anime é justificado filosoficamente pelos fins, o que abre discussões e dá mais profundidade. A escolha desse tema também não é aleatória e descontextualizada, uma vez que, para o mundo da política, o livro O Príncipe de Maquiavel é o mais utilizado e relevante. Em virtude disso, um anime que se preste a ser sobre política tem que falar sobre isso, mesmo que seja altamente polêmico e incomum.
Este anime apresenta lutas com armas, armaduras robóticas de alta tecnologia, guerras de grandes dimensões, batalhas elaboradas e fascinantes. No entanto, os combates não se sustentam apenas com a ação. Os conflitos envolvem embates psicológicos com soluções estratégicas. Em virtude da temática, as ações do protagonista sofrem uma certa limitação. Pode-se supor que ele renunciará a algo e que alguém morrerá, devido à sua amoralidade pragmática elevada. No entanto, não são eventos previsíveis: exatamente o que, quando, e por quê. É importante salientar que este protagonista não é um personagem que se sobressai em tudo, que sempre vence e nunca erra. Dado que seus planos nem sempre são bem-sucedidos, isso torna o personagem humanizado, criando verossimilhança. Vários são os momentos em que o personagem é surpreendido, precisa improvisar, perde tudo, entra em desespero, trai e é traído. Além disso, mesmo com a amoralidade não sendo uma temática recorrente em animes, o mérito não está em ser sempre algo completamente imprevisível para o público, mas sim na sagacidade dos personagens, na inteligência e no maquiavelismo contra os rivais.
As principais críticas negativas a esta obra se concentram nas reviravoltas, sobretudo devido às mortes que, posteriormente, não são confirmadas. É claro que isso é um elemento de enredo que enriquece qualquer história, mas não está imune a críticas, principalmente quando utilizado em excesso. Em contrapartida, este anime oferece uma forma de compensar essas falsas baixas, apresentando inúmeras mortes que ocorrem de fato e que são fortemente impactantes. Além disso, ao despertar essas dúvidas, geram-se expectativas sobre algumas situações, deixando incógnitas, fazendo as pessoas pensarem e criarem inúmeras teorias. O que é apontado por alguns como um defeito na história, em alguns momentos dela acaba sendo o seu maior acerto.
Além disso, há críticas negativas em relação às reviravoltas por serem supostamente mirabolantes. É realmente prejudicial ter reviravoltas complexas e extraordinárias? Qual é o impedimento para que algo seja plausível em uma ficção? Apenas a própria história pode ser um impeditivo e, neste caso, não existem contradições internas. Já sobre serem mirabolantes no sentido de serem cada vez mais grandiosas, escalonar por escalonar, todo anime escalona, caso contrário o público perde o interesse. Portanto, a questão nas reviravoltas não é se são grandiosas.
Em questão de imagem, a animação é bastante fluida e bem detalhada, superior à média, mas não alcança o nível da UIfotable ou de Makoto Shinkai. Até mesmo para os dias atuais, impressionam os detalhes dos robôs gigantes, principalmente nas constantes cenas fluidas de ação. Em relação mais especificamente à arte, é da gigantesca CLAMP, feita com uma certa originalidade. A arte denota a sua inovação quando comparada com as de outros animes de robôs e militares, os quais têm traços mais quadrados. Além disso, o anime precisava de traços que expusessem suavidade, para compor uma proposta de realidade alternativa futurista e mística. O que mais impressiona, é que ficção científica tem potencial de deixar tudo datado absurdamente rápido, mas Code Geass por conta de seu espetacular trabalho de arte praticamente não envelhece.
Uma das características mais marcantes desse anime é a sua trilha sonora. Não é necessário se quer assistir esse anime, basta apenas ouvir as suas músicas para ser consumido por emoções. É esplendoroso como consegue mexer com os ouvintes, produzindo sentimentos tanto de tristeza, como de euforia. Dentre as inúmeras músicas sensacionais, as mais destacadas são: Innocent Days, Stories, Continued Story e Madder Sky.
