Nota Inicial.
Gostaria de deixar claro que este texto é totalmente respeitoso ao Ig0y e à sua religião. O que segue são apenas minhas opiniões em resposta aos argumentos apresentados no vídeo dele.
Além disso, já o convidei para uma conversa em dezembro, com o intuito de compartilharmos nossos pensamentos sobre o tema. Ele justificou que não poderia participar naquele momento e sugeriu que eu escrevesse um texto. Na época, recusei, pois sabia que seria algo extenso. Contudo, devido à recorrência da polêmica, decidi expor alguns dos meus pontos, reagindo ao novo vídeo dele. Quero ressaltar que o Ig0y tem todo o direito de não querer discutir diretamente comigo, assim como eu tenho o direito de reagir ao vídeo e expressar minhas opiniões de forma saudável e respeitosa.
Registro aqui que tudo o que escreverei neste texto também diria pessoalmente. Portanto, se ele achar necessário e desejar conversar em outro momento, estarei aberto a isso.
Contextualização.
Antes de entrar nos pontos principais do vídeo, é importante contextualizar a situação. A polêmica gira em torno do uso da manji (suástica) nas redes sociais do Ig0y. Não estou dizendo que a culpa seja da vítima, mas tal exposição o coloca em uma posição vulnerável, o que é, no mínimo, uma irresponsabilidade. Além disso, duvido que o Ig0y seja ingênuo a ponto de não prever que essa escolha geraria certos tipos de comentários. Isso sugere que ele buscava provocar algum tipo de reação. Para ilustrar: é como alguém entrar em um estádio de futebol com a camisa do Palmeiras no meio da torcida organizada do Corinthians, alegando que o significado daquela camisa é outro.
1. Tokyo Revengers.
Em um momento do vídeo, Ig0y cita o anime Tokyo Revengers. Embora esse ponto não seja central para os argumentos que ele desenvolve, considero relevante abordar essa obra, pois ela também enfrenta polêmicas devido ao uso da suástica.
Toda obra carrega mensagens, sejam intencionais ou não, explícitas ou subliminares, e reflete valores e conhecimentos. Tokyo Revengers transmite algumas mensagens problemáticas, não tanto pelo uso do símbolo, mas por outros elementos que remetem a grupos ideológicos europeus das primeiras décadas do século XX.
Para que meu ponto sobre outros elementos seja melhor compreendido, recomendo fortemente o filme A Onda, cujo enredo é baseado em um experimento social real ocorrido nos Estados Unidos, em uma escola de Palo Alto, Califórnia. A trama segue um professor anarquista de ciências sociais que decide aplicar um experimento com sua turma, composta por alunos de diferentes orientações políticas, classes sociais e comportamentos. Ao longo do filme, o professor consegue converter toda a classe ao autoritarismo, e a situação se espalha pela escola, saindo totalmente de controle, a ponto de nem mesmo o professor conseguir pôr fim ao movimento sem enfrentar resistência dos próprios alunos.
Cito esse filme porque ele ilustra claramente as origens das ideologias totalitárias, com elementos que também estão muito presentes no anime Tokyo Revengers. Aspectos como: padronização (todos se vestirem iguais), organização, hierarquia, violência, ações em conjunto, identidade comum, sentimento de pertencimento a algo e a figura de um líder carismático, entre outros. Podem conferir o filme no link: A Onda.
Outro aspecto relevante é o contexto cultural japonês. Embora não possamos generalizar, a sociedade japonesa apresenta características etnocêntricas, homogêneas e, muitas vezes, xenófobas. Orgulhosa de sua identidade, essa sociedade costuma não ter uma visão favorável ao que é diferente. Além disso, o que seria extremamente estranho no Ocidente é comum no Japão, onde essas práticas são defendidas como formas de preservar a igualdade e o pertencimento. Nas escolas japonesas, por exemplo, há inspeções rigorosas, como a verificação da maquiagem, das sobrancelhas, do ajuste das roupas e até mesmo da cor das roupas íntimas, que devem ser brancas. Na vida adulta, a padronização continua, deixando pouco espaço para a individualidade. Algumas empresas chegam a medir até a cintura de seus funcionários. Portanto, é impossível falar ou escrever sobre algo que não se conhece ou não se vive, e muitas mensagens presentes nos animes refletem aspectos negativos dessa realidade social japonesa.
Também é importante lembrar que o Japão foi membro do Eixo durante a Segunda Guerra Mundial, um período marcado por ações terríveis. Até hoje, o país enfrenta tensões com a China e a Coreia, e ocasionalmente surgem autores e obras que se envolvem em controvérsias. Um exemplo disso é a obra Again in Another World, polêmica por exaltar um militar japonês da Segunda Guerra, escrita por um autor que também fez postagens em seu Twitter com insultos discriminatórios contra chineses e sul-coreanos.
Voltando a Tokyo Revengers, o ponto mais problemático desse anime é a forma como retrata as gangues, apresentando uma imagem romantizada e relativamente positiva delas, o que certamente pode atrair jovens. Esse é, na verdade, o cerne da fundação de partidos totalitários, representados pela SA na Alemanha e pelas Camisas Negras na Itália, que eram essencialmente gangues padronizadas e violentas. A situação se torna ainda mais preocupante quando os membros da gangue principal do anime adotam visuais que evocam a estética da SS, com cabelos loiros e roupas pretas, reforçando uma associação perigosa com essas ideologias.
Aqui surge a questão: qual é o uso religioso de uma suástica em uma gangue de rua? Será que o autor desconhecia o outro significado desse símbolo? Alguém realmente acredita que os produtores e diretores desse anime, cuja primeira temporada tem 24 episódios, pensavam que a obra ficaria restrita ao Japão? Embora eu defenda o princípio de que todos devem ser considerados inocentes até que se prove o contrário, me parece altamente improvável que a mensagem, no contexto da obra, não seja, no mínimo, ambígua.
Apesar dessas críticas, reconheço que, se desconsiderarmos esses aspectos, Tokyo Revengers pode ser uma obra divertida e envolvente. Contudo, é crucial que o público tenha senso crítico ao consumir esse tipo de conteúdo.
2. O perfil é meu, faço o que eu quiser.
Essa afirmação é, no mínimo, arrogante e imprecisa. A liberdade nunca é absoluta. Nenhum indivíduo tem liberdade para tudo, pois ela precisa ser limitada para garantir sua própria existência. Esse é o princípio fundamental da liberdade. Por acaso alguém pode ter a liberdade de possuir escravos? Quando alguém incomoda outra pessoa agredindo-a, seja por ações, palavras ou publicações, ultrapassa o limite, e a lei deve intervir, com o Estado punindo essa ação. Por isso, é proibido defender atos criminosos.
Não basta apenas seguir as normas da plataforma. É necessário também respeitar as leis do Estado. Mesmo quando uma ação não está explicitamente tipificada, ela deve seguir os princípios da lei. E além disso, existem normas que não são escritas, mas que fazem parte da convivência social: leis de boa convivência, que exigem apenas bom senso e discernimento. Certas atitudes simplesmente não são apropriadas, e quem as adota está errado.
Por fim, é incorreto afirmar que não há culpa se a intenção não for maliciosa. Se uma ação causa dolo a um indivíduo, a uma organização, à sociedade ou ao ambiente, e se o autor tinha consciência dos riscos envolvidos, ele assume a responsabilidade e, portanto, tem culpa.
3. Lei mundial.
Este tópico será breve, pois, na realidade, não existe uma "lei mundial", como o Ig0y menciona no vídeo. O Tratado de Paris, firmado após a Segunda Guerra Mundial, não é uma lei mundial e teve como foco principal resolver questões territoriais. Não há evidências de que o tratado tenha estabelecido ou abordado algo relacionado ao uso da suástica. Contudo, após a guerra, muitos países passaram a proibir o uso do símbolo em sua forma associada ao regime alemão. Paralelamente, a suástica invertida continuou sendo utilizada em contextos religiosos, como já ocorria historicamente, a fim de se distanciar das conotações ligadas a esse regime.
4. Origem do termo "suástica".
Será mesmo que o termo suástica não possa ser usado para definir o símbolo adotado pelo Nacional-Socialismo? Quantas pessoas no Ocidente, além de estudiosos, conhecem sua origem etimológica? O Ocidente associa o termo suástica aos indianos? No fim, o que importa não é a origem da palavra, mas o significado que ela adquiriu ao longo do tempo. Usar argumentos de origem para justificar o uso correto ou incorreto de suástica ou manji é incorrer em uma falácia etimológica, ou seja, uma falácia de origem.
Atualmente, no Ocidente, a palavra suástica está muito mais associada àquele regime totalitário, enquanto manji mantém vínculos com culturas e religiões orientais. Por isso, para quem conhece essa diferença, o uso de manji (como é chamado no Japão) em vez de suástica ao se referir ao símbolo em contextos religiosos ou culturais é mais adequado e respeitoso com as tradições budistas e hinduístas, pois dissocia o símbolo de um uso histórico alheio a fins religiosos e evita interpretações equivocadas.
Ainda assim, desde que não cause ofensa, não vejo grandes problemas em que pessoas leigas usem o termo suástica, já que ambos se referem ao mesmo símbolo. No entanto, se for alguém esclarecido e com a intenção deliberada de provocar dubiedade ou polêmicas, quem optar por "suástica" não pode se eximir de críticas severas.
A propósito, palavras mudam de significado com o tempo. Por exemplo, o termo "cristão" foi inicialmente usado de forma pejorativa (como escárnio, difamação e desmerecimento) pelos opositores dos seguidores de Cristo. Então, por que a palavra, cunhada por seus adversários e apropriada do nome de seu líder, não deveria ser utilizada? Da mesma forma, "protestante" também foi criada pelos católicos como uma forma de ofensa. No entanto, ambas as palavras perderam seu tom original. Alguém, hoje, se sente ofendido ao ser chamado de protestante ou cristão?
Posso dizer que senti uma forte lacrada do Ig0y no vídeo, ao falar de forma incisiva dos “inimigos britânicos e americanos, grandes empresários maldosos, banqueiros”, os quais, segundo ele, teriam se apropriado do termo indiano “suástica” para associá-lo de maneira vil ao símbolo daquele regime europeu. A alternativa seria os ocidentais darem um nome britânico a um símbolo usado por orientais e ainda serem acusados de anglicismo? Nem mesmo professores de história do ensino médio lacram tanto.
Um adendo, não que isso seja realmente importante, pois estou construindo minha argumentação partindo do pressuposto de que a pesquisa etimológica do Ig0y seja verdadeira. Contudo, em minhas pesquisas, não encontrei absolutamente nada que indicasse que essa palavra tenha sido atribuída por americanos e ingleses com a emancipação da Índia da Inglaterra no pós-Segunda Guerra Mundial, muito menos com o intuito de difamar os indianos. Além disso, pelo que estudei, o termo suástica já era de uso corrente muito antes daquele partido adotar o símbolo. Também não faz sentido atribuir esse nome ao símbolo com conotação difamatória antes da guerra, pois, no mundo ocidental, a suástica era sinônimo de redenção e era amplamente admirada.
Quem realmente fazia a correlação da suástica com os indianos eram os nacionais-socialistas, devido à ideia de que os arianos eram puros, os indo-europeus legítimos, sem misturas. Os indo-europeus (arianos) eram considerados o povo que deu origem ao homem branco, desde parte dos indianos (das castas superiores), passando pelos iranianos, de onde vem o termo ariano, até o homem europeu. Escreveu Adolf Hitler no livro Mein Kampf: "Como nacional-socialistas, vemos em nossa bandeira nosso programa. No vermelho, a ideia social do movimento; no branco, a ideia nacionalista; e na suástica, a missão de lutar pela vitória do homem ariano e, ao mesmo tempo, pelo triunfo da ideia do trabalho produtivo, ideia que é e será sempre anti-semita."
Outra questão etimológica interessante é o uso da palavra "denegrir". Recentemente, uma repórter foi duramente repreendida por um colega ao utilizar esse termo em uma reportagem ao vivo. Logo depois, ela se desculpou de forma vexatória. O problema é que a palavra "denegrir" não possui nenhuma conotação racial, nem há qualquer relação etimológica com esse contexto. "Denegrir" vem do latim denigrare, sendo uma palavra muito mais antiga do que o Brasil e seus problemas atuais. Link da reportagem.
Neste ponto, ao defender o uso de um termo, surge outra falácia além da etimológica: a falácia semântica. Alguém pode criticar meu português "mal escrito", apontando pontuações inadequadas, concordâncias fora da norma ou falta de acentuação, mas nada disso constitui um erro de fato, desde que a mensagem seja compreendida pelo interlocutor. O máximo que se pode dizer é que o uso está fora da norma culta. Portanto, não importa tanto se o símbolo é chamado de "manji" ou "suástica", o que importa é que, se o interlocutor entender a mensagem, ela está correta. Caso contrário, se houver ambiguidade ou falta de entendimento, a culpa é do remetente, que deve fornecer uma explicação mais clara. Erra quem tenta impor, na comunicação, normas que não fazem parte do entendimento comum de determinada cultura ou linguagem. Por fim, só para constar, o termo "suástica" tem registros com mais de 2.000 anos de história.
5. Monark é retardado... Quem vai defender a suástica?
Na antiguidade, na Grécia, existia uma sociedade de ascetas com práticas morais valorosas. Eram místicos, filósofos, pensadores, músicos, astrônomos e, sobretudo, matemáticos. Os membros dessa sociedade eram conhecidos como pitagóricos, em homenagem ao seu fundador, Pitágoras. A ele são atribuídas várias descobertas e contribuições importantes, como o famoso teorema que leva seu nome, a relação matemática nas notas musicais, e também a identificação dos cinco poliedros regulares. Além disso, Pitágoras foi o primeiro a concluir que a Terra era esférica, desafiando as crenças da época.
Os pitagóricos consideravam o dodecaedro, um dos cinco poliedros regulares, composto por 12 pentágonos, como o mais harmonioso e soberano dos sólidos. Para eles, o dodecaedro representava o universo ou o cosmos e era mantido em segredo por ser considerado perigoso demais. O pentagrama, também conhecido como a estrela de cinco pontas, está intimamente ligado ao pentágono regular que compõe o dodecaedro, bastando unir seus vértices por diagonais. O pentágono contém uma quantidade impressionante de números áureos (a divina proporção, o número da beleza) e de retângulos de ouro. As aparições desse número são tantas que é difícil contá-las.
O pentagrama, portanto, era o emblema da escola de Pitágoras e o símbolo utilizado pelos matemáticos para se reconhecerem. Possivelmente, ele foi o primeiro símbolo da matemática, e eu não consigo imaginar outro símbolo mais matemático do que esse. Não há símbolo mais representativo da matemática do que o pentagrama.
Agora, se o pentagrama é o símbolo primordial da matemática, por que ele não é utilizado por matemáticos? Por que não encontramos pentagramas em escolas, universidades ou, ao menos, nos departamentos de matemática? Esse símbolo não deveria ser amplamente adotado por todos da área de exatas? A resposta é simples: durante a Idade Média, o pentagrama passou a ser usado por satanistas, e o que originalmente representava harmonia e sabedoria na matemática assumiu novas conotações. Com o tempo, ele se associou a práticas ocultas e passou a carregar uma carga simbólica negativa. Diante disso, convêm aos matemáticos utilizar o pentagrama hoje em dia? Quem vai defender o pentagrama?
Para mim, que sou da área de exatas e entendo a matemática contida nesse símbolo, seria maravilhoso poder colocar o pentagrama no meu perfil ou até mesmo em meu nome. No entanto, qual mensagem estaria passando? Quem entenderia isso? Quantos, de fato, dentro da área de exatas, conhecem a história e o significado desse símbolo? Posso exigir que as pessoas saibam a história do pentagrama? As pessoas precisam saber? Que tipo de pessoas estarei atraindo se utilizar esse símbolo? Eu posso esperar atrair algo diferente de satanistas e adolescentes problemáticos?
A grande maioria das pessoas entenderá que sou satanista, que não compartilho dos valores morais ocidentais, que tenho ideias dissociadas da norma, e não poderei culpar ninguém por isso; a responsabilidade será exclusivamente minha. É necessário abandonar os pretextos, ter bom senso e compreender que vivemos em uma sociedade real, com uma série de interpretações que não podem ser ignoradas e não em uma realidade imaginária.
Em um contexto escocês, homens podem usar saias; em um contexto russo, homens se beijam como cumprimento; em um contexto árabe, homens andam de mãos dadas. Se alguém sair por aí no Brasil usando saia, beijando homens e andando de mãos dadas com eles, pode-se culpar algum brasileiro por interpretar essas atitudes dentro de um contexto brasileiro? Convém a alguém de cultura diferente da majoritária adotar esse comportamento no Brasil, onde tais atitudes têm conotações e entendimentos distintos? Faz sentido afirmar que essa pessoa no Brasil estava apenas praticando uma cultura diferente e que, ao interpretarem de outra maneira, os brasileiros seriam os preconceituosos e xenofóbicos? Isso não seria "meter o louco"?
6. Apito de cachorro é coisa de cristão?
A Imputação inverídica do "apito de cachorro" aos cristãos é um desrespeito, e uma ironia, quando isso ocorre em um vídeo que supostamente visa reivindicar respeito religioso, inclusive com ameaças aos considerados desrespeitosos. O cristianismo, em sua essência, não prega discriminação racial. Além disso, o cristianismo não defende práticas dúbias, pois não precisa esconder nada e fazer isso vai contra seus princípios fundamentais, que prezam pela clareza e moralidade.
Quem utiliza o "apito de cachorro" não são grupos religiosos com posições abertas, como cristãos, budistas, hinduístas, judeus ou muçulmanos. O "apito de cachorro" é uma prática associada a indivíduos em cargos políticos ou concorrendo a eles, assim como a agentes políticos. Essencialmente são figuras públicas que buscam transmitir mensagens cifradas a uma audiência específica, com fins políticos, especialmente quando estão diante de uma multidão. Frequentemente, essas mensagens estão ligadas a atitudes que a sociedade em geral considera negativas, como práticas golpistas, criminosas e discriminatórias. A linguagem do apito é propositalmente ambígua, sendo interpretada de uma forma pelo público em geral e de outra, mais específica, para o grupo-alvo.
Além disso, a expressão "apito de cachorro" não é adequada para se referir a sociedades secretas, pois essas organizações não compartilham muitos dos elementos políticos e das pautas mal vistas que caracterizam essa prática. Vale destacar que foi a imprensa que popularizou essa expressão, mas nenhum grande veículo de comunicação utiliza o termo para descrever as práticas secretas dessas sociedades.
Cabe destacar que alguém pode usar o "apito de cachorro" de forma não intencional ou ingênua. Nesse caso, a pessoa pode não estar ciente do significado ambíguo da prática, mas, ainda assim, estará sinalizando algo. Outra possibilidade é que a pessoa tenha plena consciência da natureza dúbia de seu ato, mas não se importe com isso, por qualquer razão. Isso não significa que essa pessoa deseje sinalizar para um grupo específico, mas apenas que não se importe o suficiente para alterar a ambiguidade. Dessa forma, há apitos que existem mesmo que não seja a intensão do remetente.
Outro ponto é a questão de quem tem a autoridade para definir o que é ou não um "apito de cachorro". Indagar sobre quem detém essa autoridade, na realidade, é uma falácia. Trata-se de uma falácia non sequitur (que não se segue), pois a existência ou não de uma autoridade não impacta a existência ou a interpretação de um apito. Além disso, é uma falácia de autoridade, pois o simples fato de uma pessoa ou instituição ser considerada uma "autoridade" não valida nem invalida algo como um apito de cachorro.
Por fim, o fusca pode ser um apito de cachorro? Sim, claro, tudo depende do contexto em que a situação está inserida e de como ele pode transmitir uma mensagem dúbia. Os contextos possuem diversas variáveis, mas, para uma mensagem de massa, como a do apito, nenhuma dessas variáveis será de conhecimento particular. Um exemplo disso é o fato de que, até pouco tempo, ninguém sabia sobre a Kombi rosinha do Ig0y, algo de conhecimento restrito e com conotações pessoais.
7. No Brasil, há algum problema? No Ocidente, há algum problema?
Este mês, foi noticiado que um adolescente de 17 anos, usando uma braçadeira com a suástica, tentou invadir uma escola em Monte Mor (SP) portando um machado, galões de gasolina e uma mochila cheia de coquetéis Molotov. No Brasil não há supremacistas? Não há problemas? Leia a notícia
No final do ano passado, a Globo acompanhou a Polícia Federal prendendo um grupo de neonazistas que planejava matar mendigos, negros e nordestinos. Entre os presos, havia um estudante de Engenharia de Agricultura, um auxiliar de escritório, um estudante de Engenharia Automotiva da UFSC, um estudante de Letras e um de Direito, todos com idades entre 20 e 27 anos. Leia a notícia
O Ig0y pediu provas sobre a preocupação com o neonazismo, então aqui estão algumas. A Polícia Federal tem registrado um aumento considerável de investigações sobre apologia ao nazismo. Até 2019, eram entre 4 e 20 inquéritos anuais, mas esse número saltou para 69 investigações em 2019 e 110 em 2020. O Brasil não tem razões para se preocupar? Leia mais sobre os dados
Em 2023, 530 núcleos dessa ideologia foram mapeados no Brasil. A SaferNet Brasil, uma organização não-governamental que monitora crimes na internet, identificou 2.516 páginas com conteúdo nazista em 2020, e o Brasil ocupa a 7ª posição mundial nesse ranking. Leia a notícia
Em oito anos, a Secretaria de Direitos Humanos processou 228.962 denúncias sobre apologia ao nazismo em 21.921 sites, com materiais como imagens, textos, vídeos e músicas. Leia mais sobre as denúncias
Como o Ig0y vive no Brasil, eu poderia me limitar à realidade brasileira. No entanto, como ele questionou todo o Ocidente, é importante lembrar de Anders Behring Breivik, o extremista responsável pela morte de 77 pessoas em 2011, na Noruega. Recentemente, Breivik fez uma saudação nazista aos juízes durante uma audiência sobre seu pedido de liberdade condicional. Leia a notícia
Para não limitar a questão apenas ao Brasil e à Europa, onde o crescimento é alarmante em todos os países, vale lembrar de um grupo de manifestantes dessa ideologia que recentemente realizou uma passeata na cidade de Tampa, na Flórida, nos Estados Unidos. Leia a notícia
Eu poderia passar horas reunindo notícias, dados de governos, informações de investigações policiais e pesquisas de institutos sérios para fornecer as provas que o Ig0y solicitou. No entanto, creio que essas já são suficientes, e qualquer pessoa pode facilmente encontrar muito mais com uma pesquisa simples no Google.
Essas notícias não são narrativas, nem afirmações do Patrux ou opiniões do Ig0y; são simplesmente fatos. E contra fatos tão evidentes, não há contestação. Basta não se manter alheio ao que acontece ao seu redor, buscar se manter minimamente informado e evitar a alienação para perceber a realidade.
Embora eu tenha compartilhado algumas notícias, também carrego experiências pessoais que considero relevantes e que ajudam a mostrar que não estou falando apenas de algo distante de mim. Durante minha adolescência, frequentei uma escola de ensino médio de tamanho considerável, com mais de 4 mil alunos. Em determinado momento, começaram a aparecer símbolos em cadeiras e mesas. Com o tempo, esses símbolos passaram a surgir também nas portas, paredes e corredores, e logo começaram a aparecer nos quadros antes do início das aulas. O símbolo mais comum era a suástica, mas outros também apareciam, junto a frases extremamente perturbadoras.
Era algo absurdo e assustador, que se prolongou por um longo período, crescendo cada vez mais. Não sabíamos exatamente quem estava por trás disso, mas ficava claro que não era coisa de apenas um ou dois indivíduos. O que mais me impressionou foi o fato de que isso não foi parar nos jornais da época, nem a polícia tomou uma atitude mais incisiva. Demorou muito para que alguém reagisse de forma efetiva. Porém, em um dado momento, vários professores se uniram para exibir uma série de vídeos sobre os horrores cometidos por essa ideologia. As imagens eram chocantes, mostrando detalhes e entrevistas com as vítimas. Foram vídeos impactantes, mas necessários. Só depois disso, as manifestações começaram a diminuir e, finalmente, cessaram.
O principal erro do Ig0y é subestimar o mal. Ele acredita que as pessoas, especialmente no Brasil, são esclarecidas e boas, que a sociedade moderna está imune a essas ideias, como se as lições da história já estivessem internalizadas. Além disso, acredita nos jovens, grupo com o qual tem mais contato. Durante a Segunda Guerra Mundial, muitas pessoas pensavam viver em uma sociedade moderna e civilizada, e nem os próprios judeus imaginaram que algo tão horrível pudesse acontecer. Subestimar o mal é uma irresponsabilidade tremenda. Mesmo que o uso de certos símbolos ou a adoção de algumas ideias não sejam ilegais, e mesmo que a intenção por trás de algumas delas seja legítima, boa ou justificável, isso não impede que possam surgir consequências graves e prejudiciais. Essa é uma questão delicada, séria, e o dolo nem sempre é evidente à primeira vista.
Quero compartilhar outro caso que me marcou, envolvendo um ex-vizinho meu. Ele era adepto dessas ideologias, um jovem de físico imponente e oriundo de uma família financeiramente abastada. Um verdadeiro “filhinho de papai”, que não fazia nada da vida além de adotar comportamentos violentos e andar armado com pistolas e submetralhadoras. Lembro de uma situação em que ele chamou uma pessoa caucasiana de “negro” apenas porque ela tinha cabelo cacheado.
Trago essa história porque esse vizinho costumava se exibir publicamente com uma camiseta estampada com uma enorme suástica. Talvez ele se sentisse protegido pela riqueza de seus pais ou acreditasse na impunidade que muitas vezes impera no Brasil. É possível que também tivesse um álibi pronto para o caso de ser abordado pela polícia, alegando, por exemplo, que o símbolo não passava de um “manji”, um símbolo religioso.
No entanto, a história teve um desfecho interessante: certa vez, a polícia o abordou. Embora não o tenha prendido, a abordagem foi eficaz. Os policiais simplesmente arrancaram sua camiseta, rasgando-a bruscamente enquanto ele ainda a usava, deixando-lhe as marcas.
Para concluir este tópico, a questão racial é, em essência, absurda, especialmente no Brasil. Somos uma nação marcada pela miscigenação, e qualquer análise genética revelaria que todos nós possuímos heranças de múltiplas origens. Muitas pessoas de pele branca ficariam surpresas ao descobrir que carregam uma maior carga genética de origem africana, assim como também encontramos pessoas de pele escura com uma maior porcentagem de genes de origem europeia.
8. A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial.
Embora a participação do Brasil nas batalhas da Segunda Guerra Mundial tenha sido limitada em comparação com as grandes potências, ela teve um papel relevante na aceleração do fim do conflito. Contudo, a questão sobre a proibição da suástica em algumas partes do mundo vai além das batalhas militares. Será que o esforço de guerra, por si só, justifica a proibição de símbolos como a suástica? Uma análise séria sobre a Segunda Guerra Mundial não pode se restringir apenas aos eventos bélicos, pois há também um contexto político significativo, especialmente considerando os anos que antecederam o conflito.
No Brasil, existia o Partido Nazista Brasileiro (PNB), uma ramificação do partido alemão, que esteve presente em 17 estados e atuou por cerca de uma década. O Partido Nazista estava presente em 83 países, sendo que o Brasil tinha o maior número de filiados fora da Alemanha. Além do PNB, havia a Ação Integralista Brasileira (AIB). Como o PNB aceitava apenas pessoas nascidas na Alemanha, o movimento integralista acabou sendo o refúgio de muitos simpatizantes das ideias nazistas no país.
Embora Vargas fosse simpatizante de alguns líderes autoritários europeus e de suas ideologias, tendo inclusive imposto muitas das políticas características desses regimes, ambos os partidos, AIB e PNB foram oficialmente extintos quando Getúlio Vargas, por meio do golpe do Estado Novo, implantou seu próprio autoritarismo e proibiu todos os partidos políticos. O fato é que a escolha do Brasil de se alinhar com os aliados não foi uma decisão ideológica, mas sim uma consequência das pressões externas, como as dos Estados Unidos, e da percepção de que a vitória dos aliados já era iminente.
As influências dessas ideologias, no entanto, perduraram na política brasileira e ainda têm relevância nos dias atuais. Alguém já esqueceu o episódio em que o ex-secretário de Cultura, Alvim, copiou trechos dos discursos de Goebbels? Um estudo recente estima que cerca de 100 mil brasileiros ainda são simpatizantes dessa ideologia.
9. Os verdadeiros budistas não usam suásticas.
Minha intenção não é discutir se os verdadeiros budistas usam ou não a suástica, mas sim avaliar se os argumentos apresentados pelo Ig0y, ao responder essa questão, são logicamente válidos. O argumento principal dele é que os opositores à sua ideia estão cometendo a falácia do "verdadeiro escocês".
A falácia do verdadeiro escocês consiste em atribuir uma premissa que não corresponde aos fatores definidores de algo, ou seja, é o uso de uma premissa falsa ou inadequada. Essencialmente, trata-se de uma variação da falácia non sequitur. A questão central, portanto, reside em determinar se o uso ou não da suástica pode ser considerado uma premissa válida para definir quem é ou não um budista. No entanto, em vez de refutar diretamente a premissa e demonstrar sua invalidade, o Ig0y recorre a uma generalização invertida do conceito de "verdadeiro escocês", ou seja, ele acaba utilizando a própria falácia que deveria estar refutando. Além disso, recorre a uma série de falácias de autoridade, tentando reforçar sua argumentação sem validá-la de maneira consistente.
O que define ser um escocês? O que caracteriza um “verdadeiro escocês”? Sem dúvida, tal discussão abre margem para uma guerra de narrativas, com cada parte defendendo sua própria definição, baseada em diferentes interpretações do que constitui um escocês. O ser humano, limitado em sua compreensão, inevitavelmente traz uma multiplicidade de pontos de vista, resultando em diferentes concepções de “verdade” e, por consequência, diversas premissas sobre o que significa ser escocês.
No entanto, pode-se realmente considerar uma “verdade limitada” como a verdade? Para que uma verdade subjetiva exista, não seria indispensável a presença de uma verdade objetiva que a sustente? Se todas as verdades limitadas fossem aceitas como absolutas, qualquer ser humano poderia ser considerado escocês. Mas, se todos são escoceses, quem não seria? Nesse cenário, o próprio conceito de “escocês” perderia sentido e deixaria de existir. Contudo, o conceito de escocês existe, o que implica necessariamente a existência de um verdadeiro escocês.
Alguém poderia argumentar que o verdadeiro escocês é aquele definido pelo governo da Escócia, independentemente de onde tenha nascido. Contudo, essa premissa se baseia em um argumento de autoridade. Outro poderia sugerir que a definição vem do senso comum coletivo da nação, o que constituiria uma falácia ad populum, ou apelo à maioria. Uma abordagem alternativa seria afirmar que o verdadeiro escocês é definido pelo sentido denotativo da palavra. No entanto, existe um significado denotativo claro para "verdadeiro escocês"?
Um poderia dizer que o verdadeiro escocês é aquele que nasceu na Escócia; outro, que é aquele com descendência direta de escoceses que viveram ali em séculos passados; outro ainda, que é aquele com linhagem genética "pura". Há quem defenda que escocês verdadeiro é quem adota a cultura escocesa, e há também quem diga que é simplesmente aquele que "se sente" escocês no coração. Mas, se todos no mundo se considerarem homens escoceses, então, ainda existiriam mulheres?
Quem detém a autoridade para determinar quem é budista e quem não é budista? Pertence ao senhor Nakagaki essa prerrogativa? Por que o Patrux e seus colegas não teriam o direito de definir quem é o verdadeiro budista? O Ig0y, assim como eu, como o Patrux, os amigos de Patrux, o senhor Nakagaki e todos os outros seres humanos, é um mamífero, bípede, com um telencéfalo altamente desenvolvido e um polegar opositor (Ilha das Flores, 1989). O fato de qualquer indivíduo afirmar algo não confere automaticamente veracidade à sua afirmação, nem tampouco a torna falsa. O simples fato de alguém afirmar que a gravidade não existe não anula sua existência, assim como a declaração de que ela existe não a comprova. Alegar que o Patrux ou qualquer outra pessoa não tem a capacidade de afirmar o que é verdadeiro é um exemplo claro de argumentum ad verecundiam, uma falácia de apelo à autoridade.
Quem é o Ig0y para afirmar que não existe paganismo no budismo? Quem lhe conferiu a autoridade para declarar que o budismo de Oxford é falso? Qual é a base para que o Ig0y se autoproclame responsável por definir quem é um verdadeiro budista? O que o habilita a determinar o que é verdade? Não estou afirmando que o budismo contenha elementos pagãos, nem que o budismo de Oxford seja a única forma legítima da prática, mas é curioso observar o Ig0y reivindicar para si uma autoridade que ele nega aos outros. Como se, ao se declarar budista, isso lhe conferisse o direito absoluto de determinar a verdade. Mais impressionante ainda é ver como ele acredita estar refutando alguém ao recorrer a esse tipo de argumento.
Existem o bem e o mal, o bom e o ruim, o belo e o feio, assim como a verdade e a mentira. O Ig0y, contudo, não questionou a validade da premissa de seu opositor, mas relativizou a própria existência da verdade ao fugir com o argumentar que existem muitas vertentes do budismo. Essa relativização da verdade é um ponto central na filosofia dos sofistas, constantemente refutada desde a Antiguidade.
