"Oshi no Ko"
Observação: O único outro anime neste ano que poderia concorrer a este lugar seria Sousou no Frieren. Há quem apoie Sousou no Frieren, pois é uma obra-prima. No entanto, certas defesas estão embriagadas com a euforia de ser um anime ainda em exibição. Por outro lado, Oshi no Ko é do início do ano, isso certamente influencia no abrandamento das emoções e das percepções quando se faz um juízo. Após essas reflexões, se as duas obras forem comparadas e separadas em diversos aspectos, uma análise sóbria e calculista não deixa dúvidas de que Oshi no Ko é o anime do ano.
Melhor Continuação
Vinland Saga Season 2
Observação: Há uma cena polêmica neste anime que o marca negativamente, mas desprestigiar uma temporada que se manteve nos mais elevados patamares por quase todo o tempo em virtude de apenas uma cena seria uma enorme injustiça. Além disso, não há concorrentes neste ano que atingiram o mesmo nível.
Melhor Estreante
"Oshi no Ko"
Observação: Dado que a premiação de Anime do Ano foi atribuída a um estreante no ano, a premiação de melhor estreante não poderia ser diferente. Se a premiação fosse para o melhor episódio de estreia, ainda assim não poderia ser diferente, com aquele primeiro episódio com tempo de duração de um longa-metragem que abalou a comunidade otaku. Apesar de Sousou no Frieren também ter tido uma excelente estreia, não foi tão grande para superar Oshi no Ko.
Maior Surpresa
Sousou no Frieren
Observação: Antes de estrear, foi um dos animes mais desacreditados do ano. Mesmo após o seu bom início, demorou um pouco para obter a devida popularidade. Contudo, mantém-se como o anime mais bem avaliado do MAL por um longo período e é o mais popular de sua temporada.
Pior Adaptação
Tengoku Daimakyou
Observação: As pessoas que leram o mangá deste anime ficaram decepcionadas e indignadas com as várias mudanças e censuras impostas ao anime. Obviamente, certas cenas foram muito amenizadas, não passam o mesmo peso e algumas foram mudadas radicalmente. Por exemplo, uma cena que deveria ser dramática foi modificada para ter um tom cômico.
Maior Decepção
NieR:Automata Ver1.1ª
Observação: A decisão foi difícil, tendo em vista os concorrentes Trigun Stampede, The Girl I Like Forgot Her Glasses, Yuusha ga Shinda e The Misfit of Demon King Academy II. O critério definidor utilizado foi aquele anime que apresentasse uma maior expectativa coletiva da comunidade frustrada.
Melhor Animação
Vinland Saga Season 2
Observação: Apesar de Vinland Saga Season 2 apresentar uma animação deslumbrante, detalhada e fluida, este não foi um julgamento fácil. Dado que, quando se define quem tem a melhor animação, as cenas de ação têm um grande peso, uma vez que precisam ser mais robustas, ter muitos efeitos e muita fluidez. É importante salientar que a segunda temporada de Vinland Saga, em comparação com a primeira, apresenta um número consideravelmente menor de cenas de ação, ao passo que a animação melhora em relação a ter uma maior constância na qualidade de todas as cenas. Competindo com Vinland Saga, havia a segunda temporada de Kage, que apresenta uma abundância de cenas espetaculares de ação, com muitos efeitos, detalhes e fluidez. Entretanto, Kage tem um traço mais simples e a obra é mais escura, o que torna a animação mais fácil de ser produzida. Sobrando assim, como o outro grande rival do ano para Vinland Saga, o Jigokuraku, que é mais detalhado que Kage e mais claro. No entanto, Jigokuraku é menos constante em manter uma qualidade de altíssimo nível. Ademais, mesmo Jigokuraku tendo ótimas cenas de ação fica em desvantagem comparado a outros animes do ano nesse quesito, isso é mais perceptível por quem leu o mangá que não teve uma melhora na experiência com o anime.
Outro anime que merece ser mencionado em termos de animação é Suki na Ko, devido ao seu impressionante detalhamento, técnicas aprimoradas e enquadramentos ousados. A animação é marcada sobretudo pelos olhos detalhados e belos, seguidos pelos cabelos volumosos e fluidos. Com relação aos enquadramentos, encantam a maioria das pessoas pela inovação, mesmo com alguns alegando que os ângulos excêntricos geram incômodos. Entretanto, apesar de a animação não ser o problema do anime, existem algumas queixas de que a qualidade elevadíssima não foi constante em todos os episódios. Ademais, o critério crucial para desconsiderar esse trabalho como contendo a melhor animação do ano foram as várias cenas reutilizadas.
Melhor Design de Personagens
Jigokuraku
Observação: Para definir o melhor desenho de personagem, foram levados em consideração critérios além de serem detalhados, bonitos, imponentes e carismáticos, sendo dada importância aos mais estilosos, ou seja, diferentes e chamativos. Além disso, como critério de desempate, foi dada preferência aos animes estreantes deste ano. Desenhos muito distantes de proporções áureas foram descartados.
Melhor Diretor
Saitou, Keiichirou (Sousou no Frieren)
Observação: A escolha foi difícil, tendo em vista a concorrência com o diretor de Oshi no Ko, que fez um trabalho apaixonado dedicando a sua alma. Os dois diretores criaram ótimos enquadramentos, melhoraram os materiais originais, e deixaram as cenas mais emocionantes. O diretor de Oshi no Ko tem como principais vantagens os ótimos ganchos e algumas cenas espetaculares que são superiores às do seu rival. No entanto, o diretor de Sousou no Frieren fez um extraordinário trabalho de ritmo. Além disso, o material original de Oshi no Ko é melhor do que o de Sousou no Frieren, ou seja, o diretor Saitou teve um maior desafio para atingir um ótimo resultado. Por último, Saitou também faz parte da equipe de Oshi no Ko.
