Ata. Nunca ouvi falar como deu pra notar. Ñ sou muito ligado a música. Consumo mas é no fds. S vc perguntar o nome d letra, cantor, e afins eu ñ vou saber t responder. Mas algumas q m lembro d có são: skillet monster, hero, my demons e openings d anime.
Tanto o Jumento de Ouro, como o Anime Awards e outras premiações afins, têm os mesmos erros. O problema é a escolha das obras que podem ser votadas e quem pode votar. A única premiação que levo a sério é a da Anime Guild Awards, porque tem os critérios mais objetivos possíveis.
O pessoal do Anime Guild Awards na pré-seleção de quais animes poderão ser elegíveis na votação popular, utilizam de forma transparente métricas tais como: a média de notas do MAL, acima de x pontos; a popularidade do anime, quantidade de membros acima de Y; resultados de votações das temporadas do ano, pegando os três melhores de votações que usaram todos os animes das suas respectivas temporadas; quantidade de obras que o estúdio fez no ano; etc. São critérios matemáticos que visam ser imparciais. Bem diferente de como o Alexandre faz, que é limitando os animes que possam ser votados, sobretudo pelos critérios do que ele gostou e assistiu. No fim, o Jumento de Ouro acaba sendo uma versão um pouco mais popular dos animes que Alexandre pré-elegeu como os melhores.
A votação do Anime Guild Awards tem duas etapas, a de uma jure popular, onde qualquer um pode votar, e outra do jure qualificado. A primeira votação pega as listas dos pré-selecionados. Listas extensas com uns 15 a 20 títulos que podem ser selecionados pelos participantes. Em seguida, essas listas vão para a segunda votação, onde ficam reduzidas para 6 títulos por categoria que o júri qualificado poderá escolher.
Importante frisar que no Anime Guild Awards ninguém vota em apenas um título por categoria, vota em três (primeiro, segundo e terceiro) ou cinco (primeiro, segundo, terceiro, quarto e quinto), dependendo da categoria e de qual das duas votações está participando. A ordem como cada um coloca os votos dá pontos diferentes para cada escolhido. Exemplo: o primeiro da lista ganha 9 pontos, o segundo 6, e o terceiro 3. Os pontos é que são importantes e a soma dos pontos que todos dão é que vai definir qual é o melhor. Com isso, mesmo que um anime tenha muitos votos em primeiro colocado por conta dos fãs, pode não ser eleito. Sendo essa a forma mais objetiva e seria possível. Diferente do Jumento de Ouro, que todos os anos praticamente só prestigia um anime shounen popular em todas as categorias.
Para fazer parte do júri qualificado do Anime Guild Awards tem que se pré-inscrever e ter os critérios mínimos. Os critérios são quanto tempo de animes foi consumido pelo candidato do ano que deseja participar e variedade dessas obras. Tem uma somatória de pontos, onde filmes, animes com episódios de pouca duração, animes com poucos episódios, animes com mais de uma temporada no ano, e desistidos depois de pelo menos três episódios, recebem pontuações diferentes. Essencialmente, o objetivo é que cada jurado tenha assistido a uma quantidade de horas de anime no ano que equivalha ao mínimo de 50 temporadas completas de 12 episódios, isso de animes com pelo menos vinte minutos por episódio. O Alexandre, quando começou essas votações, tinha assistido um pouco mais que 40 animes do ano passado, e vários ele dropou, ou seja, não contam nenhum ponto ou contam poucos pontos. Alexandre não teria as qualificações mínimas para ser um jurado do Anime Guild Awards que este ano conta com 21 jurados qualificados.
Por último, outro ponto que considero bem ruim em certas votações são os excessos de categorias. Quando se faz isso, aparecem categorias que ficam vagas sobre quem pode participar e quais são os critérios para definir o melhor. Por exemplo: um anime focado em drama, que tem um drama bom e contínuo durante toda a trama, pode perder o prêmio na categoria de melhor drama, para um anime que tem apenas uma cena forte dramática, mesmo que o foco do vencedor seja uma comédia. Com isso, os animes populares começam a se repetir em todas as categorias. Por outro lado, colocar critérios demais com tantas categorias temáticas pode levar à falta de candidatos em algumas. Logo, tem categorias que não fazem sentido em certas votações, que só existem pela simples falta de comprometimento de quem fez essa eleição, ou por objetivos escusos de querer prestigiar a um queridinho, ou querer sinalizar para uma agenda.