As aberturas e encerramentos de episódios são excelentes, com grande destaque para o fenomenal último encerramento de episódios. Este último encerramento é um dos momentos mais artísticos e simbólicos da obra. Além de possuir uma melodia fascinante, a música deste encerramento tem uma letra que, se analisada com mais atenção, revela o quanto a obra se envolveu com o seu tema.
Com relação aos personagens, diversos são muito carismáticos e conseguem conquistar o apego do público quase de imediato. No entanto, o protagonista Lelouch não é notável por ser naturalmente extremamente carismático, mas sim por, apesar de ter todas as características de um vilão, ainda assim conseguir desenvolver carisma. O mérito é ainda maior por Lelouch ter sido transformado em uma espécie de anti-herói, apenas por rivalizar com iguais, e não com vilões. Por norma ninguém odeia protagonistas, e anti-herói é aquilo que somos ou temos medo de ser. Entretanto, é admirável como este anime consegue fazer o público desenvolver empatia e torcer por alguém que representa não somente um anti-herói, mas o cúmulo da amoralidade. Dessa forma, demonstra-se ser um trabalho de excelência na escrita.
Os méritos da trama em relação ao seu protagonista ficam ainda mais evidentes, quando analisamos que as motivações de Lelouch não são nobres, que os métodos são terríveis e que os objetivos são questionáveis. Há muito mais nele de vilão do que de herói. É alguém que como o seu pai e seu irmão não têm empatia, ou tem um pequeno grau de empatia seletiva, o que é a definição de psicopatia. O anime faz o público ter empatia por quem não tem empatia, o que é fabuloso. Também é bastante realista, uma vez que a política tem, comprovadamente, um ambiente que tende a atrair psicopatas. Ademais, não me identifico com Lelouch, não agiria da forma como ele agiu, discordo fundamentalmente dos princípios dele, mas chorei com seu destino.
Em relação aos adversários, esqueçam a palavra vilão, uma vez que nesta história não há vilões nem heróis, apenas um protagonista e diversos antagonistas. Todos os principais personagens desta obra são anti-heróis. O que mais impressiona neste anime, é que os rivais Lelouch, Charles e Schneizel, não divergem quanto a filosofia, aos meios e nem dos objetivos. Dessa forma, o que nos leva a torcer para um e não para o outro, não são as diferenças, ou questões lógicas, mas tão somente porque a trama é vista pela perspectiva do Lelouch.
Apesar de Lelouch, Charles e Schneizel terem objetivos semelhantes, há nuances entre eles e isso é uma das características mais esplendorosa do trabalho de criação de personagens neste anime. Eles diferem em algo muito profundo, que é a visão pautada no passado, no presente e no futuro. Isso é extraordinário, esplendido, rico, pois o autor transcendeu a proposta filosófica inicial, dando uma profundidade dentro de seus personagens de algo que dificilmente alguém veria nessa filosofia. Portanto, não é pretensioso afirmar que este é um trabalho visionário.
Outro personagem relevante é o Suzaku, uma vez que é o mais próximo que temos de um herói neste anime, mas que tem as suas mãos sujas e é um antagonista na maior parte do enredo. Genial pegar um nítido quase herói e transformar em antagonista, enquanto faz torcemos para um nítido quase vilão. Isso aumenta significativamente a dificuldade de escrita e devem ser reconhecidos os méritos do roteiro. Além disso, o que diferencia Lelouch de Suzaku não são as visões, nem os objetivos, nem os métodos. Os dois compartilham da mesma filosofia. Os personagens se diferenciam apenas pelos seus caminhos, o que é uma brilhante forma de criar um rival.
Em relação a CC, a qual é a coprotagonista, apesar de não ser a principal do anime, ganhou o Anime Grand Prix, o Oscar da animação, por dois anos seguidos na categoria prêmio de melhor personagem feminina de animes. Destaque, ganhou competindo com outras personagens que eram as principais em seus animes. É uma personagem enigmática, que mesmo tendo bastante do seu passado desenvolvido, o suficiente para não sentirmos muito, termina com muitos mistérios não revelados. Outro ponto relevante é quando ela, devido a um determinado evento, fica fragilizada, se tornando cômica e muito mais carismática.