Melhor Anime de Romance
Kanojo, Okarishimasu 3rd Season
Observação: Há aqueles que são cheios de ódio e derramam veneno contra esta obra, mas o ódio não é um critério para a avaliação. O romance desta obra é belo, bem desenvolvido, e essa temporada é possivelmente a melhor de todas, pois tem um tom dramático bastante forte. Infelizmente, não é a melhor adaptação possível, uma vez que não aproveitou nem 10% do enorme potencial apresentado no mangá neste trecho. Esta parte de Kanojo é tão extraordinária que, apesar de estar bem aquém do potencial, ainda é extremamente prazerosa. O único outro concorrente que poderia enfrentar Kanojo neste ano seria Yamada-kun, que é um excelente anime. No entanto, apesar de Yamada ter um foco maior no romance, e por isso deveria ter uma primazia, seria injusto não reconhecer, de alguma forma, o que Kanojo fez nessa temporada.
Melhor Anime de Comédia
Benriya Saitou-san, Isekai ni Iku
Observação: Quando o critério principal é a comédia, nenhum outro anime neste ano ofereceu cenas mais hilárias. Além do que, é um anime completo, uma vez que apresenta uma narrativa inusitada, com uma história cheia de reviravoltas, com diversos gêneros, tudo isso com um bom conteúdo e uma excelente direção.
Melhor Anime de Ação
Kage no Jitsuryokusha ni Naritakute! 2nd Season
Observação: Quando o foco principal é ação, ninguém ofereceu este ano mais cenas de ação e de boa qualidade do que Kage.
Melhor Anime de Fantasia
Helck
Observação: O anime, inicialmente, parece ser uma paródia, mas tem uma história absurda, riquíssima e bastante dramática. Além de ser excelente, tem muitos elementos típicos dos clássicos de fantasia, o que o coloca nesta escolha à frente de outros de fantasia deste ano.
Melhor Anime de Drama
Sousou no Frieren
Observação: Independente de quem tem as cenas mais fortes, ou de quem seja o melhor anime em sua totalidade, Sousou no Frieren é mais focado no drama do que Oshi no Ko, tem mais características típicas desse gênero. Portanto, deve ser considerado o melhor anime de drama do ano.
Melhor Personagem Principal
Dark Schneider (Bastard!! Ankoku no Hakaishin Season 2 (ONA))
Melhor Personagem Secundário
Arima, Kana ("Oshi no Ko")
Melhor Música de Anime
Melhor Abertura
Melhor Encerramento
Melhores Animes Estreados em 2023
1. "Oshi no Ko"
2. Sousou no Frieren
3. Helck
4. Jigokuraku
5. Zom 100: Zombie ni Naru made ni Shitai 100 no Koto
6. Benriya Saitou-san, Isekai ni Iku
7. Yamada-kun to Lv999 no Koi wo Suru
Melhores Continuações de Animes em 2023
1. Vinland Saga Season 2
2. Kanojo, Okarishimasu 3rd Season
3. Tokyo Revengers: Tenjiku-hen
4. Spy x Family Season 2
5. Bastard!! Ankoku no Hakaishin Season 2 (ONA)
6. Rurouni Kenshin: Meiji Kenkaku Romantan (2023)
7. Masamune-kun no Revenge R
8. Kimetsu no Yaiba: Katanakaji no Sato-hen
Piores Animes de 2023
1. Maou Gakuin no Futekigousha: Shijou Saikyou no Maou no Shiso, Tensei shite Shison-tachi no Gakkou e Kayou II
2. Isekai Shoukan wa Nidome desu
3. Inu ni Nattara Suki na Hito ni Hirowareta.
4. Yumemiru Danshi wa Genjitsushugisha
Perda de Tempo de 2023
1. Temple
2. Kimi wa Houkago Insomnia
3. Kaminaki Sekai no Kamisama Katsudou
4. Kaiko sareta Ankoku Heishi (30-dai) no Slow na Second Life
5. Eiyuuou, Bu wo Kiwameru Tame Tenseisu: Soshite, Sekai Saikyou no Minarai Kishi♀
6. Mononogatari
7. NieR:Automata Ver1.1ª
8. Suki na Ko ga Megane wo Wasureta
9. Tonikaku Kawaii 2nd Season
Colorido:Recomendomuitoefarámuitosucesso. Preto: Recomendo e fará sucesso. Roxo: Recomendo. Azul: Fará sucesso. Verde: Tem possibilidade de ser bom ou de fazer sucesso. Marrom: Será uma obra mediana. Vermelho: Não vale a pena.
Ore dake Level Up na Ken — Adaptação do manhwa, muitíssimo popular, Solo Leveling. É inconcebível que alguém que assiste animes e leia mangás com frequência ainda não tenha ouvido falar dessa obra. Portanto, mesmo para quem não goste da proposta e não curta o final do mangá, é um anime obrigatório dessa temporada. Além disso, apesar de o trailer não ser muito entusiasmante, o estúdio encarregado é o A-1 Pictures e a trilha sonora está sob a responsabilidade do grande Sawano.
Youkoso Jitsuryoku Shijou Shugi no Kyoushitsu e 3rd Season — A terceira temporada de Classroom of the Elite é produzida pelo mesmo diretor e estúdio que estão nessa franquia desde a primeira temporada. Sendo assim, não é esperado algo muito diferente do que já foi realizado, ou seja, muitas mudanças em relação ao mangá e uma produção tecnicamente mediana. Além disso, as temporadas anteriores foram bem-sucedidas por devido ao roteiro conterem alguns episódios extraordinários. Lamentavelmente, contrastam-se com diversos episódios desagradáveis que ocupam cerca de metade da obra.