Melhor anime – Como se pode conferir no link, ninguém podia votar no Jumento de Ouro em Vinland Saga Season 2 ou Jujutsu Kaisen 2nd Season. Os quais são dois dos animes mais populares, mas bem avaliados do ano, e estão ficando nas primeiras colocações em diversas outras premiações. Alexandre pode argumentar sem razão que o melhor anime do ano não poderia ser uma continuação. No entanto, Boku no Kokoro no Yabai Yatsu não pôde ser votado, e tem média de notas maior no MAL do que Tengoku Daimakyou, Jigokuraku e Skip to Loafer.
Melhor encerramento - Ninguém poderia votar em Oshi no Ko, que tem o mais assistido e comentado do ano. Somente um dos vídeos deste encerramento tem mais de dez milhões de visualizações. Sozinho, tem mais visualizações do que todos os outros encerramentos de animes do ano. Tamanho é o absurdo em não colocá-lo na lista de elegíveis que me faltam palavras.
O nome da música de encerramento de Oshi no Ko é Mephisto, essa música pertence a uma banda chamada Queen Bee e essa mesma banda é quem toca a música no anime. O nome do vocalista da banda é Avu-chan, um japonês mestiço, budista devoto, com ascendência afro-americana. Avu-chan sempre se veste como mulher e a mídia japonesa geralmente utiliza pronomes femininos para se referir a ele. Provavelmente pelo Japão ter uma sociedade homogênea que valoriza demais a igualdade e Avu-chan ser um mestiço, seja o motivo dele não gostar de pessoas que categorizam os outros por rótulos raciais ou por gênero. Essa também é a provável causa dele se vestir como mulher.
O Alexandre, um homem branco, ocidental, classe média, não colocou o enceramento de Oshi no Ko na lista. Encerramento que é repercutido e elogiado mundialmente pela sua qualidade. Será que foi um fogo amigo de um lacrador extremante desaculturado?
Best Girl - Ninguém no Jumento de Ouro poderia votar em Kana Arima, a qual tem 16142 perfis que a colocaram como favorita no MAL, é mais do que Frieren tem. Este número não só a coloca como uma das mais prestigiadas do ano de 2023, mas de todos os anos.
Como se esse absurdo não fosse pouco, ainda colocou para votação a Tomo de Tomo-chan, em vez da Misuzu e da Carol, que estão em outras listas de premiações. Do trio de garotas, a Tomo não é só a mais sem graça, mas tem a metade da popularidade no MAL do que a Misuzu. Ressaltando que Misuzu é um personagem de suporte no mesmo anime da Tomo. Por que a Tomo mereceria essa indicação se perde para um personagem de suporte do seu próprio anime?
Melhor casal - Não lembro qual era a ordem, mas sei que na lista de melhores casais eleita pelos japoneses estavam entre os primeiros casais de Sousou no Frieren, Kusuriya no Hitorigoto e Spy x Family. Nenhum dos casais desses animes puderam ser votados na lista do Alexandre. Qual o critério que ele usou?
Melhor produção/direção – É um completo inepto alguém que passa doze anos da sua vida produzindo vídeos com críticas de animes e ainda assim consegue ter a proeza de tratar produção e direção como sinônimos. Como produção, faltou Vinland Saga II na lista de candidatos, e como direção, faltou Oshi no Ko.
Melhor ação - O Alexandre colocou na lista Mononogatari, anime que nem ele mesmo gostou, que tem as lutas ultra clichês, mal coreografadas, sem clímax, com uma animação mediana e a obra nem tem tanto ação assim se comparada a muitas outras de 2023. Um grande pecado foi não ter colocado nesta lista Kage no Jitsuryokusha 2nd Season, porque de todas as maneiras foi uma obra magnífica, se olhada como todo ou somente no foco de ação. Outras que em termos de ação foram melhores do que as desta lista: Jujutsu Kaisen, Tokyo Revengers: Tenjiku-hen, Helck, até o Spy x Family.