Fazendo uma analogia com produtos, há os verdadeiros e os falsos, os de marca e os piratas, os originais e os similares. Será que o simples ato de alguém se declarar budista basta para torná-lo um budista verdadeiro? Ou seria o "verdadeiro" aquele que o Ig0y decidir apontar como tal? Posso eu, por exemplo, me declarar budista? Todos somos budistas? Ninguém é budista? Afinal, quem é o verdadeiro budista?
10. O crescimento daquela ideologia.
Não parece que o argumento sobre crescimento se der a um crescimento vegetativo, como o Ig0y sugeriu ao responder ao questionamento, mencionando o aumento populacional global e os oito bilhões de habitantes. Na verdade, isso pareceu mais uma tentativa de tangenciar com uma falsa premissa, utilizando a falácia do espantalho. Além disso, o argumento de que pais adeptos daquela ideologia, ao terem filhos, transmitam suas ideias como se fossem genes é falho. Esse tipo de crescimento geracional não reflete a preocupação real da sociedade nem o padrão observado. É bem comum atualmente que membros de uma mesma família tenham orientações ideológicas distintas, independentemente de algum parente ser adepto desta ou daquela visão.
Além disso, é inadequado falar apenas em crescimento absoluto de adeptos sem considerar a proporção em relação à população total, ou ao menos abordar ambos os aspectos. Primeiro, porque os estudos disponíveis não indicam essa constatação restrita. Segundo, porque, se não houvesse percepção de crescimento proporcional, a relevância social dessas ideias não estaria aumentando.
Outro ponto crucial é que o Ig0y defende a ideia de que tanto o racismo quanto o antirracismo podem crescer simultaneamente. No entanto, isso não é possível em um crescimento proporcional, pois são ideias antagônicas. Uma pessoa ou é racista, ou não é. Não há espaço para neutralidade ou uma posição apolítica entre essas duas perspectivas, assim como não existe um "centro" entre o racismo e o antirracismo.
Rebatendo ainda o argumento de crescimento vegetativo, os resultados do último censo realizado no Brasil indicam um crescimento populacional modesto e apontam que este será o último censo com aumento da população. Na Europa, nas Américas e na Oceania, o chamado "inverno populacional" já é uma realidade. Essas regiões apresentam taxas de natalidade abaixo do nível de reposição, resultando na redução da população nativa. Curiosamente, são justamente nesses locais, onde há presença do homem branco, que a população branca apresenta uma taxa de natalidade ainda mais baixa do que a média geral desses países, que já está abaixo da taxa de reposição. Ou seja, o declínio é ainda mais acentuado nesses países quando isolamos a população branca.
A Europa apresenta uma quase estagnação populacional, com um crescimento total de apenas 0,06% ao ano, impulsionado principalmente pela forte imigração que recebe. O mesmo ocorre em diversos outros países desenvolvidos, como Canadá, Austrália e Nova Zelândia, que registram um crescimento populacional muito modesto, igualmente dependente da imigração. No Japão e na Coreia, embora recebam imigrantes, a população está em declínio absoluto. A única exceção entre os países ricos é os Estados Unidos da América, que também enfrenta um forte declínio na população nativa, mas graças à elevada imigração, consegue manter um crescimento populacional total considerável.
Até a China registrou uma diminuição populacional em relação ao ano anterior, algo que ocorreu pela primeira vez em sua história em 2022. Além disso, a China deixou de ser o país mais populoso do mundo. A baixa taxa de natalidade tornou-se uma das maiores, se não a maior, preocupações do Partido Comunista Chinês. O crescimento populacional global é impulsionado principalmente pela África, países de maioria islâmica e Índia. Será que é nesses locais que está ocorrendo o crescimento real daquela ideologia?
Na Europa, o problema com o crescimento daquela ideologia é mais acentuado devido a diversos fatores. A imigração islâmica é significativa e tende a resistir à adaptação cultural, gerando choques e alimentando o sentimento de perda de identidade entre a população nativa. Esse medo, associado a fatores históricos, crises econômicas, grande endividamento público e baixíssimas taxas de natalidade, cria um terreno fértil para o crescimento de ideias supremacistas. A proporção de imigrantes ou descendentes recentes de imigrantes na população europeia é alta, o que intensifica esses sentimentos e o crescimento alarmante de tais ideias.
Por último, o argumento da internet, comum entre professores de ensino médio, e frequentemente utilizado como uma explicação para tudo. Primeiramente, o acesso à internet no Brasil já é tão abrangente há quase uma década que seria razoável afirmar que ela é praticamente universal há muito tempo. Se essa é a realidade de um país considerado pobre e em desenvolvimento como o Brasil, imagine a situação nos países ricos e desenvolvidos. Além disso, a internet facilita a propagação de qualquer ideia, inclusive as antirracistas, que não podem estar crescendo se as ideias racistas o estão, como já mencionei anteriormente. O máximo que se pode aceitar é que o engajamento e radicalização de ambos os lados estejam crescendo, mas não é apenas nisso que essas ideias estão se expandindo. Elas cresceram muito mais rapidamente e de forma mais abrangente no início do século passado, quando sequer existia a televisão. A internet, por si só, não mata pessoas; são as pessoas que matam pessoas.
11. Quem computa os crimes?
Respondendo ao ataque à fonte do Ig0y, não vou ser repetitivo trazendo links, pois já compartilhei diversas fontes sérias, incluindo matérias jornalísticas com dados da Polícia Federal, agências do governo, pesquisas acadêmicas e ONGs. No entanto, isso não significa que essas informações, por virem dessas fontes, sejam automaticamente infalíveis ou imunes a questionamentos. O erro do Ig0y está em desqualificar os dados com base apenas na fonte ou no argumentador. Esse tipo de discurso, que ataca a fonte em vez de abordar os argumentos em si, configura uma falácia (Argumentum ad hominem). Vale lembrar também que parte desses dados é da Polícia e das agências do governo Bolsonaro, que obviamente não tinham interesse em divulgar informações sobre o aumento desses fenômenos, mas o fizeram assim mesmo. Quando for levantar esse tipo de questionamento, é necessário especificar: quem, quando, onde e por que motivo dariam dados errados ou manipulados. Não é plausível levantar esse tipo de dúvida superficial, genérica, sobre a fonte sem justificativa.
Além disso, isso não está ocorrendo somente no Brasil. O aumento desses casos também é registrado em todo o Ocidente, por instituições muito mais credenciadas e sérias do que as brasileiras. Quais as probabilidades de todas elas estarem manipulando dados e envolvidas em um complô internacional?
Atacar a metodologia poderia ser um argumento válido, mas o Ig0y faz isso com uma alegação sem fundamento. Ele afirma que essas instituições classificam o uso do manji (a suástica usada com fins religiosos) como crime de apologia. Não, assim não, pelo amor de Deus, não vá por esse caminho. Será que houve um aumento tão grande de budistas no Brasil usando esse símbolo, a ponto de a polícia investigar isso nas sangas? É óbvio que a polícia e o governo não consideram isso como apologia. Algumas das reportagens que encontrei explicavam os critérios de contagem e não deixavam margem para esse tipo de confusão. Em uma delas, até especificaram que o manji, quando usado com fins religiosos, não é considerado apologia.
Pior do que isso é a suposta prova apresentada por Ig0y sobre os erros metodológicos, que, para começar, não tem nenhuma relação com apologia àquela ideologia, mas sim com homicídios de mulheres. Para quem não sabe, a Lei nº 13.104/15, que define o que é feminicídio, estabelece como tal a discriminação de gênero (Art. 1º, § 2º-A, II)ou violência doméstica (Art. 1º, § 2º-A, I). Questionar a metodologia, alegando que ela está errada por contar um crime de violência doméstica, quando na verdade está de acordo com a lei que tipificou o feminicídio, é um grande equívoco. Além disso, surge a seguinte dúvida: será que uma mulher pode odiar as mulheres ou até mesmo o fato de ser mulher?
12. A cruz de Pedro.
Não há indícios de que cristãos estejam interessados em resgatar o uso desse símbolo porque ele nunca precisou ser resgatado. A cruz invertida faz parte da tradição católica não bíblica, baseada no relato de que Pedro teria sido crucificado de cabeça para baixo. O relato mais antigo sobre a morte de Pedro é atribuído ao teólogo Orígenes, que viveu entre 185 e 253. Esse símbolo está ligado a Pedro, não a Cristo, e na Igreja Católica apenas o papa, que se declara sucessor apostólico de Pedro, utiliza esse emblema. O papado nunca deixou de usá-lo, e não faz sentido que outra pessoa queira adotá-lo como símbolo.
Os satanistas da Idade Média começaram a usar a cruz invertida pelo significado evidente de um Cristo invertido, como um símbolo de oposição ao cristianismo. Antes disso, as pessoas comuns não a utilizavam pela mensagem negativa que transmitia. Além disso, ela nunca foi o símbolo da cristandade, que sempre teve a cruz tradicional como seu emblema mais importante e universal.
13. O intolerante Karl Popper.
Eu aprecio o paradoxo da intolerância e compreendo sua origem, que é, em essência, uma releitura da Lei de Talião para um caso específico: olho por olho, dente por dente, intolerância por intolerância. Apesar de admirar o princípio dessa lei, considero que há um equívoco em sua aplicação prática por muitos. Justiça não deve ser feita com as próprias mãos, pois isso nem ao menos é justiça.
O julgamento e a aplicação da lei pertencem exclusivamente ao Estado e, em última instância, a Deus. Cabe ao povo exercer a tolerância e praticar o perdão. Afinal, se alguém roubar, rouba-se de volta? Se alguém matar, mata-se de volta? Um erro nunca pode justificar outro.
14. Ig0y raivoso.
Quando há uma promessa de causar dano, mesmo que não seja diretamente contra outra pessoa, mas com a intenção de provocar algum tipo de prejuízo, isso já se torna problemático.
Quando o Ig0y diz a seus oponentes que deveriam agradecer por ele “apenas” entrar com um processo, o que exatamente ele quer dizer com isso? O que mais, além de um processo, ele estaria sugerindo? Isso poderia ser interpretado como uma ameaça?
Ao afirmar que procuraria o empregador do Patrux para tentar demiti-lo, o Ig0y não estaria fazendo outra ameaça? E, se realmente conseguisse causar esse prejuízo ao Patrux, como isso deveria ser caracterizado?
Fazendo um exercício mental sobre a ideia de Ig0y ir atrás do empregador de Patrux: qual seria o custo disso? Quatro, cinco ou seis mil reais? Será que Ig0y teria recursos para gastar dessa forma? E, mesmo que tivesse, isso realmente valeria a pena? Ele sabe, ao menos, onde Patrux mora para tentar descobrir seu emprego ou mesmo para processá-lo?
Supondo que Ig0y conseguisse encontrar o emprego, quem garante que Patrux trabalha em uma empresa pequena, com um patrão acessível? E se for uma grande corporação? Como Ig0y sequer passaria da recepção? Grandes empresas raramente se preocupam com questões pessoais de seus funcionários, a menos que Patrux fosse, por exemplo, um CEO. Mesmo que Patrux trabalhasse em uma empresa pequena, e mesmo que Ig0y conseguisse falar com o empregador, quem garante que o patrão não apoiaria Patrux em vez de prejudicá-lo?
Além disso, quem disse que Ig0y teria como publicar algo contra Patrux no LinkedIn? Como sabemos que Patrux sequer tem um perfil lá? E, sinceramente, quem realmente se importa com o LinkedIn? Esse tipo de ameaça merece mesmo ser levado a sério?
Por fim, quando Ig0y chama alguém para um encontro, fazendo gestos com a mão fechada, isso também não soa como mais uma ameaça?
Ore dake Level Up na Ken Season 2: Arise from the Shadow
Solo Leveling teve uma primeira temporada muito divertida e terminou deixando uma enorme expectativa para a continuação. Felizmente, a aguardada segunda temporada mantém o mesmo estúdio e diretor, prometendo uma experiência tão boa quanto, ou até melhor, que a primeira.
Kusuriya no Hitorigoto 2nd Season
A primeira temporada estreou ao mesmo tempo que Frieren, o que acabou ofuscando o brilho do anime da Apotecária. Ainda assim, está entre os animes mais bem avaliados no MyAnimeList e possui uma popularidade significativa. Parece ser uma escolha certeira, pois tudo aponta para uma continuação promissora.
Dr. Stone: Science Future
Tudo indica que esta será a última temporada. Para quem acompanhou todas as anteriores, com seus altos e baixos, parece indispensável assistir para finalmente conhecer o desfecho da trama.
Sakamoto Days
Este anime conta a história de um ex-assassino que, agora aposentado, só quer curtir a família e tocar seu pequeno negócio. A trama promete uma mistura de ação e comédia, trazendo antigos rivais e parceiros que ainda perseguem o protagonista, apesar de ele não matar mais ninguém. As expectativas para a série são altas: antes mesmo de a primeira temporada estrear, uma segunda já foi anunciada. O sucesso do mangá, amplamente elogiado, e o grande número de pessoas que planejam acompanhar o anime reforçam o hype. No entanto, ao assistir ao trailer, a produção revela-se simples, o protagonista não demonstra grande carisma, e o anime transmite a sensação de ser uma obra underground que, curiosamente, vem sendo bastante aguardada.
Kimi no Koto ga Daidaidaidaidaisuki na 100-nin no Kanojo 2nd Season
Apesar de ter recebido muitos comentários positivos sobre a primeira temporada, não a assisti, e por isso não pretendo acompanhar a segunda. Um anime com um protagonista que tem 100 namoradas me parece ter personagens demais para ser realmente envolvente. Além disso, alguns comentários mencionam que a obra já poderia ter terminado de forma satisfatória na primeira temporada, o que me deixa ainda mais cauteloso em relação à continuação.
Watashi no Shiawase na Kekkon 2nd Season
Os primeiros episódios da primeira temporada, inspirados no conto da Cinderela, foram excelentes. No entanto, a partir de certo ponto, o anime deu a impressão de que já não tinha mais uma boa história para contar, acabando por perder a qualidade e a direção da trama. Meu interesse pela obra diminuiu consideravelmente na segunda metade da temporada, o que deixou pouca motivação para assistir à continuação.
Jibaku Shounen Hanako-kun 2
Não sou muito fã do gênero desta obra, então não me interessei em assistir à primeira temporada, muito menos à segunda. De qualquer forma, assisti ao trailer, que pareceu bem produzido e pode ser um bom indicativo para quem aprecia esse tipo de proposta.
Unnamed Memory Act.2
Ao ler a sinopse, é possível perceber o grande potencial da trama, argumento reforçado pelas boas avaliações da Light Novel. No entanto, a primeira temporada foi mal recebida, com avaliações baixas e popularidade modesta, possivelmente devido às mudanças polêmicas na adaptação, que não agradaram ao público. Como a primeira temporada estreou no meio deste ano, é provável que a segunda já estivesse planejada antes mesmo de seu lançamento. Pessoalmente, não assisti à primeira temporada, o que me torna ainda menos inclinado a acompanhar a continuação. Além disso, o trailer não foi empolgante.
Honey Lemon Soda
Romance escolar com uma trama já conhecida: uma garota introvertida e um garoto popular em meio a conflitos de bullying. Não há nada de novo na proposta, mas espero que, ao menos, o desenvolvimento dos personagens seja interessante. Em termos de gráficos, o estilo é bem simples e mediano. No geral, parece uma obra que apela para coitadismos e traços meio woke, sem elementos realmente marcantes que chamem a atenção.
Class no Daikirai na Joshi to Kekkon suru Koto ni Natta
Uma comédia romântica em que dois estudantes se casam e começam a morar juntos. Gosto dessa proposta, pois é mais interessante do que as tramas que costumamos ver em animes. Agora, o sucesso da série vai depender principalmente da criatividade e do talento cômico do diretor.
Ao no Exorcist: Yosuga-hen
Quinta temporada. Sei que há quem goste, mas eu acabei desistindo já na primeira temporada.
Guild no Uketsukejou desu ga, Zangyou wa Iya nanode Boss wo Solo Toubatsu Shiyou to Omoimasu
Dizem que, um dia, haverá um anime para tudo, e talvez isso seja um reflexo de excesso de criatividade ou falta de ideias, como no caso deste, em que a protagonista é uma recepcionista de uma guilda de aventureiros. Mesmo assim, a premissa parece interessante, já que, para se livrar das pilhas de papelada, nossa heroína decide se tornar uma aventureira secreta. Infelizmente, a animação do trailer deixa a desejar, com o uso de 3D que parece destoar. Com uma animação melhor, poderia ser uma boa aposta, mas, com esses problemas, provavelmente ficará abaixo do aceitável.
Grisaia: Phantom Trigger the Animation (TV)
A franquia Grisaia possui três arcos realmente excelentes, mas o restante do material apresenta, no máximo, alguns momentos acima da média. O maior problema, no entanto, é que a trama foi concluída na segunda temporada. Depois disso, ainda foram lançados dois filmes que receberam críticas negativas. Não vejo o que uma terceira temporada poderia acrescentar à história e, pessoalmente, acredito que será apenas fanservice barato.
Kuroiwa Medaka ni Watashi no Kawaii ga Tsuujinai
Mais uma comédia romântica da temporada, embora esta pareça ter mais foco no romance do que na comédia. O mangá não é muito bem avaliado, o estúdio não tem obras de grande destaque, e o diretor também não possui um portfólio com grandes projetos. Nem o trailer escapa da mediocridade (no sentido de estar na média). Tem tudo para ser um dos animes mais medianos da temporada.
Ishura 2nd Season
Reconheço que a primeira temporada teve seus problemas, mas, no geral, foi até bem positiva. Estou ansioso para conferir esta segunda temporada e espero que ela me surpreenda, corrigindo os erros e mantendo os acertos da temporada anterior.
Übel Blatt
A sinopse do anime promete uma fantasia épica em grande escala. Já pelo trailer, é possível perceber que a demografia alvo é voltada para o público adulto, dado o conteúdo extremamente violento, com cenas de sangue explícito. A animação, embora não impressione, parece ser suficientemente boa para não prejudicar a experiência. Meu maior receio é que, com o mangá recebendo uma avaliação mediana, a trama possa acabar sendo morna, somada a uma animação que não se destaca muito. No entanto, ainda pode se tornar um sucesso da temporada por ser uma das poucas opções focadas em ação, com um protagonista overpower e outros elementos de aventura que costumam atrair o público. Além disso, conta com um toque de ecchi, o que pode atrair ainda mais pessoas.
Kono Kaisha ni Suki na Hito ga Imasu
Mais uma comédia romântica da temporada, sinal de que a moda dos isekais parece estar cedendo espaço para os romances. Diferente de outras obras dessa lista, esta é um seinen, com personagens adultos e um ambiente de conflito situado no local de trabalho, o que pode ajudar na identificação do público-alvo. Embora tenha um diferencial em relação aos romances escolares, a proposta em si é bem comum. Talvez o que realmente destaque a série seja a sutileza no comportamento dos personagens, especialmente enquanto tentam manter o romance em segredo no trabalho.
Zenshuu
Uma obra original cuja sinopse descreve, de forma resumida, uma narrativa sobre a própria indústria de animes, acompanhando a trajetória de um jovem que se torna animador e, mais tarde, diretor. Curiosamente, o trailer não parece ter nada em comum com essa descrição; talvez, para atrair o público, tenham preferido destacar cenas de ação ambientadas em um mundo medieval, possivelmente de um anime que o próprio protagonista está criando. A sinopse também menciona que o protagonista nunca se apaixonou e está tentando entender o conceito de primeiro amor, o que indica a possibilidade de mais um romance na temporada. Sendo uma produção da Mappa, há uma expectativa de que, no mínimo, alcance um sucesso relativo e tenha uma qualidade aceitável. Além disso, em geral, obras que retratam a indústria de animes tendem a agradar os críticos.
Okinawa de Suki ni Natta Ko ga Hougen Sugite Tsurasugiru
Mais uma comédia romântica escolar na temporada, provavelmente com um trio romântico em jogo. Desta vez, a problemática foca na comunicação entre dialetos regionais japoneses, o que pode trazer um toque interessante à dinâmica. O diretor, apesar de bastante experiente na função e com boas obras no currículo, é o mesmo que comandou o controverso Berserk 3D. O estúdio, por sua vez, é relativamente pequeno, e o mangá não tem uma avaliação muito positiva.
Medalist
Naturalmente, já tenho uma certa aversão por animes de esporte, especialmente quando apresentam um estilo meio "moe". O fato de a protagonista ser uma garotinha feia também limita a trama às competições e a alguns momentos fofos, sem espaço para expectativas de romance. Pelo menos, o mangá é bem avaliado, o que traz alguma esperança para a adaptação.
Izure Saikyou no Renkinjutsushi?
A proposta do anime gira em torno de um herói que, ao ser convocado por engano para outro mundo, recebe, em decorrência desse equívoco, um poder especial de criar praticamente qualquer coisa. Embora esse poder seja superapelativo, o protagonista está interessado apenas em viver uma vida pacífica e tranquila. Isso acaba gerando um grande problema para a trama: a falta de uma motivação clara. Sem isso, a história pode se tornar desinteressante, já que não parece haver um grande conflito ou desafio que justifique o interesse em acompanhar a jornada.
NEET Kunoichi to Nazeka Dousei Hajimemashit
Mais uma comédia romântica da temporada, baseada em um mangá mal avaliado e adaptada por um estúdio pequeno. O "diferencial" da obra é focar em Otakus NEET e incluir alguns elementos sobrenaturais.
Nihon e Youkoso Elfo-san
Um isekai reverso em que uma elfa vem para o nosso mundo e tenta se adaptar à vida cotidiana de uma adolescente humana, enquanto divide cenas cômicas com o protagonista. O que espero desse anime são algumas cenas engraçadas, outras fofas, provavelmente um toque de romance, e muitas situações chatas do dia a dia. Sinceramente, não sei se vale a pena; provavelmente vai depender de quantas cenas enfadonhas teremos que suportar até as boas chegarem e de quão boas elas realmente serão.
Akuyaku Reijou Tensei Ojisan
A ideia de um anime otome game com uma vilã como protagonista me agrada, mas não com um velho japonês reencarnado no corpo de uma garota jovem e loira. Que tipo de fetiche é esse? Além disso, a sinopse menciona que a proposta é exaltar, através do protagonista, os valores de trabalho, o perfeccionismo e a moral familiar japonesa. Parece que a obra está mais preocupada em transmitir uma mensagem do que em oferecer uma narrativa realmente interessante.
S-Rank Monster no "Behemoth" dakedo, Neko to Machigawarete Elf Musume no Pet toshite Kurashitemasu
Anime sobre um gato adotado por uma elfa e um grupo de jovens aventureiras, que na verdade não é um gato, mas sim o monstro mais perigoso e poderoso deste mundo. Além disso, ele carrega a alma de um cavaleiro reencarnado. Até consigo entender a criatividade da proposta, mas falta motivação e identificação com os personagens.
Salaryman ga Isekai ni Ittara Shitennou ni Natta Hanashi
Mais um isekai em que o protagonista acaba trabalhando para o rei das trevas. O diferencial é que ele não possui poderes e conquista seus feitos apenas com as habilidades de um trabalhador comum da Terra. Provavelmente será um anime com pouca ação, focado mais em administração, com alguns momentos cômicos, já que se trata de uma comédia, e algumas pitadas de romance. A proposta é bastante genérica, e para completar, o mangá não tem uma boa avaliação.
Botsuraku Yotei no Kizoku dakedo, Hima Datta kara Mahou wo Kiwametemita
A principal problemática da obra é a dificuldade financeira da família nobre do protagonista. No entanto, isso nem parece ser tão relevante, já que a verdadeira proposta da obra é a de um jovem aprendendo a usar magia. Ou seja, a trama se resume a um longo e entediante arco de treinamento.
Hana wa Saku, Shura no Gotoku
Um drama escolar com uma pegada mais adulta, que se passa em uma pequena ilha com uma população reduzida, envolvendo leitura e transmissões de rádio. Como é comum em dramas, o ritmo será mais lento, com cenas contemplativas e situações cotidianas, algo que nem todos apreciam, e, mesmo para os que gostam, não é algo para consumir o tempo todo. Ainda assim, sinto que pode valer a pena, pois parece oferecer um conteúdo reflexivo de boa qualidade, com momentos emocionantes. Além disso, não me parece ser um melodrama exagerado a ponto de se tornar piegas.
Ameku Takao no Suiri Karte
Anime sobre um doutor investigativo, o que me lembra bastante a série Dr. House. Não acredito que este anime consiga replicar o sucesso da série, pois nela há uma grande dedicação à pesquisa na produção do roteiro, com narrativas recheadas de reviravoltas bem orquestradas, grande verossimilhança e um humor sarcástico marcante.
Fuguushoku "Kanteishi" ga Jitsu wa Saikyou Datta
Um protagonista desvalorizado pelo seu poder é usado, abusado e, eventualmente, abandonado pelos seus companheiros aventureiros. Porém, após pensar em desistir, ele dá a volta por cima, forma um novo grupo e mostra que o seu poder desvalorizado, na verdade, é extremamente importante. Pela sinopse, percebe-se que a trama é um tanto genérica, e pelos gráficos apresentados no trailer, é possível notar os elementos mais comuns e desinteressantes próprios do gênero.
Douse, Koishite Shimaunda
O anime segue a história de uma garota com o coração partido que encontra quatro garotos que se apaixonam por ela e a cortejam. Trata-se de um harém reverso escolar voltado para o público feminino. Embora, por uma questão demográfica, esse tipo de proposta geralmente não me atraia, o que mais me deixa cético é a avaliação negativa do mangá.
A-Rank Party wo Ridatsu shita Ore wa, Moto Oshiego-tachi to Meikyuu Shinbu wo Mezasu
Mais um anime de fantasia em que o herói, maltratado, explorado e ridicularizado pelos seus colegas de grupo, deixa o time e se junta a outro, onde seus verdadeiros talentos podem se manifestar e revelar o seu poder. A única diferença dessa trama é que o novo grupo do herói é formado exclusivamente por mulheres, que são suas ex-alunas. Além disso, os gráficos do trailer estavam bons, mas ainda assim eram bem genéricos. O que realmente me desagradou foi a música do trailer.
Mahoutsukai no Yakusoku
Adaptado de um jogo pouco conhecido, e ainda não há uma sinopse disponível para esta obra no MAL. No entanto, foi lançado o trailer sem legendas, e posso dizer que, visualmente, está aceitável e até bonito. No mais, não posso recomendar algo com tão poucas informações.
Kisaki Kyouiku kara Nigetai Watashi
Mais uma comédia romântica da temporada, desta vez com uma pegada de conto de fadas ao estilo "princesinha da Disney". A protagonista é prometida em casamento a um príncipe desde a infância, mas rejeita a ideia de um casamento arranjado. A trama se desenvolve com o príncipe tentando conquistá-la, enquanto ela tenta resistir aos seus encantos. Não nego que a proposta tenha um forte apelo, especialmente para certos públicos, mas, para mim, que já vi tantas histórias com essa premissa, isso sozinho não é o suficiente.
BanG Dream! Ave Mujica
Mais um daqueles animes musicais com idols, um gênero que parece ter um forte apelo com o público japonês e aparece quase toda temporada. Este é o sétimo título da franquia BanG Dream, o que comprova sua resiliência. Acredito que a obra tenha alguma história de fundo, que pode até ser interessante, mas provavelmente não foge muito dos clichês do gênero. Afinal, o que realmente atrai o público nesse tipo de produção não é tanto a narrativa, mas sim a admiração pela cultura idol e pelas músicas japonesas. Além disso, não acredito que os produtores tenham um interesse genuíno em alcançar um sucesso mundial com essas obras, mas apenas em atender a um público específico que consome produtos relacionados.
Sentai Red Isekai de Boukensha ni Naru
O isekai do super sentai. Basicamente, a trama gira em torno de um Power Ranger vermelho que é invocado para o clássico mundo de fantasia do gênero isekai. Tenho que admitir que a proposta é criativa e, por ser tão inusitada, conseguiu arrancar alguns risos de mim. Sinceramente, eu gostaria de apostar mais nesse anime, mas o trailer revela uma animação mediana: bem acabada, mas sem alma, repleta de clichês e com aquele aspecto industrial. Para piorar, o mangá também não foge do mediano em suas avaliações.
Babanbabanban Vampire
É um boys love no qual um vampiro gay deseja provar o sangue de um jovem virgem de 18 anos. O conflito surge quando o vampiro descobre que o garoto que ele vinha "cultivando" atinge os 15 anos, entra na puberdade e se apaixona por uma garota da mesma classe. É claro que o vampiro não vai permitir que esse romance aconteça.
Sorairo Utility (TV)
Anime de esporte, focado em garotinhas japonesas praticando golfe. Confesso que já tenho uma certa antipatia por animes desse gênero, mas este me causa uma reação ainda mais negativa, pois não consigo enxergar muita verossimilhança em jovens meninas jogando um esporte tradicionalmente associado a homens ricos, velhos e americanos. Pelo menos, há um problema real a ser superado pelas protagonistas.
Hazure Skill "Kinomi Master": Skill no Mi (Tabetara Shinu) wo Mugen ni Taberareru You ni Natta Ken ni Tsuite
Antes de falar da trama propriamente dita, gostaria de fazer um comentário sobre como é comum encontrar personagens em animes com designs inspirados e muito similares aos de Kirito e Saber. Quanto à trama, há um subtexto que valoriza pessoas desvalorizadas pela sociedade moderna, especialmente no contexto dos agricultores. Claro que essa mensagem é emoldurada por uma narrativa que se passa em um mundo de fantasia, com o protagonista humilde e resignado adquirindo uma habilidade que o torna o mais poderoso do mundo. No entanto, esse conceito por si só não me parece suficientemente inovador ou atraente, e pode até se perder na tentativa excessiva de transmitir uma mensagem. Além disso, o que realmente me deixa com o pé atrás em relação à obra é o fato de o mangá ser bastante mal avaliado.
Momentary Lily
É um anime original, com elementos moe e de vida cotidiana, mas ambientado em um mundo pós-apocalíptico invadido por alienígenas mecânicos, contra os quais as protagonistas lutam usando uma ou mais armas poderosas. As garotas parecem ser as únicas sobreviventes, já que só conhecem umas às outras. O trailer mostra uma das garotas em combate com os inimigos, lembrando o estilo de "garotas mágicas". A impressão que tenho é que misturaram vários conceitos de outras obras e colocaram no liquidificador, o que pode até dar certo em alguns casos, mas também pode resultar em uma verdadeira "gororoba". Pessoalmente, não sou fã de alguns desses ingredientes, então não me arrisco. Além disso, o trailer utiliza muita computação gráfica, especialmente para transformar cenas reais em animações. Embora eu perceba uma beleza nos cenários e um cuidado na fluidez do cabelo das personagens, a combinação de elementos acaba parecendo artificial e não harmônica.
Magic Maker: Isekai Mahou no Tsukurikata
Outro Isekai, desta vez com um protagonista que reencarna em um mundo de fantasia onde não existe magia. O enredo gira em torno de sua frustração por viver em um mundo sem magia, levando-o a criar a própria magia. Preciso mesmo explicar por que esse enredo é um lixo?
Hotel Tasokare
O anime é baseado em um jogo e gira em torno dos mistérios envolvendo fenômenos sobrenaturais e um hotel isolado. Os primeiros segundos do trailer até chamaram minha atenção, especialmente pela ambientação do hotel no meio do nada e pela trilha sonora. No entanto, meu histórico com animes dessa proposta não é muito positivo. Alguns elementos típicos de animes de temporada não costumam se encaixar bem com o gênero e, geralmente, não conseguem me transmitir fortes emoções.
Mahoutsukai Precure!! Mirai Days
Esta é a segunda temporada de uma obra que começou em 2016 e, até hoje, mantém uma popularidade bastante baixa. Trata-se de um anime original sobre garotas mágicas, ou mais especificamente, bruxas mágicas, que lutam contra inimigos sobrenaturais. Pela sinopse, não parece haver muita profundidade ou um grande subtexto, então não espere algo como um Madoka Magica com cores vibrantes.
Around 40 Otoko no Isekai Tsuuhan
Este é um anime Isekai em que um homem de 40 anos é transportado para outro mundo, onde sua jornada consiste em viver uma vida cotidiana por meio de compras pela internet. Sinceramente, não entendo o que passa pela cabeça de um autor que acredita que as pessoas queiram acompanhar histórias sobre o comum. Pelos mesmos motivos que não se fala constantemente sobre o cotidiano nas notícias, não deveria existir um anime de fantasia com elementos banais. O que as pessoas realmente querem ver é o incomum. Além disso, a trama carrega um subtexto depressivo, explorando a insatisfação de um homem de 40 anos, que, incapaz de encontrar realização no mundo real, precisa recorrer a um universo de fantasia para buscar uma vida tranquila.
UniteUp! Uni
Se existe um anime musical de idols com personagens femininas, é natural que também haja um anime de idols com personagens masculinos, visando agradar a uma demografia oposta. Se algo voltado para o meu público não desperta o meu interesse, muito menos algo que não é direcionado a ele.