Tsuki ga Michibiku Isekai Douchuu 2nd Season — O último episódio da primeira temporada é extremamente emocionante, épico, com uma ação frenética e muito bem realizada. Pena que seja apenas o último episódio, pois os outros são meramente uma trama com muitas enrolações. Ademais, o diretor continua o mesmo, mas o anime mudou para um estúdio maior. Em tese, um estúdio maior pode nos levar a crer em uma produção melhor. No entanto, no que diz respeito aos aspectos de imagens, os trabalhos do estúdio anterior são mais apreciáveis. Além disso, o trailer apresenta um anime simples, o que corrobora com a ideia de que a trama permanecerá novamente parada na maior parte da temporada. Embora algumas pessoas afirmem que esta parte do mangá seja extremamente movimentada. O melhor é esperar as primeiras críticas. Se disserem que há muita ação e de boa qualidade, é uma boa aposta.
Mashle 2nd Season — A premissa não ajudava a promover a obra, e a primeira temporada teve uma introdução ruim. No entanto, com o decorrer do tempo, a história se torna cada vez mais interessante, e as piadas começam a se desenvolver de forma eficiente. Dado o que já foi realizado, não se pode esperar uma obra-prima desta continuação. No entanto, se continuar com a mesma dinâmica, o anime promete ser leve, divertido de ser assistido e o mais tranquilo de ser acompanhado da temporada.
Mato Seihei no Slave — Esta obra está despertando uma grande expectativa e cada vez mais se tornando popular, sobretudo porque promete muita ação, é do mesmo criador de Akame ga Kill e os desenhos de personagens são excelentes. Desenhos esses semelhantes à de outros personagens populares em animes. Apesar das expectativas em relação aos designs apresentados e do enorme tempo de produção, adiando a estreia por um ano, com base nos trailers divulgados, a animação apresenta uma qualidade mediana, no máximo um pouco acima da média. O receio é reforçado pelo estúdio ser pequeno e sem um histórico de grandes produções. Pelo menos, o diretor é um profissional experiente que tem uma longa carreira nessa indústria. Além disso, é importante salientar que o mangá não é bem avaliado e tem uma premissa notoriamente terrível. Diante disso, pelas expectativas, deverá fazer um sucesso inicial, mas possivelmente decepcionará muitas pessoas.
Boku no Kokoro no Yabai Yatsu Season 2 — A primeira temporada deste anime não apresentou o enredo que era aguardado, mas independentemente do rumo imaginado, foi uma surpresa agradável, superando bastante a média dos romances escolares. Isso se deve ao fato de haver várias ótimas singularidades nessa história e pelos personagens. A prova disso é que é bem avaliado no MAL, além de que mesmo com a forma errada como foi vendido, ter conseguido uma significativa popularidade para sua proposta. A princípio, pode parecer uma escolha óbvia, pelos elogios muito merecidos, mas o romance escolar está esgotado para muitos. No entanto, se puderem considerar isso como um estímulo, o romance neste anime avançou na primeira temporada. Além disso, pelas revelações que estão sendo divulgadas, o romance nesta segunda temporada deve percorrer uma maratona na velocidade da luz.
Jaku-Chara Tomozaki-kun — Passaram-se três anos para sair a segunda temporada, houve até a arrecadação de fundos por meio de doações para a produção. A felicidade dos fãs por saber que esse dia está chegando é enorme. A adaptação é merecida, por ser de um light novel premiada, ganhadora inclusive do prêmio de excelência no Shogakukan Light Novel Grand Prix. Além disso, a light novel é excelentemente bem-sucedida em termos de venda. A produção do anime só enfrentou dificuldades para ser realizada, uma vez que, lamentavelmente, a primeira temporada não foi tão bem avaliada, recebendo uma abundância de críticas ocidentais rasas e estúpidas. Isso se deu, muito em virtude, pelo fato de ser uma obra voltada para pessoas inteligentes e com mensagens realistas, as quais se chocam com os ideais do politicamente correto. Em outras palavras, foi cancelada por pessoas incautas, que têm mentes fechadas, intolerantes e incapazes de compreender um subtexto. São pessoas que não apenas não compreendem a complexidade do tema, como também distorcem maliciosamente a mensagem da obra em suas resenhas. Em suma, pseudointelectuais, incapazes de raciocinar, de pensar com suas próprias mentes, por gentileza seres assim não assistam, essa obra não é para os cheirosos de Narnia.
Dungeon Meshi — A primeira impressão não foi das melhores, posto que os desenhos são simples, pouco detalhados e genéricos, tanto nos personagens quanto nos cenários. Apesar disso, pode surpreender, visto que o estúdio responsável é o Trigger, que tem um histórico que merece todo o respeito em termos de imagem. Quanto a história, tem uma sinopse agradável, uma vez que se trata de um drama seinen promissor. A trama também pode ser respaldada pelo mangá ser muito bem avaliado. Assim sendo, pode até não se tornar muito popular, mas deve ter uma boa história.
Ao no Exorcist: Shimane Illuminati-hen — O trailer é até interessante, com uma boa música e belas imagens. No entanto, esta é a terceira temporada de um anime que tem uma premissa desagradável e saturada. É surpreendente e decepcionante que a primeira temporada seja extremamente popular, mas é mais surpreendente que, até o momento, esta terceira temporada não seja popular.
Yubisaki to Renren — É um anime shoujo bem característico com personagens universitários adultos, e tem um material base muito bem avaliado. O fato de a protagonista ser uma pessoa com deficiência auditiva remete imediatamente à lembrança do extraordinário Koe no Katachi. Certamente, haverá muitas pessoas que aclamarão este trabalho. Entretanto, apesar de haver muitos homens que assistiram shoujos e apreciaram, eles não são o público-alvo desse tipo de trabalho. Por conseguinte, o fato de este anime apresentar elementos fortemente característicos do shoujo, pode ser um indicativo de que não haverá atrativos que sejam fortes o bastante para atrair um público para além do seu próprio nicho.
Shin no Nakama ja Nai to Yuusha no Party wo Oidasareta node, Henkyou de Slow Life suru Koto ni Shimashita 2nd — A segunda temporada do anime com um herói que deixa a vida de aventuras para trabalhar como vendedor em uma loja de boticários. Definitivamente, colocar vida cotidiana numa fantasia como o tema central é conceitualmente contraditório. A ideia é vendida por ter uma certa originalidade, mas é difícil comprar essa premissa, e piora quando a primeira temporada foi mal avaliada. Um enredo bom é uma história sem as partes chatas, coisas comuns não são interessantes, não justificam a atenção.
