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π’ͺπ’½π’Άπ“Žπ‘œ, π“ˆπ‘’π’Ώπ’Ά 𝒷𝑒𝓂 π“‹π’Ύπ“ƒπ’Ήπ‘œ

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NΓ£o sou nem um pouco interessante. Meu gosto Γ© bem amplo, entΓ£o eu posso acabar gostando do anime mesmo sendo de um gΓͺnero que nΓ£o gosto. Eu assisto puramente por entretenimento, nΓ£o sou nenhuma crΓ­tica, as notas sΓ£o gosto pessoal. Se vc por acaso se sente ofendido ou nem aceita a nota de outra pessoa sΓ³ porque ela nΓ£o tem mesmo gosto que o seu, desculpa, vc Γ© babaca :v.

Estou disponΓ­vel pra conversar, sou bem ativa (por enquanto).

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π™ΏπšŽπš›πšœπš˜πš—πšŠπšπšŽπš—πšœ πšπšŠπšŸπš˜πš›πš’πšπš˜πšœ 𝚚𝚞𝚎 πšŒπš˜πš—πš‘πšŽπšŒπš’ 𝚎𝚜𝚜𝚎 πšŠπš—πš˜

π΄π‘π‘’π‘Ÿπ‘‘π‘’π‘Ÿπ‘Žπ‘  𝑒 πΈπ‘›π‘π‘’π‘Ÿπ‘Ÿπ‘Žπ‘šπ‘’π‘›π‘‘π‘œπ‘  π‘“π‘Žπ‘£π‘œπ‘Ÿπ‘–π‘‘π‘œπ‘  π‘›π‘œ π‘šπ‘œπ‘šπ‘’π‘›π‘‘π‘œ

JoGoS JoGaDoS ReCeNtEmEnTe

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All Comments (15104) Comments

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Nightstark Jan 30, 2:41 PM
Estava falando da Square, por exemplo.


Ah, sim. Deve ser bem o caso de ser algo mais a parte do material original, mesmo. Não me surpreenderia de talvez ser uma questão de direito autoral, também. Às vezes a licença de uso de imagem do 2003 tá com uma produtora chata ou algo do gênero.

O filme é menos pior pq acaba rápido kkkkkkkkk


De certo modo, é bem isso mesmo. Não dá tempo deles fazerem merda, então tu não vê as incoerências indo muito longe. A produção dele é bonitona e o cerne do drama funciona dentro do escopo do filme, também. Então acaba sendo uma "experiência separada" mais satisfatória, ainda mais quando não precisa assumir nada da série.

Estranho, não vi Gin no Saji na sua lista.


Ah, devo ter esquecido de atualizar. Eu sou bem menos cuidadoso com as atualizações aqui do que eu sou com o Anilist. E por lá eu já esqueço de atualizar mangá com frequência. Mas tenho lido pelo menos uma vez por semana. Parei na morte do porquinho nessa última sessão.

Gin no Saji tem me feito perceber que a Arakawa vê tudo que se move como comida e não tem remorso nenhum por isso.

Deve ser pq ela tem um marido e filhos não lembro se ela falou quanto tem de quantidade


Marido eu chuto que seja só um, mas do jeito que a mulher é louca, não duvido de nada.

Inclusive, rabisquei o Eduardo esses dias pra trás por falta do que fazer. Mostrando só por que sim.
Nightstark Jan 26, 12:44 PM
A esposa que se foda :v


Exato.

No término tem, ela falando que viu o script e que só estava de espectadora


Genuinamente não lembro. Mas ela agradece o pessoal do Brotherhood nos comentários de início de volume de um dos últimos três volumes, creio. Foi o que fez ficar na minha cabeça que ela deu o reconhecimento só pra um, até.

Por isso só focam no 3,4,5.


Ah, isso explica porque só ouço falar do terceiro pra frente. Mas eu acho que em nicho de animangá, é até comum colocarem o 2003 como "hidden gem". Vejo bastante por aí dizerem que é subvalorizado, e tem um pessoal que acha até melhor que o Brotherhood, por conta do tom mais "sombrio".

O 2003 da série em si


Eu acho que ficou relativamente claro que eu não sou muito fã de como a Dante não tem muito semblante de drama ou motivação que não seja contraditório, e nem curto tanto o discurso dela de como a troca equivalente é uma mentira. Acho a revelação do que há além do portão bem desnecessária e repentina, também. Parece que fizeram só pra chocar a audiência.

Isso dito.

O filme eu acho legalzinho, até, por mais que tu não tenha perguntado dele.

Inclusive, comecei Gin no Saji. A Arakawa entende a mente masculina em níveis assustadores.
Nightstark Jan 4, 4:17 PM
Tá, mas o que a Nina tem haver com isso?


Se ele se arrepende de ter matado ela, acho que faz sentido ele estar correndo atrás do erro.

Os episódios dela com a Sheska investigando a Sloth me dava sono quando via e me fez ter mais raiva da Winry de 2003 o ápice da raiva foi no episódio de Rush Valley.


Isso não impede o uniforme militar de cair bem nela.

Sério? Nos guias e alguns volumes ela também agradece a staff de 2003 por ser a primeira adaptação


Eu me lembro de ter visto uma nota falando que a produção do anime de 2003 havia começado, mas não lembrava de ter uma pro término. Bem fácil de ser falta de memória minha, contudo. Mas não, não estou ligado em Persona.