Melhor cena – Dos animes do ano passado, depois de Oshi no Ko, são as cenas de Sousou no Frieren que têm mais visualizações e viralizaram na internet. O Alexandre conseguiu ter a desfaçatez de não colocar ao menos uma cena de Sousou no Frieren para votação.
Quanto à cena selecionada por ele de Oshi no Ko, a morte de Ai, é uma das mais repercutidas, mas nem de longe é a melhor entre tantas outras cenas extraordinárias que Oshi no Ko tem. O mínimo que ele deveria ter feito era de ter possibilitado que pudessem votar em algumas outras cenas do anime além dessa.
Melhor Personagem Principal — Eu uso a foto de Dark Schneider no meu perfil, motivos tenho para achá-lo um ótimo personagem. Entretanto, mesmo acreditando que é o melhor personagem do ano passado, não estaria em lista com as métricas que apontei. Nem tudo é perfeito, mas isso não deve ser desculpa para desleixos.
Melhor comédia – Zom 100 é um grande anime, faz comédia com crítica social, o que é bem valoroso. No entanto, Benriya Saitou-san é absurdamente muito mais cômico e não teve se quer a oportunidade de ser votado. Além disso, houve outros animes com bem mais foco em comédia no ano passado do que esses dois e que não tiveram a oportunidade de serem votados. Qual é o critério para ser escolhido o melhor anime de comédia? É ter conteúdo, é fazer rir muito, é ter foco na comédia? Com que critério se coloca na lista Isekai Hourou Meshi em vez de The 100 Girlfriends se não for para posar de virtude?
Akuyaku Reijou Level 99: Watashi wa Ura-Boss desu ga Maou dewa Arimasen
Sem dúvida, é um anime cativante e prazeroso de assistir, só precisava de uma animação de melhor qualidade para sagrar-se como o melhor anime da sua temporada. Está obra evidência que as boas tramas são melhores que as grandes produções.
Boku no Kokoro no Yabai Yatsu Season 2
O romance escolar é bastante comum, mas este anime tem uma trama com um emaranhado diferente. Além disso, é bem dirigido, recebeu uma boa animação e é cativante. A segunda temporada tem se apresentado como superior a muitos romances, até mesmo em relação à sua prestigiada primeira temporada. Muito disso é em virtude de o ponto forte dessa obra continuar sendo nos bons personagens e nas atraentes interações entre eles.
Dosanko Gal wa Namara Menkoi
O anime apresenta alguns personagens adoráveis, e por ser ambientado constantemente na neve, proporciona situações instigantes. Entretanto, a experiência pode ser prejudicada pelos clichês de um romance lento, com harém e escolar.
Dungeon Meshi
Enorme decepção! Para uma obra baseada em um mangá tão elogiado, esperava-se uma ótima história. No entanto, é apenas um anime de culinária fictícia, com ingredientes que são monstros fictícios. Em outras palavras, é extremamente chato.
Ishura
A proposta é boa e a produção é melhor do que o esperado, mas a obra tem dificuldades em apresentar diversos personagens principais. Além dos problemas com a narrativa, há uma falta de verossimilhança e identificação. Pois, os personagens têm poderes absurdos demais que desafiam as próprias regras deste mundo. Além de terem personalidades incomuns e alguns deles nem sequer serem humanos. Apesar de as expectativas terem sido reduzidas, ainda pode surpreender, uma vez que o anime Saitou-san foi bem mais ousado do que Ishura em não seguir os padrões narrativos nos primeiros episódios e na forma como apresentou os personagens.
Jaku-Chara Tomozaki-kun 2nd Stage
Esta segunda temporada alterou o foco da problemática do protagonista para outro personagem que era secundário na primeira temporada. Tem um lado positivo que é poder explorar a problemática por outros ângulos, sem se tornar entediante, ao mesmo tempo que continua o desenvolvimento do personagem principal. No entanto, essa mudança fez os romances que estavam sendo desenvolvidos ficarem escanteados. Além disso, deu uma aliviada nos temas profundos, controversos e polêmicos. Apesar da suavização, o conteúdo crítico, que torna esta obra especial, permanece bastante presente e complexo.