Dosanko Gal wa Namara Menkoi — O anime começará com uma gal descendo em uma cidade para ver pontos turísticos, sem saber que ficava a três horas de caminhada do seu destino, estando no inverno com 8 graus negativos e vestindo roupas de verão. Parece um anime fofo, diferente e com situações engraçadas. O trailer também apresenta uma boa música, além de bons cenários e personagens promissores. A única ressalva é que o mangá não é tão bem avaliado, mas parece que isso se deve ao fato de que, ao longo do tempo, a trama mudou de foco, o que não deve ocorrer em apenas uma temporada do anime.
Majo to Yajuu — Os designs dos personagens principais têm bons conceitos artísticos. Um deles parece enigmático, carregando um cachão nas costas, e o outro é uma bela mulher, com leves traços selvagens. Parece ser bastante promissora a ideia de um casal Van Helsing caçando uma bruxa em uma cidade. Promissora por: ser um pouco diferente dos animes habituais; não serem crianças os personagens principais; e centrar em um único caso que tem um inimigo claro, forte e misterioso. No entanto, animes com monstros que remetem muita familiaridade aos dos contos clássicos, o que pode ser o caso desse, costumam não ser bem-sucedidos. Ainda mais um que se pareça ser de detetives. Se servir como tranquilizador, o mangá é um seinen bem avaliado, e o diretor do anime é bem experiente.
Sokushi Cheat ga Saikyou sugite, Isekai no Yatsura ga Marude Aite ni Naranai n desu ga. — Uma classe de estudantes japoneses é teletransportada para um mundo de fantasia, no qual cada um dos estudantes adquire um poder. A princípio, todos adquirem poderes, com exceção, aparentemente, do nosso meio estúpido protagonista, porém a verdade é que ele adquiriu o maior poder. Essa é uma introdução bastante típica de animes genéricos isekais de temporada, e os desenhos com cores claras seguem a mesma linha. O diferencial que o anime propõe, é o fato de o protagonista ser tão forte que basta apenas não estar dormindo para matar qualquer um com o seu poder de morte instantânea. Criar desafios instigantes para manter o público interessado nessa jornada com alguém tão forte é complicado. Além disso, o estúdio é pequeno, o mangá é mal avaliado e o anime é PG 13, ou seja, nem o ecchi de boa qualidade teremos. Se fosse um anime de três episódios, mas uma temporada inteira com essa proposta, é difícil acreditar que conseguirá se sustentar.
Urusei Yatsura (2022) 2nd Season — A segunda temporada de um reboot de uma primeira versão de grande sucesso, que é enorme e antiga, a qual já era uma adaptação de um mangá grande e mais antigo. No caso de um anime excelente, é preferível um remake fiel do que um reboot. Entretanto, quando a obra é datada demais, mesmo as ótimas, há algumas dinâmicas que não são adequadas para os tempos modernos, sendo preferível um reboot. Além disso, se for para fazer uma reimaginação, que seja forte e não suave. A manutenção de uma atmosfera mais retrô, só seria justificada se o primeiro anime não tivesse sido fiel ao mangá, de modo a criar uma versão fiel dedicada aos fãs do mangá. Um meio reboot ou meio remake, que parece ser a proposta desse anime, acaba deixando um desagradável estranhamento. Com todas essas ressalvas, há algumas críticas positivas da primeira temporada, e não poderia ser diferente, uma vez que a autora do mangá é a grande Takahashi.
Kekkon Yubiwa Monogatari — A sinopse do mangá apresenta uma história de amor onde um homem corajoso viaja para outro mundo, visando roubar sua amada de um casamento, tascando um beijo na princesa do reino. Já a sinopse do anime revela um protagonista covarde que tem dificuldades para se declarar para uma amiga de infância. As informações contidas na descrição da obra sugerem que não é um romance, mas sim uma putaria de um harem, com ecchi e seinen. O trailer revela que nesse Isekai de fantasia as garotas são meio humanas e o protagonista vai meter o anel no dedo de cinco princesas. Observações: o estúdio é minúsculo, o mangá é mal avaliado, o diretor só dirigiu animes ruins, e zoofilia é doença.
Metallic Rouge — Anime original de ficção científica futurista, com androides meio mechas, e do estúdio Bones. O trailer apresenta uma estética agradável, em comparação com os recentes animes que têm sido lançados com propostas semelhantes. Além de ser bonito, está extremamente fluido e com uma abundância de cenas de ação. O estúdio Bones, mais uma vez, parece que fará jus ao nome que construiu nessa indústria quando se trata da parte visual. Diante disso, vale a pena apostar neste anime, nem que seja somente pela animação.
Chiyu Mahou no Machigatta Tsukaikata — Mais um isekai, em que uma turma de estudantes normais do ensino médio japonês é invocada para o outro mundo e recebe poderes especiais. O diferencial é que o protagonista é o aluno mais mediano da turma e o foco do anime está na habilidade do protagonista com magia de cura. O problema não é ser um anime isekai, mas sim em ser um isekai genérico e sem conteúdo. Para aqueles que já assistiram a tantos similares, é difícil encontrar boas motivações para assistir a algo desse tipo. Entretanto, como é de praxe, haverá alguma audiência, e na ausência de algo melhor, não há como recriminar quem o considerar. Outro ponto relevante, é que os estúdios responsáveis são: o Shin-Ei Animation em parceria com o Studio Add que nunca produziu nada. Algumas vezes um estúdio maior entra com o nome e o menor com o trabalho. Finalmente, é preciso salientar que o mangá é mal avaliado.
Shaman King: Flowers — Uma continuação de um reboot que teve a sua primeira parte avaliada de forma tão negativa, que levou o anime a ter uma nota inferior a sete no MAL. A primeira versão recebe avaliações mais positivas, é bem mais conhecida, mas ainda é um anime infantil e detestável.