Code Geass é um dos raríssimos animes com um final peculiar para os seus personagens, algo corajoso, e nenhum pouco conveniente. São tão raros os animes que seguem finais de personagens com rumos semelhantes a esse, que se conta nos dedos quantos são assim, e menos ainda os que conseguem agradar. Facilmente é possível encontrar na internet um dos muitos vídeos de pessoas assistindo o último episódio. As reações variam desde gritos histéricos até crises de choro incontroláveis. O episódio final é simplesmente o melhor de todos os finais de animes.
Sem dúvida, com o seu protagonista, o episódio final tem a parte mais emocionante do anime, mas é preciso ressaltar que não é a única parte boa. Outros personagens como Shirley, Jeremiah, Nunnally, Anya e Rolo tem cenas marcantes que produzem fortes emoções. Destaque também para alguns desses personagens por facilmente fazerem as pessoas mudarem muito de opinião em relação a eles.
Apesar de todos os elogios merecidos, de que com certeza é uma obra-prima, e de que em alguns pontos seja mais que espetacular, ainda é um anime feito por seres imperfeitos e que contém algumas pequenas imperfeições. Nessa questão de problemas, um ponto que precisa ser mencionado é o começo da segunda temporada, pois tem um início um tanto confuso que pode não agradar muito. Embora seja uma confusão proposital, a qual é posteriormente explicada, servindo para ter revelações que instiguem, até que o enredo se desenvolva mais e acelere o ritmo.
Por fim, existem vários picos que entusiasmam, que tanto quanto mais próximo do final, mais constantes são esses picos e mais impossível é parar de assistir. Vale mencionar também que entusiasma bastante acompanhar a evolução dos robôs, a rivalidade envolvida na sua produção, bem como o visual e o poder que apresentam.
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https://www.youtube.com/@CanalJumentossauro/videos
Tanto o Jumento de Ouro, como o Anime Awards e outras premiações afins, têm os mesmos erros. O problema é a escolha das obras que podem ser votadas e quem pode votar. A única premiação que levo a sério é a da Anime Guild Awards, porque tem os critérios mais objetivos possíveis.
O pessoal do Anime Guild Awards na pré-seleção de quais animes poderão ser elegíveis na votação popular, utilizam de forma transparente métricas tais como: a média de notas do MAL, acima de x pontos; a popularidade do anime, quantidade de membros acima de Y; resultados de votações das temporadas do ano, pegando os três melhores de votações que usaram todos os animes das suas respectivas temporadas; quantidade de obras que o estúdio fez no ano; etc. São critérios matemáticos que visam ser imparciais. Bem diferente de como o Alexandre faz, que é limitando os animes que possam ser votados, sobretudo pelos critérios do que ele gostou e assistiu. No fim, o Jumento de Ouro acaba sendo uma versão um pouco mais popular dos animes que Alexandre pré-elegeu como os melhores.
A votação do Anime Guild Awards tem duas etapas, a de uma jure popular, onde qualquer um pode votar, e outra do jure qualificado. A primeira votação pega as listas dos pré-selecionados. Listas extensas com uns 15 a 20 títulos que podem ser selecionados pelos participantes. Em seguida, essas listas vão para a segunda votação, onde ficam reduzidas para 6 títulos por categoria que o júri qualificado poderá escolher.
Importante frisar que no Anime Guild Awards ninguém vota em apenas um título por categoria, vota em três (primeiro, segundo e terceiro) ou cinco (primeiro, segundo, terceiro, quarto e quinto), dependendo da categoria e de qual das duas votações está participando. A ordem como cada um coloca os votos dá pontos diferentes para cada escolhido. Exemplo: o primeiro da lista ganha 9 pontos, o segundo 6, e o terceiro 3. Os pontos é que são importantes e a soma dos pontos que todos dão é que vai definir qual é o melhor. Com isso, mesmo que um anime tenha muitos votos em primeiro colocado por conta dos fãs, pode não ser eleito. Sendo essa a forma mais objetiva e seria possível. Diferente do Jumento de Ouro, que todos os anos praticamente só prestigia um anime shounen popular em todas as categorias.