Até mesmo nas divulgações pra comemorar os 20 anos do mangá


Faz sentido até, considerando que os dois são mais parecidos. Mesmo que não fosse questão de desgosto, imagino que mantém as coisas mais uniforme usar o material mais similar entre si pra divulgação.

não sei se tu liga pra dubladores, mas tirando a Romi Paku e a Kugimiya Rie, todos foram trocados de uma versão pra outra


Tem alguns que eu me importo, mas na época que eu vi o Brotherhood, eu ainda não tinha repertório pra reparar neles. Pescava um ou outro dublador bem popularzinho e olha lá.

Agora a pergunta que não quer calar: O que tem a dizer do final?


Do 2003? O filme ou o anime em si, tu diz?
Nightstark Jan 2, 1:41 PM
E também não faz sentido ele estar lá. Quer a Nina de volta... Sendo que ele fez aquilo com ela


Eu acho que a ideia é ele ter se arrependido, de certo modo? Porque se me lembro bem, parte da justificativa dele é que era a única forma que ele havia de impedir a revogação da licença e não voltar a passar fome e viver como sem-teto. Parece que eles quiseram capitalizar em cima disso e fazer ele ficar obcecado em trazer ela de volta depois dele ter cometido o erro.

A não, ela desse uniforme me da gatilho


Poxa, por quê?

Acho que a Lust é a única excessão


Ainda diria que além do arco da Lust ser bem superficial, ele é todo calcado em ela ser desejada ou desejar um homem de um jeito que não deixa ela tão completa quanto as personagens femininas são no mangá. Ela é desapachada de um jeito bem gratuito também, se me lembro bem. Mas sim, ela acaba sendo uma presença mais recorrente que qualquer outra.

Percebi que estamos falando mais bem do clássico do que mal :v


Estamos?

Tanto até que a Arakawa deixou fazerem o que der na telha


Eu acho engraçado que nos comentários de volume, ela agradeceu muito a produção do Brotherhood quando o anime estava para acabar, mas ela nunca nem fez menção do 2003. De toda forma, a Arakawa parece muito o tipo de autora que não se importa muito assim com o que estão fazendo na adaptação e tá mais preocupada em fazer o trabalho dela direito.

O que, bem.

Não dá pra dizer que ela não faz.
Nightstark Jan 1, 5:44 AM
Ainda não entendi


Que nem, tipo. O mangá é sobre conexões humanas e como nós nos fortalecemos a partir delas, certo? Então quando você olha os personagens, todos eles crescem a partir dessa ideia. O Ed e o Al precisam aprender que eles não são uma ilha, e que as ações deles tem consequências pras outras pessoas — então eles assumem responsabilidade pela morte do Hughes e começam a ser mais transparentes com a Winry, a depender mais de ajuda, e largam aquele discurso de "alquimistas são os seres mais próximos de Deus". O Scar aprende que há um caminho de recuperação além da vingança, então ele se alia com o povo que exterminou a etnia dele em prol do bem maior. O ponto principal do Wrath como personagem é que ele escolheu a própria esposa, então ele tem essa conexão com o lado humano dele que ele havia perdido depois de ser transformado em homúnculo. O Pai, apesar de caçoar os humanos, almeja pelo mesmo tipo de conexão que eles tem e até cria uma família falsa pra isso.

Tudo que os personagens passam tem haver com o tema central da história. Em 2003, é meio que "cada um por si", e considerando que o que o Mustang diz reflete bem os personagens num geral, seria legal se a história fosse mais focada em envolver todo mundo nesse tema central, ao invés de no último minuto a Dante querer falar sobre como troca equivalente é uma mentira porque ela pode matar crianças.

Sentido de segundas intenções.


Nossa, pior que nem tinha percebido. Mas é aquela velha história, né. Shonen existe para produção de yaoi. Só costuma partir mais da fandom do que dos criadores. Salvo algumas exceções fantásticas, que nem a Kamome Shirahama, que compartilha fanart yaoi do mangá dela.

Mas pelo menos vai pros dois lados, também. O legal de arte oficial é que dá pra fazer um pouco do fanservice que não encaixaria bem no anime.

Olha. O Tucker não vou contar pq ele é pra ser feio de propósito. Já o Kimblee não dá


O meu problema é menos que ele é feio e mais que ele é funcionalmente estúpido, pra mim. Eu comentei que estava pra começar a ler Mahou Shoujo Risuka, e um dos designs é esse. Quando ela se transforma, fica desse jeito. O que obviamente não é a coisa mais bonita do mundo. Mas funciona porque o propósito é ser extremamente uncanny. A questão do Tucker é que o jeito que ele existe em cena fica idiota por causa do design. Ele tem que usar um chapéu no queixo e o óculos de cabeça pra baixo. O troll que o corpo dele está colado tem que curvar pra ele conversar com alguém. O jeito que ele existe e se move no mundo é idiota. Você olha pra ele tendo que fingir beber café com a cabeça invertida e não dá pra levar a sério. Eu não conseguia, pelo menos.

Já a Winry gosto mais a de Shamballa e do Motherland.


Nossa, sim. Ela fica lindíssima. Eu adoro que a staff teve bom-gosto o suficiente pra dedicar um encerramento inteiro pra Winry com o cachorrinho, também. Melhor dupla.

Fica menção honrosa pra ela infiltrada no exército, também. O uniforme caiu muito bem nela.