Sousei no Aquarion: Myth of Emotions
Ainda não há muitas informações sobre este anime, já que se trata de uma obra original e a sinopse ainda não está disponível no MAL. No entanto, com base nas poucas informações e no trailer, parece ser um mecha em que crianças comandam robôs gigantes. Além disso, o estilo de animação mostrado no trailer se distancia do habitual, lembrando mais um estilo de cartum, como o de As Meninas Superpoderosas. O título, Myth of Emotions, também sugere uma possível conexão com algo como Divertida Mente, uma versão anime da ideia de explorar emoções.
Kinnikuman: Kanpeki Chоujin Shiso-hen Season 2
Comentei sobre este anime quando a primeira temporada (a primeira temporada da volta de novos episódios, já que a original é de 1983) foi lançada neste ano e, na época, não tive interesse em assistir. Esse sentimento permanece, especialmente em relação à continuação. No entanto, é preciso reconhecer que Kinnikuman é uma franquia clássica e de longa data, com um público fiel e cativo. É o tipo de obra que, mesmo sem me atrair, tem potencial para trazer novos públicos e agradar bastante a sua demografia-alvo.
Cardfight!! Vanguard: Divinez Deluxe-hen
A nona temporada de um anime de cartas que passa quase despercebido por grande parte do público, mas que continua recebendo novas temporadas, provavelmente devido às vendas das cartas ou por razões relacionadas às dinâmicas de televisão e regulamentações japonesas. Curiosamente, mantém uma produção considerável, apesar da falta de popularidade aparente.
Mashin Souzouden Wataru
Mais um retorno de uma franquia clássica, iniciada no final dos anos 80, com várias temporadas e muitos episódios durante os anos 90. Embora eu não tenha nada contra continuações, remakes ou reboots de obras antigas, percebo que propostas desse tipo não têm encontrado grande aceitação nos últimos tempos, resultando em pouco sucesso. Além disso, trata-se de um mecha com crianças como pilotos, e o design dos robôs segue um estilo desproporcional e cartunesco, o que provavelmente afasta parte do público.
Farmagia
Adaptação de um jogo de fantasia que, admito, não joguei. Pelo trailer e pela sinopse, a história parece girar em torno de um protagonista que administra uma fazenda em um mundo de fantasia, onde cria e alimenta monstros com o objetivo de formar novos companheiros ou até mesmo um exército poderoso. Resumindo, é um anime de agricultor e pecuarista em um cenário mágico. Sinceramente, parece bem chato.
What to expect from Winter 2025:
Ore dake Level Up na Ken Season 2: Arise from the Shadow
Solo Leveling had a very entertaining first season and ended by leaving fans with high expectations for the continuation. Fortunately, the highly anticipated second season retains the same studio and director, promising an experience just as good as — or perhaps even better than — the first.
Kusuriya no Hitorigoto 2nd Season
The first season premiered at the same time as Frieren, which ended up overshadowing the Apothecary anime’s charm. Even so, it ranks among the highest-rated anime on MyAnimeList and enjoys significant popularity. It seems like a safe bet, as everything points to a promising continuation.
Dr. Stone: Science Future
All signs indicate that this will be the final season. For those who followed all the previous seasons, with their ups and downs, it seems essential to watch and finally discover the conclusion of the story.
Sakamoto Days
This anime tells the story of a former assassin who, now retired, just wants to enjoy family life and run his small business. The plot promises a mix of action and comedy, featuring old rivals and partners who continue to pursue the protagonist, despite his no-kill policy. Expectations for the series are high: even before the first season’s premiere, a second season was already announced. The manga’s success, widely praised, and the large number of people planning to watch the anime only fuel the hype. However, after watching the trailer, the production appears simple, the protagonist lacks significant charisma, and the anime gives off the vibe of an underground work that, interestingly enough, has been highly anticipated.
Kimi no Koto ga Daidaidaidaidaisuki na 100-nin no Kanojo 2nd Season
Although the first season received many positive reviews, I didn’t watch it, and therefore, I don’t plan to follow the second. An anime with a protagonist who has 100 girlfriends seems to have too many characters to be truly engaging. Furthermore, some comments suggest that the series could have concluded satisfactorily in the first season, making me even more cautious about the continuation.
Watashi no Shiawase na Kekkon 2nd Season
The first episodes of the first season, inspired by the Cinderella tale, were excellent. However, at a certain point, the anime started to feel like it no longer had a good story to tell, ultimately losing its quality and narrative direction. My interest in the series decreased considerably during the second half of the season, leaving little motivation to watch the continuation.
Jibaku Shounen Hanako-kun 2
I’m not a big fan of this genre, so I wasn’t interested in watching the first season, let alone the second. That said, I did watch the trailer, which seemed well-produced and might be a good indicator for those who enjoy this type of story.
Unnamed Memory Act.2
Reading the synopsis reveals the great potential of the plot, a point further supported by the positive reviews of the Light Novel. However, the first season was poorly received, with low ratings and modest popularity, possibly due to controversial changes in the adaptation that didn’t sit well with the audience. Since the first season premiered earlier this year, it’s likely that the second was already planned before its release. Personally, I didn’t watch the first season, which makes me even less inclined to follow the continuation. Moreover, the trailer wasn’t exciting.
Honey Lemon Soda
A school romance with a familiar premise: an introverted girl and a popular boy navigating bullying conflicts. There’s nothing new about the concept, but I hope the character development will at least be engaging. Visually, the art style is simple and average. Overall, it seems like a series that leans into victim narratives and slightly "woke" traits, without any truly striking elements to stand out.
Class no Daikirai na Joshi to Kekkon suru Koto ni Natta
A romantic comedy where two students get married and start living together. I like this premise, as it’s more interesting than the typical storylines we usually see in anime. Now, the series’ success will depend largely on the director’s creativity and comedic talent.
Ao no Exorcist: Yosuga-hen
Fifth season. I know there are fans of the series, but I gave up on it back in the first season.
Guild no Uketsukejou desu ga, Zangyou wa Iya nanode Boss wo Solo Toubatsu Shiyou to Omoimasu
They say there will one day be an anime for everything, and perhaps this reflects either an excess of creativity or a lack of ideas. This case features a protagonist who works as a receptionist at an adventurers’ guild. Still, the premise seems intriguing, as, to avoid piles of paperwork, our heroine decides to become a secret adventurer. Unfortunately, the trailer’s animation is underwhelming, with 3D visuals that feel out of place. With better animation, it could have been a promising series, but with these issues, it will likely fall below acceptable standards.
Grisaia: Phantom Trigger the Animation (TV)
The Grisaia franchise features three truly excellent arcs, but the rest of the material offers, at best, a few above-average moments. The biggest issue, however, is that the story was concluded in the second season. After that, two movies were released, both receiving negative reviews. I don’t see what a third season could add to the story and personally believe it will be nothing more than cheap fanservice.
Kuroiwa Medaka ni Watashi no Kawaii ga Tsuujinai
Another romantic comedy this season, although this one seems to focus more on romance than comedy. The manga isn’t highly rated, the studio lacks standout works, and the director doesn’t have a portfolio of notable projects. Even the trailer fails to rise above mediocrity (in the sense of being average). It has all the makings of one of the most middle-of-the-road anime of the season.
Ishura 2nd Season
I acknowledge that the first season had its issues, but overall, it was quite positive. I’m looking forward to checking out the second season and hope it surprises me by correcting the mistakes while keeping the successes from the previous season.
Übel Blatt
The anime’s synopsis promises an epic fantasy on a grand scale. From the trailer, it’s clear that the target demographic is aimed at an adult audience, given the extremely violent content, with explicit blood scenes. The animation, though not impressive, seems good enough not to hinder the experience. My biggest concern is that, with the manga receiving mediocre ratings, the plot might end up being lukewarm, coupled with an animation that doesn’t stand out much. However, it still has the potential to become a seasonal hit as one of the few action-focused options, featuring an overpowered protagonist and other adventure elements that tend to attract the audience. Additionally, it includes a touch of ecchi, which could draw even more people in.
Kono Kaisha ni Suki na Hito ga Imasu
Another romantic comedy this season, signaling that the isekai trend seems to be making way for romances. Unlike other works on this list, this one is a seinen, with adult characters and a conflict set in a workplace environment, which could help with audience identification. Although it has a unique angle compared to school romances, the concept itself is fairly common. Perhaps what will truly set the series apart is the subtlety in the characters’ behavior, especially as they try to keep their romance a secret at work.
Zenshuu
An original work whose synopsis briefly describes a narrative about the anime industry itself, following the journey of a young man who becomes an animator and later a director. Interestingly, the trailer seems to have little in common with this description; perhaps to attract the audience, they chose to highlight action scenes set in a medieval world, possibly from an anime the protagonist is creating. The synopsis also mentions that the protagonist has never fallen in love and is trying to understand the concept of first love, suggesting the possibility of another romance this season. Being a production from MAPPA, there is an expectation that it will at least achieve relative success and maintain an acceptable level of quality. Additionally, works that depict the anime industry generally tend to please critics.
Okinawa de Suki ni Natta Ko ga Hougen Sugite Tsurasugiru
Another school romantic comedy this season, likely featuring a love triangle. This time, the central issue focuses on communication between different Japanese regional dialects, which could add an interesting dynamic to the plot. The director, despite being quite experienced and having a solid portfolio, is the same one who helmed the controversial Berserk 3D. The studio, on the other hand, is relatively small, and the manga doesn’t have very positive ratings.
Medalist
Naturally, I already have a certain aversion to sports anime, especially when they feature a somewhat "moe" style. The fact that the protagonist is an unattractive girl also limits the plot to competitions and a few cute moments, leaving no room for romance expectations. At least the manga is highly rated, which gives some hope for the adaptation.
Izure Saikyou no Renkinjutsushi?
The anime’s premise revolves around a hero who, after being accidentally summoned to another world, gains a special power to create practically anything due to this mistake. While this power is extremely appealing, the protagonist is only interested in living a peaceful and quiet life. This creates a major problem for the plot: the lack of a clear motivation. Without this, the story could become uninteresting, as there doesn’t seem to be any major conflict or challenge to justify following the journey.
NEET Kunoichi to Nazeka Dousei Hajimemashit
Another romantic comedy this season, based on a poorly rated manga and adapted by a small studio. The "unique point" of the work is its focus on NEET otakus and the inclusion of some supernatural elements.
Nihon e Youkoso Elfo-san
A reverse isekai where an elf comes to our world and tries to adapt to the daily life of a human teenager, sharing comedic moments with the protagonist. What I expect from this anime are some funny scenes, a few cute ones, probably a touch of romance, and many tedious everyday situations. Honestly, I’m not sure if it’s worth it; it will probably depend on how many dull moments we have to endure before the good ones arrive and how good those will actually be.
Akuyaku Reijou Tensei Ojisan
The idea of an otome game anime with a villain as the protagonist appeals to me, but not with a reincarnated old Japanese man in the body of a young blonde girl. What kind of fetish is this? Additionally, the synopsis mentions that the premise is to highlight values like hard work, perfectionism, and Japanese family morals through the protagonist. It seems like the work is more focused on delivering a message than offering a truly engaging narrative.
S-Rank Monster no "Behemoth" dakedo, Neko to Machigawarete Elf Musume no Pet toshite Kurashitemasu
An anime about a cat adopted by an elf and a group of young adventurers, who, in fact, is not a cat but the most dangerous and powerful monster in this world. Additionally, it carries the soul of a reincarnated knight. I can understand the creativity behind the premise, but it lacks motivation and character connection.
Salaryman ga Isekai ni Ittara Shitennou ni Natta Hanashi
Another isekai where the protagonist ends up working for the dark king. The difference is that he doesn’t have powers and achieves his feats using only the skills of an ordinary worker from Earth. It will likely be an anime with little action, more focused on administration, with some comedic moments since it’s a comedy, and a touch of romance. The premise is fairly generic, and to top it off, the manga has a poor rating.
Botsuraku Yotei no Kizoku dakedo, Hima Datta kara Mahou wo Kiwametemita
The main issue of the work is the financial difficulties of the protagonist’s noble family. However, this doesn’t seem to be very relevant, as the true premise of the work is about a young man learning to use magic. In other words, the plot boils down to a long and tedious training arc.
Hana wa Saku, Shura no Gotoku
A school drama with a more mature tone, set on a small island with a reduced population, involving reading and radio broadcasts. As is common in dramas, the pace will be slower, with contemplative scenes and everyday situations, which not everyone appreciates, and even for those who enjoy it, it’s not something to consume all the time. Still, I feel it could be worth it, as it seems to offer reflective content of good quality, with emotional moments. Additionally, it doesn’t seem to be an exaggerated melodrama to the point of becoming cheesy.
Ameku Takao no Suiri Karte
An anime about an investigative doctor, which reminds me a lot of the series Dr. House. I don’t think this anime can replicate the success of the series, as Dr. House is marked by a great dedication to research in its scriptwriting, with narratives filled with well-orchestrated twists, high plausibility, and a sharp, sarcastic humor.
Fuguushoku "Kanteishi" ga Jitsu wa Saikyou Datta
A protagonist undervalued for his power is used, abused, and eventually abandoned by his fellow adventurers. However, after thinking of giving up, he bounces back, forms a new group, and shows that his undervalued power is actually extremely important. From the synopsis, it’s clear that the plot is somewhat generic, and from the graphics shown in the trailer, it’s possible to notice the more common and uninteresting elements typical of the genre.
Douse, Koishite Shimaunda
The anime follows the story of a girl with a broken heart who meets four boys who fall in love with her and court her. It’s a reverse harem school anime aimed at a female audience. Although, due to demographic reasons, this type of proposal usually doesn’t appeal to me, what makes me more skeptical is the negative rating of the manga.
A-Rank Party wo Ridatsu shita Ore wa, Moto Oshiego-tachi to Meikyuu Shinbu wo Mezasu
Another fantasy anime in which the hero, mistreated, exploited, and ridiculed by his fellow group members, leaves the team and joins another where his true talents can manifest, revealing his power. The only difference in this plot is that the hero’s new team is made up entirely of women, who are his former students. Additionally, the graphics in the trailer were good but still quite generic. What really bothered me was the music in the trailer.
Mahoutsukai no Yakusoku
Adapted from a little-known game, and there is no synopsis available for this work on MAL yet. However, the trailer was released without subtitles, and I can say that visually, it’s acceptable and even beautiful. Beyond that, I can’t recommend something with so little information.
Kisaki Kyouiku kara Nigetai Watashi
Another romantic comedy of the season, this time with a fairy tale twist in the "Disney princess" style. The protagonist has been promised in marriage to a prince since childhood, but rejects the idea of an arranged marriage. The plot develops with the prince trying to win her over, while she tries to resist his charms. I don’t deny that the premise has a strong appeal, especially for certain audiences, but for me, having seen so many stories with this premise, that alone isn’t enough.
BanG Dream! Ave Mujica
Another one of those musical anime with idols, a genre that seems to have a strong appeal with the Japanese audience and appears almost every season. This is the seventh title in the BanG Dream franchise, proving its resilience. I believe the work has some background story that could even be interesting, but it likely doesn't stray far from the clichés of the genre. After all, what really attracts the audience to this type of production isn’t so much the narrative, but the admiration for idol culture and Japanese music. Additionally, I don’t believe the producers have a genuine interest in achieving global success with these works, but rather in catering to a specific audience that consumes related products.
Sentai Red Isekai de Boukensha ni Naru
The isekai of Super Sentai. Essentially, the plot revolves around a Red Power Ranger who is summoned to the classic fantasy world of the isekai genre. I have to admit that the premise is creative, and its uniqueness got a few laughs out of me. Honestly, I would like to bet more on this anime, but the trailer reveals a mediocre animation: well-made but soulless, full of clichés, and with that industrial look. To make matters worse, the manga also doesn't stray from mediocrity in its reviews.
Babanbabanban Vampire
A boys' love where a gay vampire wants to taste the blood of an 18-year-old virgin boy. The conflict arises when the vampire discovers that the boy he had been "cultivating" turns 15, enters puberty, and falls in love with a girl from the same class. Of course, the vampire won’t let this romance happen.
Sorairo Utility (TV)
A sports anime focused on Japanese girls playing golf. I confess that I already have a certain aversion to anime of this genre, but this one causes an even more negative reaction because I can't see much believability in young girls playing a sport traditionally associated with rich, old, American men. At least there’s a real problem to be overcome by the protagonists.
Hazure Skill "Kinomi Master": Skill no Mi (Tabetara Shinu) wo Mugen ni Taberareru You ni Natta Ken ni Tsuite
Before talking about the plot itself, I would like to make a comment on how common it is to find characters in anime with designs inspired by and very similar to those of Kirito and Saber. As for the plot, there is a subtext that values people devalued by modern society, especially in the context of farmers. Of course, this message is framed by a narrative set in a fantasy world, where the humble and resigned protagonist acquires a skill that makes him the most powerful in the world. However, this concept alone does not seem innovative or appealing enough to me, and it might even get lost in an excessive attempt to convey a message. Furthermore, what really makes me hesitant about the work is the fact that the manga has a rather poor rating.
Momentary Lily
It’s an original anime, with moe and slice-of-life elements, but set in a post-apocalyptic world invaded by mechanical aliens, against which the protagonists fight using one or more powerful weapons. The girls seem to be the only survivors, as they only know each other. The trailer shows one of the girls fighting the enemies, reminding me of the "magical girls" style. My impression is that they mixed several concepts from other works and threw them in a blender, which could work in some cases, but could also result in a real "mash-up." Personally, I’m not a fan of some of these elements, so I won’t risk it. Additionally, the trailer uses a lot of CGI, especially to turn real scenes into animations. While I notice the beauty of the scenery and attention to the fluidity of the characters’ hair, the combination of elements ends up feeling artificial and disharmonic.
Magic Maker: Isekai Mahou no Tsukurikata
Another Isekai, this time with a protagonist who reincarnates in a fantasy world where there is no magic. The plot revolves around his frustration of living in a world without magic, which leads him to create his own magic. Do I really need to explain why this plot is trash?
Hotel Tasokare
The anime is based on a game and revolves around the mysteries involving supernatural phenomena and an isolated hotel. The first few seconds of the trailer caught my attention, especially because of the setting of the hotel in the middle of nowhere and the soundtrack. However, my history with anime of this kind isn’t very positive. Some typical seasonal anime elements don’t usually blend well with the genre and, in general, fail to evoke strong emotions in me.
Mahoutsukai Precure!! Mirai Days
This is the second season of a work that began in 2016 and has maintained a fairly low popularity ever since. It is an original anime about magical girls, or more specifically, magical witches, who fight against supernatural enemies. From the synopsis, there doesn’t seem to be much depth or a strong subtext, so don’t expect something like Madoka Magica with vibrant colors.
Around 40 Otoko no Isekai Tsuuhan
This is an Isekai anime in which a 40-year-old man is transported to another world, where his journey consists of living an everyday life through online shopping. Honestly, I don’t understand what goes through an author’s mind when they believe people want to follow stories about the ordinary. For the same reasons we don’t constantly talk about the everyday in the news, there shouldn’t be a fantasy anime with banal elements. What people really want to see is the extraordinary. Additionally, the plot carries a depressive subtext, exploring the dissatisfaction of a 40-year-old man who, unable to find fulfillment in the real world, must resort to a fantasy universe to seek a peaceful life.
UniteUp! Uni
If there is a musical idol anime with female characters, it’s only natural that there would also be an idol anime with male characters, aiming to appeal to the opposite demographic. If something directed at my audience doesn’t spark my interest, then even less so will something that isn’t targeted at it.
Sousei no Aquarion: Myth of Emotions
There isn’t much information about this anime yet, as it’s an original work and the synopsis isn’t available on MAL. However, based on the limited details and the trailer, it seems to be a mecha anime where children control giant robots. Additionally, the animation style shown in the trailer deviates from the usual, resembling more of a cartoon style, like The Powerpuff Girls. The title, Myth of Emotions, also suggests a potential connection to something like Inside Out, an anime version of the idea of exploring emotions.
Kinnikuman: Kanpeki Chōjin Shiso-hen Season 2
I commented on this anime when the first season (the first season of the new episodes, as the original is from 1983) was released this year, and at the time, I wasn’t interested in watching it. That feeling still stands, especially regarding the continuation. However, it must be acknowledged that Kinnikuman is a classic and long-running franchise with a loyal and dedicated audience. It’s the type of work that, even though it doesn’t appeal to me, has the potential to attract new viewers and be quite successful with its target demographic.
Cardfight!! Vanguard: Divinez Deluxe-hen
The ninth season of a card anime that goes almost unnoticed by much of the audience but continues to receive new seasons, probably due to card sales or reasons related to television dynamics and Japanese regulations. Interestingly, it maintains a considerable production value despite its apparent lack of popularity.
Mashin Souzouden Wataru
Another return of a classic franchise, which began in the late 80s, with multiple seasons and many episodes throughout the 90s. Although I have nothing against continuations, remakes, or reboots of old works, I’ve noticed that such proposals haven’t been widely accepted in recent times, leading to little success. Additionally, it’s a mecha with children as pilots, and the robot designs follow a disproportionate and cartoonish style, which likely alienates part of the audience.
Farmagia
Adaptation of a fantasy game that, I admit, I haven’t played. Based on the trailer and synopsis, the story seems to revolve around a protagonist who manages a farm in a fantasy world, where they raise and feed monsters with the goal of forming new companions or even a powerful army. In short, it’s an anime about farming and ranching in a magical setting. Honestly, it seems pretty boring.
Azul: Terá muito sucesso. Verde: Será bom. Marrom: Talvez seja bom. Vermelho: Não recomendo.
1. "Oshi no Ko" Season 2
É evidente que estou em êxtase com a expectativa de assistir a este anime. Provavelmente será o mais bem avaliado e popular da temporada de verão de 2024. Li o mangá, e esta segunda temporada de "Oshi no Ko" abrangerá o esplêndido e extenso arco do teatro. O trailer está muito bem produzido, e espero que o anime consiga fazer com que os personagens atuem de maneira tão convincente quanto no mangá, com atuações que pareçam as melhores já vistas.
Provavelmente será transmitido pela Netflix, que costuma dublar suas obras. Se for dublado, assistirei não só esta temporada, mas também reverei a primeira temporada com minha namorada.
2. Fairy Tail: 100 Years Quest
Não vou assistir a uma continuação ou spin-off sem ter visto os 328 episódios anteriores. Nunca me interessei por essa franquia, pois a considero genérica, extensa e não faço parte do seu público-alvo.
3. Kami no Tou: Ouji no Kikan
A primeira temporada adaptou a melhor parte do manhwa, pelo menos na minha opinião. Embora tenha sido boa, ela não foi uma adaptação de excelência devido aos inúmeros cortes e ao ritmo apressado. Felizmente, a segunda temporada mudou de estúdio e de diretor-chefe, mantendo apenas o excelente diretor de som, o que me deixou otimista. Vou assistir porque a trama é instigante e diferente, e estou ansioso para ver como os eventos se desenrolam.
4. Tokidoki Bosotto Russia-go de Dereru Tonari no Alya-san
Com uma breve leitura da sinopse, é possível perceber que a proposta do romance entre uma linda garota russa e um rapaz que finge não entender russo tem tudo para ser uma esplêndida comédia romântica. Além disso, trata-se de um anime do estúdio Doga Kobo, o mesmo que produz "Oshi no Ko". O diretor deste anime fez parte da equipe de "Oshi no Ko", dirigindo alguns episódios, e também foi o diretor de "Shikimori-san".
É importante destacar a direção de "Shikimori-san" porque, apesar de não ser um anime sensacional, possui um design de personagens espetacular. Pelo trailer, o anime da Russinha parece estar muito bem produzido, especialmente no design dos personagens, com destaque para os olhos, uma marca registrada deste diretor.
Outro fator positivo em relação à produção é que o anime estava inicialmente previsto para a temporada passada, mas foi adiado, proporcionando muito mais tempo para sua produção. Por fim, o mangá é bem avaliado, o que também indica o potencial de uma boa trama. Com certeza vou assistir a este anime e, se não alcançar pelo menos uma nota nove, será uma tremenda decepção.
5. Isekai Suicide Squad
Quadrinho adaptado para anime? Quando isso realmente deu certo? Entendo que pode ganhar popularidade entre os fãs da DC, mas, pela minha sanidade mental, pretendo manter distância. Além disso, esta versão do Coringa é decepcionante, e parece que não teremos a presença do Pistoleiro interpretado por Will Smith.
6. Kimi to Boku no Saigo no Senjou, Aruiwa Sekai ga Hajimaru Seisen Season II
A primeira temporada foi lançada em 2020, mas eu não a assisti na época por não me interessar pela premissa, e minha opinião não mudou desde então. Além disso, a primeira temporada recebeu críticas negativas e não ganhou muita popularidade. Por fim, embora tenha havido uma mudança de diretor para a segunda temporada, o estúdio responsável pela animação permanece o mesmo.
7. Gimai Seikatsu
A premissa pode parecer comum à primeira vista: um romance entre "meio-irmãos", cujos pais se casaram novamente, unindo suas famílias de relacionamentos anteriores. No entanto, após assistir ao trailer, fica evidente uma maturidade e leveza que transcendem as expectativas típicas desse tipo de obra. Com uma aura bastante romântica, o anime promete um romance genuíno e concentrado. Além disso, o respaldo do material original bem avaliado adiciona confiança na qualidade da narrativa. Embora eu esteja hesitante em assistir, pois requer um clima de espírito adequado, ficarei surpreso se obtiver avaliações muito ruins.
8. NieR:Automata Ver1.1a Part 2
A primeira temporada teve momentos espetaculares tanto em termos de animação quanto de enredo, porém também apresentou diversos momentos vergonhosos em ambas as áreas. A produção foi marcada por desafios, incluindo um hiato, e mesmo após retornar com notáveis melhorias na animação, a narrativa se tornou insatisfatória devido à sua corrida execução. Sinto que saturei desta franquia, dada as suas inconsistências. No entanto, a expectativa para a segunda temporada é mais elevada que para a primeira, especialmente devido ao trailer fabuloso e ao envolvimento da Lisa, além do renome do estúdio A-1 Pictures que está em jogo.
9. Isekai Shikkaku
Achei o trailer bastante desinteressante, e também não sou fã de antropomorfismo. A mensagem do anime parece ser uma crítica a uma filosofia melancólica que não consegue encontrar sentido na vida e busca apenas um lugar ideal para uma morte poética. Essa filosofia é um lixo, e embora fazer piada com as falhas em alcançá-la possa ter algum efeito momentâneo, duvido muito que seja suficiente para sustentar uma obra inteira.
10. 2.5-jigen no Ririsa
Um enredo que envolve uma garota aficionada por cosplay e um rapaz encarregado de fotografá-la. Parece ser uma versão mais fraca de "Sono Bisque Doll", com personagens menos cativantes e um protagonista mais nerd que prefere garotas 2D às reais. Além disso, o mangá não recebeu avaliações muito positivas, e alguns dos desenhos dos personagens não me agradaram. Não posso afirmar que será um fracasso absoluto, mas desejo boa sorte àqueles que apostarem neste anime.
11. Megami no Café Terrace Season 2
Esta segunda temporada mantém o mesmo estúdio e diretor da primeira, que não foi bem recebida pelo público. A proposta é simples, porém saturada, com elementos genéricos e algumas situações constrangedoras. Apesar disso, ainda há possibilidade de ter alguns bons momentos, mas diante das baixas expectativas, não arriscaria investir meu tempo nesse anime.
12. Shikanoko Nokonoko Koshitantan
Este anime apresenta, sem dúvida, o trailer mais excêntrico que vi nesta temporada, e o incomum sempre me atrai. Destaco especialmente a primeira música do trailer, que é absolutamente sensacional. Embora haja um toque de antropomorfismo, parece ser utilizado com parcimônia, não de forma gratuita, e sem incluir relações românticas, o que pessoalmente aprecio. No entanto, minha principal preocupação reside na qualidade da computação gráfica, que parece estar um tanto dissonante. Também me preocupa alguns exageros presentes nas piadas, que podem fazer perder o contraste. Por último, o fato de ser um anime escolar com garotas fofinhas me deixa hesitante. Decidi não acompanhar o anime, mas talvez possa render boas risadas para aqueles que decidirem dar uma chance.
13. Giji Harem
Uma jovem talentosa cria e atua com uma variedade de personagens que integram o harém imaginário de seu colega de classe, que almeja fervorosamente a popularidade. O anime apresenta uma premissa original e a protagonista emana carisma. No entanto, a produção parece carecer de recursos, pois o estúdio é de porte reduzido e o diretor está estreando em sua função de diretor-chefe. Embora reconheça que animes de romance cotidiano não exijam a mesma qualidade de animação dos de ação, há um limite para a tolerância com produções de qualidade tão inferior.
14. Atri: My Dear Moments
O anime é sobretudo uma aventura, permeada por dramas e toques de romance, em um mundo futurista e pós-apocalíptico. O trailer evidencia uma produção caprichada, embora alguns momentos de computação gráfica pareçam artificiais. Prefiro obras onde o drama se desenvolve gradualmente; entregá-lo logo no início causa uma angústia desconfortável. Além disso, o clima da animação parece não estar muito alinhado com a proposta da trama.
15. Senpai wa Otokonoko
Seria mais um romance yuri escolar se a garota que recebesse a declaração de sua amiga não fosse um transgênero. Em outras palavras, é um anime sobre uma adolescente lésbica baixinha correndo atrás e sendo atraída por um garoto que se veste e se passa por mulher. O mundo está moderno demais para mim, prefiro romances mais tradicionais.
16. Naze Boku no Sekai wo Daremo Oboeteinai no ka?
Embora não seja um dos lançamentos mais aguardados da temporada, este anime possui potencial para conquistar popularidade, principalmente por ser uma produção de ação com uma aparente qualidade. Além disso, sua proposta é intrigante, pois, se conseguirmos suspender nossa descrença em relação à premissa, a trama promete oferecer uma abordagem fresca ao gênero de fantasia com elementos de ficção científica.
17. Shoushimin Series
A sinopse deste anime é um tanto vaga, o que torna difícil fazer uma previsão precisa, mas isso parece ser intencional, já que a proposta da obra é ser um anime de mistério. Quanto ao trailer, a produção é bem-feita, e destaco especialmente a trilha sonora, que achei cativante. A música é bela, se encaixa bem e transmite uma certa tensão. Na minha opinião, a tensão é justamente algo que poderia ter sido mais explorado no trailer para convencer totalmente de que a obra é promissora.
18. Tsue to Tsurugi no Wistoria
O anime de Harry Potter espadachim brandindo uma zanbatou, não me atrai. Embora tenha suportado os primeiros filmes de Harry Potter, estou saturado de ver repetidamente Hogwarts em versões animadas. Além disso, a concepção de um mago incapaz de usar magia assemelha-se à de Mashle, e a introdução da espada de Cloud não modificará essa essência.
19. Katsute Mahou Shoujo to Aku wa Tekitai shiteita.
Mais um anime onde o vilão se apaixona pela heroína e vice-versa. No fundo, o romance entre pessoas de facções antagônicas é apenas outra versão de Romeu e Julieta. Não consigo encontrar bons motivos para assistir apenas por isso. Talvez alguém se agrade pela comédia típica desse tipo de anime ou pelo fato de a heroína ser uma garota mágica.
20. Maougun Saikyou no Majutsushi wa Ningen datta
O trailer é cativante e a proposta do anime traz uma reviravolta interessante. Além disso, é um anime de ação com um protagonista extremamente forte. No entanto, preocupa bastante o fato de o material base, que é o mangá, ser mal avaliado e o estúdio do anime ser pequeno.
21. Hazurewaku no "Joutai Ijou Skill" de Saikyou ni Natta Ore ga Subete wo Juurin suru made
Um anime Isekai, onde o protagonista é menosprezado e rejeitado pela deusa do mundo para onde foi enviado, devido à sua considerada fraqueza. O protagonista então embarca em uma jornada de vingança contra essa deusa que o baniu para uma masmorra da qual ninguém jamais voltou vivo. Embora a premissa não seja totalmente original, tem potencial a ser explorado. Ressalto, no entanto, que o anime é produzido por um estúdio pequeno, e que o trailer sugere um uso considerável de computação gráfica, o que pode não agradar a muitos, apesar de aparentar ser um CGI de boa qualidade. Portanto, o sucesso deste anime, na minha opinião, dependerá tanto da aceitação do público em relação à qualidade das imagens quanto da quantidade de cenas de ação.
22. Make Heroine ga Oosugiru!
Se trata de uma comédia romântica, onde uma garota, após ser rejeitada por seu interesse amoroso, encontra consolo nos braços do protagonista que estava à espreita. Desagrada uma abordagem em que o protagonista coleta as migalhas deixadas por outro rapaz, pois essa dinâmica transmite uma mensagem de desvalorização. Como se não bastasse, essa mesma dinâmica se repete com mais duas garotas, formando um harém de restos. Para que uma garota encontre o seu príncipe, ela precisa ser uma princesa. Quem acredita em algo diferente disso é um iludido que provavelmente terá frustrações e decepções.
23. Koi wa Futago de Warikirenai
O anime centra-se em um triângulo amoroso envolvendo duas irmãs e seu vizinho, que é um amigo de infância. Vale ressaltar que este é o segundo projeto animado produzido por este estúdio, e a novel em que se baseia é relativamente desconhecida. Embora a premissa não seja ruim, parece bastante simples e é preocupante a falta de mais informações sobre a trama. Além disso, o diretor só possui uma outra experiência como diretor-chefe, que foi no anime "Isekai Shoukan wa Nidome desu", uma obra considerada de qualidade bastante duvidosa.