Gekai Elise — A ideia da premissa apresenta méritos, pois traz algo incomum e cria uma problemática boa para ser explorada, mas é difícil de ser aceita. Uma pessoa morre, reencarna, se torna um médico com os conhecimentos modernos de medicina, morre de novo, e volta ao o corpo da primeira vida antes da primeira morte. Não tem suspensão de descrença que faça essa lógica funcionar. Além disso, uma proposta em acompanhar um médico sendo um médico não é algo atraente. Haverá outras complicações nesse enredo, mas talvez não sejam o suficiente para oferecer uma trama interessante. O mangá é o melhor indicador no momento para a história, mas tem uma avaliação pouco favorável. Ademais, parece ser um anime nichado para garotas.
Akuyaku Reijou Level 99: Watashi wa Ura-Boss desu ga Maou dewa Arimasen — O trailer é bem razoável e a premissa de reencarnar em um otome game tornou-se bastante comum. Apesar disso, há uma série de elementos interessantes nesta sinopse devido a algumas nuances dessa proposta neste anime. Uma linda mulher, extremamente forte, que não se importa com romance, e apenas deseja viver em paz, mas é discriminada pela cor do seu cabelo e pela sua força. Enfim, só não dá para apostar mais neste anime, pelo mangá não ser tão bem avaliado.
High Card Season 2 — A primeira temporada deste anime estreou no início deste ano, mas já caiu no limbo do esquecimento. Além disso, esta primeira temporada foi descredibilizada, com baixa popularidade, com críticas severas e notas negativas. É difícil acreditar em uma continuidade quando o projeto começou tão mal.
Oroka na Tenshi wa Akuma to Odoru — Um anjo e um demônio vão estudar em uma escola japonesa e começa um romance entre eles. Quão mais estúpidas ainda podem ser certas premissas! O demônio se infiltrou na escola com o objetivo de recrutar alunos para lutarem contra os anjos. Meu Deus! O anime ainda é classificado como seinen. Para ser classificado assim, talvez haja alguma riqueza no subtexto. Sorte para aqueles que forem confirmar. Será necessária muita sorte, uma vez que o estúdio é pequeno e o mangá é avaliado como mediano. Ademais, são horripilantes as orelhas pontiagudas de alguns personagens.
Kingdom 5th Season — O trailer é interessante, mas é a quinta temporada e dificilmente alguém começará a assistir por ela. O estúdio Pierrot, que está realizando este projeto desde o início, permanece. Também permanece o mesmo diretor desde a terceira temporada. Logo, não deverá haver grandes surpresas, ou seja, continuará sendo um anime bem avaliado e direcionado a um público nichado e cada vez mais nichado.
Ishura— A ideia é simples: após a morte do rei demônio, surge um Battle Royale entre pessoas extremamente fortes. O trailer revelou os aspectos fundamentais para esse tipo de proposta, que são muita ação e uma imagem de qualidade. O quão bem-sucedido será esse anime, só saberemos quando começar para vermos como serão desenvolvidos os combates.
Saijaku Tamer wa Gomi Hiroi no Tabi wo Hajimemashita. — O anime apresenta uma menina que cata lixo em uma floresta para sobreviver, pois a sociedade a discrimina e a persegue. A premissa é ótima, mas o trailer demonstra que a direção não acertou o tom, que deveria ser dramático e escuro. Além disso, o estúdio responsável por esse anime também é bem pequeno.
Nozomanu Fushi no Boukensha — Mais outro filho de Overlord, um anime de fantasia no qual o protagonista é transformado em um esqueleto morto vivo. Se houvesse um anime entre esses filhos que fosse mais dark do que o pai, talvez conseguisse encantar muito mais do que as versões sempre mais leves e compactas. Não há problema em copiar, desde que acrescente algo novo. Até o momento, não é possível perceber nada de diferente dos seus irmãos e pai com os trailers e a sinopse deste anime.
Kyuujitsu no Warumono-san — A premissa é de um super vilão alienígena incumbido de destruir a humanidade, mas que resolve tirar uma folga na terra, que é constantemente interrompida por pessoas que tentam o derrotar. A ideia é promissora e pode ser aplicada em outras propostas, mas evidentemente é um anime de comédia. As produções que se concentram exclusivamente em comédia ou muito focadas nessa área, tende a ser menos atrativas do que aquelas que fazem uso esporádico. Não será uma obra-prima, mas promete ser um entretenimento para quem deseja algo descontraído e despretensioso. A qualidade do espetáculo dependerá muito da veia cômica do diretor.
Isekai de Mofumofu Nadenade suru Tame ni Ganbattemasu. — Após morrer de tanto trabalhar, um jovem reencarna em outro mundo como uma menininha. Ela renasce com uma a capacidade de ser amada por todos os animais, e fará amizade com todos os bichinhos. Que fofinho! O público-alvo é de garotinhas, mas é bem idiota essa premissa. Além do que, reencarnação após morrer de tanto trabalhar já saturou mais do que a do caminhão do isekais.
Mahou Shoujo ni Akogarete — É um anime de garotas mágicas que se diferencia pelo fato da protagonista sonhar em ser uma garota mágica, mas ganhar os poderes de uma vilã. Haverá momentos de ação, mas o foco principal será a criação de situações cômicas com à ironia das pretensões da protagonista. A ideia é promissora, mas não é o bastante para que este anime seja mais do que um mediano da temporada.
Loop 7-kaime no Akuyaku Reijou wa, Moto Tekikoku de Jiyuu Kimama na Hanayome Seikatsu wo Mankitsu suru — Anime da jovem reencarnada que é obrigada a casar com o príncipe que a matou em outra vida. A problemática é interessante, tem alguns dilemas, mas há algumas amenizações que podem comprometer o potencial. Na outra vida, a garota era uma vilã, o príncipe era o bonzinho, e agora ela só quer ter uma vida longa e tranquila longe da vilania. O anime seria mais promissor se, em vez de um romance redentor, fosse um jogo de intrigas, vingança e luta pelo poder. Será um anime mediano de temporada, focado no público feminino adolescente.