Eu sei que deve estar chato eu estar falando da Winry, só que eu adoro ela e odiei o que fizeram com ela no clássico


Nada, eu concordo. Num geral, o 2003 não dá muito espaço pra nenhuma das personagens femininas brilhar. A Izumi é relegada à posição de "mãe que perdeu o filho" e com a perda de relevância do Wrath, não aparece direito de novo. A Sheska e a Winry viram colegas de quarto no interior e nunca mais aparecem mesmo tendo motivo pra aparecer. A Rose vira um plot device ambulante. A Hawkeye parece que nem existe, e mesmo sendo secundária, eu adorava ver ela no mangá.

Já do do Al em Shamball não gostei muito. Não gosto da idade dele tentar ser a cópia do Ed


Eu também estranho as decisões, mas não me incomoda tanto quanto o Tucker ou o Kimbleé. Acho que o que me incomoda mais é ele usar até o mesmo casaco que o Ed. Se fosse só o cabelo amarrado, sinto que ainda daria pra fazer algo legal. Mas como por padrão eu sinto que eles conseguem desenhar o Al humano bem, não chega naquele nível de eu desgostar em particular.

No geral prefiro a arte do mangá mesmo


Acho que eu acabo gostando das duas de um jeito diferente. Acho a ousadia e a personalidade do traço da Arakawa ótimos pro mangá, mas eu não preferiria que eles tivessem seguido o design dela ao invés do que fizeram pro 2003, e também não preferiria que o mangá tivesse o traço do 2003. Fico feliz com os dois coexistindo. Por sorte, pelo menos o 2003 é bem animado, também, então pelo menos os designs dá pra aproveitar. Principalmente no filme de Shamballa. Riquíssimo em detalhe e animação.
Nightstark Dec 29, 2022 3:11 PM
Ou seja, foi tudo isso descartado?


Eu não sei se usaria a palavra "descartado", mas mais que não fica tão bem amarrado. Parte do que deixa a narrativa do mangá tão boa é como os elementos entram em harmonia muito bem. Todos eles convergem na mesma ideia temática. No 2003, parece mais que cada subplot queria fazer uma coisa que mais ou menos fazia sentido com essa ideia do Mustang, mas não de fato se conectava com ela de um jeito mais completo.

Vc falou que querer transar com o Ed é até plausível. Aí questionei se é ele com 18 anos. Pq pra mim é o ápice da beleza dele... E do Al também


Ah, eu falei mais por piada. Mas sim, claro, por que não?

Não entendi essa ligação que vc fez:


De fato, ela fica estranha sem o contexto. Eu quis dizer que para a morte do Greed realmente servir como plataforma para o arco de personagem do Ed, ela deveria ter sido consciente. Vulgo, o Ed deveria ter matado o Greed sabendo que ele iria morrer, por índole própria. Da forma como foi feito, ele quebra o voto de não matar por acidente. O Greed diz pra ele que é imortal e induz ele a mata-lo sem que ele saiba o que está fazendo. Sem a proatividade, eu acho que perde o sentido. Que é onde vem o "alguém ter envenenado uma comida que tu preparou" ao invés de "envenenar a comida que tu vai dar pra alguém". A morte do Greed me parece mais o primeiro caso, e eu acho que seria melhor fosse o segundo.

Vou dar uma lida depois, mas vou dizendo que vou demorar kkkkkkkkk


Relaxa. Era mais pra caso você tivesse a curiosidade.

Pois, o mais mérito do Brotherhood é o material original. Igual Gin no Saji


Agora que terminei a releitura de FMA, devo estar para começar Gin no Saji, que também me recomendaram bastante recentemente. Geralmente eu leio mangá só aos sábados, e nesse eu pretendo dar catch-up com algumas coisas do Nisio que tem lançado. Principalmente, Mahou Shoujo Risuka e esse novo mangá dele que saiu da Jump. Honestamente com a expectativa de que os dois vão ser péssimos, mas é Nisio, então preciso ler. Gin no Saji deve vir em seguida.

E tem uns aqui que são um tanto... Questionáveis


Em que sentido, você diz? Tem alguns designs do 2003 que são de fato bem ruinzinhos (principalmente, Kimbleé e o Tucker após a transformação), mas pro elenco principal, acho eles ótimos. Acho que a pegada mais madura do traço beneficia bastante a Winry e o Ed, principalmente, apesar de adorar também essa versão da Hawkeye.
Nightstark Dec 29, 2022 6:00 AM
Ué, o objetivo dela não era pra ser imortal e por isso usa a pedra filosofal pra trocar de corpo? O que a sociedade tem haver com isso?.


No caso, eu quis dizer que a parte mais interessante do discurso temático para mim foi a questão que o Mustang levanta de que devemos considerar o escopo maior das nossas ações. Pensar em como as nossas ações egoístas atingem a sociedade, ao invés de sermos cegados pelo desejo imediato de alcançarmos o nosso objetivo. Todo o discurso da Dante sobre como a troca equivalente é uma mentira não toca nem nisso, nem naquele subplot sobre preconceito étnico que mais ou menos tentam fazer com o Scar.

Eles quem? A galera da Alemanha do outro lado do portão ou o povo que ela usou pra fazer a pedra?


E se eu tiver entendido bem a pergunta, eles = os homúnculos. É bem recorrente o 2003 jogar essa cartada de que os homúnculos na verdade são bons porque estão impedindo que os humanos caiam na armadilha de tentar fazer a pedra filosofal. Exceto que o objetivo deles é encontrar alguém disposto a fazer a pedra filosofal por eles. Menos no começo do anime, quando eles estão impedindo os irmãos Elric de fazerem a pedra filosofal. Até eles chegarem no Quinto Laboratório, quando eles querem forçam o Ed a fazer uma pedra filosofal. 2003 apenas.