Majo to Yajuu
Esse é um dos melhores animes da temporada, pois há mistérios instigantes, ação explosiva e personagens com motivações orgânicas. É possível notar também que há uma complexidade nas motivações. Complexidade essa não apenas nas motivações dos protagonistas, mas também nas motivações dos vilões e dos personagens secundários. Ademais, as tramas também são bem elaboradas, com desfechos inesperados, controversos e reflexivos.
No entanto, é um anime Seinen, que deveria ser mais maduro e ter um ritmo adequado. O ritmo rápido, em que um arco é resolvido em um ou dois episódios, obriga os diálogos a serem diretos, menos naturais e com menor maturidade. Além disso, esse ritmo força a finalização de bons personagens e de boas tramas muito precocemente. Também é preciso salientar que, às vezes, é excessivamente pesado, levando posteriormente a suavizações que são por demais excessivas, como as ocorridas no final do primeiro episódio.
Mashle: Shinkakusha Kouho Senbatsu Shiken-hen
Esta temporada inicia-se descartando o que norteava toda a história, que era a principal piada do anime, a de que quase ninguém da trama sabia que o protagonista não era capaz de usar magia. Para tentar compensar, exageram na utilização de outras piadas, de tal forma que as tornam forçadas. A questão não se limita à perda do principal fator cômico, mas à perda de algo tão basilar nessa história que só pode ser identificado como à quebra de uma premissa. Isso resulta em uma diminuição da motivação do personagem e do interesse do público em continuar a acompanhar a obra. Posto que essa revelação deveria ser um clímax de finalização e não um elemento de início de uma nova temporada. Restando apenas de material ao anime uma trama de ação clássica shounem.
Mato Seihei no Slave
O ecchi por vezes vem de cenas ridículas, com elementos imaturos, mas ainda assim é legal. O anime apresenta também alguns personagens interessantes, e a produção está aceitável. No entanto, a premissa é vergonha alheia; a construção de mundo é péssima; a história consegue ser forçada, mesmo sendo simplória; e a trama é repleta de clichês. A impressão é que o anime quer ser um sonho erótico de um estereótipo de virgem masoquista. Para completar a cereja do bolo, o anime tem um terrível trabalho de som.
Metallic Rouge
É belo, bem animado, inteligente e complexo. As constantes cenas de ação são um destaque, uma vez que a computação gráfica não destoa, a tal ponto de suscitar dúvidas se de fato está sendo utilizada. Além disso, as cenas de ação se destacam por serem detalhadas, terem consistência e uma fluidez acima da média. Outro aspecto positivo da obra são as várias temáticas que aborda, como: o papel das máquinas, a fragilidade da vida, a eternidade, a liberdade, e a protagonista lutando contra coisas que deveriam ser do seu interesse.
Entretanto, é provável que o anime não agradará a todos, uma vez que apresenta apenas mulheres protagonistas e desempenhando atividades típicas masculinas. Além disso, o ambiente de Marte costumeiramente não é bem aceito pelo público contemporâneo. Para completar, há uma ausência de um romance, que é um atrativo comum em animes.
No passado, a ficção científica já utilizou Marte para inúmeras obras de sucesso, mas isso era em uma época em que se tinha pouco conhecimento do planeta e as especulações fascinantes dominavam o senso comum. Continuar usando Marte como uma Terra 2.0, não é somente uma questão de saturamento no gênero, mas principalmente de não mais parecer algo plausível.
É possível notar uma tentativa de tornar as protagonistas mais femininas, talvez como uma forma de antecipar possíveis críticas, mas não tem como ocultar a ideologia progressista presente. Esta ideologia tem causado a destruição de boas histórias e acabado com a indústria do entretenimento. Como consequência das péssimas obras ideológicas, existe nesta geração uma grande rejeição automática do público. No entanto, nem sempre uma obra com essa ideologia é ruim. Infelizmente, apesar de Metallic Rouge ser ótimo, não foi lançado no tempo certo para poder brilhar. Ademais, é preciso fazer um adendo de que a ingenuidade GoKu, mesmo que em pequenas gotas, não combina com personagens femininas.