24. Tasogare Out Focus
É uma história de romance Yaoi, também conhecido como BL (Boys Love). Embora não me importe de assistir animes que contenham algum romance gay ou lésbico, quando o enredo se concentra exclusivamente nisso, e de forma excessivamente melodramática, não é algo que me agrade.
25. Madougushi Dahliya wa Utsumukanai
Em um outro mundo, nossa jovem protagonista reencarnada se vê desiludida, pois antes de vê-la casada, seu pai falece repentinamente. Sua decepção atinge o ápice quando, às vésperas do casamento planejado, seu noivo, que era aprendiz do seu pai, a abandona confessando estar apaixonado por outra mulher. Frustrada e revoltada, a protagonista abraça o empoderamento feminino, focando apenas em sua autoafirmação e dedicando-se ao ofício aprendido com seu pai. Obviamente, é uma trama com uma forte propaganda ideológica e que, além disso, a ambientação não se alinha plenamente à sua proposta, sendo desnecessário ser um Isekai.
26. Boku no Tsuma wa Kanjou ga Nai
Um anime que retrata um otaku solitário e incel que se apaixona pela sua empregada robô e a pede em casamento. É realmente triste o mundo que construímos. Que droga de mundo é esse!
27. Nige Jouzu no Wakagimi
O primeiro trailer parecia um tanto estático, mas o segundo apresentou uma fluidez. Independente disso, os dois trailers destacam um anime de beleza notável, com uma arte detalhada. Além disso, é interessante a proposta de ser um anime histórico que narra a ascensão de um xogum. Apesar de eu ter uma apreciação especial pelo estúdio CloverWorks, reconhecido pela excelência em seus trabalhos, tanto em profundidade de conteúdo quanto em animação de qualidade, mantenho algumas reservas em relação a esta obra, principalmente devido às avaliações negativas ao seu mangá.
28. Shy 2nd Season
A segunda temporada de um anime lançado no final do ano passado, que recebeu bastante críticas negativas e tem pouca popularidade. A única razão aparente para a existência desta continuação é que sua produção provavelmente foi acordada antes mesmo do lançamento da primeira temporada.
29. VTuber Nandaga Haishin Kiri Wasuretara Densetsu ni Natteta
Um anime sobre uma VTuber que ganha fama por se embriagar durante suas transmissões ao vivo. É lamentável imaginar uma sociedade que valorize esse tipo de conteúdo de streaming, mas ainda mais deplorável é ver um anime fazendo disso o seu conteúdo. No entanto, talvez seja possível encontrar algum humor nesse anime, especialmente porque a protagonista parece carismática.
30. Delico's Nursery
Outro exemplo da tendência de humanizar monstros, explorando sua capacidade de desempenhar papéis de pais amorosos. A mensagem subentendida é que até mesmo vampiros, geralmente retratados como assassinos sanguinários, são os bonzinhos, enquanto aqueles egoístas que se recusam a deixar que roubem seu sangue são os cristãos, heterossexuais e capitalistas, considerados o mal de toda a humanidade.
31. Isekai Yururi Kikou: Kosodateshinagara Boukensha Shimasu
É o isekai do bom pai. Um homem adota duas crianças que encontra em uma floresta perigoso de outro mundo. A trama se desenvolve com ele criando essas crianças nesse ambiente. Apesar de ser um isekai, a premissa de cuidar de crianças não é algo que chame atenção ou desperte grande interesse.
32. Kono Sekai wa Fukanzen Sugiru
Este anime narra uma aventura em um mundo mágico alternativo, com uma história centrada em uma dupla de protagonistas cuja dinâmica aparentemente não se encaixa harmoniosamente. Este mundo é pacífico, e o enredo se desenrola na busca pela cura de doenças. Pelo menos é a motivação inicial apresentada, já que os protagonistas guardam segredos que os impulsionam. No entanto, é justamente a falta de uma motivação convincente e clara que se revela o principal problema desta obra, pois não consegui encontrar atrativos nessa jornada; pelo contrário, encontrei coisas desestimulantes. O fato de o mangá não receber boas avaliações é mais um indicativo de que estou certo nesta opinião sobre a trama. Além disso, os traços dos personagens e as cores utilizadas no anime sugerem um apelo ao público mais jovem. Embora a qualidade visual seja polida, há uma certa artificialidade perceptível devido ao uso de computação gráfica.
33. Elf-san wa Yaserarenai.
O anime que mistura humor ecchi com personagens plus size vai te fazer pensar duas vezes antes de dormir. O ecchi das gordas, isso mesmo, tenham pesadelos com esse anime. Parece que até no Japão, onde muitos esperariam menos sensibilidade, estão abraçando essa droga de politicamente correto.
34. Bye-Bye, Earth
O anime aborda o tema antropomórfico, que pessoalmente não me atrai, especialmente quando é explorado de maneira excessiva e gratuita. Além disso, a protagonista, uma jovem empoderada que empunha uma espada do seu tamanho, é a única personagem humana neste universo. Seu objetivo nesta jornada é se sentir parte deste mundo. Francamente, parece uma propaganda política ideológica, descarada, apressada, saturada. Um saco!
35. Ore wa Subete wo "Parry" suru: Gyaku Kanchigai no Sekai Saikyou wa Boukensha ni Naritai
Um protagonista parrudo em busca de se tornar um herói, uma princesa cuja vida é salva de um atentado, e reinos vizinhos tramando para tomar a nação. Embora não seja uma proposta ruim, parece um tanto genérica. O trailer também segue esse padrão genérico, com um estilo gráfico típico de temporada, embora haja um cuidado visível nos detalhes.
36. Mob kara Hajimaru Tansaku Eiyuutan
A trama deste anime gira em torno de um protagonista fraco que, ao encontrar um tesouro em um mundo de fantasia, ganha força. Em menos de duas linhas, a essência da história é resumida. Animes de aventura tornam-se problemáticos quando carecem de um propósito e uma motivação convincente, transformando a exploração do mundo em sua jornada. Pois esse enfoque não cativa nem estimula o espectador a continuar assistindo.
37. Na Nare Hana Nare
Não é possível obter muitas informações sobre esse anime, pois a sinopse é extremamente vaga. Trata-se de uma obra original e nem mesmo o gênero ou tema foram divulgados. A única coisa que sabemos é que conta a história de seis garotas diferentes. Não apostaria muito nessa produção, visto que o estúdio responsável parece ser pequeno para garantir a qualidade de uma obra original. Além disso, o trailer, na melhor das hipóteses, é genérico e bonitinho, com uso moderado de computação gráfica, fluidez apenas razoável e com poucos personagens em cena.
38. Shinmai Ossan Boukensha, Saikyou Party ni Shinu hodo Kitaerarete Muteki ni Naru.
Estou entusiasmado com esta proposta, pois transmite uma mensagem moral muito positiva: a ideia de que é possível iniciar uma carreira mesmo em idade avançada para os padrões convencionais e ainda assim alcançar excelência. Além disso, a música do trailer me cativou profundamente. Ela harmoniza perfeitamente com a obra, elevando o espírito e evocando uma forte nostalgia, reminiscente dos animes clássicos. Embora não saiba se essa música será a mesma da abertura, é promissor saber que o diretor-chefe está encarregado da trilha sonora da opening. Minha empolgação apenas se torna moderada devido à reputação da série mais bem avaliada deste estúdio ser o infame "Shuumatsu no Walküre".
39. Sengoku Youko: Senma Konton-hen
Esta série é uma sequência de um anime que estreou em janeiro deste ano. Inicialmente, não estava prevista uma segunda temporada, mas devido a problemas de produção e uma recepção bastante negativa, a obra foi dividida em duas partes, com uma redução no número de episódios. Lamento o sucedido, especialmente porque o mangá recebeu boas críticas, o que me faz acreditar que tinha um grande potencial. É provável que esta segunda temporada tenha um público bastante restrito, com a maioria dos espectadores sendo fãs do mangá.
40. Mayonaka Punch
Outro anime da temporada abordando o universo dos youtubers. Parece que essa temática está ganhando popularidade. Dado que temos apenas uma breve sinopse disponível no momento, é difícil fazer muitas previsões sobre a qualidade desta obra. O trailer apresenta uma atmosfera animada, com apenas personagens femininas. Há a possibilidade de um enredo com romance lésbico, mas parece que o foco principal será na comédia. Vale ressaltar que a demografia é Seinen. Pessoalmente, não sou muito fã de animes centrados principalmente na comédia, então provavelmente não assistirei.
41. Dungeon no Naka no Hito
Este anime conta a história de uma garotinha responsável pela manutenção de masmorras. Quem poderia se interessar por um enredo sobre zeladoria? É realmente necessário explicar por que essa proposta parece pouco atrativa? Além disso, a animação é caracterizada por traços simplificados e qualidade mediana. Para piorar, o mangá recebeu críticas negativas.
42. Kinnikuman: Kanpeki Chоujin Shiso-hen
Este anime é uma continuação de uma série de 1991, que por sua vez já era uma continuação de uma série de 1983. É surpreendente ver uma continuação em 2024, e já está confirmada a segunda temporada. A demografia é shounen, mas é voltado para uma faixa etária bastante jovem, como evidenciado pelos traços e pela temática de super-heróis alienígenas. Não faço parte do público-alvo deste anime, logo não tenho planos de assistir.
43. Ramen Akaneko
Este é um anime sobre uma cuidadora de gatos. Mas há um toque peculiar: os gatos gerenciam uma loja de ramen. Apesar de os gatos neste anime terem características humanas, a história principal continua sendo sobre a cuidadora dos gatos dessa loja. O que há de interessante em uma trama sobre cuidar de gatos? Eu curto gatos, acharia fofinho o primeiro episódio, mas do segundo episódio em diante já estaria desesperado querendo que acabasse.
44. Grendizer U
Esta é uma adaptação de um mangá futurista bastante antigo, lançado em 1975. Naturalmente, alguns conceitos parecem ultrapassados e o anime não demonstra sensibilidade em atualizá-los, especialmente em relação aos traços dos robôs. Além disso, embora a animação genérica tenha evoluído significativamente em comparação com alguns anos atrás, ainda é uma produção típica da temporada, com abundante uso de computação gráfica e alguns momentos que destoam. A situação se agrava quando consideramos que se trata de uma produção genérica de um estúdio de menor porte.
45. Tensui no Sakuna-hime
Neste anime, a deusa da colheita combate demônios enquanto trabalha junto aos homens para domar a terra. Estou simplificando, pois há mais elementos nesta trama, mas o cerne é esse mesmo. Não me incluo no público-alvo dessa proposta, pois não acredito nessas mitologias animistas e a trama parece muito focada nisso. Logo, não pretendo acompanhar esse anime.
46. Tasuuketsu
Um anime psicológico que combina elementos de suspense, drama e ação parece promissor. O trailer é aceitável, mas é preocupante que poucas pessoas estejam aguardando por esse anime. A situação se torna ainda mais alarmante ao perceber que, embora o mangá esteja em publicação desde 2013, é praticamente desconhecido.
47. Cardfight!! Vanguard: Divinez Season 2
Embora seja rotulado como a segunda temporada, na realidade, esta é a sétima iteração dessa franquia iniciada em 2021. Desde sua estreia, todas as temporadas têm sido consistentemente mal avaliadas, com uma audiência bastante reduzida. A explicação para esse fenômeno parece residir no fato de que o anime não foi criado para atender verdadeiramente ao público, mas sim para atender a certas exigências do mercado televisivo.
48. 0 Saiji Start Dash Monogatari
É um anime curtinho, desses de 5 minutos onde, se tirar a abertura e o encerramento, sobram dois ou três minutos de conteúdo. Não possui uma sinopse elaborada, pois a trama é simples: trata-se de um Isekai envolvendo um trapaceiro reencarnado no corpo de uma garotinha, filha de um duque, que busca se tornar poderosa sem motivo aparente. Até o momento, o estúdio, diretor e trailer ainda não foram divulgados, faltando apenas um mês para a estreia. Considerando a duração limitada, não se pode esperar muito desse anime, e sinceramente, não estou depositando muita fé nele.
49. Harimaware! Koinu 2nd Season
Anime de um cãozinho que se dedica a espalhar adesivos de cachorro por toda a cidade. Trata-se de uma série infantil com episódios de quatro minutos, projetada para ser a mais encantadora e fofa possível. Embora não seja o público-alvo desse tipo de conteúdo, é inegável o seu apelo para as crianças.
50. Yami Shibai 13
Esta é a décima terceira temporada deste anime. Ele é uma presença frequente em minhas análises sobre as próximas estreias, quase sempre figurando nessas listas. Assim como nas vezes anteriores, trata-se de um anime de terror curto, com episódios de apenas quatro minutos. Embora conte com uma base de fãs fiéis que acompanham todas as temporadas com entusiasmo, nunca me envolvi, pois essa proposta não me atrai e acredito que não teria um impacto significativo em mim.
51. Jochum
Um anime infantil, cada episódio com apenas um minuto de duração. Possui uma trama robusta? Não. Vale a pena assistir? Provavelmente não para a maioria, mas certamente atrai seu público-alvo.
52. Monogatari Series: Off & Monster Season
Exceto pelo Monogatari, não vou discutir sobre as ONAs. Embora reconheça seu valor artístico, não sou exatamente um fã dessa franquia. Acho-a pedante e excessivamente verborrágica, apresentando alguns dos diálogos mais fracos que já encontrei em animes.
What to expect from the Summer 2024 season.
Blue: It will be very successful. Green: It will be good. Brown: Maybe it's good. Red: I don’t recommend it.
1. "Oshi no Ko" Season 2
It is clear that I am ecstatic with the anticipation of watching this anime. It will probably be the highest-rated and most popular of the 2024 summer season. I have read the manga, and this second season of "Oshi no Ko" will cover the splendid and extensive theater arc. The trailer is very well produced, and I hope the anime manages to make the characters act as convincingly as in the manga, with performances that seem like the best ever seen.
It will probably be broadcast on Netflix, which usually dubs its works. If it's dubbed, I'll not only watch this season, but I'll also rewatch the first season with my girlfriend.
2. Fairy Tail: 100 Years Quest
I won't watch a sequel or spin-off without having seen the previous 328 episodes. I was never interested in this franchise, as I consider it generic, extensive and I am not part of its target audience.
3. Kami no Tou: Ouji no Kikan
The first season adapted the best part of the manhwa, at least in my opinion. Although it was good, it was not an excellent adaptation due to the numerous cuts and the rushed pace. Fortunately, the second season changed studios and chief director, keeping only the excellent sound director, which made me optimistic. I'm going to watch it because the plot is thought-provoking and different, and I'm looking forward to seeing how the events unfold.
4. Tokidoki Bosotto Russia-go by Dereru Tonari no Alya-san
With a brief reading of the synopsis, it is possible to see that the romance proposal between a beautiful Russian girl and a boy who pretends not to understand Russian has everything to be a splendid romantic comedy. Furthermore, it is an anime from the Doga Kobo studio, the same one that produces "Oshi no Ko". The director of this anime was part of the "Oshi no Ko" team, directing some episodes, and was also the director of "Shikimori-san".
It's important to highlight the direction of "Shikimori-san" because, despite not being a sensational anime, it has spectacular character design. From the trailer, Russinha's anime appears to be very well produced, especially in the character design, with emphasis on the eyes, a trademark of this director.
Another positive factor regarding production is that the anime was initially scheduled for last season, but was postponed, providing much more time for its production. Finally, the manga is well rated, which also indicates the potential for a good plot. I'm definitely going to watch this anime and if it doesn't reach at least a nine, it will be a huge disappointment.
5. Isekai Suicide Squad
Comic adapted into anime? When did this actually work? I understand that it may gain popularity among DC fans, but for my sanity, I intend to keep my distance. Furthermore, this version of the Joker is disappointing, and it looks like we won't have Deadshot played by Will Smith.
6. Kimi to Boku no Saigo no Senjou, Aruiwa Sekai ga Hajimaru Seisen Season II
The first season was released in 2020, but I didn't watch it at the time because I wasn't interested in the premise, and my opinion hasn't changed since then. Furthermore, the first season received negative reviews and did not gain much popularity. Finally, although there was a change of director for the second season, the studio responsible for animation remains the same.
7. Gimai Seikatsu
The premise may seem common at first glance: a romance between "stepbrothers" whose parents have remarried, uniting their families from previous relationships. However, after watching the trailer, a maturity and lightness that transcend the typical expectations of this type of work becomes evident. With a very romantic aura, the anime promises a genuine and concentrated romance. Furthermore, the support of well-reviewed source material adds confidence in the quality of the narrative. Although I'm hesitant to watch it as it requires a proper mood, I'll be surprised if it gets really bad reviews.
8. NieR:Automata Ver1.1a Part 2
The first season had spectacular moments both in terms of animation and plot, but it also presented several shameful moments in both areas. The production was marked by challenges, including a hiatus, and even after returning with notable improvements in animation, the narrative became unsatisfactory due to its rushed execution. I feel like I've had enough of this franchise, given its inconsistencies. However, expectations for the second season are higher than for the first, especially due to the fabulous trailer and Lisa's involvement, in addition to the reputation of the A-1 Pictures studio that is at stake.
9. Isekai Shikkaku
I found the trailer quite uninteresting, and I'm not a fan of anthropomorphism either. The anime's message seems to be a critique of a melancholic philosophy that cannot find meaning in life and only seeks an ideal place for a poetic death. This philosophy is rubbish, and although making fun of failures to achieve it may have some momentary effect, I highly doubt it will be enough to sustain an entire work.
10. 2.5-jigen no Ririsa
A plot that involves a girl who is passionate about cosplay and a boy in charge of photographing her. It seems to be a weaker version of "Sono Bisque Doll", with less endearing characters and a nerdier protagonist who prefers 2D girls to real ones. Furthermore, the manga didn't receive very positive reviews, and some of the character designs didn't please me. I can't say that it will be an absolute failure, but I wish good luck to those who bet on this anime.
11. Megami no Café Terrace Season 2
This second season maintains the same studio and director as the first, which was not well received by the public. The proposal is simple, but saturated, with generic elements and some embarrassing situations. Despite this, there is still the possibility of having some good moments, but given the low expectations, I wouldn't risk investing my time in this anime.
12. Shikanoko Nokonoko Koshitantan
This anime features, without a doubt, the most eccentric trailer I've seen this season, and the unusual always appeals to me. I especially highlight the first song in the trailer, which is absolutely sensational. Although there is a touch of anthropomorphism, it seems to be used sparingly, not gratuitously, and without including romantic relationships, which I personally appreciate. However, my main concern lies in the quality of the computer graphics, which seems to be somewhat dissonant. I'm also worried about some of the exaggerations present in the jokes, which can make the contrast less. Lastly, the fact that it's a school anime with cute girls makes me hesitant. I decided not to follow the anime, but maybe it can provide a good laugh for those who decide to give it a chance.
13. Giji Harem
A talented young woman creates and acts as a variety of characters that form part of her classmate's imaginary harem, who fervently seeks popularity. The anime presents an original premise and the protagonist exudes charisma. However, the production appears to lack resources, as the studio is small in size and the director is debuting in his role as chief director. Although I recognize that everyday romance animes do not require the same quality of animation as action ones, there is a limit to tolerance with productions of such lower quality.
14. Atri: My Dear Moments
The anime is above all an adventure, permeated by drama and touches of romance, in a futuristic and post-apocalyptic world. The trailer shows an exquisite production, although some moments of computer graphics seem artificial. I prefer works where the drama develops gradually; giving it away early on causes uncomfortable angst. Furthermore, the atmosphere of the animation does not seem to be very aligned with the plot's proposal.
15. Senpai wa Otokonoko
It would be more of a high school yuri romance if the girl receiving her friend's declaration wasn't transgender. In other words, it's an anime about a short lesbian teenager chasing and being attracted to a boy who dresses and passes as a woman. The world is too modern for me, I prefer more traditional novels.
16. Naze Boku no Sekai wo Daremo Oboeteinai no ka?
Although it is not one of the most anticipated releases of the season, this anime has the potential to gain popularity, mainly because it is an action production with apparent quality. Furthermore, its proposal is intriguing, because, if we can suspend our disbelief in relation to the premise, the plot promises to offer a fresh approach to the fantasy genre with science fiction elements.
17. Shoushimin Series
The synopsis of this anime is somewhat vague, which makes it difficult to make an accurate prediction, but this seems to be intentional, as the work's purpose is to be a mystery anime. As for the trailer, the production is well done, and I especially highlight the soundtrack, which I found captivating. The music is beautiful, fits well and conveys a certain tension. In my opinion, the tension is precisely something that could have been explored more in the trailer to fully convince that the work is promising.
18. Tsue to Tsurugi no Wistoria
The Harry Potter anime swordsman brandishing a zanbatou doesn't appeal to me. Although I endured the first few Harry Potter films, I'm fed up with repeatedly seeing Hogwarts in animated versions. Furthermore, the conception of a wizard incapable of using magic resembles that of Mashle, and the introduction of Cloud's sword will not change this essence.
19. Katsute Mahou Shoujo to Aku wa Tekitai shiteita.
Another anime where the villain falls in love with the heroine and vice versa. Ultimately, romance between people from antagonistic factions is just another version of Romeo and Juliet. I can't find any good reasons to watch it just for that reason. Maybe someone will like the comedy typical of this type of anime or the fact that the heroine is a magical girl.
20. Maougun Saikyou no Majutsushi wa Ningen datta
The trailer is captivating and the anime's proposal brings an interesting twist. Furthermore, it is an action anime with an extremely strong protagonist. However, it is quite worrying that the base material, which is the manga, is poorly evaluated and the anime studio is small.
21. Hazurewaku no "Joutai Ijou Skill" de Saikyou ni Natta Ore ga Subete wo Juurin suru made
An Isekai anime, where the protagonist is belittled and rejected by the goddess of the world where he was sent, due to his considered weakness. The protagonist then embarks on a journey of revenge against this goddess who banished him to a dungeon from which no one has ever returned alive. Although the premise is not entirely original, it has potential to be explored. I emphasize, however, that the anime is produced by a small studio, and that the trailer suggests considerable use of computer graphics, which may not please many, despite appearing to be good quality CGI. Therefore, the success of this anime, in my opinion, will depend both on the public's acceptance of the quality of the images and the quantity of action scenes.
22. Make Heroine ga Oosugiru!
It is a romantic comedy, where a girl, after being rejected by her love interest, finds solace in the arms of the protagonist who was lying in wait. An approach in which the protagonist collects the crumbs left by another boy is disliked, as this dynamic conveys a message of devaluation. As if that weren't enough, this same dynamic is repeated with two more girls, forming a harem of remains. For a girl to find her prince, she needs to be a princess. Anyone who believes in anything other than this is a deluded person who will probably experience frustration and disappointment.
23. Koi wa Futago de Warikirenai
The anime centers on a love triangle involving two sisters and their neighbor, who is a childhood friend. It is worth mentioning that this is the second animated project produced by this studio, and the novel on which it is based is relatively unknown. Although the premise is not bad, it seems quite simple and the lack of more information about the plot is worrying. Furthermore, the director only has one other experience as chief director, which was in the anime "Isekai Shoukan wa Nidome desu", a work considered to be of very dubious quality.
24. Tasogare Out Focus
It is a Yaoi romance story, also known as BL (Boys Love). Although I don't mind watching anime that contain some gay or lesbian romance, when the plot focuses exclusively on that, and in an overly melodramatic way, it's not something I enjoy.
25. Madougushi Dahliya wa Utsumukanai
In another world, our young reincarnated protagonist finds herself disillusioned, because before seeing her married, her father suddenly passes away. Her disappointment reaches its peak when, on the eve of the planned wedding, her fiancé, who was her father's apprentice, leaves her confessing to being in love with another woman. Frustrated and angry, the protagonist embraces female empowerment, focusing only on her self-affirmation and dedicating herself to the craft she learned from her father. Obviously, it is a plot with strong ideological propaganda and, in addition, the setting does not fully align with its proposal, making it unnecessary to be an Isekai.
26. Boku no Tsuma wa Kanjou ga Nai
An anime that portrays a lonely otaku and incel who falls in love with his robot maid and asks her to marry him. The world we have built is truly sad. What a damn world this is!
27. Nige Jouzu no Wakagimi
The first trailer seemed somewhat static, but the second one had a fluid feel to it. Regardless, the two trailers highlight an anime of remarkable beauty, with detailed art. Furthermore, the proposal of being a historical anime that narrates the rise of a shogun is interesting. Although I have a special appreciation for the CloverWorks studio, recognized for the excellence of its work, both in depth of content and quality animation, I maintain some reservations regarding this work, mainly due to the negative reviews of its manga.
28. Shy 2nd Season
The second season of an anime released at the end of last year, which received a lot of negative reviews and has little popularity. The only apparent reason for the existence of this continuation is that its production was probably agreed upon even before the release of the first season.
29. VTuber Nandaga Haishin Kiri Wasuretara Densetsu ni Natteta
An anime about a VTuber who gains fame for getting drunk during her live broadcasts. It is regrettable to imagine a society that values this type of streaming content, but even more deplorable is to see an anime making this its content. However, it may be possible to find some humor in this anime, especially since the protagonist seems charismatic.
30. Delico's Nursery
Another example of the tendency to humanize monsters by exploring their ability to play loving parent roles. The underlying message is that even vampires, usually portrayed as bloodthirsty killers, are the good guys, while those selfish people who refuse to let them steal their blood are the Christian, heterosexual, capitalist types, considered the evil of all humanity.
31. Isekai Yururi Kikou: Kosodateshinagara Boukensha Shimasu
It's the good father's isekai. A man adopts two children he finds in a dangerous forest from another world. The plot develops with him raising these children in this environment. Despite being an isekai, the premise of taking care of children is not something that attracts attention or arouses great interest.
32. Kono Sekai wa Fukanzen Sugiru
This anime narrates an adventure in an alternative magical world, with a story centered on a pair of protagonists whose dynamics apparently do not fit harmoniously. This world is peaceful, and the plot unfolds in the search for a cure for diseases. At least that's the initial motivation presented, as the protagonists keep secrets that drive them. However, it is precisely the lack of a convincing and clear motivation that proves to be the main problem of this work, as I was unable to find attractions in this journey; on the contrary, I found things discouraging. The fact that the manga does not receive good reviews is yet another indication that I am right in this opinion about the plot. Furthermore, the character traits and colors used in the anime suggest an appeal to a younger audience. Although the visual quality is polished, there is a certain noticeable artificiality due to the use of computer graphics.
33. Elf-san wa Yaserarenai.
The anime that mixes ecchi humor with plus-size characters will make you think twice before going to sleep. Fat ecchi, that's right, have nightmares about this anime. It seems that even in Japan, where many would expect less sensitivity, they are embracing this damn political correctness.
34. Bye-Bye, Earth
The anime addresses the anthropomorphic theme, which personally doesn't appeal to me, especially when it is explored excessively and gratuitously. Furthermore, the protagonist, an empowered young woman who wields a sword her size, is the only human character in this universe. Her goal on this journey is to feel part of this world. Frankly, it looks like ideological, shameless, rushed, saturated political propaganda. A bag!
35. Ore wa Subete wo "Parry" suru: Gyaku Kanchigai no Sekai Saikyou wa Boukensha ni Naritai
A tough protagonist looking to become a hero, a princess whose life is saved from an attack, and neighboring kingdoms plotting to take over the nation. While it's not a bad proposal, it seems a bit generic. The trailer also follows this generic pattern, with a typical seasonal graphic style, although there is visible care in detail.
36. Mob kara Hajimaru Tansaku Eiyuutan
The plot of this anime revolves around a weak protagonist who, after finding treasure in a fantasy world, gains strength. In less than two lines, the essence of the story is summarized. Adventure anime become problematic when they lack a compelling purpose and motivation, turning world exploration into your journey. Because this approach does not captivate or encourage the viewer to continue watching.
37. Na Nare Hana Nare
It is not possible to obtain much information about this anime, as the synopsis is extremely vague. It is an original work and not even the genre or theme were disclosed. The only thing we know is that it tells the story of six different girls. I wouldn't bet much on this production, since the studio responsible seems to be too small to guarantee the quality of an original work. Furthermore, the trailer, at best, is generic and cute, with moderate use of computer graphics, only reasonable fluidity and few characters in the scene.
38. Shinmai Ossan Boukensha, Saikyou Party ni Shinu hodo Kitaerarete Muteki ni Naru.
I am excited about this proposal, as it conveys a very positive moral message: the idea that it is possible to start a career even at an advanced age by conventional standards and still achieve excellence. Furthermore, the music in the trailer captivated me deeply. It harmonizes perfectly with the work, elevating the spirit and evoking a strong nostalgia, reminiscent of classic anime. Although I don't know if this song will be the same as the opening song, it is promising to know that the chief director is in charge of the opening soundtrack. My excitement is only tempered by the reputation of this studio's highest-rated series being the infamous "Shuumatsu no Walküre."
39. Sengoku Youko: Senma Konton-hen
This series is a sequel to an anime that premiered in January this year. Initially, a second season was not planned, but due to production problems and a very negative reception, the work was divided into two parts, with a reduction in the number of episodes. I'm sorry about what happened, especially because the manga received good reviews, which makes me believe it had great potential. This second season is likely to have a fairly narrow audience, with the majority of viewers being fans of the manga.
40. Mayonaka Punch
Another anime of the season addressing the universe of YouTubers. It seems that this theme is gaining popularity. Given that we only have a brief synopsis available at the moment, it is difficult to make many predictions about the quality of this work. The trailer features a lively atmosphere, with only female characters. There is the possibility of a lesbian romance storyline, but it looks like the main focus will be on comedy. It is worth mentioning that the demographic is Seinen. Personally, I'm not a big fan of anime that's mainly centered around comedy, so I probably won't watch it.
41. Dungeon no Naka no Hito
This anime tells the story of a little girl responsible for maintaining dungeons. Who would be interested in a plot about janitorial work? Is it really necessary to explain why this proposal seems unattractive? Furthermore, the animation is characterized by simplified strokes and average quality. To make matters worse, the manga received negative reviews.
42. Kinnikuman: Kanpeki Chоujin Shiso-hen
This anime is a continuation of a 1991 series, which in turn was already a continuation of a 1983 series. It is surprising to see a continuation in 2024, and the second season has already been confirmed. The demographic is shounen, but it is aimed at a fairly young age group, as evidenced by the alien superhero traits and theme. I'm not part of the target audience for this anime, so I have no plans to watch it.
43. Ramen Akaneko
This is an anime about a cat caretaker. But there's a quirky twist: the cats run a ramen shop. Although the cats in this anime have human characteristics, the main story is still about the cat keeper in this store. What's interesting about a plot about taking care of cats? I like cats, I would find the first episode cute, but from the second episode onwards I would be desperate for it to end.
44. Grendizer U
This is an adaptation of a very old futuristic manga, released in 1975. Naturally, some concepts seem outdated and the anime shows no sensitivity in updating them, especially in relation to the robots' traits. Furthermore, although the generic animation has evolved significantly compared to a few years ago, it is still a typical production of the season, with abundant use of computer graphics and some moments that are out of place. The situation gets worse when we consider that it is a generic production from a smaller studio.
45. Tensui no Sakuna-hime
In this anime, the harvest goddess fights demons while working alongside men to tame the earth. I'm simplifying, as there are more elements to this plot, but the core is this. I don't include myself in the target audience for this proposal, as I don't believe in these animist mythologies and the plot seems very focused on that. So, I don't intend to watch this anime.
46. Tasuuketsu
A psychological anime that combines elements of suspense, drama and action looks promising. The trailer is acceptable, but it is worrying that few people are waiting for this anime. The situation becomes even more alarming when you realize that, although the manga has been published since 2013, it is practically unknown.
47. Cardfight!! Vanguard: Divinez Season 2
Although it is labeled as the second season, in reality, this is the seventh iteration of this franchise started in 2021. Since its debut, every season has been consistently poorly reviewed, with greatly reduced viewership. The explanation for this phenomenon seems to lie in the fact that anime was not created to truly serve the public, but rather to meet certain demands of the television market.
48. 0 Saiji Start Dash Monogatari
It's a short anime, one of those 5 minutes where, if you remove the opening and ending, there are two or three minutes of content left. It does not have an elaborate synopsis, as the plot is simple: it is an Isekai involving a trickster reincarnated in the body of a little girl, daughter of a duke, who seeks to become powerful for no apparent reason. So far, the studio, director and trailer have not yet been released, with just a month to go until the premiere. Considering the limited duration, you can't expect much from this anime, and honestly, I'm not putting much faith in it.
49. Harimaware! Koinu 2nd Season
Anime about a little dog who dedicates himself to spreading dog stickers all over the city. This is a children's series with four-minute episodes, designed to be as charming and cute as possible. Although it is not the target audience for this type of content, its appeal to children is undeniable.
50. Yami Shibai 13
This is the thirteenth season of this anime. He is a frequent presence in my analyzes of upcoming premieres, almost always appearing on these lists. Just like previous times, it is a short horror anime, with episodes lasting just four minutes. Although I have a loyal fan base who follow every season with enthusiasm, I never got involved, as this proposal does not appeal to me and I believe it would not have a significant impact on me.
51. Jochum
A children's anime, each episode is just one minute long. Does it have a robust weave? No. Is it worth watching? Probably not for most, but it certainly appeals to its target audience.