Quê??? Não lembro disso não, que história é essa de transar com ele?


Mas sim. Transar com ele.

Lembro que isso afetou ela, ela ficou totalmente posse da Dante, mas depois no mesmo instante do Ed ter morrido ela consegue a consciência, é isso?


Eu não lembro tão bem os detalhes de como a Rose participa dessa parte do arco. O que eu lembro de mais expressivo dela é a perda da voz e o momento em que ela chama pelo Ed quando ele está prestes a ser vencido pela Sloth, enquanto eles fogem de Liore. Mas pelo menos de memória, ela não é tão significativa pro roteiro assim, salvo como plot device, já que ela é o receptáculo da Dante e tudo mais.

Mas com 18 anos né? Kkkkkkkkk

Não entendi, mas ok kkkkkkkkk

Tá, entendi o que vc quis dizer


Foi mal, não consegui acompanhar o que isso aqui estava respondendo.

Cara, eu sou muito leiga em direção. Eu não sei diferenciar entre direção ruim e boa, o que mais olho é animação em si.


Entendo o sentimento. Por muito tempo eu achei que o lance que importava mesmo era só roteiro. Mas acaba que direção é bem a sua visão daquela história. Quando você pega o trabalho de um pessoal mais competente, que nem (pra exemplo fácil) o Satoshi Kon, começa a ficar bem mais claro que o jeito que as coisas são colocadas em tela fazem uma baita diferença.

(Sem querer ter um momento "extraordinarily humble", mas eu tem um trecho de um artigo antigo meu que eu tento explicar mais ou menos um pouco do que eu acho que torna a direção de Hyouka legal, se quiser dar uma lida.)

Eu prefiro mais do Brotherhood por questão de laço afetivo, ele foi meu primeiro contato com FMA eu nem sabia que o clássico existia.


Ah, eu não acho os designs do Brotherhood ruins. Acho que eles são competentes no que eles querem fazer, que é ser uma adaptação bem fiel do mangá. Mas eu curto a personalidade a mais que os designs do 2003 têm, mesmo não sendo "das antigas".

Vish, então hoje em dia piorou?


Hoje em dia eu lembro de Hunter x Hunter com olhos melhores, eu diria. Acaba que hoje em dia valeria uma revisita para falar com mais segurança, mas problema de inconsistência de nível de poder não me incomoda tanto quanto me incomodava naquela época, apesar de eu ainda manter a noção que é meio cheesy como o Togashi lidava com isso.

Relaxa, eu não nego que achei estranho demorar, mas eu compreendo, com esse natal vc deve ter passado com a sua família e também deve ter dado um puta trabalho esse textão


Pior que eu escrevi o texto todo numa tacada só. Por isso saiu meio desorganizadozinho. Mas peço perdão pela quebra de expectativa. Geralmente, o comum com o pessoal com quem eu converso aqui no MAL é demorar uma ou duas semanas pra responder. Como o vai-e-vem é menos imediato que um chat, eu acabo enxergando o diálogo mais como uma "troca de cartas". Então eu acabo não sentando pra escrever se eu não sinto que tenho tempo/disposição pra ler direitinho e dar uma resposta mais completa.
Nightstark Dec 25, 2022 7:30 PM
Pra ser bem honesto, eu me incomodo com a quebra de regras menos por elas violarem o que a Arakawa criou e mais por elas não serem consistentes nem com o que o próprio anime estabelece. Alguns exemplos básicos são como a pedra vermelha não é nociva para ninguém quando isso seria inconveniente para o roteiro, ou como a Sloth não é paralisada como o Greed é depois de ver os seus restos mortais. Fora coisas como o braço do Scar ser um verdadeiro canivete suíço — capaz de comunicação, absorção de raios, leitura de códigos alquímicos, entre outros feitos incríveis.

Mas acho que no final das contas, sinto que o 2003 não se realiza em nada que propõe fazer. O episódico é recheado de episódios bem idiotas — como lá no começo, quando nós temos o episódio sobre o sujeito que sacrificava crianças para restaurar a beleza da esposa que havia morrido; apenas para no final descobrirmos que ela estava vivo esse tempo todo. Do lado dele. Sem nunca ter mencionado nada e perfeitamente feliz em ver ele matar crianças. O Ed mata o homem aqui também, para dar aquele asterisco legal no que deveria ser um ponto de virada do personagem dele mais tarde. Ou o episódio dos refugiados ishvalianos que de alguma forma nunca haviam percebido que a mãe deles era cega, e guardaram rancor dela a vida inteira por conta disso.

Até momento-a-momento, nós temos cenas como o Ed sendo incapaz de perceber que este indivíduo é uma mulher até o exato momento em que pega nos peitos dela, que espirala num episódio no qual o Al está obcecado nela como figura materna — com direito a uma cena de diálogo completa em que ela está de blusa aberta
num hospital. Seguido de outras batidas narrativas importantes que seguem essa mesma linha de raciocínio bizarra dos irmãos Elric terem problemas maternais — com o Ed sendo reprimido de se descontrolar após ser abraçado por Maria Ross, que ele chama de "mãe" inconscientemente na mesma cena.