Bucchigiri?! — O anime é uma criação original do estúdio MAPPA, o mesmo que produziu Jujutsu e Shingeki. Será um anime de lutas entre adolescentes, provavelmente o Shounen da temporada atual. Nesse tipo de proposta, a ação bem produzida é um dos pontos mais relevantes e visualmente o trailer é bastante atraente, tanto em termos de cenários quanto de personagens. Assim sendo, tem potencial para o sucesso.
Himesama "Goumon" no Jikan desu — Um anime que mostra uma princesa sendo torturada por um lorde demônio. Será um anime bobinho de comédia, que se muito bem avaliado, chegará a ser considerado mediano.
Momochi-san Chi no Ayakashi Ouji — Um romance Shoujo, com uns personagens bonitos, um drama magico e demônios antropomórficos.
Sengoku Youko — O estúdio é bom, o mangá é bem avaliado, o trailer é satisfatório e o enredo é um shounen de aventura com ação. É surpreendente que, atualmente, não esteja com uma grande popularidade no MAL. No entanto, é inegável que tem potencial para o sucesso.
30-sai made Doutei dato Mahoutsukai ni Nareru Rashii — Romance Boys Love.
Pon no Michi — Anime sobre amizade entre garotas, jogos e um espaço de lazer. A proposta não é interessante, mas existe a possibilidade de surpreender, uma vez que é um anime original de um estúdio prestigiado.
Sasaki to Pii-chan — Anime de um homem de meia-idade solitário, que adotou um pássaro de estimação, o qual lhe concede poderes mágicos para viajar entre mundos. KKKKKKK... Que droga estavam usando quando tiveram essa ideia? Com toda certeza, para este anime o Alexandre dará uma nota 10. KKKKKKK...
Saikyou Tank no Meikyuu Kouryaku: Tairyoku 9999 no Rare Skill-mochi Tank, Yuusha Party wo Tsuihou sareru — Em suma, trata-se de mais um anime do herói do escudo, um herói com uma defesa extremamente poderosa. Os japoneses gostam demais dessa premissa defensiva, talvez seja uma identificação nacional. A sinopse e o trailer apresentam elementos interessantes, mas as esperanças se dissipam com a avaliação do mangá.
Hikari no Ou 2nd Season — O problema é que esta é a segunda temporada de um anime, cuja primeira temporada foi bastante mal avaliada. Além disso, a premissa é problemática, apesar de que não é de toda ruim. Pelo menos o trailer está bonito.
Synduality: Noir Part 2— Segunda temporada de um anime que teve a primeira temporada muito mal avaliada. O 3D da primeira temporada é ridiculamente ruim, insultivo e a palheta de cores não está bem encaixada. Pelo trailer dessa segunda temporada, é possível notar uma melhora nesses aspectos, mas não tanto quanto deveria e já é tarde demais.
Meitou "Isekai no Yu" Kaitakuki: Around 40 Onsen Mania no Tensei Saki wa, Nonbiri Onsen Tengoku deshita — Dois estúdios minúsculos produzindo um anime que é uma adaptação de um mangá completamente desconhecido. A história do anime é protagonizada por um homem que aprecia termas e reencarna em outro mundo. Além disso, promete ter um ecchi com garotas meio humanas. Percebe-se que a ideia foi produzir a parti de uma fórmula mágica, pegando os elementos mais genéricos de animes e colocando tudo junto no liquidificador.
Chou Futsuu Ken Chiba Densetsu — Anime de comédia com garotinhas. Esse é o supra-sumo do Alexandre.
Gekkan Mousou Kagaku — A história é sobre uma equipe de uma revista que publica matérias sobre monstros e coisas bizarras. A temática, aparentemente, remete a Scooby Doo ou Sherlock Holmes, mas as cores e luzes apresentadas não combinam com esse tipo de proposta. Ademais, reportes, detetives, animes assim não estão tendo uma boa recepção ultimamente. Seria mais proveitoso se tivessem seguido em direção ao terror.
Yami Shibai 12 — A decima segunda temporada de um anime de terror de quatro minutos por episódio, que quase ninguém conhece.
Snack Basue — De tão pouca fluidez, é difícil se quer finalizar o trailer, quem dirá um episódio do anime. Se serve de alívio, ainda não foi divulgado o tempo de duração por episódio, mas como será um anime de comédia em um bar, provavelmente será daqueles de poucos minutos.
Meiji Gekken: 1874 — O problema é que o estúdio é pequeno e o material é original. No entanto, o trailer é promissor, a sinopse vende bem a obra, e é um anime histórico de ação. Se o estúdio fosse grande, teria boa possibilidade de fazer sucesso.
Yuuki Bakuhatsu Bang Bravern — O estúdio é recente e quer começar com um anime de mecha e militar. Bastante ousado pegarem algo que requer muita animação fluida e detalhada. Além disso, não é possível avaliar adequadamente, porque o material base é original e nem sinopses do anime estão disponíveis. No mais, o trailer não mostrou nada.
Cardfight!! Vanguard: Divinez — Enésima temporada de um anime desconhecido e sempre mal avaliado.
Harimaware! Koinu —Mais um daqueles animes bem infantis de comédia com uns bichinhos.
Heart Cocktail Colorful: Fuyu-hen — Não saiu ainda quase nenhuma informação sobre esse anime, não tem sinopse, não tem trailer, não tem material fonte, não tem se quer o estúdio. A única coisa relevante de informação é que será um anime curto de cinco minutos por episódio.
1. Origem do anime ser um jogo e a motivação de existir ser a divulgação do mesmo.
Pelo tom usado com intuito claramente pejorativo, essas colocações realizadas pelo Alexandre da origem foram feitas de modo desnecessário, formando um argumento duplamente falacioso. Para ser mais especifico, são duas falácias genéticas que consiste em aprovar ou desaprovar algo baseando-se unicamente em sua origem.