52. Monogatari Series: Off & Monster Season
Except for Monogatari, I'm not going to discuss ONAs. Although I recognize its artistic value, I'm not exactly a fan of this franchise. I find it pedantic and overly verbose, featuring some of the weakest dialogue I've ever encountered in anime.
Tanto o Jumento de Ouro, como o Anime Awards e outras premiações afins, têm os mesmos erros. O problema é a escolha das obras que podem ser votadas e quem pode votar. A única premiação que levo a sério é a da Anime Guild Awards, porque tem os critérios mais objetivos possíveis.
O pessoal do Anime Guild Awards na pré-seleção de quais animes poderão ser elegíveis na votação popular, utilizam de forma transparente métricas tais como: a média de notas do MAL, acima de x pontos; a popularidade do anime, quantidade de membros acima de Y; resultados de votações das temporadas do ano, pegando os três melhores de votações que usaram todos os animes das suas respectivas temporadas; quantidade de obras que o estúdio fez no ano; etc. São critérios matemáticos que visam ser imparciais. Bem diferente de como o Alexandre faz, que é limitando os animes que possam ser votados, sobretudo pelos critérios do que ele gostou e assistiu. No fim, o Jumento de Ouro acaba sendo uma versão um pouco mais popular dos animes que Alexandre pré-elegeu como os melhores.
A votação do Anime Guild Awards tem duas etapas, a de uma jure popular, onde qualquer um pode votar, e outra do jure qualificado. A primeira votação pega as listas dos pré-selecionados. Listas extensas com uns 15 a 20 títulos que podem ser selecionados pelos participantes. Em seguida, essas listas vão para a segunda votação, onde ficam reduzidas para 6 títulos por categoria que o júri qualificado poderá escolher.
Importante frisar que no Anime Guild Awards ninguém vota em apenas um título por categoria, vota em três (primeiro, segundo e terceiro) ou cinco (primeiro, segundo, terceiro, quarto e quinto), dependendo da categoria e de qual das duas votações está participando. A ordem como cada um coloca os votos dá pontos diferentes para cada escolhido. Exemplo: o primeiro da lista ganha 9 pontos, o segundo 6, e o terceiro 3. Os pontos é que são importantes e a soma dos pontos que todos dão é que vai definir qual é o melhor. Com isso, mesmo que um anime tenha muitos votos em primeiro colocado por conta dos fãs, pode não ser eleito. Sendo essa a forma mais objetiva e seria possível. Diferente do Jumento de Ouro, que todos os anos praticamente só prestigia um anime shounen popular em todas as categorias.
Para fazer parte do júri qualificado do Anime Guild Awards tem que se pré-inscrever e ter os critérios mínimos. Os critérios são quanto tempo de animes foi consumido pelo candidato do ano que deseja participar e variedade dessas obras. Tem uma somatória de pontos, onde filmes, animes com episódios de pouca duração, animes com poucos episódios, animes com mais de uma temporada no ano, e desistidos depois de pelo menos três episódios, recebem pontuações diferentes. Essencialmente, o objetivo é que cada jurado tenha assistido a uma quantidade de horas de anime no ano que equivalha ao mínimo de 50 temporadas completas de 12 episódios, isso de animes com pelo menos vinte minutos por episódio. O Alexandre, quando começou essas votações, tinha assistido um pouco mais que 40 animes do ano passado, e vários ele dropou, ou seja, não contam nenhum ponto ou contam poucos pontos. Alexandre não teria as qualificações mínimas para ser um jurado do Anime Guild Awards que este ano conta com 21 jurados qualificados.
Por último, outro ponto que considero bem ruim em certas votações são os excessos de categorias. Quando se faz isso, aparecem categorias que ficam vagas sobre quem pode participar e quais são os critérios para definir o melhor. Por exemplo: um anime focado em drama, que tem um drama bom e contínuo durante toda a trama, pode perder o prêmio na categoria de melhor drama, para um anime que tem apenas uma cena forte dramática, mesmo que o foco do vencedor seja uma comédia. Com isso, os animes populares começam a se repetir em todas as categorias. Por outro lado, colocar critérios demais com tantas categorias temáticas pode levar à falta de candidatos em algumas. Logo, tem categorias que não fazem sentido em certas votações, que só existem pela simples falta de comprometimento de quem fez essa eleição, ou por objetivos escusos de querer prestigiar a um queridinho, ou querer sinalizar para uma agenda.
Melhor anime – Como se pode conferir no link, ninguém podia votar no Jumento de Ouro em Vinland Saga Season 2 ou Jujutsu Kaisen 2nd Season. Os quais são dois dos animes mais populares, mas bem avaliados do ano, e estão ficando nas primeiras colocações em diversas outras premiações. Alexandre pode argumentar sem razão que o melhor anime do ano não poderia ser uma continuação. No entanto, Boku no Kokoro no Yabai Yatsu não pôde ser votado, e tem média de notas maior no MAL do que Tengoku Daimakyou, Jigokuraku e Skip to Loafer.
Melhor encerramento - Ninguém poderia votar em Oshi no Ko, que tem o mais assistido e comentado do ano. Somente um dos vídeos deste encerramento tem mais de dez milhões de visualizações. Sozinho, tem mais visualizações do que todos os outros encerramentos de animes do ano. Tamanho é o absurdo em não colocá-lo na lista de elegíveis que me faltam palavras.
O nome da música de encerramento de Oshi no Ko é Mephisto, essa música pertence a uma banda chamada Queen Bee e essa mesma banda é quem toca a música no anime. O nome do vocalista da banda é Avu-chan, um japonês mestiço, budista devoto, com ascendência afro-americana. Avu-chan sempre se veste como mulher e a mídia japonesa geralmente utiliza pronomes femininos para se referir a ele. Provavelmente pelo Japão ter uma sociedade homogênea que valoriza demais a igualdade e Avu-chan ser um mestiço, seja o motivo dele não gostar de pessoas que categorizam os outros por rótulos raciais ou por gênero. Essa também é a provável causa dele se vestir como mulher.
O Alexandre, um homem branco, ocidental, classe média, não colocou o enceramento de Oshi no Ko na lista. Encerramento que é repercutido e elogiado mundialmente pela sua qualidade. Será que foi um fogo amigo de um lacrador extremamente desaculturado?
Best Girl - Ninguém no Jumento de Ouro poderia votar em Kana Arima, a qual tem 16142 perfis que a colocaram como favorita no MAL, é mais do que Frieren tem. Este número não só a coloca como uma das mais prestigiadas do ano de 2023, mas de todos os anos.
Como se esse absurdo não fosse pouco, ainda colocou para votação a Tomo de Tomo-chan, em vez da Misuzu e da Carol, que estão em outras listas de premiações. Do trio de garotas, a Tomo não é só a mais sem graça, mas tem a metade da popularidade no MAL do que a Misuzu. Ressaltando que Misuzu é um personagem de suporte no mesmo anime da Tomo. Por que a Tomo mereceria essa indicação se perde para um personagem de suporte do seu próprio anime?
Melhor casal - Não lembro qual era a ordem, mas sei que na lista de melhores casais eleita pelos japoneses estavam entre os primeiros casais de Sousou no Frieren, Kusuriya no Hitorigoto e Spy x Family. Nenhum dos casais desses animes puderam ser votados na lista do Alexandre. Qual o critério que ele usou?
Melhor produção/direção – É um completo inepto alguém que passa doze anos da sua vida produzindo vídeos com críticas de animes e ainda assim consegue ter a proeza de tratar produção e direção como sinônimos. Como produção, faltou Vinland Saga II na lista de candidatos, e como direção, faltou Oshi no Ko.
Melhor ação - O Alexandre colocou na lista Mononogatari, anime que nem ele mesmo gostou, que tem as lutas ultra clichês, mal coreografadas, sem clímax, com uma animação mediana e a obra nem tem tanto ação assim se comparada a muitas outras de 2023. Um grande pecado foi não ter colocado nesta lista Kage no Jitsuryokusha 2nd Season, porque de todas as maneiras foi uma obra magnífica, se olhada como todo ou somente no foco de ação. Outras que em termos de ação foram melhores do que as desta lista: Jujutsu Kaisen, Tokyo Revengers: Tenjiku-hen, Helck, até o Spy x Family.
Melhor cena – Dos animes do ano passado, depois de Oshi no Ko, são as cenas de Sousou no Frieren que têm mais visualizações e viralizaram na internet. O Alexandre conseguiu ter a desfaçatez de não colocar ao menos uma cena de Sousou no Frieren para votação.
Quanto à cena selecionada por ele de Oshi no Ko, a morte de Ai, é uma das mais repercutidas, mas nem de longe é a melhor entre tantas outras cenas extraordinárias que Oshi no Ko tem. O mínimo que ele deveria ter feito era de ter possibilitado que pudessem votar em algumas outras cenas do anime além dessa.
Melhor Personagem Principal — Eu uso a foto de Dark Schneider no meu perfil, motivos tenho para achá-lo um ótimo personagem. Entretanto, mesmo acreditando que é o melhor personagem do ano passado, não estaria em lista com as métricas que apontei. Nem tudo é perfeito, mas isso não deve ser desculpa para desleixos.
Melhor comédia – Zom 100 é um grande anime, faz comédia com crítica social, o que é bem valoroso. No entanto, Benriya Saitou-san é absurdamente muito mais cômico e não teve se quer a oportunidade de ser votado. Além disso, houve outros animes com bem mais foco em comédia no ano passado do que esses dois e que não tiveram a oportunidade de serem votados. Qual é o critério para ser escolhido o melhor anime de comédia? É ter conteúdo, é fazer rir muito, é ter foco na comédia? Com que critério se coloca na lista Isekai Hourou Meshi em vez de The 100 Girlfriends se não for para posar de virtude?
Colorido:Recomendomuitoefarámuitosucesso. Preto: Recomendo e fará sucesso. Roxo: Recomendo. Azul: Fará sucesso. Verde: Tem possibilidade de ser bom ou de fazer sucesso. Marrom: Será uma obra mediana. Vermelho: Não vale a pena.
Ore dake Level Up na Ken — Adaptação do manhwa, muitíssimo popular, Solo Leveling. É inconcebível que alguém que assiste animes e leia mangás com frequência ainda não tenha ouvido falar dessa obra. Portanto, mesmo para quem não goste da proposta e não curta o final do mangá, é um anime obrigatório dessa temporada. Além disso, apesar de o trailer não ser muito entusiasmante, o estúdio encarregado é o A-1 Pictures e a trilha sonora está sob a responsabilidade do grande Sawano.
Youkoso Jitsuryoku Shijou Shugi no Kyoushitsu e 3rd Season — A terceira temporada de Classroom of the Elite é produzida pelo mesmo diretor e estúdio que estão nessa franquia desde a primeira temporada. Sendo assim, não é esperado algo muito diferente do que já foi realizado, ou seja, muitas mudanças em relação ao mangá e uma produção tecnicamente mediana. Além disso, as temporadas anteriores foram bem-sucedidas devido ao roteiro conter alguns episódios extraordinários. Lamentavelmente, contrastam-se com diversos episódios desagradáveis que ocupam cerca de metade da obra.
Tsuki ga Michibiku Isekai Douchuu 2nd Season — O último episódio da primeira temporada é extremamente emocionante, épico, com uma ação frenética e muito bem realizada. Pena que seja apenas o último episódio, pois os outros são meramente uma trama com muitas enrolações. Ademais, o diretor continua o mesmo, mas o anime mudou para um estúdio maior. Em tese, um estúdio maior pode nos levar a crer em uma produção melhor. No entanto, no que diz respeito aos aspectos de imagens, os trabalhos do estúdio anterior são mais apreciáveis. Além disso, o trailer apresenta um anime simples, o que corrobora com a ideia de que a trama permanecerá novamente parada na maior parte da temporada. Embora algumas pessoas afirmem que esta parte do mangá seja extremamente movimentada. O melhor é esperar as primeiras críticas. Se disserem que há muita ação e de boa qualidade, é uma boa aposta.
Mashle 2nd Season — A premissa não ajudava a promover a obra, e a primeira temporada teve uma introdução ruim. No entanto, com o decorrer do tempo, a história se torna cada vez mais interessante, e as piadas começam a se desenvolver de forma eficiente. Dado o que já foi realizado, não se pode esperar uma obra-prima desta continuação. No entanto, se continuar com a mesma dinâmica, o anime promete ser leve, divertido de ser assistido e o mais tranquilo de ser acompanhado da temporada.
Mato Seihei no Slave — Esta obra está despertando uma grande expectativa e cada vez mais se tornando popular, sobretudo porque promete muita ação, é do mesmo criador de Akame ga Kill e os desenhos de personagens são excelentes. Desenhos esses semelhantes à de outros personagens populares em animes. Apesar das expectativas em relação aos designs apresentados e do enorme tempo de produção, adiando a estreia por um ano, com base nos trailers divulgados, a animação apresenta uma qualidade mediana, no máximo um pouco acima da média. O receio é reforçado pelo estúdio ser pequeno e sem um histórico de grandes produções. Pelo menos, o diretor é um profissional experiente que tem uma longa carreira nessa indústria. Além disso, é importante salientar que o mangá não é bem avaliado e tem uma premissa notoriamente terrível. Diante disso, pelas expectativas, deverá fazer um sucesso inicial, mas possivelmente decepcionará muitas pessoas.
Boku no Kokoro no Yabai Yatsu Season 2 — A primeira temporada deste anime não apresentou o enredo que era aguardado, mas independentemente do rumo imaginado, foi uma surpresa agradável, superando bastante a média dos romances escolares. Isso se deve ao fato de haver várias ótimas singularidades nessa história e pelos personagens. A prova disso é que é bem avaliado no MAL, além de que mesmo com a forma errada como foi vendido, ter conseguido uma significativa popularidade para sua proposta. A princípio, pode parecer uma escolha óbvia, pelos elogios muito merecidos, mas o romance escolar está esgotado para muitos. No entanto, se puderem considerar isso como um estímulo, o romance neste anime avançou na primeira temporada. Além disso, pelas revelações que estão sendo divulgadas, o romance nesta segunda temporada deve percorrer uma maratona na velocidade da luz.
Jaku-Chara Tomozaki-kun — Passaram-se três anos para sair a segunda temporada, houve até a arrecadação de fundos por meio de doações para a produção. A felicidade dos fãs por saber que esse dia está chegando é enorme. A adaptação é merecida, por ser de um light novel premiada, ganhadora inclusive do prêmio de excelência no Shogakukan Light Novel Grand Prix. Além disso, a light novel é excelentemente bem-sucedida em termos de venda. A produção do anime só enfrentou dificuldades para ser realizada, uma vez que, lamentavelmente, a primeira temporada não foi tão bem avaliada, recebendo uma abundância de críticas ocidentais rasas e estúpidas. Isso se deu, muito em virtude, pelo fato de ser uma obra voltada para pessoas inteligentes e com mensagens realistas, as quais se chocam com os ideais do politicamente correto. Em outras palavras, foi cancelada por pessoas incautas, que têm mentes fechadas, intolerantes e incapazes de compreender um subtexto. São pessoas que não apenas não compreendem a complexidade do tema, como também distorcem maliciosamente a mensagem da obra em suas resenhas. Em suma, pseudointelectuais, incapazes de raciocinar, de pensar com suas próprias mentes, por gentileza seres assim não assistam, essa obra não é para os cheirosos de Narnia.
Dungeon Meshi — A primeira impressão não foi das melhores, posto que os desenhos são simples, pouco detalhados e genéricos, tanto nos personagens quanto nos cenários. Apesar disso, pode surpreender, visto que o estúdio responsável é o Trigger, que tem um histórico que merece todo o respeito em termos de imagem. Quanto a história, tem uma sinopse agradável, uma vez que se trata de um drama seinen promissor. A trama também pode ser respaldada pelo mangá ser muito bem avaliado. Assim sendo, pode até não se tornar muito popular, mas deve ter uma boa história.
Ao no Exorcist: Shimane Illuminati-hen — O trailer é até interessante, com uma boa música e belas imagens. No entanto, esta é a terceira temporada de um anime que tem uma premissa desagradável e saturada. É surpreendente e decepcionante que a primeira temporada seja extremamente popular, mas é mais surpreendente que, até o momento, esta terceira temporada não seja popular.
Yubisaki to Renren — É um anime shoujo bem característico com personagens universitários adultos, e tem um material base muito bem avaliado. O fato de a protagonista ser uma pessoa com deficiência auditiva remete imediatamente à lembrança do extraordinário Koe no Katachi. Certamente, haverá muitas pessoas que aclamarão este trabalho. Entretanto, apesar de haver muitos homens que assistiram shoujos e apreciaram, eles não são o público-alvo desse tipo de trabalho. Por conseguinte, o fato de este anime apresentar elementos fortemente característicos do shoujo, pode ser um indicativo de que não haverá atrativos que sejam fortes o bastante para atrair um público para além do seu próprio nicho.
Shin no Nakama ja Nai to Yuusha no Party wo Oidasareta node, Henkyou de Slow Life suru Koto ni Shimashita 2nd — A segunda temporada do anime com um herói que deixa a vida de aventuras para trabalhar como vendedor em uma loja de boticários. Definitivamente, colocar vida cotidiana numa fantasia como o tema central é conceitualmente contraditório. A ideia é vendida por ter uma certa originalidade, mas é difícil comprar essa premissa, e piora quando a primeira temporada foi mal avaliada. Um enredo bom é uma história sem as partes chatas, coisas comuns não são interessantes, não justificam a atenção.
Dosanko Gal wa Namara Menkoi — O anime começará com uma gal descendo em uma cidade para ver pontos turísticos, sem saber que ficava a três horas de caminhada do seu destino, estando no inverno com 8 graus negativos e vestindo roupas de verão. Parece um anime fofo, diferente e com situações engraçadas. O trailer também apresenta uma boa música, além de bons cenários e personagens promissores. A única ressalva é que o mangá não é tão bem avaliado, mas parece que isso se deve ao fato de que, ao longo do tempo, a trama mudou de foco, o que não deve ocorrer em apenas uma temporada do anime.
Majo to Yajuu — Os designs dos personagens principais têm bons conceitos artísticos. Um deles parece enigmático, carregando um cachão nas costas, e o outro é uma bela mulher, com leves traços selvagens. Parece ser bastante promissora a ideia de um casal Van Helsing caçando uma bruxa em uma cidade. Promissora por: ser um pouco diferente dos animes habituais; não serem crianças os personagens principais; e centrar em um único caso que tem um inimigo claro, forte e misterioso. No entanto, animes com monstros que remetem muita familiaridade aos dos contos clássicos, o que pode ser o caso desse, costumam não ser bem-sucedidos. Ainda mais um que se pareça ser de detetives. Se servir como tranquilizador, o mangá é um seinen bem avaliado, e o diretor do anime é bem experiente.
Sokushi Cheat ga Saikyou sugite, Isekai no Yatsura ga Marude Aite ni Naranai n desu ga. — Uma classe de estudantes japoneses é teletransportada para um mundo de fantasia, no qual cada um dos estudantes adquire um poder. A princípio, todos adquirem poderes, com exceção, aparentemente, do nosso meio estúpido protagonista, porém a verdade é que ele adquiriu o maior poder. Essa é uma introdução bastante típica de animes genéricos isekais de temporada, e os desenhos com cores claras seguem a mesma linha. O diferencial que o anime propõe, é o fato de o protagonista ser tão forte que basta apenas não estar dormindo para matar qualquer um com o seu poder de morte instantânea. Criar desafios instigantes para manter o público interessado nessa jornada com alguém tão forte é complicado. Além disso, o estúdio é pequeno, o mangá é mal avaliado e o anime é PG 13, ou seja, nem o ecchi de boa qualidade teremos. Se fosse um anime de três episódios, mas uma temporada inteira com essa proposta, é difícil acreditar que conseguirá se sustentar.
Urusei Yatsura (2022) 2nd Season — A segunda temporada de um reboot de uma primeira versão de grande sucesso, que é enorme e antiga, a qual já era uma adaptação de um mangá grande e mais antigo. No caso de um anime excelente, é preferível um remake fiel do que um reboot. Entretanto, quando a obra é datada demais, mesmo as ótimas, há algumas dinâmicas que não são adequadas para os tempos modernos, sendo preferível um reboot. Além disso, se for para fazer uma reimaginação, que seja forte e não suave. A manutenção de uma atmosfera mais retrô, só seria justificada se o primeiro anime não tivesse sido fiel ao mangá, de modo a criar uma versão fiel dedicada aos fãs do mangá. Um meio reboot ou meio remake, que parece ser a proposta desse anime, acaba deixando um desagradável estranhamento. Com todas essas ressalvas, há algumas críticas positivas da primeira temporada, e não poderia ser diferente, uma vez que a autora do mangá é a grande Takahashi.
Kekkon Yubiwa Monogatari — A sinopse do mangá apresenta uma história de amor onde um homem corajoso viaja para outro mundo, visando roubar sua amada de um casamento, tascando um beijo na princesa do reino. Já a sinopse do anime revela um protagonista covarde que tem dificuldades para se declarar para uma amiga de infância. As informações contidas na descrição da obra sugerem que não é um romance, mas sim uma putaria de um harem, com ecchi e seinen. O trailer revela que nesse Isekai de fantasia as garotas são meio humanas e o protagonista vai meter o anel no dedo de cinco princesas. Observações: o estúdio é minúsculo, o mangá é mal avaliado, o diretor só dirigiu animes ruins, e zoofilia é doença.
Metallic Rouge — Anime original de ficção científica futurista, com androides meio mechas, e do estúdio Bones. O trailer apresenta uma estética agradável, em comparação com os recentes animes que têm sido lançados com propostas semelhantes. Além de ser bonito, está extremamente fluido e com uma abundância de cenas de ação. O estúdio Bones, mais uma vez, parece que fará jus ao nome que construiu nessa indústria quando se trata da parte visual. Diante disso, vale a pena apostar neste anime, nem que seja somente pela animação.
Chiyu Mahou no Machigatta Tsukaikata — Mais um isekai, em que uma turma de estudantes normais do ensino médio japonês é invocada para o outro mundo e recebe poderes especiais. O diferencial é que o protagonista é o aluno mais mediano da turma e o foco do anime está na habilidade do protagonista com magia de cura. O problema não é ser um anime isekai, mas sim em ser um isekai genérico e sem conteúdo. Para aqueles que já assistiram a tantos similares, é difícil encontrar boas motivações para assistir a algo desse tipo. Entretanto, como é de praxe, haverá alguma audiência, e na ausência de algo melhor, não há como recriminar quem o considerar. Outro ponto relevante, é que os estúdios responsáveis são: o Shin-Ei Animation em parceria com o Studio Add que nunca produziu nada. Algumas vezes um estúdio maior entra com o nome e o menor com o trabalho. Finalmente, é preciso salientar que o mangá é mal avaliado.
Shaman King: Flowers — Uma continuação de um reboot que teve a sua primeira parte avaliada de forma tão negativa, que levou o anime a ter uma nota inferior a sete no MAL. A primeira versão recebe avaliações mais positivas, é bem mais conhecida, mas ainda é um anime infantil e detestável.
Gekai Elise — A ideia da premissa apresenta méritos, pois traz algo incomum e cria uma problemática boa para ser explorada, mas é difícil de ser aceita. Uma pessoa morre, reencarna, se torna um médico com os conhecimentos modernos de medicina, morre de novo, e volta ao o corpo da primeira vida antes da primeira morte. Não tem suspensão de descrença que faça essa lógica funcionar. Além disso, uma proposta em acompanhar um médico sendo um médico não é algo atraente. Haverá outras complicações nesse enredo, mas talvez não sejam o suficiente para oferecer uma trama interessante. O mangá que é o melhor indicador no momento para a história, tem uma avaliação pouco favorável. Ademais, parece ser um anime nichado para garotas.
Akuyaku Reijou Level 99: Watashi wa Ura-Boss desu ga Maou dewa Arimasen — O trailer é bem razoável e a premissa de reencarnar em um otome game tornou-se bastante comum. Apesar disso, há uma série de elementos interessantes nesta sinopse devido a algumas nuances dessa proposta neste anime. Uma linda mulher, extremamente forte, que não se importa com romance, e apenas deseja viver em paz, mas é discriminada pela cor do seu cabelo e pela sua força. Enfim, só não dá para apostar mais neste anime, pelo mangá não ser tão bem avaliado.
High Card Season 2 — A primeira temporada deste anime estreou no início deste ano, mas já caiu no limbo do esquecimento. Além disso, esta primeira temporada foi descredibilizada, com baixa popularidade, com críticas severas e notas negativas. É difícil acreditar em uma continuidade quando o projeto começou tão mal.
Oroka na Tenshi wa Akuma to Odoru — Um anjo e um demônio vão estudar em uma escola japonesa e começa um romance entre eles. Quão mais estúpidas ainda podem ser certas premissas! O demônio se infiltrou na escola com o objetivo de recrutar alunos para lutarem contra os anjos. Meu Deus! O anime ainda é classificado como seinen. Para ser classificado assim, talvez haja alguma riqueza no subtexto. Sorte para aqueles que forem confirmar. Será necessária muita sorte, uma vez que o estúdio é pequeno e o mangá é avaliado como mediano. Ademais, são horripilantes as orelhas pontiagudas de alguns personagens.
Kingdom 5th Season — O trailer é interessante, mas é a quinta temporada e dificilmente alguém começará a assistir por ela. O estúdio Pierrot, que está realizando este projeto desde o início, permanece. Também permanece o mesmo diretor desde a terceira temporada. Logo, não deverá haver grandes surpresas, ou seja, continuará sendo um anime bem avaliado e direcionado a um público nichado e cada vez mais nichado.
Ishura— A ideia é simples: após a morte do rei demônio, surge um Battle Royale entre pessoas extremamente fortes. O trailer revelou os aspectos fundamentais para esse tipo de proposta, que são muita ação e uma imagem de qualidade. O quão bem-sucedido será esse anime, só saberemos quando começar para vermos como serão desenvolvidos os combates.
Saijaku Tamer wa Gomi Hiroi no Tabi wo Hajimemashita. — O anime apresenta uma menina que cata lixo em uma floresta para sobreviver, pois a sociedade a discrimina e a persegue. A premissa é ótima, mas o trailer demonstra que a direção não acertou o tom, que deveria ser dramático e escuro. Além disso, o estúdio responsável por esse anime também é bem pequeno.
Nozomanu Fushi no Boukensha — Mais outro filho de Overlord, um anime de fantasia no qual o protagonista é transformado em um esqueleto morto vivo. Se houvesse um anime entre esses filhos que fosse mais dark do que o pai, talvez conseguisse encantar muito mais do que as versões sempre mais leves e compactas. Não há problema em copiar, desde que acrescente algo novo. Até o momento, não é possível perceber nada de diferente dos seus irmãos e pai com os trailers e a sinopse deste anime.
Kyuujitsu no Warumono-san — A premissa é de um super vilão alienígena incumbido de destruir a humanidade, mas que resolve tirar uma folga na terra, que é constantemente interrompida por pessoas que tentam o derrotar. A ideia é promissora e pode ser aplicada em outras propostas, mas evidentemente é um anime de comédia. As produções que se concentram exclusivamente em comédia ou muito focadas nessa área, tende a ser menos atrativas do que aquelas que fazem uso esporádico. Não será uma obra-prima, mas promete ser um entretenimento para quem deseja algo descontraído e despretensioso. A qualidade do espetáculo dependerá muito da veia cômica do diretor.
Isekai de Mofumofu Nadenade suru Tame ni Ganbattemasu. — Após morrer de tanto trabalhar, um jovem reencarna em outro mundo como uma menininha. Ela renasce com uma a capacidade de ser amada por todos os animais, e fará amizade com todos os bichinhos. Que fofinho! O público-alvo é de garotinhas, mas é bem idiota essa premissa. Além do que, reencarnação após morrer de tanto trabalhar já saturou mais do que a do caminhão do isekais.
Mahou Shoujo ni Akogarete — É um anime de garotas mágicas que se diferencia pelo fato da protagonista sonhar em ser uma garota mágica, mas ganhar os poderes de uma vilã. Haverá momentos de ação, mas o foco principal será a criação de situações cômicas com à ironia das pretensões da protagonista. A ideia é promissora, mas não é o bastante para que este anime seja mais do que um mediano da temporada.
Loop 7-kaime no Akuyaku Reijou wa, Moto Tekikoku de Jiyuu Kimama na Hanayome Seikatsu wo Mankitsu suru — Anime da jovem reencarnada que é obrigada a casar com o príncipe que a matou em outra vida. A problemática é interessante, tem alguns dilemas, mas há algumas amenizações que podem comprometer o potencial. Na outra vida, a garota era uma vilã, o príncipe era o bonzinho, e agora ela só quer ter uma vida longa e tranquila longe da vilania. O anime seria mais promissor se, em vez de um romance redentor, fosse um jogo de intrigas, vingança e luta pelo poder. Será um anime mediano de temporada, focado no público feminino adolescente.
Bucchigiri?! — O anime é uma criação original do estúdio MAPPA, o mesmo que produziu Jujutsu e Shingeki. Será um anime de lutas entre adolescentes, provavelmente o Shounen da temporada atual. Nesse tipo de proposta, a ação bem produzida é um dos pontos mais relevantes e visualmente o trailer é bastante atraente, tanto em termos de cenários quanto de personagens. Assim sendo, tem potencial para o sucesso.
Himesama "Goumon" no Jikan desu — Um anime que mostra uma princesa sendo torturada por um lorde demônio. Será um anime bobinho de comédia, que se muito bem avaliado, chegará a ser considerado mediano.
Momochi-san Chi no Ayakashi Ouji — Um romance Shoujo, com uns personagens bonitos, um drama magico e demônios antropomórficos.
Sengoku Youko — O estúdio é bom, o mangá é bem avaliado, o trailer é satisfatório e o enredo é um shounen de aventura com ação. É surpreendente que, atualmente, não esteja com uma grande popularidade no MAL. No entanto, é inegável que tem potencial para o sucesso.
30-sai made Doutei dato Mahoutsukai ni Nareru Rashii — Romance Boys Love.
Pon no Michi — Anime sobre amizade entre garotas, jogos e um espaço de lazer. A proposta não é interessante, mas existe a possibilidade de surpreender, uma vez que é um anime original de um estúdio prestigiado.
Sasaki to Pii-chan — Anime de um homem de meia-idade solitário, que adotou um pássaro de estimação, o qual lhe concede poderes mágicos para viajar entre mundos. KKKKKKK... Que droga estavam usando quando tiveram essa ideia? Com toda certeza, para este anime o Alexandre dará uma nota 10. KKKKKKK...
Saikyou Tank no Meikyuu Kouryaku: Tairyoku 9999 no Rare Skill-mochi Tank, Yuusha Party wo Tsuihou sareru — Em suma, trata-se de mais um anime do herói do escudo, um herói com uma defesa extremamente poderosa. Os japoneses gostam demais dessa premissa defensiva, talvez seja uma identificação nacional. A sinopse e o trailer apresentam elementos interessantes, mas as esperanças se dissipam com a avaliação do mangá.
Hikari no Ou 2nd Season — O problema é que esta é a segunda temporada de um anime, cuja primeira temporada foi bastante mal avaliada. Além disso, a premissa é problemática, apesar de que não é de toda ruim. Pelo menos o trailer está bonito.
Synduality: Noir Part 2— Segunda temporada de um anime que teve a primeira temporada muito mal avaliada. O 3D da primeira temporada é ridiculamente ruim, insultivo e a palheta de cores não está bem encaixada. Pelo trailer dessa segunda temporada, é possível notar uma melhora nesses aspectos, mas não tanto quanto deveria e já é tarde demais.
Meitou "Isekai no Yu" Kaitakuki: Around 40 Onsen Mania no Tensei Saki wa, Nonbiri Onsen Tengoku deshita — Dois estúdios minúsculos produzindo um anime que é uma adaptação de um mangá completamente desconhecido. A história do anime é protagonizada por um homem que aprecia termas e reencarna em outro mundo. Além disso, promete ter um ecchi com garotas meio humanas. Percebe-se que a ideia foi produzir a parti de uma fórmula mágica, pegando os elementos mais genéricos de animes e colocando tudo junto no liquidificador.
Chou Futsuu Ken Chiba Densetsu — Anime de comédia com garotinhas. Esse é o supra-sumo do Alexandre.
Gekkan Mousou Kagaku — A história é sobre uma equipe de uma revista que publica matérias sobre monstros e coisas bizarras. A temática, aparentemente, remete a Scooby Doo ou Sherlock Holmes, mas as cores e luzes apresentadas não combinam com esse tipo de proposta. Ademais, reportes, detetives, animes assim não estão tendo uma boa recepção ultimamente. Seria mais proveitoso se tivessem seguido em direção ao terror.
Yami Shibai 12 — A decima segunda temporada de um anime de terror de quatro minutos por episódio, que quase ninguém conhece.
Snack Basue — De tão pouca fluidez, é difícil se quer finalizar o trailer, quem dirá um episódio do anime. Se serve de alívio, ainda não foi divulgado o tempo de duração por episódio, mas como será um anime de comédia em um bar, provavelmente será daqueles de poucos minutos.
Meiji Gekken: 1874 — O problema é que o estúdio é pequeno e o material é original. No entanto, o trailer é promissor, a sinopse vende bem a obra, e é um anime histórico de ação. Se o estúdio fosse grande, teria boa possibilidade de fazer sucesso.