Além de coisas que eu acho simplesmente fora de tons ou absurdas pra história como um todo, seja num nível de mundo ou de personagem — como a existência de um androide chamado Frank Archer, o personagem do Al estar plenamente disposto a matar e bater em mulheres inocentes, o poder do Kimbleé ser utilizável apenas em materiais que contém enxofre até o momento em que ele precisa transformar o Al numa bomba, o Tucker existir, ou a Winry e a Sheska terem uma descoberta importantíssima de roteiro apenas para virarem personagens de fundo sem nunca terem oportunidade de comunicar isso.

Fora arcos de personagem inteiros que são resolvidos em poucos minutos de forma bem insatisfatória, como toda a questão do Mustang ser o assassino dos pais da Winry ver resolução numa cena de quê? 5 minutos em que ele nem sequer olha pra cara da Winry de verdade, porque os protagonistas da cena são os irmãos Elric? O próprio Mustang não consegue efetivar a vingança dele ao final da série.

Enquanto isso, a narrativa linear em si não parece saber muito bem o que quer fazer, e o que tenta, não faz bem. Olhando para o contexto geral de 2003, até parece que há uma linha temática coerente ali dentro — essa ideia de "ignorar o seu papel na sociedade por conta de um objetivo egoísta" que o Mustang critica durante a reta final. É bem recorrente entre a maioria dos personagens eles terem ambições próprias que podem até ser bem-intencionadas, mas que na hora que eles esquecem a consequência das ações deles, causam um estrago bem negativo.

Mas ao mesmo tempo, parece que todas as plotlines parecem se esforçar para fugir disso, ou dão em becos completos. Que nem como em algum ponto você descobrir que a verdadeira motivação do Scar é que ele gostava da namorada do irmão dele, e todo o ímpeto humano da Lust retorna porque ela começa a corresponder esse sentimento conforme vê o irmão do Scar no Scar, mesmo tendo as memórias de que era a namorada do irmão dele...? O Wrath é o com a introdução que mais dá a entender que ele vai ser importante pro roteiro, com toda aquela questão de que ele tem partes do corpo do Ed, e de que ele é o filho da Izumi. A questão é que com o término de Dublin, a Izumi desaparece completamente, o que torna esse segundo conflito que o personagem dele causava efetivamente nulo. E no final das contas, o braço e a perna do Ed voltam sem nenhuma participação do Wrath. O Ed não precisa tomar nenhuma decisão quanto ao Wrath. O Wrath em si não precisa fazer nada em particular. O Al meio que só devolve os membros pro Ed, se não me engano.

A Dante é mais ou menos exatamente os mesmos problemas. Ela transforma o Honhenheim em algo praticamente inútil. Ele não contribui em nada pro roteiro depois que o passado dele é revelado, apesar do build-up, e o contexto de quem ele é no mundo não faz diferença de verdade, se eu não tiver perdido nada. Todo o discurso dela sobre troca equivalente é extremamente irônico na medida que apesar de clamar bastante que a troca equivalente não vale de nada... Depende da troca equivalente pra alcançar o objetivo dela, e essa discurso não contribuir em nada pra ideia do "agir em prol da sociedade". Não fica muito claro porque que ela não pode transmutar uma pedra filosofal, toda a questão de "na realidade eles são até boa gente se tu pensar que eles estão mantendo o pessoal longe da pedra filosofal (exceto os povos massacrados)", e o endgame dela nunca fica claro. Exceto... Transar com o Ed?

Apesar de que. Pra ser bem justo. Querer transar com o Ed é um objetivo bastante entendível.

E pra complementar isso tudo, a execução é dolorosa. Acho que o que melhor ilustra isso é como decidem que a morte do Greed impactará o arco de personagem do Ed. Superficialmente, a ideia é que o Greed se presta a morrer para alcançar a sua vingança — pois, ao fazer com que o Ed mate, ele terá cruzado uma linha que o permitirá eventualmente matar Dante. Mas pra isso acontecer, o drama inteiro é calcado num acidente. O Ed não sabia que estava para se tornar um assassino. Numa analogia, seria um cozinheiro ficar desalentado porque colocaram veneno na comida que ele havia preparado, ao invés de ele mesmo colocar o veneno porque considerava matar Júlio César um mal necessário. Quando o Mono tentou me convencer de que isso era plenamente funcional, a resposta dele foi:

"[Na verdade,] acho que a situação está mais para você dar uma flechada no Júlio César a ordens dele porque ele te fala que está usando armadura por baixo da roupa, só para você perceber que ele estava mentindo pois estava morrendo de ter sido esfaqueado pelo senado romano e quis usar da própria morte para te fazer tirar uma vida porque ele quer que você assassine cada um dos caras envolvidos na tentativa de assassinato.
Mas, sim, falando assim é meio idiota mesmo."

Ou toda a circunstância por trás da morte do Hughes. Como, ao invés de imediatamente tentar comunicar ao Mustang a sua descoberta e ser assassinado no processo, ele decide falar diretamente com os conspiradores por trás do esquema — num ambiente particular, onde ele pode facilmente ser emboscado, sem nenhuma forma real de se defender nem ter comunicado nada a ninguém preventivamente, com plena consciência de que são pessoas sem escrúpulos para matar. Ou como os irmãos Elric não podem ir para Dublith reencontrar a mestra e passar em Rush Valley no caminho. Eles precisam querer ir para um Campo de Ishval, passar por Rush Valley de qualquer forma, para então a Izumi encontrar um mapa deles com Rush Valley circulado, ir direto pra lá, para então levar eles pra Dublith.