Para fazer parte do júri qualificado do Anime Guild Awards tem que se pré-inscrever e ter os critérios mínimos. Os critérios são quanto tempo de animes foi consumido pelo candidato do ano que deseja participar e variedade dessas obras. Tem uma somatória de pontos, onde filmes, animes com episódios de pouca duração, animes com poucos episódios, animes com mais de uma temporada no ano, e desistidos depois de pelo menos três episódios, recebem pontuações diferentes. Essencialmente, o objetivo é que cada jurado tenha assistido a uma quantidade de horas de anime no ano que equivalha ao mínimo de 50 temporadas completas de 12 episódios, isso de animes com pelo menos vinte minutos por episódio. O Alexandre, quando começou essas votações, tinha assistido um pouco mais que 40 animes do ano passado, e vários ele dropou, ou seja, não contam nenhum ponto ou contam poucos pontos. Alexandre não teria as qualificações mínimas para ser um jurado do Anime Guild Awards que este ano conta com 21 jurados qualificados.
Por último, outro ponto que considero bem ruim em certas votações são os excessos de categorias. Quando se faz isso, aparecem categorias que ficam vagas sobre quem pode participar e quais são os critérios para definir o melhor. Por exemplo: um anime focado em drama, que tem um drama bom e contínuo durante toda a trama, pode perder o prêmio na categoria de melhor drama, para um anime que tem apenas uma cena forte dramática, mesmo que o foco do vencedor seja uma comédia. Com isso, os animes populares começam a se repetir em todas as categorias. Por outro lado, colocar critérios demais com tantas categorias temáticas pode levar à falta de candidatos em algumas. Logo, tem categorias que não fazem sentido em certas votações, que só existem pela simples falta de comprometimento de quem fez essa eleição, ou por objetivos escusos de querer prestigiar a um queridinho, ou querer sinalizar para uma agenda.
Esse é o link da votação do Jumento de Ouro 2023:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdthhHUwFZ1iP7X0Rry2V-Mbdrn9TfuMyghQwA3iRHIFv91oA/viewform?pli=1
Melhor anime – Como se pode conferir no link, ninguém podia votar no Jumento de Ouro em Vinland Saga Season 2 ou Jujutsu Kaisen 2nd Season. Os quais são dois dos animes mais populares, mas bem avaliados do ano, e estão ficando nas primeiras colocações em diversas outras premiações. Alexandre pode argumentar sem razão que o melhor anime do ano não poderia ser uma continuação. No entanto, Boku no Kokoro no Yabai Yatsu não pôde ser votado, e tem média de notas maior no MAL do que Tengoku Daimakyou, Jigokuraku e Skip to Loafer.
Melhor encerramento - Ninguém poderia votar em Oshi no Ko, que tem o mais assistido e comentado do ano. Somente um dos vídeos deste encerramento tem mais de dez milhões de visualizações. Sozinho, tem mais visualizações do que todos os outros encerramentos de animes do ano. Tamanho é o absurdo em não colocá-lo na lista de elegíveis que me faltam palavras.
O nome da música de encerramento de Oshi no Ko é Mephisto, essa música pertence a uma banda chamada Queen Bee e essa mesma banda é quem toca a música no anime. O nome do vocalista da banda é Avu-chan, um japonês mestiço, budista devoto, com ascendência afro-americana. Avu-chan sempre se veste como mulher e a mídia japonesa geralmente utiliza pronomes femininos para se referir a ele. Provavelmente pelo Japão ter uma sociedade homogênea que valoriza demais a igualdade e Avu-chan ser um mestiço, seja o motivo dele não gostar de pessoas que categorizam os outros por rótulos raciais ou por gênero. Essa também é a provável causa dele se vestir como mulher.