Pelo o anime ter como fonte original um jogo isso faz dele necessariamente algo ruim? Fazer um anime com a motivação de promover um jogo (para ganhar dinheiro) atingindo mais público, vai fazer dele necessariamente algo ruim? Acaso o Alexandre faz conteúdo na internet para arrecadar dinheiro e mandar para instituições carentes na África sem que ninguém saiba? Se eu estiver equivocado e o Alexandre for uma alma desapegada a bens materiais, uma pessoa caridosa, avisem que enviarei o número de minha conta bancária para receber muitos dólares de doação, porque morar no Brasil não está fácil.
Todo mundo sabe que a patrulha do politicamente correto odeia que empresas que produzam algo possam estar cometendo o “sacrilégio” de ganhar dinheiro em troca dos seus bons serviços prestados.
2. Muito seca a morte da mãe do protagonista.
Eu concordo que não existe um melodrama intenso nessa morte, o protagonista não cai de forma amargorosa, desesperadamente choroso, mas nem poderia pela a situação já terrível que ele se encontrava e porque não iria condizer com a proposta do anime. No entanto, isso não significa que não houve um toque dramático, que não foi trabalhada a relação de afeto entre os personagens, para daí alguém estapafurdiamente afirmar que foi uma morte muito seca (não sentida). Quando na verdade a raiva, a angustia, a humilhação, a incapacidade, a frustação, os gestos cabisbaixos muitas vezes expressão melhor a tristeza do que excessos de lagrimas.
O primeiro episódio é um dos melhores, quiçá o melhor, e um dos grandes motivos para isso é justamente o drama com todos os problemas que esse incidente traz ao protagonista, dando uma perspectiva ao público de muito conteúdo na obra. É uma morte totalmente inesperada, fugaz, vítima da violência urbana, com duras e ótimas críticas ao sistema de saúde, ao sistema onde pessoas sem moral só visam o dinheiro e não dão outros valores a vida. Várias dessas mensagens são passadas nas partes: de negligencia do resgate por falta de ter um plano de saúde; no médico que trata as pessoas menos favorecidas aparecer vestido de açougueiro; nas condições da instalação hospitalar; no tratamento vendido de uma “boa recuperação” para arrancar todos os recursos e oferecer ao garoto logo em seguida a notícia do falecimento da mãe. Entendo quem argumente que seria melhor trabalhar isso em dois episódios para a situação ficar ainda mais dramática, apesar de que eu não concorde, posto que o ritmo ficaria muito lento e não causaria o imprescindível impacto inicial que os primeiros minutos da obra precisavam oferecer. O que eu não entendo é alguém ter a ousadia de fazer um vídeo dizendo que essa obra é vazia, que é sem mensagens, que é sem conteúdo, que não quer dizer nada, quando desde os primeiros momentos e a todo instante grita o contrário.
Aproveitando o gancho, ainda dentro do primeiro episódio, vale destacar a mensagem que o anime passa sobre o preconceito que o David sofre, bullying escolar. Sendo perseguido, agredido, ameaçado, para forçá-lo a sair da acadêmia, em virtude que colegas abastados não aceitam a presença de alguém que não fosse da mesma classe social frequentando seus mesmos ambientes. Uma obvia crítica social a um dos temas mais recorrentes nesse gênero que é a desigualdade social com um toque da vertente de segregação.
3. Depois do episódio seis o anime começa a parecer querer trabalhar personagens para dar uma lição de moral, o que não parece uma boa decisão porque não estruturava isso.
Não discuto sobre a existência de uma mudança na história e na estrutura da trama, todavia discordo profundamente que o anime não vinha antes trabalhando os personagens, e que só a parti daquele momento passou a desenvolver “uma lição de moral”. O que temos é um salto no tempo e passamos da ótica do protagonista fragilizado tentando encontrar seu espaço no mundo, para alguém forte que assumia responsabilidades sobre outros, tomando o papel de liderança e se deparando com outros problemas. Logo, o anime precisava retrabalhar o David (protagonista) devido as transformações que sofreu, mas isso não quer dizer que o personagem não era trabalhado. Também se aprofunda no passado da Lucy (coprotagonista), porém todos os demais personagens continuaram na mesma, a não ser pelo o número reduzido de secundários favorecer a maior interação e o maior destaque dos que sobraram.
Os quatro últimos episódios têm menos tempo de tela que os seis primeiros, e usam muito do que lhes tem com cenas de ação, então não posso nem dizer que houve maior foco no desenvolvimento dos personagens com coisas cotidianas. O que de fato houve foi uma mudança de perspectiva, se antes era preciso apresentar personagens, agora é preciso explorá-los, com seus amadurecimentos e dificuldades.
O Alexandre quando fala de personagens afirma ser principalmente do David, e de fato eu tenho críticas negativas em alguns pontos ao trabalho que foi dado a esse personagem, sobretudo depois da passagem de tempo, mas são pontos totalmente diferentes dos dadas por ele. Posto que o Alexandre absurdamente acredita que o anime quer abordar a temática de drogas e que a lição e a moral que foi construída é sobre isso. Digamos ainda assim que fosse sobre isso, mas desde o início o anime fala sobre as drogas levando a loucura os cyberpunks e não somente a partir da virada para afirmar que não foi estruturado, que não foi trabalhado. Também nenhuma lição de moral foi tentada tirar disso, existe uma diferença entre um elemento narrativo de uma abordagem temática.
Em contraste o que me desagrada no protagonista, é dele trocar partes orgânicas do corpo por partes mecânicas de uma forma que acredito que ninguém faria isso. Uma coisa é alguém perder um membro e substituí-lo por algo mecânico, outra coisa é alguém substituir todo o corpo por partes mecânicas sem ser obrigado. O seu primeiro implante ok, foi justificado no anime e nem substituiu nada em seu no corpo, mas o restante dos implantes não teve o mesmo tratamento narrativo. Não gosto desse conceito de substituição, pois me parece incoerente, me faz perder a empatia pelo personagem, não consigo me ver nele e o leva ao Vale da Estranheza.