Por que ao invés de ir de A para B, o 2003 sempre precisa ir de A para A.5 para A de novo para A.8 pra então chegar em B?

Enfim. Tem alguns pequenos elogois que consigo fazer ao 2003, contudo. Salvo as aberturas, prefiro mais os enquadramentos da direção do 2003, bem como o character design. Sinto que ele tem mais personalidade, comparado com as rotas extremamente seguras que o Brotherhood toma para retratar o mangá da forma menos ousada possível. A trilha sonora e a direção de arte tem seus momentos também — como a cidade subterrânea, pra um exemplo fácil. Mas num geral, sinto que ele erra em tudo que não isso.

E também não me lembrava que havíamos conversado antes. Olhando de volta pras nossas conversas, acho engraçado ver como algumas das minhas opiniões mudaram com o tempo. Os meus problemas com HxH na época parecem tão bobos olhando hoje. De uma forma ou outra, peço perdão pela demora, e pela resposta ter ficado progressivamente mais low-effort. Já passam da meia-noite no momento que escrevo e percebi que pescar os prints e linkar cada um individualmente vai dar um trabalho bem maior do que eu tinha em mente quando comecei a escrever. Mas com sorte deu pra responder bem.
Nightstark Dec 18, 2022 2:47 PM
Talvez eu aumente para 2 em algum ponto do futuro. O que conta é menos o número literal e mais o sentimento de que o FMA 2003 foi uma experiência profundamente triste.

Salvo as aberturas.

Rewrite é sensacional.
Monokumerz Dec 14, 2022 10:01 AM
A coisa do sacrifício da alquimia é que ela é precisamente a resposta que ninguém que praticou transmutação humana pensaria ou arriscaria em fazer. O que a Verdade faz é punir aqueles que usam da alquimia para tentar brincar de Deus. E essas são as pessoas que naturalmente colocam a alquimia acima de tudo. O próprio Ed parece ter sua autoestima inteira construída em torno do quão bom ele é em alquimia, com os sentimentos de inutilidade que ele tem quando não consegue resolver um problema com sua alquimia decorrendo disso. A Verdade nunca chama ele pelo nome, também. Apenas o chama de "Alquimista" ou "Alquimista de aço", como forma de desumanizar ele por ter tentado ser mais do que um humano e subverter a ordem natural das coisas.

Então, eu acho que fui vítima de Fake News. Teve um site dizendo que essa frase era dita no volume 1 de FMA, então pensei que o 03 tinha apenas pegado ela. Mas eu não a achei em minha releitura em lugar algum. Possível que tenha sido incluída em alguma edição de luxo desses volumes, onde a Arakawa decidiu prestar homenagem ao 03, mas eu não sei. Devo só mudar a referência de onde isso saiu e pronto. Mesmo não gostando do 03, eu acho essa frase e a sequência de cenas associadas a ela ótimas, então vou mantê-la mesmo assim.

Ele perder as memórias é um ponto bem aleatório e que não leva a quase nada. Ele as recupera no fim de Shamballa e fica por aí. Não faço ideia do porquê deles terem escrito isso para começo de conversa.

É, de fato, bem difícil achar alguém que tenha pegado tudo de FMA para ver ou que tenha uma boa memória de todas as três obras. Admito que não estou exatamente revendo o Brotherhood como estou pegando algumas cenas específicas e comparando com as do mangá. Mas está sendo bem legal conversar sobre as três obras mesmo.

Comum diferentes times terem diferentes interpretações dos designs dos personagens. Brotherhood e 03 claramente tem estilos de arte diferentes não só um do outro, como do mangá, também. Jogos mobile num geral também tem a tendência de puxar esse estilo artístico para deixar os personagens mais "apelativos". Como fã de Megaman, estou feliz em ver muitos dos personagens icônicos recebendo artes novas muito boas que os representam surpreendentemente muito bem. Por outro, tem muita arte que é só "olha esse personagem, mas sem camisa". "Olha essa personagem, mas de bikini". Não duvido que muito disso tenha acontecido com FMA com esse jogo também. Apesar de eu ainda não ter visto nada dele ainda.
Monokumerz Dec 13, 2022 10:51 AM
Sim. Ed fala sobre como o scar estava errado em matar alquimistas que não tinham nada a ver com a vingança dele. O Al responde que ele entende o Scar e que "se o mesmo acontecesse com o Ed, ele faria o mesmo". O que é obviamente muito fora de personagem para o Al.

A questão da troca equivalente é bem menos associada ao sacrifício que ambos fizeram e bem mais associado à noção da entropia - de que você sacrifica sempre mais do que ganha, com o exemplo de que a alquimia não é só pegar algo e transformar magicamente em outro objeto de igual massa, como também é necessária energia para fazer essa conversão.