Ore dake Level Up na Ken
O anime correspondeu às expectativas com relação a ter uma boa produção e direção. Os momentos de ação são as melhores partes, pois transmitem muita tensão. Contudo, o anime permanece com a mesma premissa desagradável do original.
O primeiro episódio é típico de um bom anime, com alguns pontos diferenciados e acima da média. O segundo episódio é ótimo, com muita ação, bom drama e uma tensão espetacular. Entretanto, o terceiro episódio é chato, consistindo apenas em explicar a premissa, a qual ninguém se importa e é cheia de problemas.
Youkoso Jitsuryoku Shijou Shugi no Kyoushitsu e 3rd Season
A produção é mediana como o esperado, mas a trama está sendo constantemente instigante. Se continuar atraente assim por mais alguns episódios seguidos, será a temporada mais continuamente instigante. Entretanto, isoladamente, os episódios da terceira temporada já são mais constantes em se manterem todo tempo cativantes. A primeira temporada tem uma primeira metade excelente e a segunda metade é um desastre, com exceção talvez do último episódio. A segunda temporada tem um ótimo último arco, além de mais alguns episódios esporádicos ou cenas deles. A terceira temporada é continuamente ótima, faltando apenas um grande clímax para se consolidar como a melhor das temporadas.
Apesar dos aspectos positivos desta terceira temporada, há algo em Classroom of the Elite que incomoda em todas as temporadas. O anime sofreu muitas alterações em relação ao seu material original, em virtude de reduzirem muito o número de alunos nas salas. Embora essas modificações causem uma desorganização em determinados aspectos do anime, o que mais incomoda é que, apesar da redução de alunos, não resolveu o problema da abundância de personagens. Por vezes, é possível confundir os personagens, esquecer quem era aquele personagem e outras situações semelhantes. Além disso, há muitos personagens que só são importantes ocasionalmente e ficam flutuando em tela a maior parte do tempo. Há também o caso das garotas Kei e Ichinose, que são personagens carismáticas, mas acabam ocupando o lugar consolidado da Horikita, o que é algo extremamente desagradável.
Yubisaki to Renren
A trama tem um grande valor, está bem produzido, tem bons personagens, e momentos esplendorosos. No entanto, o anime consegue ser durante a maior parte do tempo monótono, gerando uma sonolência.
All Comments (24906) Comments
nice to meet you!
How's it going?
Ah KKKKKKKKKKKKKKKKKKK de boa lskkssk
https://www.youtube.com/@CanalJumentossauro/videos
Tanto o Jumento de Ouro, como o Anime Awards e outras premiações afins, têm os mesmos erros. O problema é a escolha das obras que podem ser votadas e quem pode votar. A única premiação que levo a sério é a da Anime Guild Awards, porque tem os critérios mais objetivos possíveis.
O pessoal do Anime Guild Awards na pré-seleção de quais animes poderão ser elegíveis na votação popular, utilizam de forma transparente métricas tais como: a média de notas do MAL, acima de x pontos; a popularidade do anime, quantidade de membros acima de Y; resultados de votações das temporadas do ano, pegando os três melhores de votações que usaram todos os animes das suas respectivas temporadas; quantidade de obras que o estúdio fez no ano; etc. São critérios matemáticos que visam ser imparciais. Bem diferente de como o Alexandre faz, que é limitando os animes que possam ser votados, sobretudo pelos critérios do que ele gostou e assistiu. No fim, o Jumento de Ouro acaba sendo uma versão um pouco mais popular dos animes que Alexandre pré-elegeu como os melhores.
A votação do Anime Guild Awards tem duas etapas, a de uma jure popular, onde qualquer um pode votar, e outra do jure qualificado. A primeira votação pega as listas dos pré-selecionados. Listas extensas com uns 15 a 20 títulos que podem ser selecionados pelos participantes. Em seguida, essas listas vão para a segunda votação, onde ficam reduzidas para 6 títulos por categoria que o júri qualificado poderá escolher.