Yuuki Bakuhatsu Bang Bravern — O estúdio é recente e quer começar com um anime de mecha e militar. Bastante ousado pegarem algo que requer muita animação fluida e detalhada. Além disso, não é possível avaliar adequadamente, porque o material base é original e nem sinopses do anime estão disponíveis. No mais, o trailer não mostrou nada.
Cardfight!! Vanguard: Divinez — Enésima temporada de um anime desconhecido e sempre mal avaliado.
Harimaware! Koinu —Mais um daqueles animes bem infantis de comédia com uns bichinhos.
Heart Cocktail Colorful: Fuyu-hen — Não saiu ainda quase nenhuma informação sobre esse anime, não tem sinopse, não tem trailer, não tem material fonte, não tem se quer o estúdio. A única coisa relevante de informação é que será um anime curto de cinco minutos por episódio.
Take a look at my Code Geass review.
Dê uma curtida na minha análise de Code Geass.
Link: https://myanimelist.net/profile/Tiago_Vaz_007/reviews
Below is the Portuguese version, the one in the link is in English.
Abaixo está a versão em português, a do link está em inglês.
No que diz respeito ao seu tema central, o anime aborda a filosofia da moral objetiva. É importante salientar que, logo em um dos primeiros episódios da primeira temporada, há um longo diálogo filosófico entre Lelouch e Suzaku. Diálogo o qual evidencia as ideias de Maquiavel, resumidas pela frase de "os fins justificam os meios". Dessa forma, o anime não poderia ser mais explícito sobre sua temática. Compreendendo sobre o que quer discorrer, para demonstrar ao máximo o seu ponto, o método que faz uso é o da eliminação de vidas. Sendo assim, o anime faz os personagens matarem o seu povo, seus aliados, seus amigos, suas famílias, milhões de pessoas e até a se mesmos. Em termos não literais também matam as pátrias, os sentimentos e os amores. Tudo no anime é justificado filosoficamente pelos fins, o que abre discussões e dá mais profundidade. A escolha desse tema também não é aleatória e descontextualizada, uma vez que, para o mundo da política, o livro O Príncipe de Maquiavel é o mais utilizado e relevante. Em virtude disso, um anime que se preste a ser sobre política tem que falar sobre isso, mesmo que seja altamente polêmico e incomum.
Este anime apresenta lutas com armas, armaduras robóticas de alta tecnologia, guerras de grandes dimensões, batalhas elaboradas e fascinantes. No entanto, os combates não se sustentam apenas com a ação. Os conflitos envolvem embates psicológicos com soluções estratégicas. Em virtude da temática, as ações do protagonista sofrem uma certa limitação. Pode-se supor que ele renunciará a algo e que alguém morrerá, devido à sua amoralidade pragmática elevada. No entanto, não são eventos previsíveis: exatamente o que, quando, e por quê. É importante salientar que este protagonista não é um personagem que se sobressai em tudo, que sempre vence e nunca erra. Dado que seus planos nem sempre são bem-sucedidos, isso torna o personagem humanizado, criando verossimilhança. Vários são os momentos em que o personagem é surpreendido, precisa improvisar, perde tudo, entra em desespero, trai e é traído. Além disso, mesmo com a amoralidade não sendo uma temática recorrente em animes, o mérito não está em ser sempre algo completamente imprevisível para o público, mas sim na sagacidade dos personagens, na inteligência e no maquiavelismo contra os rivais.
As principais críticas negativas a esta obra se concentram nas reviravoltas, sobretudo devido às mortes que, posteriormente, não são confirmadas. É claro que isso é um elemento de enredo que enriquece qualquer história, mas não está imune a críticas, principalmente quando utilizado em excesso. Em contrapartida, este anime oferece uma forma de compensar essas falsas baixas, apresentando inúmeras mortes que ocorrem de fato e que são fortemente impactantes. Além disso, ao despertar essas dúvidas, geram-se expectativas sobre algumas situações, deixando incógnitas, fazendo as pessoas pensarem e criarem inúmeras teorias. O que é apontado por alguns como um defeito na história, em alguns momentos dela acaba sendo o seu maior acerto.
Além disso, há críticas negativas em relação às reviravoltas por serem supostamente mirabolantes. É realmente prejudicial ter reviravoltas complexas e extraordinárias? Qual é o impedimento para que algo seja plausível em uma ficção? Apenas a própria história pode ser um impeditivo e, neste caso, não existem contradições internas. Já sobre serem mirabolantes no sentido de serem cada vez mais grandiosas, escalonar por escalonar, todo anime escalona, caso contrário o público perde o interesse. Portanto, a questão nas reviravoltas não é se são grandiosas.
Em questão de imagem, a animação é bastante fluida e bem detalhada, superior à média, mas não alcança o nível da UIfotable ou de Makoto Shinkai. Até mesmo para os dias atuais, impressionam os detalhes dos robôs gigantes, principalmente nas constantes cenas fluidas de ação. Em relação mais especificamente à arte, é da gigantesca CLAMP, feita com uma certa originalidade. A arte denota a sua inovação quando comparada com as de outros animes de robôs e militares, os quais têm traços mais quadrados. Além disso, o anime precisava de traços que expusessem suavidade, para compor uma proposta de realidade alternativa futurista e mística. O que mais impressiona, é que ficção científica tem potencial de deixar tudo datado absurdamente rápido, mas Code Geass por conta de seu espetacular trabalho de arte praticamente não envelhece.
Uma das características mais marcantes desse anime é a sua trilha sonora. Não é necessário se quer assistir esse anime, basta apenas ouvir as suas músicas para ser consumido por emoções. É esplendoroso como consegue mexer com os ouvintes, produzindo sentimentos tanto de tristeza, como de euforia. Dentre as inúmeras músicas sensacionais, as mais destacadas são: Innocent Days, Stories, Continued Story e Madder Sky.
As aberturas e encerramentos de episódios são excelentes, com grande destaque para o fenomenal último encerramento de episódios. Este último encerramento é um dos momentos mais artísticos e simbólicos da obra. Além de possuir uma melodia fascinante, a música deste encerramento tem uma letra que, se analisada com mais atenção, revela o quanto a obra se envolveu com o seu tema.
Com relação aos personagens, diversos são muito carismáticos e conseguem conquistar o apego do público quase de imediato. No entanto, o protagonista Lelouch não é notável por ser naturalmente extremamente carismático, mas sim por, apesar de ter todas as características de um vilão, ainda assim conseguir desenvolver carisma. O mérito é ainda maior por Lelouch ter sido transformado em uma espécie de anti-herói, apenas por rivalizar com iguais, e não com vilões. Por norma ninguém odeia protagonistas, e anti-herói é aquilo que somos ou temos medo de ser. Entretanto, é admirável como este anime consegue fazer o público desenvolver empatia e torcer por alguém que representa não somente um anti-herói, mas o cúmulo da amoralidade. Dessa forma, demonstra-se ser um trabalho de excelência na escrita.
Os méritos da trama em relação ao seu protagonista ficam ainda mais evidentes, quando analisamos que as motivações de Lelouch não são nobres, que os métodos são terríveis e que os objetivos são questionáveis. Há muito mais nele de vilão do que de herói. É alguém que como o seu pai e seu irmão não têm empatia, ou tem um pequeno grau de empatia seletiva, o que é a definição de psicopatia. O anime faz o público ter empatia por quem não tem empatia, o que é fabuloso. Também é bastante realista, uma vez que a política tem, comprovadamente, um ambiente que tende a atrair psicopatas. Ademais, não me identifico com Lelouch, não agiria da forma como ele agiu, discordo fundamentalmente dos princípios dele, mas chorei com seu destino.
Em relação aos adversários, esqueçam a palavra vilão, uma vez que nesta história não há vilões nem heróis, apenas um protagonista e diversos antagonistas. Todos os principais personagens desta obra são anti-heróis. O que mais impressiona neste anime, é que os rivais Lelouch, Charles e Schneizel, não divergem quanto a filosofia, aos meios e nem dos objetivos. Dessa forma, o que nos leva a torcer para um e não para o outro, não são as diferenças, ou questões lógicas, mas tão somente porque a trama é vista pela perspectiva do Lelouch.
Apesar de Lelouch, Charles e Schneizel terem objetivos semelhantes, há nuances entre eles e isso é uma das características mais esplendorosa do trabalho de criação de personagens neste anime. Eles diferem em algo muito profundo, que é a visão pautada no passado, no presente e no futuro. Isso é extraordinário, esplendido, rico, pois o autor transcendeu a proposta filosófica inicial, dando uma profundidade dentro de seus personagens de algo que dificilmente alguém veria nessa filosofia. Portanto, não é pretensioso afirmar que este é um trabalho visionário.
Outro personagem relevante é o Suzaku, uma vez que é o mais próximo que temos de um herói neste anime, mas que tem as suas mãos sujas e é um antagonista na maior parte do enredo. Genial pegar um nítido quase herói e transformar em antagonista, enquanto faz torcemos para um nítido quase vilão. Isso aumenta significativamente a dificuldade de escrita e devem ser reconhecidos os méritos do roteiro. Além disso, o que diferencia Lelouch de Suzaku não são as visões, nem os objetivos, nem os métodos. Os dois compartilham da mesma filosofia. Os personagens se diferenciam apenas pelos seus caminhos, o que é uma brilhante forma de criar um rival.
Em relação a CC, a qual é a coprotagonista, apesar de não ser a principal do anime, ganhou o Anime Grand Prix, o Oscar da animação, por dois anos seguidos na categoria prêmio de melhor personagem feminina de animes. Destaque, ganhou competindo com outras personagens que eram as principais em seus animes. É uma personagem enigmática, que mesmo tendo bastante do seu passado desenvolvido, o suficiente para não sentirmos muito, termina com muitos mistérios não revelados. Outro ponto relevante é quando ela, devido a um determinado evento, fica fragilizada, se tornando cômica e muito mais carismática.
Code Geass é um dos raríssimos animes com um final peculiar para os seus personagens, algo corajoso, e nenhum pouco conveniente. São tão raros os animes que seguem finais de personagens com rumos semelhantes a esse, que se conta nos dedos quantos são assim, e menos ainda os que conseguem agradar. Facilmente é possível encontrar na internet um dos muitos vídeos de pessoas assistindo o último episódio. As reações variam desde gritos histéricos até crises de choro incontroláveis. O episódio final é simplesmente o melhor de todos os finais de animes.
Sem dúvida, com o seu protagonista, o episódio final tem a parte mais emocionante do anime, mas é preciso ressaltar que não é a única parte boa. Outros personagens como Shirley, Jeremiah, Nunnally, Anya e Rolo tem cenas marcantes que produzem fortes emoções. Destaque também para alguns desses personagens por facilmente fazerem as pessoas mudarem muito de opinião em relação a eles.
Apesar de todos os elogios merecidos, de que com certeza é uma obra-prima, e de que em alguns pontos seja mais que espetacular, ainda é um anime feito por seres imperfeitos e que contém algumas pequenas imperfeições. Nessa questão de problemas, um ponto que precisa ser mencionado é o começo da segunda temporada, pois tem um início um tanto confuso que pode não agradar muito. Embora seja uma confusão proposital, a qual é posteriormente explicada, servindo para ter revelações que instiguem, até que o enredo se desenvolva mais e acelere o ritmo.
Por fim, existem vários picos que entusiasmam, que tanto quanto mais próximo do final, mais constantes são esses picos e mais impossível é parar de assistir. Vale mencionar também que entusiasma bastante acompanhar a evolução dos robôs, a rivalidade envolvida na sua produção, bem como o visual e o poder que apresentam.
Seishun Buta Yarou wa Yumemiru Shoujo no Yume wo Minai
Que enredo! Que excelente trabalho! Uma trama com bastante conteúdo, com dilemas, com dramas, com um ritmo confortável, com belas músicas e com personagens tocantes que emocionam o público a ponto de derramar lágrimas.
Primeiramente, essa parada de enredo. O filme pode até ter uma história, mas acredite, não é nenhuma obra-prima. A trama gira em torno de dilemas adolescentes e dramas meio batidos, como se fossem reciclados do fundo do baú. E quanto a esse ritmo confortável, bom, acho que o ritmo às vezes é tão devagar que faz uma lesma parecer Usain Bolt. Há momentos em que a narrativa parece se arrastar, deixando o espectador olhando para o relógio. Agora, as belas músicas... é verdade, a trilha sonora é boa, mas convenhamos, isso por si só não salva um filme da mediocridade. Tem muito filme por aí com músicas incríveis, mas que são verdadeiras bombas em termos de enredo e desenvolvimento de personagens.
Em primeiro lugar, é necessário esclarecer alguns conceitos. História, enredo, roteiro e narrativa; são palavras que, muitas vezes, são usadas como sinônimos, mas não são sinônimos. A história é o que ocorre. O enredo ou trama é o motivo pelo qual as coisas ocorrem, os encadeamentos motivacionais. Roteiro é uma sequência ordenada de eventos ao longo do tempo e espaço. A narrativa é como os eventos são relatados. De acordo com Forster, "O rei morreu, e então a rainha morreu é uma história, enquanto o rei morreu, e portanto, a rainha morreu de tristeza, é um enredo". https://www.youtube.com/watch?v=9Lo4_IP-1Ow
O enredo é ruim por tratar de dilemas de adolescentes?! Sendo assim, vou parar de assistir animes agora mesmo. A afirmação de que a "trama" é ruim apenas por ter dilemas de adolescentes e dramas, é uma análise muito superficial, simplista, subjetiva e preconceituosa. A afirmação de que o ritmo é ruim, com o argumento "acho", também não é superior ao argumento anterior.
Sobre o que é a trama:
É de uma jovem que, devido a uma síndrome, adquiriu a capacidade de usar a lei da relatividade geral para voltar no tempo. Essa jovem volta no tempo para realizar alguns sonhos com o protagonista. A admiração pelo protagonista esconde uma revelação: o protagonista morreu e a jovem recebeu o coração dele. O personagem principal fica desconfiado do que acontecerá quando vê uma cicatriz no peito da jovem do futuro, pois conhecia a versão dela do presente que sofria do coração e precisava de um transplante. Após ser questionada, a jovem revela o que acontecerá no dia 24 de dezembro daquele ano. Causando um conflito para o protagonista, uma vez que, se não comparecer a este local, não morrerá, mas a garotinha que ele visitava todos os dias no hospital morrerá e ele roubará o futuro da jovem que o avisou. O protagonista percebe-se enganado pela jovem do futuro em relação ao local da sua morte, para evitar que ele morra. A fim de dar a sua vida em troca de salvar a garota, ele corre para o lugar correto que deveria morrer. Sua namorada, no entanto, o encontra no exato momento em que o protagonista seria atropelado, se jogando ela o empurra e assim, morrendo em seu lugar. A menina doente recebe o coração da namorada do protagonista, mantendo a existência da jovem do futuro. O protagonista, com a ajuda dessa jovem que viaja no tempo, retorna com ela ao passado anterior ao acidente. Chegando ao passado, o protagonista enfrenta um momento em que ninguém consegue perceber a sua existência. Dessa forma, ele se veste de coelho e vai até uma estação de metrô a fim de tentar encontrar alguém que pudesse o vê, assim como aconteceu com sua namorada na primeira história dessa série. Após encontrar alguém que o visse, adquiriu a capacidade de interagir com outras pessoas, e vai tentar salvar a sua namorada. O protagonista acaba impedindo que ele e sua namorada percam a vida e consequentemente a garotinha fica sem um coração. A versão do futuro do protagonista se funde com a do presente e a jovem do futuro desaparece. Para evitar todo o sofrimento, a garotinha doente que também tem o mesmo poder da sua versão do futuro volta no tempo. Reescreve toda a história desde os primórdios do seu poder, produzindo um efeito borboleta, onde nenhum dos personagens da trama se conheceriam da mesma forma e ninguém saberia quem era ela. A história termina com uma cena emocionante, onde o protagonista com a sua namorada reencontra a garotinha na praia.
Feita essa descrição da trama, quantos animes tem uma trama parecida com essa para poderes chamá-la de batida? Outra coisa, ainda que seu ponto fosse verdadeiro, um enredo para ser bom não necessariamente precisa ser original. Um enredo para ser bom precisa conseguir passar emoções.
E falando em personagens, é aqui que a porca torce o rabo. Sim, eles são tocantes, mas de um jeito tão previsível que chega a ser meio entediante. Parece que os personagens seguem um manual de como ser clichês e a história não faz muito para desafiá-los. É como assistir um desfile de estereótipos adolescentes que já vimos mil vezes antes. E as lágrimas? Cara, não sei, mas acho que as lágrimas que rolam durante o filme são mais de tédio do que de emoção genuína. A tentativa de apelar para o lado emocional acaba soando forçada, como se o filme tentasse te obrigar a sentir alguma coisa em vez de conquistar essa emoção naturalmente. E derramar lágrimas não é o único critério de qualidade, e, se um filme depende disso pra ser bom, talvez seja hora de repensar a coisa toda.
Isso só pode ser uma pegadinha, você mandou uma IA fazer esse texto, ela pegou argumentos aleatórios, coisas genéricas que usam para quaisquer coisas, e você jogou para mim como se tivesse dizendo algo. Quando eu li a parte de “personagens seguem um manual de como ser clichês” coloquei a mão no rosto e literalmente comecei a passar muito mal. Impossível você ter assistido esse anime. Uma das coisas mais comentadas na comunidade sobre essa obra é de como todos os personagens fogem totalmente do clichê. Até o Marco fez um vídeo sobre o protagonista ser 100% Anti-Clichê.
É 100% ANTI-CLICHÊ: https://www.youtube.com/watch?v=wPbAd2Lbdeg
Não quero desmerecer o filme, mas essa "nota 10" é um baita exagero. Tem muito filme por aí que consegue entregar enredos mais envolventes, personagens mais cativantes e emoções mais genuínas. Sei que gosto é gosto, mas precisamos manter os pés no chão e não deixar o entusiasmo nos fazer superestimar as coisas.
Não quer desmerecer, então por que o uso do "mas"? Sei! Quanto as depreciações contra mim com insinuações de favoritismo e de falta de profissionalismo. Saiba que eu vejo de tudo, dou dez para todos os tipos de propostas, inclusive para animes que não são do meu gênero favorito. Claro, desde que tenha as qualidades daquilo que eu considero um dez. Recentemente fiz algumas mudanças nas descrições do meu perfil, mas por muitos anos a minha metodologia esteve nele para todo mundo ver. A objetividade ela existe, apesar que somos limitados e imperfeitos, e qualquer avaliação tenha um grau de subjetividade. Isso não justifica que a objetividade como a busca da verdade não deva ser perseguida como meta. Por tanto, em todas as minhas avaliações eu sou criterioso e uso de metodologia.
Kenpuu Denki Berserk
Tem o traço do Miura e é bem feito graficamente para seu tempo, dispondo de muita violência, ação e aventura, mas tudo isso são detalhes para a ótima direção e seu esplendido roteiro. Rico em conteúdos como: maquiavelismo, existencialismo, etc.
Olha, meu camarada, eu entendo que tem uma galera que adora o anime antigo de Kenpuu Denki Berserk, mas quando a gente compara com o mangá, a história muda de figura. Não tem como dar um "Nota 10" de boa quando temos em mãos a obra-prima original. Vamos dar uma olhada nos motivos pelos quais essa adaptação fica a dever comparada ao mangá.
A existência ou ausência de um mangá não fará com que o anime seja bom, ou ruim, logo não faz sentido dar uma nota por conta disso. Tem até um nome para esse seu argumento, se chama Falácia Genética. Recordo de uma vez que conversei com o fulano sobre Devil May Cry, na qual ele argumentou que o anime é ruim porque não é canônico com a história do jogo que adaptou. Embora durante muito tempo o anime não tenha sido considerado canônico, na ocasião em que conversei com o fulano havia surgido uma continuação do jogo, que tornava o anime canônico. Quando revelei isso para todos após o Ig0y apresentar o seu argumento, a situação durante o embate ficou extremamente constrangedora; e bastante hilária, pois ele ainda tentou manter o ponto.
Em primeiro lugar, o traço do Miura. Tudo bem que ele é um gênio e o traço dele é único, mas a adaptação para a tela é uma versão bem simplificada do que o mangá tem a oferecer. Não dá pra traduzir a riqueza dos detalhes e a complexidade das cenas no papel para a tela, e isso acaba prejudicando a experiência. Pra completar, o anime sofre com uma qualidade gráfica que não envelheceu bem, e isso deixa muito a desejar, principalmente em lutas e cenas de ação. A tal violência, ação e aventura são coisas que o mangá tem em abundância, mas o anime não consegue transmitir isso da mesma forma. Muitas vezes, parece que a violência é usada como um artifício fácil para tentar compensar as limitações da animação. Não tem a mesma profundidade que o mangá oferece, onde a violência tem um propósito e é parte intrínseca da história.
Uma coisa é manter o traço, o estilo da arte, outra coisa é pedir que o anime tenha o mesmo nível de detalhamento do mangá. Devido principalmente aos conceitos, a arte do Miura é bastante apreciável, independente do detalhamento. Reforço que valorizo essa arte, mas como coloquei na tag, a arte é um detalhe comparado ao peso da direção e do roteiro.
Berserk é composto por um anime de 1997, pelos filmes que são o anime de 1997 picotado (recap), e por uma sequência de 2016. O anime de 2016 foi um fiasco retumbante, devido à animação. Em geral, uma animação em 3D costuma ser bem mais barata do que uma animação em 2D, mas não foi o caso desta apavorante animação de 2016. A animação foi realizada com um montante exorbitante de recursos financeiros, tendo em vista a crença de que a computação gráfica em 3D era revolucionária e que seria a solução para o problema de Berserk. Qual é o problema que afeta Berserk? O mangá apresenta um nível de detalhamento impressionantemente elevado. É super, hiper, mega, ultra detalhado. Uma temporada de anime com esse mesmo nível de detalhamento feita em 2D, custaria várias vezes mais caro do que a mais cara animação que já foi realizada em qualquer lugar do mundo. Além disso, seria difícil encontrar toda a mão de obra necessária para realizar essa tarefa. Pelo menos, nos moldes de como são feitos animes atualmente, não teremos uma animação com esse mesmo nível de detalhes do mangá. Quando as inteligências artificiais entrarem com força nessa indústria, é que talvez possamos sonhar com algo assim, mas até lá, é um absurdo cobrar que um anime não tenha o mesmo nível de detalhes do mangá.
Berserk é um dos mangás mais bem vendidos e o mais bem avaliado. Por que não há uma enxurrada de estúdios interessados em fazer uma nova adaptação daquele que é dito ser o melhor arco da série? Este anime de 1997 não tem uma animação ruim, datada e indigna de tal obra-prima que é o mangá? Não haveria uma demanda por um anime melhor? Os estúdios são loucos e estão desperdiçando uma mina de ouro? Obviamente não é isso, o anime é bem feito visualmente, estando a frente do seu tempo. Além disso, dada a utilização de uma abundância de computação gráfica atualmente, até mesmo no processo de criação dos animes em 2D, dificilmente a animação pareceria tão artística como a de 1997.
No que diz respeito à qualidade da violência, ação e aventura, nisso o mangá pode ser extraordinário, mas perceba que o fato de o mangá ser supostamente melhor não torna o anime ruim. O máximo que se pode alegar com isso é que o anime tinha potencial para ser mais do que foi. Infelizmente a propagação desse tipo de argumento produz algumas distorções abomináveis na comunidade. Existem tantas obras maravilhosa sendo injustiçadas e perseguidas porque fãs chatos do mangá acreditam que o anime deveria ser fielmente idêntico. É tão dificil entenderem que animes são adaptações, que são mídias diferentes, com diferentes possibilidades e limitações? Você realmente acredita que seria viável um anime tão violento quanto o mangá? E olha que a década de 90 não era tão babaca como a atual em questões de violência e ecchi. Sério mesmo que o anime sendo bem menos violento que o mangá é que usa a violência sem propósito e como um artifício? Isso não tem lógica. Você realmente acredita que as cenas de ação do mangá sem fluidez alguma são melhores do que no anime?
Agora, o roteiro. É verdade que Berserk tem elementos de maquiavelismo e existencialismo que são incríveis, mas o anime faz um recorte tão restrito da história que acaba perdendo muitos desses aspectos. As coisas ficam atropeladas e não há espaço para um desenvolvimento adequado dos personagens e das temáticas. O mangá é muito mais rico nesse sentido. Resumindo, meu brother, comparar o anime antigo de Berserk com o mangá é como comparar um lanchinho com um banquete. Tem muita coisa boa na versão animada, mas quando a gente conhece o potencial total da obra original, fica difícil dar uma "nota 10". Berserk merece todo o respeito, mas não podemos ignorar que o mangá é a verdadeira obra-prima que merece a nota máxima.
Novamente o repetitivo argumento da falácia genética, que já foi refutada desde o início. Se quer fazer comparações, faça comparações com coisas semelhantes. Comparamos animes com animes e mesmo dentro dos animes não faz sentido comparar obras com propostas consideravelmente distintas. Comparar com outra arte só tem validade quando feitas todas as devidas considerações. Dito isso, qual é o ponto que quer chegar? Acaso existe a possibilidade de eu reconsiderar o nível do que é um anime dez para mim e colocar como referência de anime um mangá? Se tem uma casa feita com cimento e uma ponte feita com cimento. É difícil compreender por que é mais lógico comparar uma casa de tijolos com uma de madeira ou de qualquer outro material, do que com uma ponte do mesmo material?
Para finalizar, você afirma que as coisas são atropeladas, que não há espaço para um desenvolvimento adequado dos personagens e das temáticas. Vamos realizar um exercício, imaginando que o mangá não exista. Alguém consegue apontar como acontecem atropelamentos ou falta de espaço nesse anime?
Code Geass
A obra é sensacional por conta de Lelouch abusar do maquiavelismo em seus vários momentos de psicopatia, o que torna o anime rico. E mais, Lelouch consegue ganhar carisma combatendo outros psicopatas utilizando de inteligência e sagacidade.
Ah, cara, entendo que "Code Geass: Hangyaku no Lelouch" tenha seus fãs ardorosos, mas não dá pra vir com essa "nota 10" sem discutir os podres dessa obra. Vamos baixar a bola e analisar a coisa com um pouco mais de objetividade, porque, sinceramente, tem muitos defeitos nesse anime.
Dou dez por que sou fã? Pensei que fosse um fã pelo fato de ter dado dez. É engraçado também pedires para "baixar a bola" dizendo que o anime tem "podres". Será que sou eu mesmo que está sendo altivo? A obra apresenta alguns pontos extraordinários, mas não é perfeita, nunca disse isso. Além disso, não acredito que eu seja obrigado a "discutir" sobre a obra para dar a nota que quero. No entanto, já fiz isso e há um review escrito por mim publicado no MAL em inglês. A versão em português está disponível na mesma lista que você visualizou a tag clicando em more no R2. É um texto antigo que tenho certeza que teria feito um bem melhor se tivesse escrito hoje, mas tem bem mais argumentos do que os que cabem em uma tag.
Sobre esse papo de carisma... olha, meu amigo, temos que admitir que Lelouch é meio o típico anti-herói, aquele carinha que todo mundo ama odiar. A inteligência e sagacidade dele até que são interessantes, mas tem horas que ele é mais previsível do que cardápio de fast-food. E quanto a combater outros psicopatas, bem, aí a gente entra num território meio complicado, porque o anime parece adotar a filosofia do "bandido bom é bandido morto". Os vilões não têm lá muito desenvolvimento, e a coisa acaba virando um desfile de antagonistas unidimensionais. Agora, querer falar de psicopatia? Vai com calma. "Code Geass" não é lá o melhor exemplo de exploração de temas psicológicos e filosóficos. Tem outros animes que mergulham bem mais fundo nesse mar. Às vezes, "Code Geass" usa o drama pra chocar, mas acaba ficando meio gratuito e forçado. É como tentar dar uma de filósofo depois de ler um resuminho de Nietzsche no Wikipedia
Para começar, por norma ninguém odeia protagonistas, e anti-herói é aquilo que somos ou temos medo de ser. Além disso, quando digo que Lelouch adquire carisma, não estou afirmando que ele seja extremamente carismático. Nesse ponto, o que enfatizo, é que a obra é notável por fazer o público desenvolver empatia e torcer por alguém que tem todas as características de um vilão. Mérito também para a obra, por Lelouch ser transformado em uma espécie de anti-herói apenas por rivalizar com iguais. Isso é um excelente trabalho de escrita. Os méritos da trama ficam ainda mais evidentes, quando analisamos que as motivações de Lelouch não são nobres, que os métodos são terríveis e os objetivos são questionáveis. Há muito mais nele de vilão do que de herói. É alguém que como o seu pai e seu irmão não têm empatia, ou tem um pequeno grau de empatia seletiva, o que é a definição de psicopatia. O anime nos faz ter empatia por quem não tem empatia e isso é fabuloso. É também bastante realista, uma vez que a política comprovadamente é um ambiente que tende a atrair psicopatas. Não me identifico com Lelouch, não agiria da forma como ele agiu, discordo fundamentalmente dos princípios dele, mas chorei com o seu fim.
Em relação à sua declaração de que os vilões não apresentam desenvolvimento, isso demonstra uma dificuldade de interpretação e de leitura do subtexto. Para início de conversa, esqueça a palavra vilão, pois nessa história não há vilões e nem heróis, apenas um protagonista e diversos antagonistas. Todos os personagens principais desta obra são anti-heróis. O que é mais impressionante nesse trabalho é que os rivais Lelouch, Charles e Schneizel, não discordam da filosofia, dos meios e nem dos objetivos. Dessa forma, o que nos leva a torcer para um, não são as diferenças do outro, mas tão somente porque a trama é vista pela perspectiva do Lelouch.
Apesar de Lelouch, Charles e Schneizel terem objetivos que são semelhantes, há nuances entre eles e isso é uma das características mais esplendorosa do trabalho de criação de personagens neste anime. Eles diferem em algo muito profundo, que é a visão pautada no passado, no presente e no futuro. Isso é extraordinário, esplendido, rico, pois o autor transcendeu a proposta filosófica inicial, dando uma profundidade dentro de seus personagens de algo que dificilmente alguém veria nessa filosofia. Portanto, esta é uma obra visionária.
Outro personagem relevante é o Suzaku, uma vez que é o mais próximo que temos de um herói neste anime, mas tem as suas mãos sujas e é um antagonista na maior parte do enredo. Genial pegar um nítido quase herói e transformar em antagonista, enquanto faz torcemos para um nítido quase vilão. Isso aumenta significativamente a dificuldade de escrita e deve ser reconhecido os méritos do roteiro. Além disso, o que diferencia Lelouch de Suzaku não são as visões, nem os objetivos, nem os métodos. Os dois compartilham da mesma filosofia. Os personagens se diferenciam apenas pelos seus caminhos, o que é uma brilhante forma de criar um rival.
Em relação às ações de Lelouch serem supostamente previsíveis, é possível haver um grau de previsibilidade quando o público entende os princípios que o personagem segue. Pode-se supor que ele renunciará a algo e que alguém morrerá, devido à sua amoralidade pragmática elevada, mas como, quando, para quê e porque, não são eventos previsíveis. É importante também salientar que este protagonista não é um personagem que se sobressai em tudo, que sempre vence e nunca erra. Além disso, mesmo com a amoralidade não sendo uma temática recorrente em animes, o mérito que defendi na tag não foi de ser sempre algo totalmente imprevisível para o público. O que defendi foi a sagacidade, a inteligência e o maquiavelismo contra os rivais.
No que diz respeito ao tema central do anime, que se trata da filosofia da moral objetiva. É importante salientar que, logo nos primeiros episódios, há um longo diálogo filosófico entre Lelouch e Suzaku, a respeito da filosofia de Maquiavel (os objetivos justificam os meios). Dessa forma, o anime não poderia ser mais explicito sobre o que pretende tratar. A obra, compreendendo o que quer abordar, tenta evidenciar ao máximo o seu ponto, e o método para fazer isso é através do meio de eliminação de vidas. Portanto, Lelouch mata a sua família, mata amigos, mata o seu povo, mata seus aliados, mata milhões, mata até a se mesmo. Simbolicamente, também mata o seu amor, mata a sua pátria, mata os seus sentimentos. Tudo justificado filosoficamente pelos fins, o que abre uma discussão e dá uma profundidade ao tema. A escolha desse tema também não é aleatória e descontextualizada, uma vez que, para o mundo da política, o livro O Príncipe de Maquiavel é o mais utilizado e relevante. Em virtude disso, um anime que se preste a ser sobre política tem que falar sobre isso, mesmo que seja altamente polêmico e incomum.
A trama, por sua vez, acaba se perdendo em suas próprias reviravoltas mirabolantes, como se o roteirista estivesse tentando superar a si mesmo em termos de complexidade, mas esquecendo de construir um mundo coerente e personagens que se desenvolvam de maneira crível. Além disso, a animação, apesar de ter seus momentos de brilho, tem altos e baixos notáveis, com algumas cenas de luta que deixam a desejar, e os traços dos personagens às vezes são um tanto desajeitados. Então, meu camarada, Code Geass pode até te dar a sensação de ser algo grandioso e complexo, mas, quando você tira o véu, fica claro que tem mais estilo do que substância. Não é um péssimo anime, mas essa "nota 10" do Tiago Vaz é pura histeria de fãs. Acho que dá pra encontrar animes muito mais bem executados e que exploram melhor os temas que "Code Geass" tenta abordar e falha miseravelmente.
