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All Comments (7) Comments
Segundamente, desculpa pela demora kkkkk. Não tem muito motivo, não, foi só um tempo que passei pensando sobre outras coisas e sem muita vontade pra escrever uma resposta.
Agora sim, vamos lá!
Começarei pelo o que talvez tenha sido o ponto mais provocante que eu levantei: as tentativas do Gendo em desestabilizar o Shinji. Tendo já visto o último filme (ainda não comentarei sobre), fica evidente a intenção que a série Rebuild tem em trabalhar a relação dos dois personagens, tanto como indivíduos (imaturos para com a solidão) quanto como função social (pai e filho). Então, o foco maior direcionado ao personagem é justificado e serve à trama e ao tema. No entanto, a narrativa especifica a posição do personagem num patamar elevado, que pouco pode ser visto quanto menos entendido. E ao efetivar seus objetivos, Gendo não parece fazer um mínimo esforço para tal; as coisas >simplesmente acontecem<. Sendo o objetivo da obra manter a pose do personagem ou não, o que desencadeia é um turbilhão de incidentes muito pouco previsíveis que concluem os planos dele, esses possuindo um envolvimento emocional pessoal com o Shinji. E nesse cenário onde intensifica o distanciamento com o pai e revelam-se informações que claramente traumatizariam o Shinji, eis que surge Kaworu e traz a luz, perspectiva, amizade, confiança e tudo de maravilhoso. Já no clímax do filme, tudo depende exclusivamente que eles sejam enganados, que nem o Kaworu nem o Shinji percebam que retirar aquelas lanças é >parte do plano<. E, mesmo com o Kaworu percebendo a armadilha, Shinji ignora qualquer aviso e procede com o que deve ser feito. Eu não quero dizer que é errado ou incoerente o personagem tomar um atitude burra ou revoltante, até porque eu não concordo, porém essa situação dependia dessa "burrice". Não foi um dilema entre acreditar em alguém ou acreditar em si mesmo, as duas opções vinham do Kaworu, não existe um conflito orgânico aplicado que não seja o desejo do roteiro, ou então >o plano do Gendo<. Esse, por sinal, não fez a favor de si ao desestabilizar o Shinji, mas contribuiu para que certos conflitos fossem resolvidos pelo Kaworu. Essas tentativas que regem a atmosfera - silenciosa e opressiva - do filme me soam como um disruptor de conflito, onde quer que precise incitar a instabilidade do personagem é colocado uma situação que mantêm o fluxo e interesse da narrativa, o que me leva a pensar que essas atitudes são artificiais e só criam o próximo tópico do roteiro.
Sobre os outros elementos que eu citei eu até concordo contigo, eles não existem do nada, mas como eu tinha dito, têm funções um tanto superficiais para oferecer a esse filme. A maioria eu implico pela narrativa mesmo, como foi apresentado e decorrido ao longo do filme é pífio. Mas dando o braço a torcer eu já discordo de mim quanto ao modo meio-anjo da Asuka, acho ele bem implementado, sim. Não exatamente como recurso de ação (ele é efetivamente usado assim), mas como desenvolvimento da Asuka é importante que ela se impusesse naquele momento e, veja só, tomasse uma decisão difícil que seria consequência de toda a luta, consequência das ações do Shinji. É disso que eu reclamo nos outros, são estados inertes e consentidos naquelas situações.
Personagens: Asuka tsundere; Rei kuudere (um pouco mais pró-ativa); Misato mulher desleixada (com nada do que era a relação dela com o Kaji); Ritsuko ???
Aquele trecho de desenvolvimento da Asuka conversando com a Misato é bonito e diz sim sobre ela, mas... só esclarece um drama da personagem que, para esse filme, não tem relevância. Ela já muda antes que nós possamos traçar algo sobre ela, fica muito indefinida a personagem que regride para a característica de menosprezar o Shinji por tudo que ele faz e tudo que ele não sabe.
No geral, as coisas que me incomodam não são exatamente aonde eles pisam, mas os passos que dão. As temáticas que regem o filme são belas, interagem bem, se contradizem e complementam (como eu gosto de dizer, são temáticas que dançam). Imagino que qualquer um possa se apegar a elas e ver bastante valor no que elas transpõem dentro da obra e fora dela. O problema é que me saltou aos olhos momentos que desviavam ou não condiziam com os possíveis méritos que eram propostos.
É isto. Obrigado pela paciência 😅
P.s.: Passou-se tanto tempo que eu nem precisaria responder kkkkkk. Mas, enfim, decidi e pode acabar sendo mais polêmico do que nós colocamos em discussão hehehe.
Tanto o Shinji quanto o Kaworu protagonizam os melhores momentos. De fato, tenho pouco a dizer sobre eles, compõem muito bem as cenas crescendo os temas e transmitindo uma das poucas relações que os Rebuilds melhoram do original. Só que, como já havia dito, é preciso dar complemento ao que é apresentado, e boa parte do elenco não faz isso. E isso se deve ao trabalho mínimo e relés que eles tiveram nos filmes anteriores. Numa outra tag eu disse que as personagens femininas se tornaram a Rei. O que eu quero dizer é que todas são só arquétipo, não personagens - ou, pelo menos, não passa a ideia que existe um ser humano que possui desejos e necessidades por trás de cada uma, são muito planas. Nessa base, a dita "evolução" que cada uma sofre (tirando a Rei) é insignificante, com quase nenhuma palpabilidade sobre o que levou até aquele ponto, mesmo que uma simples dedução complemente, não traçam uma progressão coerente com o que já foi definido pra cada uma, e como pouco foi definido, não importa como elas estão.
Eu cheguei a rever o filme há pouco e acabei tendo uma absorção mais positiva do que na primeira vez. A ação, que eu achava desgovernada e mal composta pelos cenários, já acho não mais com estas características (ou não em muitos momentos). E os diálogos, que eu achava nebulosos e pouco informativos, quebraram nessa segunda vez. Chega até ser meio expositivo, mas os personagens não escondem suas intenções. O que pega é como essas informações estão sendo relevantes pro momento e pra obra como um todo, dessa forma eu olho meio torto para alguns como a revelação que é feita naquela partida de Shogi.
É isso, não quis estender muito (meti essa?) e acabar falando mais do que eu digo na tag. Não quero dizer que você tá errado em algo, só estou em defesa da minha visão sobre a obra. Sinta-se livre para responder.
Dito isso,
#pas