Importante frisar que no Anime Guild Awards ninguém vota em apenas um título por categoria, vota em três (primeiro, segundo e terceiro) ou cinco (primeiro, segundo, terceiro, quarto e quinto), dependendo da categoria e de qual das duas votações está participando. A ordem como cada um coloca os votos dá pontos diferentes para cada escolhido. Exemplo: o primeiro da lista ganha 9 pontos, o segundo 6, e o terceiro 3. Os pontos é que são importantes e a soma dos pontos que todos dão é que vai definir qual é o melhor. Com isso, mesmo que um anime tenha muitos votos em primeiro colocado por conta dos fãs, pode não ser eleito. Sendo essa a forma mais objetiva e seria possível. Diferente do Jumento de Ouro, que todos os anos praticamente só prestigia um anime shounen popular em todas as categorias.
Para fazer parte do júri qualificado do Anime Guild Awards tem que se pré-inscrever e ter os critérios mínimos. Os critérios são quanto tempo de animes foi consumido pelo candidato do ano que deseja participar e variedade dessas obras. Tem uma somatória de pontos, onde filmes, animes com episódios de pouca duração, animes com poucos episódios, animes com mais de uma temporada no ano, e desistidos depois de pelo menos três episódios, recebem pontuações diferentes. Essencialmente, o objetivo é que cada jurado tenha assistido a uma quantidade de horas de anime no ano que equivalha ao mínimo de 50 temporadas completas de 12 episódios, isso de animes com pelo menos vinte minutos por episódio. O Alexandre, quando começou essas votações, tinha assistido um pouco mais que 40 animes do ano passado, e vários ele dropou, ou seja, não contam nenhum ponto ou contam poucos pontos. Alexandre não teria as qualificações mínimas para ser um jurado do Anime Guild Awards que este ano conta com 21 jurados qualificados.
Por último, outro ponto que considero bem ruim em certas votações são os excessos de categorias. Quando se faz isso, aparecem categorias que ficam vagas sobre quem pode participar e quais são os critérios para definir o melhor. Por exemplo: um anime focado em drama, que tem um drama bom e contínuo durante toda a trama, pode perder o prêmio na categoria de melhor drama, para um anime que tem apenas uma cena forte dramática, mesmo que o foco do vencedor seja uma comédia. Com isso, os animes populares começam a se repetir em todas as categorias. Por outro lado, colocar critérios demais com tantas categorias temáticas pode levar à falta de candidatos em algumas. Logo, tem categorias que não fazem sentido em certas votações, que só existem pela simples falta de comprometimento de quem fez essa eleição, ou por objetivos escusos de querer prestigiar a um queridinho, ou querer sinalizar para uma agenda.
Esse é o link da votação do Jumento de Ouro 2023:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdthhHUwFZ1iP7X0Rry2V-Mbdrn9TfuMyghQwA3iRHIFv91oA/viewform?pli=1
Melhor anime – Como se pode conferir no link, ninguém podia votar no Jumento de Ouro em Vinland Saga Season 2 ou Jujutsu Kaisen 2nd Season. Os quais são dois dos animes mais populares, mas bem avaliados do ano, e estão ficando nas primeiras colocações em diversas outras premiações. Alexandre pode argumentar sem razão que o melhor anime do ano não poderia ser uma continuação. No entanto, Boku no Kokoro no Yabai Yatsu não pôde ser votado, e tem média de notas maior no MAL do que Tengoku Daimakyou, Jigokuraku e Skip to Loafer.
Melhor encerramento - Ninguém poderia votar em Oshi no Ko, que tem o mais assistido e comentado do ano. Somente um dos vídeos deste encerramento tem mais de dez milhões de visualizações. Sozinho, tem mais visualizações do que todos os outros encerramentos de animes do ano. Tamanho é o absurdo em não colocá-lo na lista de elegíveis que me faltam palavras.
O nome da música de encerramento de Oshi no Ko é Mephisto, essa música pertence a uma banda chamada Queen Bee e essa mesma banda é quem toca a música no anime. O nome do vocalista da banda é Avu-chan, um japonês mestiço, budista devoto, com ascendência afro-americana. Avu-chan sempre se veste como mulher e a mídia japonesa geralmente utiliza pronomes femininos para se referir a ele. Provavelmente pelo Japão ter uma sociedade homogênea que valoriza demais a igualdade e Avu-chan ser um mestiço, seja o motivo dele não gostar de pessoas que categorizam os outros por rótulos raciais ou por gênero. Essa também é a provável causa dele se vestir como mulher.