É perceptível uma aparente contradição entre afirmar que as ações do protagonista são previsíveis em um parágrafo e no seguinte falar sobre reviravoltas mirabolantes. Escalonar por escalonar, toda obra faz, caso contrário o público perde o interesse. Então a questão nas reviravoltas não é se são grandiosas, mas se contém implausibilidades. O que impede algo de ser plausível em uma obra ficcional? Apenas a própria obra. Existe alguma contradição interna entre algo estabelecido anteriormente as reviravoltas? Também é bom fazermos uma separação, já que o questionamento é sobre as reviravoltas em específico. Realmente é culpa das reviravoltas complexas e extraordinárias as incoerências que tem na obra? Em pequenas medidas o anime tem algumas incoerências de mundo, de personagem, de roteiro, nenhuma obra é perfeita. No entanto, além de as falhas serem bem pequenas são ofuscadas pelos grandes acertos. A verdade é que por não terem grandes contradições, essas reviravoltas são acertos.
Para finalizar, a questão da imagem. Essa obra tem a melhor animação que já existiu? A animação é fluida e detalhada, ao estilo UIfotable ou Makoto Shinkai? Obvio que não nesse nível, mas é bastante fluida, bem detalhada, bem acima da média. Até mesmo para os dias atuais, impressiona quando se pensa nos robôs gigantes e nas constantes cenas de ação. Em relação à arte, é da gigantesca CLAMP, feita com uma certa originalidade nos traços para a sua proposta, além de esbanjar detalhes e suavidade. O que mais impressiona é que ficção cientifica tem potencial de deixar tudo datado absurdamente rápido, mas Code Geass tem quinze anos e justamente pelo espetacular trabalho de arte não envelheceu.
Saint Seiya
Um dos mais antigos desta lista e o melhor. A música, a história, a filosofia, a mitologia, os dilemas, as emoções, tudo. Ele me deu aquele sorriso, aquela expectativa, foi muito prazeroso. E quem tiver duvidas assista começando pelas doze casas.
Eu entendo perfeitamente que "Saint Seiya" tem uma base de fãs fervorosa, mas irei jogar umas fichas no cemitério dos cavaleiros do zodíaco e desvendar por que essa obra, longe de merecer uma "nota 10", é mais medíocre do que um banquete de miojo requentado. Primeiro, a gente precisa falar da música. Claro, temos o clássico tema de abertura que empolga, mas o resto da trilha sonora? É só um repeteco interminável de músicas de ação genéricas. A criatividade musical ali é mais rara do que dente de siri.
Falando de música, Pegasus Fantasy “ clássico tema de abertura” que você diz ser empolgante, não é a minha música favorita de Saint Seiya clássico, talvez nem a mais empolgante, é apenas a primeira. Para começar ela perde fácil para a Blue Dream que está no segundo encerramento, que é uma mistura de blues com rock, contendo uma melodia triste e uma letra sensacional. Perde também para Can't Say Good Bye tocada em uma das batalhas do Shiryu, a qual a Hakuren pegou essa música e fez uma abertura top com ela. As aberturas com as músicas Blue Forever e Soldier Dream, também não ficam muito atrás, estando no mesmo nível da primeira. Isso tudo e ainda nem comecei a falar das que não estão, nem no encerramento, nem nas aberturas, e que são: Revenger Phoenix; Galaxian Wars; Black Saint's Challenge; Era Of Legend; Sad Brothers; Direction of Heated Fights; Gather! Under The Supervision of Athena; Shiryu Theme.
A minha música favorita de toda a franquia Saint Seiya é a Wood of the World Tree, que é tocada primeiramente no filme A Grande Batalha dos Deuses, aparece também na Saga de Hades. Dizem que essa música também é tocada no anime clássico na saga de Asgard, mas como eu não consigo lembrar para confirmar, então deixo ela como um extra. Indo além do anime clássico, a música Seiki No kutou tocada no filme Prólogo dos Céus talvez seja a minha segunda favorita, disputando com Blue Dream. Tem também Elysium que se não me engano só é tocada na saga de Hades. Por último, uma menção a música de abertura da saga de Hades, ChiKyuuig, que é absurdamente boa, tanto dublada como na versão original.
Não, não são um repeteco de músicas genéricas de ação. Para começar, se Saint Seiya é um dos primeiros grandes animes, são genéricas com base em que feito anteriormente? Idênticas na obra também não, prova disso é que o anime tem um vasto repertório com músicas tanto mais melancólicas, como mais eufóricas; tanto instrumentais, como letradas; músicas ora mais puxadas para o Rock, ora para as clássicas. O mais importante de tudo não é se são genéricas ou se são um repeteco, mas se foram empregadas da maneira certa, no momento certo, pelo tempo certo, combinando e passando muita emoção, e nisso CDZ é o mestre dos mestres. Até compreendo críticas sobre diálogos não orgânicos, sobre fluidez, detalhamento, mas música é um dos pontos mais sublimes dessa obra. Essa crítica não faz sentido, é tão absurdo falar mal das músicas desse anime, que se um youtuber leigo dissesse tal coisa séria imediatamente cancelado e teria que parar com o canal.
Sobre os fãs, Saint Seiya não tem somente uma base de fãs fervorosos, como se fosse algo nichado. Não faz muito tempo que fizeram uma pesquisa para saber qual era o anime mais popular no Brasil, e advinha, é CDZ. O anime também é mega popular em todos os países de língua espanhola, na França, na Itália, na Alemanha e no Japão. Infelizmente Saint Seiya não é popular nos países de língua inglesa, porque é um anime de 1986 que só começou a ser dublado para o inglês lá por 2005 e apenas muito recentemente a dublagem foi finalizada. Detalhe a dublagem em inglês é péssima e o anime está todo censurado, a versão Americana é um verdadeiro Frankenstein. Isso explica porque esse anime não está no topo do MAL, já que a maioria esmagadora dos usuários desse site são de países de língua inglesa e bem jovens.
A história? Olha, ela até começa bem, com essa ideia dos cavaleiros protegendo a deusa Atena. Mas, com o tempo, tudo vira uma bagunça de inimigos sem fim, poderes divinos que aparecem do nada e plot twists que fazem menos sentido do que uma girafa fazendo limbo. A mitologia? Tá mais desfocada do que uma foto embaçada. E nem vou entrar no mérito de como o anime arrasta-se com encheção de linguiça.
Que ironia! Você diz que começa bem, mas eu e a maioria dos fãs detestamos o início, é tão parado o torneio galático, lembra um anime de box piorado quando se tenta encontrar coerência nessa fusão com cavaleiros. Kurumada também é o autor de Ring ni Kakero, um mangá de box. Além disso, o início tem outros elementos que deixam claro que não é apenas uma questão de gosto pessoal. Fato, o filme com atores reais e a animação Knights of the Zodiac foram completos e retumbantes fiascos. Por quê? Tentaram americanizar a trama pegando o que tinha de pior nesse início e elevaram a décima potência. Armas, tecnologia, sociedade moderna, nada disso se encaixa bem com a obra.
A proposta da obra é que cada constelação tenha um cavaleiro, existem 88 constelações. Também tem 7 marinas, 8 guerreiros deuses de Asgard, 4 cavaleiros fantasmas, 1 cavaleiro de cristal, 3 cavaleiros de aço e alguns cavaleiros negros que morrem no início. Um número considerável, mas são 114 episódios para explorarem essa turma. Nos últimos 74 episódios são enfrentados 29 inimigos, contando com os dois discípulos de Shaka, Poseidon e Hilda. São dois episódios e meio por adversário. Dizer que tem inimigos sem fim é bobagem. Tal afirmação é um bom motivo para desconfiar que não tenhas assistido essa obra.
Com relação aos poderes, os cavaleiros são muito poderosos, mas dizer que os poderes aparecem do nada. Definitivamente é impossível alguém que tenha assistido cavaleiro dizer que os poderes surgem do nada. Desde os primeiros minutos é trabalhado o conceito de cosmo, de como as crianças foram enviadas para todo mundo, enviadas para treinarem arduamente por muitos anos, a fim de aumentarem o cosmo, ganharem uma armadura e se tornarem cavaleiros.
Plot twist é uma mudança radical e inesperada da direção que aparentava, logo é muito estranho queixas da existência de várias reviravoltas narrativas nesse anime. Saint Seiya tem um ou outro propósito mais oculto de alguns personagens, mas plot twist mesmo, isso não tem. O mais próximo que chega a se parecer com um plot twist em Saint Seiya é a construção do Ikki como um anti-herói, o que ocorre bem no início. Por tanto, só é possível tentar enxergar algum mínimo de sentido em tal afirmação se for dita por alguém que tenha assistido apenas o início. Depois dessa duvido seriamente que tenhas assistido aos 114 episódios.
Em relação à mitologia, primeiramente eu gostaria de entender o que você quer dizer com ser desfocada nessa obra. A mitologia é muito presente o tempo todo, chove mitologia grega, nórdica e até um pouco da oriental. O anime por diversas vezes simplesmente para, e narra fielmente contos mitológicos a fim de contextualizar o público. Contos como o de: Andrômeda, do Anel de Nibelungo, da Medusa, de Narciso, etc. Além de ser entupido de mitologias, procura extrair lições de moral delas. Conta também com personagens que trazem muitas informações mitológicas como Atena, Poseidon, Odin, Fênix, Pegasus, Shaka (Buda), etc. No mais, não é somente riquíssimo em conteúdo por conta das mitologias, mas também pelos conhecimentos astronômicos presente na obra.
Por último, respondendo a esse tópico, foi dito que o anime é arrastado e cheio de linguiça. De fato, no início é arrastado, mas isso era típico de como se narravam histórias em animes antigamente, principalmente em um gigantesco que as coisas vão escalonando. Talvez essa fórmula não funcionasse atualmente, onde toda temporada tem centenas de novos animes curtos, mas daí dizer que é certo ou errado é complicado, até porque depois o ritmo acelera. Sobre ser cheio de linguiça, eu discordo, porque mesmo as coisas que pareçam em um primeiro momento não estarem levando a lugar algum são necessárias para nos apegarmos aos personagens. Essa obra tem um bom trabalho de desenvolver personagens, para quando chegar o clímax poder nos oferecer uma liberação de emoções absurdas. https://youtu.be/WETuCQfsJVg?si=7Ibfd3sW9vplgbVd
Os dilemas? Bom, se considerarmos dilemas que se resolvem a base de socos e pontapés como filosofia, então "Saint Seiya" é uma grande obra filosófica. As emoções são, muitas vezes, superficiais e rasas, com pouco desenvolvimento real dos personagens. Agora, sobre as emoções, bem, é verdade que "Saint Seiya" consegue arrancar alguns sorrisos e deixar a galera empolgada. No entanto, isso é um truque antigo. A nostalgia não faz milagres. Assistir às "Doze Casas" é como pegar uma carona na máquina do tempo da decepção, com animação de lutar contra marionetes e lutas que arrastam-se por eras geológicas.
Primeiro, o anime para ser bom ele precisa necessariamente ser um tratado filosófico? Segundo, esse seu argumento, qualquer um pode usar para qualquer anime que tenha alguma violência. Terceiro, o anime trabalha com vários conceitos filosóficos presentes nas mitologias que utiliza. Quarto, mesmo de socos e pontapés se pode tirar uma filosofia. Quinto, soco e pontapés não excluem filosofia e filosofias não excluem socos e pontapés. Sexto, a principal mensagem filosófica, moral, o tema do anime, está justamente na resiliência, em nunca desistir dos seus objetivos. Alguém pode dizer que outros animes fazem isso, mas levar isso a tal extremo, trazendo infindáveis quedas dos protagonistas, ao ponto da mais absoluta derrota e fazer eles se levantarem sempre, é a forma mais bem feita de se passar essa mensagem na sua completude. Por tanto, sua mensagem gera impactos, marca pessoas, e oferece ao anime uma identidade própria. Some a isto que os protagonistas continuam principalmente para ajudar a outros, logo não é apenas uma mensagem de determinismo, de perseverança, mas também é de altruísmo.
Uma coisa é a nostalgia quando se reconhece alguma coisa antiga em uma obra nova, mas não vejo prazer nostálgico quando já se assistiu ao mesmo anime muitas vezes ou quando ainda é fresco na memória. Gostar das doze casas não foi uma questão nostálgica na época que foi visto pela primeira vez e continua não sendo hoje, pelo contrário conhecer o enredo atrapalha a imersão. Justamente a imersão que é o ponto central para as doze casas serem o que são, e isso é obtido porque existem 40 episódios anteriores, essenciais para desenvolver os laços emocionais com a trama, com os personagens e imergirmos na obra. O clímax só é clímax com uma jornada que o antecede. O prazer de quem constrói 100% de uma obra não é o mesmo de quem chega e coloca um tijolo no final. Não terá nem se quer o conhecimento prévio para entender do que aquela obra realmente se trata.
Por que então eu falei para quem tem dúvidas começar pelas doze casas? Como eu disse, é para quem tem dúvidas, para quem já desistiu no início alguma vez, para quem for cético por ouvir o canto dos haters, não para quem já viu, não para quem quer começar pela primeira vez. Começar das doze casas é para olhar para o topo da montanha, reconhecer a sua magnitude e sentir a vontade de escalar.
Se compararmos com "Ashita no Joe", uma obra-prima que mergulha profundamente na psicologia e no desenvolvimento do protagonista de uma maneira que "Saint Seiya" só pode sonhar em fazer, fica claro que estamos falando de um nível completamente diferente. Enfim, meu amigo, não é heresia apontar os defeitos de "Saint Seiya". É apenas reconhecer que, apesar de seu status icônico, o anime está longe de ser perfeita. Se você quer uma verdadeira experiência de anime que explore temas filosóficos, emocionais e de desenvolvimento de personagens, olhe para "Ashita no Joe". Isso sim é um "Nota 10" no mundo dos animes.
Sério mesmo que está comparando com um anime de box? Definitivamente, sem sombra de dúvidas alguma você não assistiu mais do que os primeiros episódios. Saint Seiya é tudo menos um anime de box e não se compara coisas diferentes como iguais. Além disso, por norma não gosto de animes de esporte, pior ainda se for de box, com raríssimas exceções me submeto a assistir algo assim e mais raras são às vezes que eu vá apreciar. Para falar a verdade, como todo bom cult que se preze, eu odeio de todo coração animes de esporte. Não assisti Ashita no Joe e muitíssimo provavelmente nunca irei assistir, porque além de ser de esporte, é de 1970 e é enorme. A década de 80 é meu limite e hoje em dia só pego animes pequenos.
Golden Boy
Um anime maduro que contagia pelo seu humor sexual, mesmo quando as cenas picantes ficam serias não são ordinárias. O ponto mais forte do anime é o seu enredo com as mensagens morais, seguido pelos personagens e diálogos.
Acho que essa nota 10 para "Golden Boy" deve ser vista com olhos críticos e uma pitada de ceticismo, porque, na real, essa obra está longe de merecer tanto entusiasmo. Primeiramente, a ideia de que este anime seja maduro é no mínimo discutível. Se por maturidade estamos nos referindo a situações sexualmente sugestivas e humor de teor erótico, então talvez possamos usar o termo, mas não de maneira elogiosa. Essas cenas picantes que você menciona, na verdade, muitas vezes recaem na vulgaridade e na repetição, não acrescentando nada de realmente substancial à narrativa.
Interpretação de texto, eu não disse que o anime é maduro por conta do humor sexual. O que eu disse é que é um ANIME MADURO que contagia pelo seu humor sexual. Estais colocando palavras na minha boca que eu não falei, isso é uma ilação infundada.
Então por que eu disse que Golden Boy é maduro? Por conta do seu texto e do seu subtexto que pega temas cotidianos, dá ênfase na relevância deles e extrai lições morais. Tudo isso por meio de um humor sarcástico com partes sexuais. Bem aos moldes do século passado, quando os diálogos não eram tão repugnantemente sensíveis. Digo mais, essa técnica literária empregada nesse anime se aproxima muito das sátiras, se é que não podemos chamar assim.
Por que falei na tag do humor sexual? Primeiro porque isso é muito presente nessa obra, logo alguém que vá assistir por minha influência já tem o aviso para que não se assuste, não faça um julgamento precipitado e não desista da obra de imediato. O segundo motivo, é porque avaliar é comparar, tenho 84 ecchi na minha lista, frisando ecchi não hentais, e Golden Boy é um dos mais leves ecchi dela, se não o mais leve. Além do que um dos mais ricos, porque, ao mesmo tempo que é um alívio cômico, um escapismo humorístico divertido, passa uma mensagem moral sem jogar fora a sensualidade.
Tem outro anime cujo nome é Great Teacher Onizuka (GTO) que é muitíssimo aclamado como sendo um clássico cult e tem exatamente a mesmíssima pegada de Golden Boy, nos seus 43 episódios. Eu não poderia usar de dois pesos e duas medidas, se GTO é uma obra-prima, por coerência Golden Boy também tem que ser.
Quanto ao enredo, sério? Não me faça rir! Golden Boy não tem enredo digno de nota. O protagonista, Kintaro, é um personagem que se move de um emprego para outro sem propósito ou desenvolvimento real. Ele parece mais um vagabundo com uma disposição desmedida para espiar mulheres do que alguém que está em busca de crescimento intelectual e profissional. As mensagens morais? Bem, a moral aqui é tão superficial quanto um pires. E o final de cada episódio geralmente desfaz qualquer lição que a série tenta passar. Agora, os personagens e diálogos, hein? Não me faça ter um ataque cardíaco. Os personagens são unidimensionais, estereotipados e sem profundidade alguma. E os diálogos? Com raras exceções, são simplórios e despidos de qualquer substância. Parece que o roteirista pegou um monte de frases de autoajuda e tentou enfiar na boca dos personagens, mas a execução é falha e rasa.
Portanto, meu caro, enquanto aprecio que a diversão pode ser encontrada em diferentes gostos, é fundamental lembrar que uma nota 10 implica uma perfeição que "Golden Boy" está longe de alcançar. Na verdade, é uma obra que, em grande medida, parece apelar para os instintos mais básicos e oferece pouco em termos de substância ou mérito artístico.
Eu discordo conceitualmente, pois eu não acredito em perfeição em animes, perfeito somente é Deus. O meu dez não implica em uma perfeição, nunca implicou, nem nunca implicará, o máximo que posso considerar de uma obra-prima é que beire a perfeição.
Quanto a parte dos instintos mais básicos, ler-se ecchi, condenar isso é preconceito, é juízo de valor, é subjetivo. Emocionar é o propósito da arte, tudo em relação à emoção são reações químicas hormonais. Não existe como objetivamente dizer que um drama é melhor que uma comédia, ou que um terror é melhor que um ecchi. No mais, o ecchi nesse anime tem propósitos que vão muito além da questão sexual e nem é um ecchi forte.
Kenpuu Denki Berserk - Parte 2
Após observar algumas das suas tags, deparei-me com a sua comparação entre o mangá de Kaifuku e sua adaptação em anime. Diante disso, gostaria de fazer uma pergunta: Será que estou equivocado ao comparar o mangá de Berserk com a antiga versão do anime que considero medíocre?
"É impossível ler o mangá e não achar extremante inferior, não achar que foi um dez perdido."
Irônico, bastante irônico. Qual é o nome disso mesmo? Ah, você me refrescou a minha memória; isso é a famosa "FALÁCIA GENÉTICA".
Há diversas falácias neste seu breve texto. Imaginemos que eu esteja errado com relação à Kaifuku. Isso significa que errei em relação aos argumentos na resposta de Berserk? De cara são duas falácias. Primeiro, você está usando um argumento que não se segue, falácia non sequitur; segundo, é um ataque ao argumentador e não ao argumento, falácia Ad hominem.
Em que momento do meu texto, eu disse que não poderia fazer nenhuma comparação com o mangá? O que eu condeno, é a comparação com outras artes, sem as devidas considerações. Pode-se comparar cimento com cimento, mas não ponte com casa. Muito menos querer que outra pessoa use como padrão de casa uma ponte, meramente porque a casa foi feita com cimento, e isso é a falácia genética. Ao se apoiar em um argumento que eu não sustentei, de que não se pode fazer nenhuma comparação, você está cometendo mais uma falácia, a falácia do espantalho.
São três linhas de tag, portanto, não haveria problema em copiar completamente e destacar a parte desejada em negrito, mas é claro que isso não te convêm. Posto que, na minha tag inicio fazendo uma consideração: "não sou purista com adaptações". Não quero que o anime (casa) seja um mangá (ponte) e deixo isso bem claro. Essa citação do mangá foi uma lamentação, exatamente como escrevi na resposta de Bresek que poderia ser feita do potencial perdido. Dado que você descontextualizou a minha fala, isso também é uma falácia, é a falácia de citar fora de contexto. No mais é uma tag, são três linhas que posso escrever. Não é uma mensagem que se envia para alguém contestando tags, onde se é livre para colocar quantas linhas desejar. Estou sempre me esforçando para incluir o máximo de informações relevantes em uma tag, o que não significa que essas informações sejam sempre em sua totalidade as justificativas para as minhas notas.
Um dos reviews que fiz, e que tem mais curtidas, é o de Kanojo. Citei o mangá inúmeras vezes nessa análise de Kanojo. Se tivesse feito uma pesquisa mais aprofundada, seria um texto bem mais interessante para você tentar usar contra mim do que essa tag. Também se não estou equivocado, são somente essas duas vezes que menciono mangás em comentários de animes. Escrevi este review quando o anime tinha apenas os quatro primeiros episódios da primeira temporada, logo toda a minha argumentação da trama que teria, era das expectativas com base no mangá. Eu adoro o mangá de Kanojo, como também gosto do de Kaifuku. Minha experiência com o mangá de Kanojo foi dez mil vezes superior ao anime, lamentei muito o potencial desperdiçado. A pergunta é: dei nota baixa para o anime de Kanojo, assim como dei para o de Kaifuku? Não, porque o meu referencial de mangá não é o meu referencial para animes, são coisas distintas com considerações diferentes.
Por favor, eu não sou o Diggo. Eu até comeria a Raluca antes dela meter o dedo no Yanni, mas no meu precioso ninguém mexe.
Parte 2 – Impressões Finais da Temporada Spring 2023.
Majutsushi Orphen Hagure Tabi: Seiiki-hen — Uma visão do céu com uma jornada para o inferno. Resume bem uma obra com extremo potencial, maravilhosas ideias, mas tudo desperdiçado por um ritmo errado e por uma baixa produção.
Essa é a quarta temporada, o anime fechou a trama principal e somando com o episódio especial dão um total de 49 episódios. Eu não li a novel, mas sei que são 200 capítulos. Logo, acredito que devam ter adaptado tudo e que não deverá ter uma quinta temporada. Até porque fui informado por terceiros que o anime adaptou tudo o que foi escrito na novel.
Talvez a trama já fosse gigantesca para essa quantidade de capítulos da novel e o anime só tenha replicado o problema com uma quantidade insuficiente de episódios. Também não sei se foi cortado algo da novel, mas independente disso o principal problema desse anime é que tudo parece absurdamente comprimido. Logo, fica difícil de se envolver com alguns personagens, de entender o enredo, e de aceitar como se fossem naturais as reviravoltas. Sei que isso havia nas outras temporadas, mas nessa última a impressão é de como se tivessem colocado um conteúdo bem maior do que os das três outras anteriores juntas em uma só.
Tudo é extremamente rápido e fica maçante de acompanhar. Em um episódio é apresentado um personagem carismático, para no seguinte ele já morrer. Em um episódio começa um arco, para no outro acabar. Por conta disso o propósito de muita coisa parece sem sentido e as resoluções são mal explicadas. Pelo menos nas outras temporadas, mesmo com os poucos recursos, as cenas com lutas não pareciam aceleradas. Já nessa se alguém piscar os olhos perde tudo. O pior que é a temporada do conflito épico, do ápice da obra, e o anime simplesmente pula a batalha decisiva sem mostrar nada. Entendo que a obra foi desacreditada, que a produção é de baixo orçamento, mas é o final. Mesmo que não fosse mostrado no mangá, posto que o anime não tinha entregado nada de especial antes, precisava exibir algo grandioso e recompensador no epílogo.
Alguém pode acreditar que com todos os problemas que existem nesse anime eu deva o odiar, mas definitivamente não consigo, porque é apresentada uma enorme quantidade de excelentes ideias. O anime até começa a desenvolver bem algumas delas, o problema é que só começa e já pula para outra ideia maravilhosa que novamente terá o mesmo destino. Portanto, tenho uma sensação mista. Por um lado, fico extremamente feliz que tenham adaptado essa obra para anime e adoraria recomendá-la. Por outro lado, literalmente fico com os olhos cheios de água e o coração apertadíssimo por ver que algo com tamanho potencial não tenha recebido uma adaptação à altura. Além disso, por mais que não seja uma ótima adaptação é apenas mediana, e quando penso nos lixos que sai toda temporada, o meu humor melhora.
Isekai de Cheat Skill wo Te ni Shita Ore wa, Genjitsu Sekai wo mo Musou Suru: Level Up wa Jinsei wo Kaeta — Os desenhos de personagens são lindos, o anime tem boa ação, agrada um protagonista forte que era fraco, as garotas são cada uma melhor que a outra, mas tem uma droga de roteiro. Resumindo, a trama é exaltação de protagonismo.
O anime foi vendido como diferente por manter uma trama em outro mundo ao mesmo tempo que mantinha outra trama com o mesmo personagem no mundo real. A primeira impressão é que apenas a parte isekai seria vergonhosa, mas à medida que o protagonista vai ficando mais forte as aberrações vão escalonando no mundo real, de tal modo que esse acaba parecendo mais ordinário do que o mundo isekai. Todo o tempo o anime fica jogando coisas extremamente artificiais com intuito bem claro de exaltação ao protagonista, coisas que nos tiram da imersão. Não parece que o autor teve o mínimo de preocupação em criar nexos narrativos que fizessem a trama parecer verossímil e coerente.
Tem uma ou outra coisinha que talvez possa se salvar na história: uma ou outra lição de moral, um pouco de romance, um pouco de empatia, e o carisma das personagens femininas. Geralmente o que acerta é o básico dos animes, diria mais, é o básico de qualquer história de fantasia. Muito disso também é por não sair das fórmulas consagradas de sucesso. Tipo: um herói que salva uma linda princesa indefesa; os colegas invejosos que fazem bullying; um personagem muito fraco que se fortalece. O pior é que tinha uma parte super pesada da história do protagonista, que tanto no anime como no mangá é passada de uma forma tão rápida, mais tão rápida que rompe a velocidade da luz, portanto a maioria das pessoas não percebe.
A verdade é que só fui dar mesmo uma chance para esse anime porque ele também foi vendido como o anime do protagonista que pegava geral, que as coisas evoluíam muitíssimo no romance e que as garotas eram 10/10. No entanto, a verdade é que o protagonista até o fim dessa temporada não pega ninguém, são apenas garotas muito legais se atirando. Pelo menos os desenhos são bonitos e algumas cenas de ação são legais.
Kaminaki Sekai no Kamisama Katsudou — Inova, tem reviravoltas, mas se equívoca com elementos genéricos e com alterações que são vergonha alheia. Essa proposta também é delicadíssima e às vezes o anime quebra ovos. No mais, na parte visual a produção é baixa.
O que mais salta aos olhos é a animação em computação gráfica, principalmente quando aparecem os monstros 3D, pois é muito destoante e espanta o público. A rotoscopia também é presente em algumas partes e causa estranheza. Com certeza sempre que alguém lembrar desse anime, recordará dessas cenas. Claro que com uma animação minimamente de qualidade não traria essa impressão tão ruim e com uma de ponta teria um efeito positivo. Entretanto, não mudaria muito do anime porque não são tantas as cenas com essas coisas. Portanto, utilizar uma animação tão fraca para algumas cenas só pode ser fruto de baixíssimo orçamento, tendo em vista que a própria proposta da obra não necessita de muitas cenas fluidas.
Naturalmente existe uma boa vontade de todo mundo ser bem mais tolerante com obras japonesas quando estas tocam em questões religiosas, em prol de uma liberdade poética e uma compreensão de que o Japão não é um país dado a religião. No entanto, um anime cujo foco principal da trama é falar da religião e fazer críticas de maneira direta e explícita, difere de usar alguns elementos de crenças religiosas, ou de fazer críticas veladas e pontuais. Nesse sentido posso dizer que é uma proposta que inova e por mais que o anime tente ser cuidadoso para não ser tão ofensivo às vezes desliza. Basicamente a visão do anime é que a religião é um tipo de: sacrifício, de escambo, de governo, de prazer sexual, de música e de família alienada.
O principal acerto nessa obra são as reviravoltas, as quais de fato conseguem surpreender muito, mudando conceitos que já estavam formados ainda na premissa. Tudo nesse sentido é feito de uma forma coerente, que pareça natural e instigante. Isso faz valer muito a pena assistir à obra. Entretanto, também existem coisas não tão interessantes por serem genéricas, como os traços, os arquétipos, os cenários, as idols e o fanservice.
Li alguns capítulos do mangá e comparando com o anime não muda muita coisa, mas não é uma adaptação 100% fiel e as mudanças que verifiquei foram todas para pior. Uma das cenas que mais detestei que mudaram foi uma que envolve a Bertrand. No anime a colocam vestida como se fosse uma sambista de carnaval, isso foi tosco, foi vergonhoso e incoerente. Em outras palavras, o anime não tem um bom diretor.
"Oshi no Ko" — Relutei em assistir e iniciei acreditando que não valeria nada, mas terminei a temporada tendo a certeza que foi uma das melhores obras já criadas pela humanidade. Garanto fortes emoções e aulas de como fazer um bom anime.
Esta é uma das críticas mais difíceis que já escrevi. Posto que, é fácil e bom falar dos erros, o difícil é comunicar dos acertos e fazer isso de um anime quase perfeito é um desafio. Portanto, vou focar naquilo que considero os pontos mais fortes desse anime, que o fazem ser tão amado e reconhecido, que é justamente conseguir passar muita emoção e ter conteúdo.
A maioria dos críticos procura não falar sobre emoções, porque é algo tido como subjetivo e por estigmas da sociedade, mas a verdade é que isso é a alma dessa indústria. O que faz alguém ofertar a coisa mais valiosa que o ser humano possui que é o tempo? Sobre tudo é nisso que se baseia o entretenimento. Não interessa uma alta complexidade, algo mirabolante, algo inovador, algo extremamente realista. Absolutamente ter todas essas coisas nada significa se não conseguirem passar emoção, pois é esse o intuito dos realizadores e aquilo que o público almeja. Assim como valores críticos, artísticos e culturais, são secundários, muitas vezes temporais e apesar de não serem rotulados assim tem graus de subjetividades maiores do que o das coisas que transmitem emoções.
Uma das marcas registradas dessa obra, é que em todos os episódios, ou quase todos, fecham com um ápice, deixando um suspense que cativa o interesse pela continuação. Alguns dirão que essa técnica do gancho é velha e isso é verdade, mas funciona e poucas obras conseguiram executar tão bem em tantos episódios como nessa. Também é algo que por deixar de ser tão usual e acertado nos animes até parece inovador. Obviamente foi um ótimo trabalho do diretor de composição de série que soube dividir bem o material dos episódios. Não só desse diretor de composição, mas da equipe toda, pois eu li o mangá e essas cenas não teriam o mesmo peso sem a escolha certa das músicas, dos enquadramentos, do ritmo, das cores, das sombras e da incrementação de mais quadros.
A arte animada possibilita sensações sensoriais maiores, logo detém de mais possibilidades de provocar emoções. Entretanto, conheci a trama antes de ver a maioria dos episódios e a história é viciante por si mesma. Por mais que a equipe do anime tenha muitos méritos e grandes feitos, preciso reconhecer que o autor do material original e a desenhista do mangá tiveram a maior contribuição.
Os personagens dessa história nos fazem ter empatia por eles, a ponto de termos os seus desejos, suas ansiedades, suas raivas e suas tristezas. Uma das maiores marcas para sabermos se os personagens são bons é quando a obra consegue nos colocar neles e sentirmos com eles. Esses personagens também tem arcos completos, mas são bons essencialmente porque nos comovem.
As cenas mais impactantes em ordem são:
Todas as cenas da parte final do 1.º episódio são espetaculares e é o que vende mais a obra. Só preciso comentar que faltou uma coisinha que tem no mangá durante a morte de uma personagem e que se tivesse sido mostrado no anime evitaria algumas críticas bobas.
A cena do final do 7.º episódio, sem exagero algum, a assisti novamente pelo menos uma centena de vezes de tão boa e tão emocionante que ficou. Interessante que não é tão diferente no mangá, mas o pouco que mudaram a melhoram tremendamente. Fizeram que uma cena simples ficasse grandiosíssima com apenas um movimento de câmeras, sombras e uma acertadíssima trilha sonora. Pode não ser a mais impactante, porém é a minha favorita. Depois dessa cena não tinha como não reconhecer que esse anime era uma obra-prima.
As cenas do final do 10.º episódio, melhoraram absurdamente em comparação ao mangá. Pois, foi estendida, os diálogos ficaram mais profundos, o cenário foi alterado, fizeram novos enquadramentos, colocaram sombreamentos que não existiam, deram cores espetaculares e colocaram uma fantástica trilha sonora. Se a cena do episódio sete me fez reconhecer ser esse anime uma obra-prima, essa do episódio dez me fez colocar no top dez de todos os tempos. Essa cena foi tão profunda e mexeu tanto comigo que chorei do começo ao fim, me deu satisfação e um sorrisão. No mais, se eu pudesse retocar a Mona Lisa colocaria apenas mais camadas com mais detalhamento nessa linda fotografia.