O Alexandre, um homem branco, ocidental, classe média, não colocou o enceramento de Oshi no Ko na lista. Encerramento que é repercutido e elogiado mundialmente pela sua qualidade. Será que foi um fogo amigo de um lacrador extremamente desaculturado?
Best Girl - Ninguém no Jumento de Ouro poderia votar em Kana Arima, a qual tem 16142 perfis que a colocaram como favorita no MAL, é mais do que Frieren tem. Este número não só a coloca como uma das mais prestigiadas do ano de 2023, mas de todos os anos.
Como se esse absurdo não fosse pouco, ainda colocou para votação a Tomo de Tomo-chan, em vez da Misuzu e da Carol, que estão em outras listas de premiações. Do trio de garotas, a Tomo não é só a mais sem graça, mas tem a metade da popularidade no MAL do que a Misuzu. Ressaltando que Misuzu é um personagem de suporte no mesmo anime da Tomo. Por que a Tomo mereceria essa indicação se perde para um personagem de suporte do seu próprio anime?
Melhor casal - Não lembro qual era a ordem, mas sei que na lista de melhores casais eleita pelos japoneses estavam entre os primeiros casais de Sousou no Frieren, Kusuriya no Hitorigoto e Spy x Family. Nenhum dos casais desses animes puderam ser votados na lista do Alexandre. Qual o critério que ele usou?
Melhor produção/direção – É um completo inepto alguém que passa doze anos da sua vida produzindo vídeos com críticas de animes e ainda assim consegue ter a proeza de tratar produção e direção como sinônimos. Como produção, faltou Vinland Saga II na lista de candidatos, e como direção, faltou Oshi no Ko.
Melhor ação - O Alexandre colocou na lista Mononogatari, anime que nem ele mesmo gostou, que tem as lutas ultra clichês, mal coreografadas, sem clímax, com uma animação mediana e a obra nem tem tanto ação assim se comparada a muitas outras de 2023. Um grande pecado foi não ter colocado nesta lista Kage no Jitsuryokusha 2nd Season, porque de todas as maneiras foi uma obra magnífica, se olhada como todo ou somente no foco de ação. Outras que em termos de ação foram melhores do que as desta lista: Jujutsu Kaisen, Tokyo Revengers: Tenjiku-hen, Helck, até o Spy x Family.
Melhor cena – Dos animes do ano passado, depois de Oshi no Ko, são as cenas de Sousou no Frieren que têm mais visualizações e viralizaram na internet. O Alexandre conseguiu ter a desfaçatez de não colocar ao menos uma cena de Sousou no Frieren para votação.
Quanto à cena selecionada por ele de Oshi no Ko, a morte de Ai, é uma das mais repercutidas, mas nem de longe é a melhor entre tantas outras cenas extraordinárias que Oshi no Ko tem. O mínimo que ele deveria ter feito era de ter possibilitado que pudessem votar em algumas outras cenas do anime além dessa.
Melhor Personagem Principal — Eu uso a foto de Dark Schneider no meu perfil, motivos tenho para achá-lo um ótimo personagem. Entretanto, mesmo acreditando que é o melhor personagem do ano passado, não estaria em lista com as métricas que apontei. Nem tudo é perfeito, mas isso não deve ser desculpa para desleixos.
Melhor comédia – Zom 100 é um grande anime, faz comédia com crítica social, o que é bem valoroso. No entanto, Benriya Saitou-san é absurdamente muito mais cômico e não teve se quer a oportunidade de ser votado. Além disso, houve outros animes com bem mais foco em comédia no ano passado do que esses dois e que não tiveram a oportunidade de serem votados. Qual é o critério para ser escolhido o melhor anime de comédia? É ter conteúdo, é fazer rir muito, é ter foco na comédia? Com que critério se coloca na lista Isekai Hourou Meshi em vez de The 100 Girlfriends se não for para posar de virtude?
cool profile btw
Dê uma curtida na minha análise de Code Geass.
Link:
https://myanimelist.net/profile/Tiago_Vaz_007/reviews
Below is the Portuguese version, the one in the link is in English.
Abaixo está a versão em português, a do link está em inglês.