Questionar o moralismo do Ed, particularmente a regra dele de nunca matar ninguém, é algo que o mangá faz algumas vezes. A primeira vez que isso acontece é quando ele, o Ling e o Inveja ficam presos no estômago do Gula. Para escapar, o Ed precisa oferecer parte da pedra do Inveja como tarifa para abrir o Portão da Verdade. O Ed, como esperado, hesita inicialmente, falando que não usaria a pedra porque ele estaria sacrificando a alma de várias pessoas. Inveja responde, o falando que, ao contrário do Al, essas almas perderam o corpo faz muito tempo e jamais os recuperariam, e que ele deveria definir um humano pela razão e não pela emoção. Ed faz a transmutação e observa uma das cabeças no corpo do Envy chorando e agradecendo a ele por estar finalmente livre. Essa imagem assombra os pensamentos dele por um bom tempo depois disso.
Em Briggs, Kimblee questiona o Ed sobre sua filosofia, falando que acha ridículo ele ter se juntado ao exército achando que nunca precisaria matar ninguém. Mais tarde, os soldados discutem sobre como eles podem lidar com o Kimblee, com o Miles sugerindo matá-lo junto de suas Quimeras a tiros e manter sigilo sobre o assassinato até para a General Armstrong. Ed se opõe ao plano, falando que as Quimeras podem estar sendo apenas manipuladas e que basta desativar a alquimia do Kimblee e tirar a pedra filosofal das mãos dele. Miles o fala que a ingenuidade dele pode acabar o matando. Depois do plano do Miles falhar, o Ed confronta o Kimblee, destruindo o círculo de transmutação nas mãos dele e fazer ele derrubar a pedra filosofal. Kimblee ri, falando que a filosofia do Ed é bem nobre, mas que, graças a ela, perdeu a chance que tinha para matá-lo, revelando logo em seguida que tinha uma segunda pedra filosofal explodindo tudo ao seu redor. O Ed é empalado por um dos escombros e quase morre. Mas, por ele salvar as Quimeras do Kimblee, ele consegue ajuda para remover o pedaço de metal de seu corpo e usa da alquimia para tentar fechar temporariamente o ferimento. O Ed tenta manter sua filosofia firme, sempre em conflito com o que de fato poderia ser o melhor a se fazer na situação na qual se encontra e sendo assombrado sempre que é forçado a flexibilizar um pouco ela.
Na briga com o Ganância no 2003, o Ed o mata por acidente, depois do Ganância mentir pra ele sobre ser totalmente invulnerável. Apesar de parecer um pouco pra baixo nos próximos dois episódios, isso não parece ter afetado ele de forma tão profunda quanto usar a pedra filosofal o afetou no mangá. O grande pay-off disso tudo é só ele matar a Sloth e nada mais além disso. Isso não é ruim, per se, mas acho que está bem abaixo do que o mangá proporciona

Sobre a questão do cientificismo dele, o mangá e o 2003 tocam nessa ideia principalmente pelo sacrifício que o Ed faz ao final da obra. Só que enquanto o mangá desde seu princípio constrói para esse momento de forma bem clara e com uma progressão lógica de eventos, o 2003 já tropeça um pouco por trocar a ordem de certos eventos. O que o Ed diz pra Rose no volume de que "Alquimistas não acreditam em coisas ambíguas como Deus. O que é irônico, pois somos os mais próximos de deuses nesse mundo" contrasta diretamente com o que ele diz imediatamente depois do caso da Nina, "Não somos deuses. Muito menos demônios. Somos apenas humanos. Humanos que não conseguiram nem salvar uma garotinha". Tirando o fato de que no 2003 essa citação acontece depois do caso do **Barry the Chopper** em vez de imediatamente depois do que aconteceu com a Nina, essa citação acontecer antes de Liore no 2003 quebra muito desse senso de progressão. Isso sem contar os vários instantes no mangá em que o Ed percebia que mesmo com todos os poderes que a alquimia o fornecia, em muitos instantes, ele era um inútil. Não salvou a Nina, não consegue consertar seu próprio corpo sem a Winry, não conseguiu ajudar no parto. Muito disso como construção para ele perceber que há coisas nesse mundo muito maiores que a alquimia. Para fazer ele se aceitar como humano e se colocar em seu lugar. Que é exatamente o que a Verdade queria ver desde o começo. No 2003, essa ideia não é tão bem explorada. Tem esses argumentos da Dante e do Hohenheim sobre a troca equivalente não ser possível, com o Ed depois aceitando isso mas afirmando que, mesmo assim, é o melhor que eles tem. Tem a fala do Mustang da importância de desistir dos seus sonhos pelo bem maior. Tem uma conexão com a ideia do último episódio que o mundo não é perfeito, mas são essas imperfeições que o tornam tão lindo. Mas muito disso envolve a revelação bizarra, que surge do nada, e que não é nem um pouco sensível com o universo de Fullmetal da existência do nosso mundo paralelo ao deles. Por consequência, o sacrifício dele acaba sendo bem pior amarrado. Um pouco mais bagunçado. Regido por mecânicas muito mal estabelecidas e claramente não tão bem planejado. O arco dele ainda é bom, num geral, mas claramente tem seus problemas.


Eu poderia escrever mais, mas francamente, eu tô cansado já kkkkkk
Monokumerz Dec 12, 2022 7:51 PM
No Brotherhood, a gente tem o episódio de Ishval. No mangá, a gente tem o volume de Ishval. A expressividade da arte da Arakawa dá um peso enorme para as cenas que simplesmente se perde na adaptação. Mas sim, é uma pena que o povo ignora o mangá e opta sempre pelo Brotherhood. Estou começando a recomendar o povo a dar uma chance pro mangá, mas ainda não tive muito sucesso.

De cagadas do 03 eu posso citar várias só no episódio 47. A forma que a fraqueza dos homúnculos funciona nessa série é dolorosamente inconsistente e, considerando que isso é o motivo pelo qual certos personagens vivem ou morrem, é um problemão para se ter. Nem me faça começar a falar sobre o quão imbecil a resolução do episódio com o Wrath fundindo com a Sloth é.