O que eu vejo de pior na obra são esses pontos que levantei do protagonista, é o motivo de eu não oferecer uma nota dez, mas não um cinco como Alexandre Esteves e sim com justiça dar pelo menos uma nota nove. Visto que a obra não deixa de ser divertida por conta disso, não deixa de ser extravagante, não deixa de ser espontânea. O anime também nunca se propôs a ser extremamente complexo, mas tão pouco se propôs a ser algo bem simples ao nível que um incauto conseguisse ter a capacidade de entender e apreciar.
4. Os quatros últimos episódios, não acrescentaram nada, o anime continuou vazio.
Os últimos episódio tem um maior desenvolvimento de mundo, isso é muito importante para termos um maior entendimento de como funcionava aquela sociedade e assim dando ao anime a possibilidade de fazer uma crítica ao sistema. Parte dessa crítica é clássica porque é inerente ao gênero ser anti-sistémico, porém ganha contornos mais próprios pelos os governantes desse mundo serem duas corporações tecnológicas rivais que tentam se destruir de todas as formas. O futuro distópico em Cyberpunk não é fruto de uma guerra ou do controle direto de maus governos, mas do monopólio do capital financeiro de uma sociedade extremamente materialista, hedonista e em vias de superar a humanidade. O que nos traz algo atual, diferente de vários outros do gênero que foram criados em épocas vividas sobre o medo de guerra nuclear e regimes totalitários. Ainda dentro dessa critica com a ampliação que os últimos episódios nos oferecem é possível também entender como essas empresas controlam tudo e todos, se aproveitando das pessoas e as usando de forma sórdidas para seguir seus próprios propósitos.
Outro ponto que a segunda parte aborda acrescentando a primeira de modo a se fazer necessária, é elevando o conceito filosófico de transgressão corporal visto principalmente no David. O qual tem ampliadas as suas capacidades de transgredir regras ao substituir partes do corpo por melhoramentos tecnológicos, fazendo uma crítica de até onde a humanidade seria capaz de acompanhar as maquinas e de se manter no controle, mesmo com alguém que seja especial.
O principal ponto que a segunda parte se faz necessária é para desenvolver e dar os desfechos a temática central da obra. Ao contrário do que o Alexandre Esteves supôs a obra não fala sobre drogas, a mensagem central que está presente nos dilemas dos principais personagens e faz a trama andar é sobre propósitos (sobre sonhos), as coisas que movem as pessoas. Ou seja, o anime trata indiretamente de uma das perguntas filosóficas mais antigas. Qual é o motivo da vida? Por que eu existo? O anime também não busca oferecer uma resposta objetiva e impessoal para essa grande indagação e sim tratar das origens desses propósitos (sonhos). Logo no segundo episódio o anime mostra que o propósito da Lucy é ir para a lua, mas só no sétimo episódio com o passado dela revelado é que entendemos que a mesma foi criada para servir os propósitos (os sonhos) de outros (da companhia). Seus amigos perderam a vida pelos sonhos da companhia, diante disso a Lucy percebeu que aconteceria o mesmo com ela, e se indagou de que se vamos morrer por que não ir atrás dos nossos próprios sonhos. Então o propósito de ir a Lua da Lucy é o de ser livre para ter os seus próprios propósitos (sonhos). O que é um completo oposto do Davy que não tem um propósito próprio e seu propósito é o de fazer com que os sonhos dos outros sejam realizados, primeiro o da sua mãe, depois o do seu mentor, e em seguida da sua amada. Isso é profundo, é sublime, é fenomenal e faz uma referência ao clássico dos clássicos cyberpunk Ghost in the Shell, onde o casal de protagonista também são espelhos um do outro, são o inverso um do outro que se complementam como o Yin e o Yang.
É muito fascinante a Lucy refletir que perder a vida pelos sonhos dos outros não pode ser o motivo da vida, pois querer viver para morrer é contraditório, mas ao mesmo tempo ela só pode realizar isso com o David perdendo a vida dele pelo propósito dela. O David de certa forma aparecer na Lua no final, isso é mais do que uma referência, isso é mais do que uma parte romântica, porque o propósito do David era realizado no propósito dela, logo ele estava lá. Um último adendo, talvez o único sonho que seja realmente seu, seja o de buscar que exista o seu próprio sonho, o autor ter percebido isso e colocado na obra esse conceito me deixa tremendamente satisfeito. Foi genial! Arrebatador! Merece aplausos de pé!
Por fim nessa questão do porque da segunda parte se fazer necessária. Os demais personagens não têm um desenvolvimento significativo para sabermos exatamente qual a motivação deles além de ganhar dinheiro e acender socialmente. No entanto, é importante trabalharem as relações entre esses personagens para abordarem coisas que ponham em xeque conceitos como confiança, respeito, amizade, lealdade, tudo dentro de uma ótica individualista sem escrúpulos e extremamente materialistas dessa sociedade.
Pois é. Eu desanimo muito em ler livro, então também fico puto com isso. E o anime adaptou 4 volumes, a novel já passou dos 20. Tem que ter muita paciência DX
Comprei, sim, 5 volumes. E sim, só li a parte do anime.
Por incrível que pareça, o anime adaptou quatro livros em um cour sem cortar quase nada kkkkkk
(e sim, foda-se)
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Meu time:
https://www.youtube.com/watch?v=ySJw93TOuk8
Eu adoro a Webcomic, eu recomendo o vídeo do Caribou sobre Sunred pois ele fala muito sobre o que acredito ser verídico dentro da obra:
Carisma é questionável
Mas sim, gostei muito do Gappy
MUITA SAÚDE E FELICIDADE!
Por incrível que pareça, o anime adaptou quatro livros em um cour sem cortar quase nada kkkkkk
(e sim, foda-se)