O Alexandre, um homem branco, ocidental, classe média, não colocou o enceramento de Oshi no Ko na lista. Encerramento que é repercutido e elogiado mundialmente pela sua qualidade. Será que foi um fogo amigo de um lacrador extremante desaculturado?
Best Girl - Ninguém no Jumento de Ouro poderia votar em Kana Arima, a qual tem 16142 perfis que a colocaram como favorita no MAL, é mais do que Frieren tem. Este número não só a coloca como uma das mais prestigiadas do ano de 2023, mas de todos os anos.
Como se esse absurdo não fosse pouco, ainda colocou para votação a Tomo de Tomo-chan, em vez da Misuzu e da Carol, que estão em outras listas de premiações. Do trio de garotas, a Tomo não é só a mais sem graça, mas tem a metade da popularidade no MAL do que a Misuzu. Ressaltando que Misuzu é um personagem de suporte no mesmo anime da Tomo. Por que a Tomo mereceria essa indicação se perde para um personagem de suporte do seu próprio anime?
Melhor casal - Não lembro qual era a ordem, mas sei que na lista de melhores casais eleita pelos japoneses estavam entre os primeiros casais de Sousou no Frieren, Kusuriya no Hitorigoto e Spy x Family. Nenhum dos casais desses animes puderam ser votados na lista do Alexandre. Qual o critério que ele usou?
Melhor produção/direção – É um completo inepto alguém que passa doze anos da sua vida produzindo vídeos com críticas de animes e ainda assim consegue ter a proeza de tratar produção e direção como sinônimos. Como produção, faltou Vinland Saga II na lista de candidatos, e como direção, faltou Oshi no Ko.
Melhor ação - O Alexandre colocou na lista Mononogatari, anime que nem ele mesmo gostou, que tem as lutas ultra clichês, mal coreografadas, sem clímax, com uma animação mediana e a obra nem tem tanto ação assim se comparada a muitas outras de 2023. Um grande pecado foi não ter colocado nesta lista Kage no Jitsuryokusha 2nd Season, porque de todas as maneiras foi uma obra magnífica, se olhada como todo ou somente no foco de ação. Outras que em termos de ação foram melhores do que as desta lista: Jujutsu Kaisen, Tokyo Revengers: Tenjiku-hen, Helck, até o Spy x Family.
Melhor cena – Dos animes do ano passado, depois de Oshi no Ko, são as cenas de Sousou no Frieren que têm mais visualizações e viralizaram na internet. O Alexandre conseguiu ter a desfaçatez de não colocar ao menos uma cena de Sousou no Frieren para votação.
Quanto à cena selecionada por ele de Oshi no Ko, a morte de Ai, é uma das mais repercutidas, mas nem de longe é a melhor entre tantas outras cenas extraordinárias que Oshi no Ko tem. O mínimo que ele deveria ter feito era de ter possibilitado que pudessem votar em algumas outras cenas do anime além dessa.
Melhor Personagem Principal — Eu uso a foto de Dark Schneider no meu perfil, motivos tenho para achá-lo um ótimo personagem. Entretanto, mesmo acreditando que é o melhor personagem do ano passado, não estaria em lista com as métricas que apontei. Nem tudo é perfeito, mas isso não deve ser desculpa para desleixos.
Melhor comédia – Zom 100 é um grande anime, faz comédia com crítica social, o que é bem valoroso. No entanto, Benriya Saitou-san é absurdamente muito mais cômico e não teve se quer a oportunidade de ser votado. Além disso, houve outros animes com bem mais foco em comédia no ano passado do que esses dois e que não tiveram a oportunidade de serem votados. Qual é o critério para ser escolhido o melhor anime de comédia? É ter conteúdo, é fazer rir muito, é ter foco na comédia? Com que critério se coloca na lista Isekai Hourou Meshi em vez de The 100 Girlfriends se não for para posar de virtude?