Mustang é meio inconsistente no 2003. Eles tentam dar a ele uma vibe bem mais de frio e calculista na maior parte do tempo. Ele é introduzido quase como uma parede sem emoções, só para injetarem um pouco da personalidade dele do mangá mais tarde. Tem umas coisas estranhas sobre o rumo que o personagem dele toma no final, particularmente sobre essa questão de "desistir de seus sonhos egoístas para fazer o que é certo", o que envolve ele jogando fora o plano dele de virar Fuher e mudar Amestris para o melhor para vingar o Hughes matando o Bradley, que não teve nada a ver com a morte dele (??????)

Al não tem exatamente uma linha narrativa bem definida no 2003, nem tem muitos bons momentos de personagem de forma consistente como o do mangá/Brotherhood. Muitos dos que ele tem acontecem de forma melodramática, como o episódio do hospital. Tem momentos em que ele age estranhamente fora de personagem, tipo quando ele fala pro Ed que faria o mesmo que o Scar se algo acontecesse com ele depois do primeiro confronto deles com o Scar.

Ed tem essa coisa dele ter que deixar o moralismo dele de lado e aprender a matar depois da luta com o Greed, além da perda da inocência
dele ser tratado como sinônimo de seu amadurecimento. Tem ele aprendendo que a troca equivalente não é um modelo perfeito que explica a realidade 100% do tempo, mas que ainda assim vale a pena acreditar nela, mostrando um abandono do cientificismo que ele tinha no começo da série. A coisa é que a ordem de certos eventos serem trocadas quebra um pouco a progressão natural do personagem dele e muitas dessas ideias são tocadas ou subvertidas no próprio mangá de forma consideravelmente melhor, na minha opinião
Monokumerz Dec 10, 2022 6:11 PM
Brothers, Transient Life, as músicas da Dante. Tem muita música ótima na trilha sonora. Brothers é bastante remixado, mas eu não reclamo

Quadrinização e especialmente a expressividade dos personagens é a grande força que o mangá tem. Apesar do Brotherhood muitas vezes fazer as cenas de ação melhor, graças aos animadores da Bones, ele perde de lavada sempre para o mangá. No fim, essas cenas de drama são o mais importante de Fullmetal pra mim, então, de fato, o mangá é sem dúvidas a versão definitiva

É, de fato. Se não fosse falta de tempo por causa desse semestre de faculdade, que vem sendo bem apertado, teria entrado em detalhes de tudo que estou amando nessa releitura de Fullmetal faz tempo.
Monokumerz Dec 9, 2022 5:48 PM
47, se não me engano. É quando ele e a Lust vão salvar o Al do Tucker e enfrentam o Wrath e a Sloth.

Esqueci de responder o outro texto também, foi mal.

Então, nem eu, nem o Night, nem o Verde conseguimos entender a posição de que o 2003 é a melhor versão da obra. No máximo se você gostar mais do fato dele tentar ser consideravelmente mais sério, dramático e ter um final bem menos feliz que o original. Acho a direção dele melhor que a do Brotherhood e gosto mais da trilha sonora do 2003. Mas, de resto, em âmbitos temáticos, de personagem e principalmente de história, ele perde de lavada.

Eles não só jogam na Rose como não vai a lugar algum. Só para depois mostrar que a Winry estava apaixonada por ele em Shamballa e ela só se foder por ele resolver ficar no mundo real. Em Shamballa o romance dele é mais com a versão do mundo real da Rose do que com a Rose em si. Acho que ele e a Rose nem se falam no filme.

Bem, eu vivo pra fazer textão falando mal de coisa que não gosto, então que bom que gostou kkkk
Monokumerz Dec 3, 2022 4:27 PM
Chamar a Winry do 2003 de uma fração do que é no mangá ainda é dar crédito demais para a forma que ela é escrita. Quase todos os momentos relevantes de personagem dela são ou inteiramente removidos ou transferidos para outros personagens. Ela não age como âncora emocional pro Ed e pro Al quando eles brigam no hospital, ela não ajuda um bebê a nascer, ela não reflete sobre seus pais e tenta replicar as ações dele, ajudando o Scar mesmo nunca conseguindo o perdoar pelo que fez, o incentivando, também, a perceber que sua posição no ciclo de ódio apenas ajuda a perpetuá-lo.

O que o 2003 dá para a Winry no lugar disso é quase nada. Tanto em termos de personagem quanto em papel narrativo. Não existe nada mais inútil que quando ela e a Sheska investigam a secretária do Fuher. Elas descobrem que ela é homúnculo e só voltam pra Resembool. Não são atacadas, não contam a ninguém, e quando finalmente tem a oportunidade de revelar pro Ed, ele já sabia dessa informação. A segunda aparição e reintrodução dela na história é ela sendo sequestrada e sendo só uma donzela em perigo para o Ed resgatar. Em Rush Valley, ela só fica tristinha por achar que o Ed não valoriza o automail dela por trapacear numa queda de braço e é basicamente insuportável o episódio inteiro. Tem o drama dela com o Mustang, de como ele matou os pais dela. Que é resolvido com um discurso do Mustang do qual ela não participa de nenhuma forma. O drama estava lá, o Mustang tem o momento dele e não tocam mais nisso. A série ainda deixa ela triplamente inútil no final, quando revelam que o Ed pode apenas consertar o automail sozinho. Até no Conqueror of Shamballa, a personagem toda dela é ficar triste que o Ed não está mais com eles. E, no fim, ela é a única que se fode e não recebe nenhuma resolução.


Foi mal, acho que fiquei meio puto escrevendo isso kkkkkkk