A cena do final do 8.º episódio também foi melhorada no anime por conta do enquadramento e do uso de movimento de câmeras. Naturalmente o enredo tornaria essa cena empática, com um tom meio triste seguido por um de satisfação, mas a obra deixou mais dramática com as ótimas expressões faciais da personagem.
No final do 9.º episódio teve um acréscimo de um clip com uma música inteira, o qual no mangá isso era representado somente por um quadrinho. Com certeza enriquece a obra, mas por mais que eu veja valor nisso, o que realmente me impacta é a parte da pontuação de uma personagem. Logo, talvez tenha ficado melhor no mangá, porque sem esse clip no meio da cena as pontuações contrastavam melhor.
A cena do final do 6.º episódio, tem algo muito pesado, não tinha como não ser impactante, mas eu preferi bem mais no mangá por conta que deixaram a personagem histérica e também a trilha sonora não foi a melhor escolha. Uma curiosidade, é que vi um youtuber que odeia a obra comentar que esse episódio era irreal, artificial. Somente para ele quebrar a cara logo em seguida, quando veio à tona as manifestações de uma mãe criticando a obra por realizar algo muito idêntico ao caso real da sua filha.
As cenas do final do 5.º episódio, acredito que nem preciso dizer que viralizou o vídeo da música do Pieyon, muita gente compartilhando, muita gente fazendo uma versão live-action, até a intérprete japonesa da Ruby participou de uma dessas versões. De forma geral curti essa cena, mas o anime não usou o mesmo enquadramento do mangá e o clip ficou um pouco esquisito. Os pensamentos em forma de fala também atrapalharam a cena no anime.
A da escritora de mangá se emocionando no 4.º episódio, é o tipo de cena com conteúdo, com um valor crítico, mas o mais importante é como isso é transmitido. A personagem passa a emoção de assistindo uma adaptação do seu mangá e nós choramos assistindo-a chorar. Foi genial!
A cena do final do 3.º episódio foi ótima, porque deu presença de palco ao protagonista, o deixou imponente e gerou um suspense para a continuação dela que viria no início do episódio seguinte. Para mim essa foi a parte que virei a chave sobre que não seria só um prólogo e que eu precisava aumentar a nota da obra. Também vi um youtuber reclamando que a cena de encerramento do episódio três deveria ter sido um pouco mais adiante. O problema é que não geraria um suspense para uma continuação e essa cena mais adiante é a do início do episódio quatro que não ficou tão boa quanto poderia. O fato é que quiseram incrementar coisas que tiraram um pouco da grande imponência que a cena do quarto episódio tem no mangá. Nessa cena no mangá o protagonista passa muito mais a ideia que está fazendo uma atuação talentosíssima, sendo de fato uma estrela. Também não é somente uma questão de passar a ideia, é de fazer dizendo que vai fazer algo brilhante. Isso é extraordinário!
A cena do show do 11.º episódio, passou emoção, tem mérito por fazer muita coisa em 2D, e novamente o anime expandiu, colocando uma música, criando coreografias, em síntese deu excelentes complementos. Esse arco todo desde o início com a preparação para o show me deixou emocionado o tempo todo com lagrimas e risos. No entanto, eu tenho que ser chato, porque a parte visual dessa cena do show ficou aquém do que eu esperava, do que poderia ser e do que deveria ter sido, principalmente em alguns instantes que focou no público e em questão de detalhamento de cenários. Deixando claro que com isso não estou dizendo que ficou ruim, essa cena é sensacional e digna de fechamento de uma temporada, apenas merecia mais carinho. Se eu fosse o diretor fechava nessa parte ou na cena do carro, porque dava um sentimento maior de conclusão. A cena do carro é uma parte excelente que se mais explorada seria bem melhor.
Outras cenas que merecem menção estão no 1º episódio e são: a morte de um personagem no início; a dança dos bebês que viralizou nas redes; a do Amaterasu; a da Ruby brigando com o Aqua por não ter sido acordada.
O anime trata de alguns temas da indústria do entretenimento, tais como: talento não é o mais importante; obstáculos burocráticos; dificuldades financeiras; comportamento de celebridades; problemas para manter uma imagem ideal; relação de estrelas com os fãs e dos fãs com as estrelas. Em cima dessas temáticas o anime traz conhecimento desse mundo artístico e faz críticas contundentes. Isso é algo muito satisfatório, pois não deixa o sentimento que outras obras trazem de que estamos desperdiçando o nosso tempo sem receber algo agregador em troca. Além do que, são abordagens com perspectivas novas que não precisam ser complexas e profundas para alcançar um maior público.
O tema da indústria do entretenimento é recorrente porque a trama está ambientada nessa indústria, mas esse não é o tema principal do anime e nem o único dos temas secundários. Inclusive a obra trata de outros temas secundários com muita mais profundidade do que esse. Temas como: amor, família, superação, hipocrisia, amadurecimento e responsabilidade. Estão muito entrelaçados com o tema principal da obra que é sobre vingança e mentiras, de tal forma que se confundem e por vezes são a mesma coisa. Eu entendo que coisas comuns são mais facilmente percebidas, mas somente análises rasas que não compreendem a filosofia dessa obra é que só veem a superfície do iceberg.
Outro ponto que poucas pessoas se atentam é sobre a riqueza do simbolismo que essa obra usa e da fonte primária de inspiração do dualismo filosófico, mitológico, místico e lendário advindo da pré-história do Japão. O deus criador do xintoísmo Izanagi teve uma filha chamada Amaterasu, a deusa do sol que nasceu do seu olho esquerdo e da qual descende a família imperial japonesa. Já do olho direito de Izanagi nasceu o seu filho Tsukiyomi, o deus da Lua. Não é somente nas cores e nas estrelas do anime que fica claro esse simbolismo, mas também nas personalidades dos personagens.
Pensei em falar também da abertura e do encerramento de episódios, mas eu preciso mesmo? Provavelmente serão as melhores do ano, assim como todo o anime.
Mashle — No início acreditei ser um desperdício do meu tempo, uma babaquice. Não vou dizer que o anime mudou completamente, mas com o tempo foi me ganhando, as piadas começaram a funcionar e principalmente a jornada ficou instigante.
Só consigo assistir e gostar um pouquinho dos primeiros filmes de Harry Potter. Já One Punch Man é muito mais agradável de assistir, mas também não é uma obra-prima. Estava bem incrédulo que uma fusão desses dois conceitos pudesse funcionar e o início de Mashle só fortaleceu muito essa minha visão, mas com o tempo acabou sendo uma das obras mais agradáveis de assistir dessa temporada. Não pela magia, nem pela parte cômica, mas sim por ter os elementos mais clássicos de uma aventura shounen. Que são: um protagonista bobão imbatível; um grupinho de super amigos acompanhando o protagonista na jornada; anti-heróis; um romance que quase não anda; e sobre tudo boas lutas. Fiquei interessado em saber qual será o final dessa jornada, o quão fortes serão os inimigos que Mashle vai enfrentar, e até onde irão os poderes dele e dos seus colegas (poderes que naturalmente irão escalonar).
Jigokuraku — Gostaria de oferecer uma nota dez para esse anime, tem mais texto que muitos animes prestigiadíssimos, mas tem uma produção bem aquém do seu enorme potencial. Com isso também não estou dizendo que tenha uma produção e uma direção terríveis.
O tempo todo nesse anime sempre está acontecendo algo importante, tudo com ação frenética e com consequências. Isso é bom, pois cai nas graças do grande público, mas o anime teria sido frenético do mesmo jeito se o ritmo fosse um poco mais lento na quantidade de capítulos adaptados por episódio, porque no mangá é tudo rápido e cheio de lutas. Não me parece uma boa decisão acelerar o que já é agitado, até porque o mangá só tem 128 capítulos e o anime adaptou 43 capítulos e meio. Para ficar com o ritmo de três capítulos por episódio que é o mais usual e tido como o mais próximo do ideal, precisaria de mais uns 3 episódios.
O fato do anime ter muito conteúdo para adaptar em poucos episódios, resultou em cortes do material original na adaptação e em não aumentarem quase nada. Basicamente o que a direção fez foi um copiar e colar do mangá, dando inclusive os mesmos enquadramentos, sem praticamente melhorias. Em outras palavras, foi uma direção bem preguiçosa, pertencente a um estúdio super lotado, que oferece animações visualmente razoáveis e nada mais.
Essa questão da parte visual é uma decepção, pois apesar de o anime ter belas cenas, confesso que pelo trailer imaginei que seriam algo espetacular. Principalmente nas cenas de luta era onde esperava muito mais aprimoramento, mas a produção estava aquém das minhas expectativas e o que entregaram foi apenas um aceitável. O diretor não melhorou nada nas batalhas em relação ao material original em nenhum sentido possível. Nem com uma trilha sonora mais decente que passasse melhor o drama e desse o clima de impacto. Posso dizer que com esse trabalho de direção que talvez até tenham piorado as lutas, tendo em vista que não souberam dar ápices a altura do potencial que essa história oferece.
O anime censurou consideravelmente o ecchi, diminuindo bastante as cenas, mas o que realmente vai marcar essa obra serão os seios sem mamilos, os quais viraram piada. Isso é irônico e bem inesperado, porque desde o início e o tempo todo o anime é muito violento. O sangue é vermelho e jorrou solto com todo tipo de gore. Claramente não é uma obra para crianças, não vai sair em muitos canais mundo afora e não vai receber uma classificação baixa para justificar certas decisões.
Outra censura que o anime fez foi a omissão de uma piada com um cego, a cena fica estranha porque logo em seguida falam da piada que não existiu no anime. Obviamente censurar apenas algumas coisas é contraditório, deixando isso ser uma clara sinalização de "virtudes" para a agenda do politicamente correto.
Definitivamente história não era o que eu esperava de um anime shounen de batalhas, mas a obra superou em muito as minhas expectativas nisso. Justamente o que eu estava mais receoso demonstrou ser o grande trunfo. Não é uma história extremamente complexa, mas tem subtextos e um bom conteúdo com certa profundidade filosófica e religiosa. A temática principal do anime é a busca pela imortalidade, que aos poucos a obra vai dando contornos e perspectivas próprias. O anime também trata da filosofia do equilíbrio (yin e yang), muito presente na cultura oriental e já retratada diversas vezes em animes, mas nessa obra isso é explorado com profundidade, ousando na relação que tem com os sexos.
Lamentei não ter dado um dez a esse anime por conta de ser uma trama imersiva que merecia um estúdio que a tratasse melhor. O que mais torna envolvente este enredo são os personagens, com seus passados desenvolvidos, com profundidade psicológica, com propósitos, com personalidades que evoluem durante a jornada, com identidades bem distintas, com camadas que vão sendo reveladas, com dimensões que os tornam humanos, e tudo isso é uma combinação para passar muitas emoções. Um dos pontos mais explorados dos personagens são as suas motivações, das quais suas fraquezas podem ser força, isso estando ligado diretamente a filosofia dessa obra, mostrando ser um texto coeso que se autoalimenta, portanto, é uma trama maravilhosamente bem escrita. Outros pontos interessantes abordados sobre alguns personagens são suas determinações para assumir fardos, seus interiores vazios, suas empatias pelas vidas ceifadas, suas dúvidas, seus medos. No mais é uma obra cheia de surpresas, fascinação, suspense e dramas.
Kimi wa Houkago Insomnia — O anime não é tão monótono como temia, mas ainda é bem difícil de ser assistido. Mesmo o romance progredindo, fugindo de clichês, sendo muito belo, tendo personagens carismáticos, e histórias comoventes.
Assistindo apenas um ou dois episódios quaisquer dessa obra, não passam de forma alguma a sensação que é monótona, sobre tudo porque os personagens são bons e é gostoso de ver a relação entre eles. A minha primeira impressão foi positiva e de surpresa, pois eu estava esperando que fosse ser um marasmo. No entanto, o problema é assistir mais episódios, porque dá uma indisposição tremenda. É tipo uma sensação de como se a obra não tivesse mais nada a oferecer.
Está faltando algo para fazer as pessoas a quererem ver o próximo episódio e nesse sentido é maçante. Talvez isso seja pela falta de uma grande problemática para cativar, mesmo que nos momentos que eu estava de fato assistindo não tenha me incomodado com isso. Pode ser que seja porque ver um episódio dá a impressão de como se já soubéssemos de tudo, mesmo que a obra esteja fugindo de clichês. Talvez a falta de cliffhangers nos finais de episódios às vezes façam muita diferença. Não sei ao certo qual é o exato motivo do problema dessa obra, que apesar de ser ótima em alguns sentidos é cansativa em outros.
Acredito que teria funcionado bem melhor se eu tivesse visto dublado. Para esse anime especificamente também recomendo assistir vários episódios de uma vez, pois o torna menos exaustivo do que ver semanalmente. Isso é lastimável, pois é um anime tão belo em tantos sentidos.
Melhor Personagem Masculino da Temporada Spring 2023:
Aquamarine
Melhor Personagem Feminina da Temporada Spring 2023:
Kana Arima
Melhor Design de Personagem da Temporada Spring 2023:
Isekai de Cheat Skill wo Te ni Shita Ore wa, Genjitsu Sekai wo mo Musou Suru: Level Up wa Jinsei wo Kaeta
Parte 1 – Impressões finais da temporada Spring 2023.
Kimetsu no Yaiba: Katanakaji no Sato-hen — No tocante ao visual é espetacular, também tem uma boa direção e dão aos heróis bons desenvolvimentos. Entretanto, ironicamente os vilões transmitiram pouca emoção. Ademais, faltou suspense, apreensão, elos e um clímax extraordinário.
A maioria dos vilões dessa franquia tinham uma história, essa fórmula não é uma regra obrigatória para todos os animes, mas eu senti que nesse título faltou isso. Pois, entre outras coisas, era coerente com a visão que estava sendo construída do protagonista de considerar apenas o Muzan como um vilão de verdade, contrariando a dos outros caçadores que consideravam todos os onis maus e não vítimas. Também faz diferença porque essas coisas tornavam os vilões mais complexos, mais orgânicos e os humanizavam. Outro ponto é que fazia o público ter empatia pelos vilões ou pelo menos tornava mais compreensível as atitudes deles. Não era simplesmente aquele vilão raso que é mal por ser mal. Logo, eles passavam emoção quando estavam perdendo ou mesmo ganhando. Alguém pode dizer que no último episódio mediante um flashback nos instantes finais de um deles foi trabalhado algo assim, mas convenhamos que nos poucos segundos que apareceram essas memórias, não deu para trabalhar nada.
O desenvolvimento dos heróis com dramas instigantes foi bom, mas o modo como isso foi feito é outra história. Não tenho absolutamente nada contra flashbacks, porém é um recurso usado demais na franquia de Kimetsu, e ter os três novos heróis que são desenvolvidos nessa temporada com flashbacks dos seus passados no meio das lutas é no mínimo uma falta de inspiração. O motivo para ser feito exatamente assim, de colocar o flashback justamente no meio da batalha, é que faz a luta se prolongar, a fazendo parecer grandiosa e elevando o clima do conflito. Portanto, pensando nisso até ignoraria sem problemas ser algo repetido, se essas recordações demonstrassem um elo significativo para com as lutas, mas com exceção de uma dessas recordações as outras eram irrelevantes e mesmo a que foi relevante é pouco relevante. Na minha opinião pareceu um trabalho preguiçoso da autora, que simplesmente não tentou encontrar outra forma melhor de contar a história desses personagens.
Se um dos heróis morresse, fosse mutilado, ou pelo menos que o anime nos fizesse acreditar que coisas assim poderiam acontecer, passaria a sensação de consequência, um maior drama e apreensão. Entretanto, confesso que minha maior apreensão era com relação aos figurantes da vila dos ferreiros, o que eu acredito que pela posição deles de figurante não deveria ser. Nessa altura da franquia já está escancarada a prisão na fórmula de que os protagonistas apanhariam muito para no final ficar tudo bem com todo mundo.
Não existindo riscos para os mocinhos, e o anime não se dando ao trabalho de desenvolver pelo menos uma grande antipatia pelos vilões. Como com essas circunstâncias gerar um clímax épico? Talvez poderia ser por meio do suspense? No entanto, para desenvolver um suspense é preciso no mínimo mistérios e poucos são os que restam a serem revelados. Ademais nessa temporada não trouxeram outros grandes mistérios. Piora mais ainda para o climax quando o anime faz comédia ou traz uma áurea alto astral em momentos que deveriam ser delicados.
Dito tudo isso pode parecer que o anime é ruim, porém não. Destaquei as falhas porque poucos falam delas, mas o que tem de bom é realmente excepcionalmente bom. A Ufotabel abala os pilares do entretenimento quando se trata de produção de ponta em termos de áudio e visual. Além disso, o diretor fez milagres acrescentando várias cenas que melhoram absurdamente o material original. No mais, é uma obra que cativa a querer assistir e a continuar assistindo.
Um adendo, essa em tese é a terceira temporada, se desconsiderarmos que fizeram uma temporada com o arco do trem. Ironicamente padece do mesmo mal de Homem-Aranha 3, sendo esse o excesso de personagens, principalmente de vilões.
Dr. Stone: New World — A primeira metade, com exceção do final do episódio três, está abaixo das temporadas anteriores. No entanto, a segunda metade apresentando novos personagens, novos inimigos e desafios, deu uma elevada considerável no anime.
Alguns diziam que esse seria o pior arco do mangá, confesso que independente disso as minhas expectativas eram baixas para essa temporada e o início estava dando indícios que o anime realmente seguiria essa linha. Entretanto, da chegada na ilha em diante o anime mudou bastante e de uma forma que eu não imaginei que gostaria tanto. Surpresas, mistérios, reviravoltas, personagens estilosos e um pouco de fanservice. Só não dei uma nota melhor porque faltou um grande momento deslumbrante, algo que me emocionasse assim como teve nas temporadas anteriores. Por fim, quero deixar registrado o quanto gostaria de romance nessa obra.
Boku no Kokoro no Yabai Yatsu — O romance é bonito, mas é principalmente divertido de acompanhar, bem cativante e aos poucos evolui. Algumas impressões iniciais mudam com o decorrer da trama, pois o roteiro é muito bem escrito. Já os personagens são carismáticos e com identidades.
Uma coisa interessante a se comentar é a “tradução” que fizeram de certa cena para a versão em inglês, adicionando o termo Mansplaining, um encaixe forçado que não tinha no mangá, nem na versão japonesa do anime. Só posso dizer que isso é doença da militância e são exatamente por não ter essas loucuras que as obras japonesas são boas.
A frase era: “ O quê? Eu comecei a explicar moda literalmente para uma modelo profissional? ”. A versão em inglês estava: “ O quê? Eu comecei a mansplaining fashion para literalmente uma modelo profissional? ”. Que nojo da doença americana, que nojo, que nojo.
Outro fato interessante sobre esse anime que vi na internet é de estar sendo acusado por um youtuber conservador de ser um anime yaoi (boys love). Eu não sei mais detalhes dessa acusação, porque assim que ouvi isso desisti do vídeo a fim de manter um pouco de sanidade mental.
O anime sofreu preconceitos, pois a primeira impressão é de ser um romance infantil escolar saturado, e de certa forma isso não está errado. No entanto, a obra é tão bem escrita que o anime consegue não apenas ser bom, mas extrapola em muito a demografia que seria alvo, se tornando um dos melhores animes da temporada. Outro ponto de preconceito foi o protagonista escuro, mas ele não é do mal, como a primeira impressão pode deixar e pessoas precipitadamente possam julgar. Apenas o personagem é mais complexo e problemático do que o habitual.
Para efeito de comparação e entenderem melhor o meu ponto, na temporada anterior a essa saiu um anime de romance chamado Otonari no Tenshi-sama, o qual tem um romance muito singelo, mas é somente isso. Justamente o que faltou em Otonari foi colocado em Boku no Kokoro, posto que para que uma história se torne cativante é preciso uma problemática e de preferência personagens imperfeitos, mesmo que o romance seja puro e os personagens carismáticos. Ademais a relação romântica em Boku no Kokoro vai continuamente evoluindo em seu próprio ritmo, de forma atraente que não pareça ser rápida nem parada. Melhora mais da metade em diante dos episódios, quando o ambiente sai um pouco mais do escolar, demostrando uma progressão na relação do casal.
My Home Hero — A premissa é maravilhosa, mas o desenvolvimento tem vários momentos muito irritantes em função do protagonista que é revoltantemente fraco. Em um momento ele até consegue de maneira interessante superar os problemas, porém até lá é angustiante.
Acreditei que estouraria de popularidade ou que pelo menos com o passar dos episódios aumentaria significativamente, porém isso infelizmente não aconteceu. Julguei que independente da popularidade seria sensacional, mas também não foi. Apesar dos problemas a obra me fez gostar dela a ponto de não me arrepender de ter assistido e de ficar querendo uma segunda temporada que dificilmente haverá, mesmo tendo material para isso. De qualquer modo não desaconselharia, porque o final foi ótimo e é bem fechado.
Vinland Saga Season 2 — Incomoda algumas filosofias e a cena dos cem socos, a qual é melhor no anime, já o diálogo que a segue é melhor no mangá. Entretanto, tirando isso, é uma obra absurdamente primorosa em todos os aspectos que possam ser avaliados.
Essa temporada é melhor que a primeira, posto que ao contrário da anterior se mantém em um nível elevadíssimo durante todo tempo, em todos os episódios e sem precisar ficar apelando para a ação. Inclusive quase sempre também é melhor que o mangá, mérito do diretor que amplia a obra. Temos que bater palmas não somente para a direção, mas para o estúdio, para toda a equipe, para os produtores, para todos os que acreditaram e possibilitaram que esse projeto fosse realizado com muito carinho.
Não concordo com algumas filosofias do anime, pois as considero irreais de um ponto de vista lógico e a luz da história. Entretanto, respeito muito uma obra que tenha algum conteúdo e se proponha a fazer as pessoas pensarem. Outro ponto, admiro que tentem passar uma mensagem positiva de arrependimento, de mudança, de reedificação, de liberdade e de paz. No mais, são pensamentos muito coerentes com o tipo de personagem quebrado e contextualizado ao ambiente que se enquadrava. Conteúdo e complexidade é isso o que espero de uma boa obra direcionada para um público adulto.
A obra tem um grande roteiro e um espetacular trabalho de personagens, é tão grandioso o que fazem nesse sentido que tenho dificuldade em expressar essa magnitude. Os personagens têm arcos completos, complexos, surpreendentes, superadores, instigantes. O fato é que isso resulta em belíssimas, reflexivas e impressionantes cenas dramáticas. Acompanhadas de um espetáculo visual com uma não menos espetacular trilha sonora. Como se não bastasse tem uma direção que sabe oferecer os enquadramentos certos, com tons de cores certas e com o ritmo certo, logo não tem como não se emocionar.
Kubo-san wa Mob wo Yurusanai — O anime é focado em um romance fofo, com pitadas de comédia e algumas problemáticas. A singeleza do romance combinaria melhor com algo mais verossímil e não me agradam os traços de forma geral.
Em tese esse não era para estar nas impressões finais dessa temporada, pois saiu na passada e deveria ter finalizado nela, mas teve problemas de produção e ficou com duas metades. Não me angustiou em assistir tanto à segunda metade quanto pesou a primeira, talvez porque a progressão do roteiro possibilitou isso. Outro ponto são os traços mais puxados para o cartunesco que incomodavam, mas que me desagradavam menos na segunda metade, talvez por eu ter me acostumado. Fato é que a segunda metade é superior à primeira e talvez tudo isso seja por conta que maior tempo de produção tenha dado resultados. Entretanto, a infelicidade do destino é incontrolável, e essa obra tem a mesma dinâmica e muitos elementos parecidos aos do anime Boku no Kokoro, que saiu nessa temporada e é inegavelmente bem superior.
Kono Subarashii Sekai ni Bakuen wo! — O ponto forte é o enredo internamente bem mais coeso do que o da obra original e a Megumin tem seu carisma. No entanto, não tem os mesmos grandes momentos cômicos e alguns encaixes com a obra original parecem forçados.
A Megumim é a menos pervertida e a mais normal do quarteto original. Por isso não tem como oferecerem certas piadas escrachadas em uma trama contendo somente ela desse quarteto e principalmente sem o Kazuma para fazer um par. No entanto, isso não quer dizer que o anime não tenha encontrado outros modos de ser engraçado e de que não tenha fornecido outros personagens para fazerem interações cômicas.
Avaliar é comparar e comparando em questões mais técnicas de produção, visualmente essa temporada parece um pouquinho superior que às duas temporadas da série principal. Também fecha muitas pontas soltas que a franquia tinha deixado e nesse sentido é recomendado para quem seja muito fã. No mais é uma obra com um final bem fechadinho, sem espaço para uma continuação que não seja na sequência principal.
O Kono Suba original sempre demonstrou pouca preocupação com a história e focou nas piadas. Isso me inquietava muito, porque a trama parecia sem rumo, jogada, mal arranjada e as vezes incoerente. Já nessa senti que houve uma direção e uma coesão. Dito isso, teria melhor êxito se não existisse uma obra original, porque onde senti que forçou foi para fornecer fanservice e encaixar coisas da obra original.
O primeiro episódio tem seus pontos positivos, mas dormi nele e foi o que achei mais difícil de assistir. Quase todos os episódios tiveram alguns momentos cativantes, porém somente do meio em diante da temporada foi que apreciei um pouco mais a trama. Sendo assim fiquei bem em dúvida sobre qual nota daria a essa obra, visto que em alguns aspectos é melhor que a original, mas em outros não.
Não é um trabalho que eu ame, que me arrependeria se não tivesse assistido, mas o contrário também é verdade, pois não me arrependo de ter assistido. Injusto acusarem de ruim, é gostoso e a única coisa que achei de fato amargo foram as mortes de dois personagens.
Yuusha ga Shinda! — Tinha muito potencial e há alguns momentos altos, mas no geral não foi como deveria. O principal problema foi que não acertou o timing cômico. Talvez funcionasse com uma comédia mais escrachada e faltaram elementos sérios contrastantes.
Tentaram trazer um humor do tipo Kono Suba, que tem uma fórmula comprovadamente acertada de paródia com fantasia, ação e ecchi. No entanto, fizeram sem uma Aqua, sem uma Megumin e sem uma Darkness, apenas com o Touka que é uma versão um pouco mais virtuosa do Kazuma. Tem um ou outro momento que algum outro personagem além do Touka é utilizado para tentar produzir algo cômico, mas geralmente não funciona e são momentos pontuais de personagens que não fazem um par cômico com o protagonista. Mesmo o Touka, justamente por ser um Kazuma mais correto, nesse quesito cômico só tem resultados ligeiramente aceitáveis da metade em diante do anime.
Logo no início da temporada dei uma olhada no mangá e as piadas funcionavam muitíssimo melhor nele. Não vou exagerar e dizer que o mangá é perfeito, mas se tivesse sido adaptado para anime pela equipe correta, por pessoas que melhorassem a proposta, poderíamos ter tido algo excepcional. Definitivamente precisava de um diretor bom para oferecer principalmente o ritmo certo, o tom certo, explorar as coisas certas e cortar as coisas erradas. A produção também parece ter tido baixo orçamento, pois a obra tem traços comuns, cenários genéricos, cores inadequadas, ausência de trilha sonora em alguns momentos, e carência de mais expressão faciais engraçadas.
Com fazer piadas sem contrastes? Penso que a obra deveria ser mais escrachada, mas deixar isso cômico necessita de uma parte séria. Existe uma falta de contrastes, e não é que não tenha nenhum, apenas não são o suficiente. O herói morto não parece sério, o reino não parece sério, os vilões não parecem sérios, o prefeito não parece sério, os aliados não parecem sérios, quase nada parece sério. Quando tudo é uma piada, nada funciona como uma piada.
Para manter um clima típico de aventura, ao mesmo tempo que nada é tratado a sério, também nada é tratado totalmente como uma piada. Não é só questão de não funcionar porque tudo é piada, é porque tudo é um meio-termo. Tem uma frase bíblica que diz o seguinte: “porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei”. Ademais essa falta de seriedade também torna toda a trama pouco crível, forçada. Boas piadas são subversivas, inusitadas e inteligentes.
Não vou dizer que foi de todo ruim, visto que o anime tem uma aventura que deixou com um gosto de querer ver onde essa história vai chegar. Outro ponto foi que amei a abertura, pois resume bem a obra e também tem uma ótima música. Além disso, gosto muito de personagens do tipo Jiraiya, ou Mestre Kame, que produzem um humor impoliticamente correto. No mais, o anime tem umas Waifus bem interessantes.
Tonikaku Kawaii 2nd Season — Tem a sua beleza, tem o seu valor, mas nessa temporada as progressões em todos os sentidos foram extremamente lentas. Pior, repetiu as mesmas coisas da primeira temporada, com pequenos escalonamentos, o que obviamente saturou.
Lamento demais não terem entregue algo melhor nessa temporada, porque é uma obra riquíssima pelas inúmeras referências ao conto do Cortador de Bambu, a mais antiga narrativa japonesa. Conto o qual deriva a lenda que deu nome ao monte Fugi. Também não é somente dessas belas raízes lendárias que o romance se sustenta. Pois, oferece novas perspectivas, com novas reflexões e a trama segue mais uma linha de ser uma continuação.
Certas abordagens temáticas já tinham dado tudo o que podiam oferecer na primeira temporada, e escaloná-las ainda mais não era algo interessante, pior ainda é repeti-las escalonando só um pouquinho. A obra precisava ter reinventado a sua problemática, sem perder a sua alma e mantendo um subtexto com conteúdo. O caminho correto para isso era focar nas revelações de alguns dos mistérios e oferecer um aprofundamento das mitologias.
Assisti quase oito episódios legendados e o restante final dublado. Eu não sabia que a dublagem estava sendo simultânea ao lançamento. Foi insuportavelmente maçante assistir legendado, pois a progressão estava sendo lenta e a dinâmica era repetitiva. Chato! Entretanto, melhorou absurdamente ao assistir dublado, porque como eu não tinha que ficar muito atento ao texto podia apreciar a obra mais como uma descontração. Em resumo, é daquele tipo de anime que é feito para só funcionar se for assistido dublado. Logo, a minha experiência ficou comprometida pela forma errada como a consumi.
O Melhor diálogo foi no episódio 11. Nasa pergunta: "por que as pessoas se casam". Tsukasa responde: “… porque ninguém vive para sempre”. Foi algo profundo, foi filosófico, foi inteligente e meio que explica porque uma imortal não tinha se casado ainda. Essas sacadas geniais de conteúdo me dão um sorrisão, são coisas assim que gosto de ver em obras.
Talvez eu esteja sendo muito duro com esse anime, porque tem muitas coisas singelas, belas, inteligentes. No entanto, pesou como o assisti no meu julgamento e não me emocionou a ponto de quase chorar como na primeira temporada.
Tengoku Daimakyou — O mangá já era comedido e sem foco no fanservice, mas o anime multiplicou absurdamente a censura. Está comprometidíssimo com o politicamente correto, isso é profundamente desapontante. No mais, o tom do mundo não combina com apocalipse.
Em um mundo com uma ordem normal estabelecida, certas coisas acontecem cotidianamente, as quais podem e precisam ser abordadas sem amarras. Ainda mais em algo que é direcionado para um público adulto, como deveria ser o caso dessa obra. Mesmo no mangá senti uma fortíssima relutância em quererem abordar a temática sexual, por mais que em um mundo apocalíptico fizesse extremo sentido. É perceptível o medo em fazerem isso pelos poucos momentos que a obra mostra coisas assim, com cenas rápidas e pouco sexuais. Nitidamente dava para ver a preocupação extrema dos criadores de que sua obra pudesse receber críticas e ser rotulada. O que torna o trabalho capado pelo politicamente correto, obviamente incompleto.
O primeiro momento dessa temporada com ecchi, eram de meras imagens de uma garota nua, que no anime foram ainda mais censuradas. De qualquer modo entenderia mudanças pontuais nessa cena, porque estava no início do anime e não podia espantar o público. Também não eram imagens que fariam muita diferença para a trama, e os desenhos da personagem ficaram melhor do que no mangá. Aprovei a mudança principalmente porque mesmo mostrando menos ficou mais sensual.
A segunda cena com ecchi era de preliminares sexuais e novamente no anime houve mais censura, mudando ângulos e mostrando menos dos corpos. Entretanto, esse nem foi o problema e sim que mudaram para um tom bem mais cômico, quando no mangá tinha bem mais sensualidade nessa cena. Não vou dizer que prefiro a adaptação do anime, mas dava para tolerar porque o tom não ficou ruim.
Já o que fizeram com a terceira cena com ecchi é revoltante demais. Não contei os quadros do mangá, mas com um simples olhar por cima dava para perceber que não adaptaram nem a metade. Para aliviarem ainda mais ficaram intercalando com outras cenas, as quais não tinham referência alguma com o que estava acontecendo naquele contexto e pertenciam a outro capítulo mais à frente do mangá. Os desenhos também estavam feios, como exemplo: simplesmente despeitaram a garota, para não mostrarem no espelho os seios dela. Podiam ter pelo menos mudado o ângulo, mas a deixaram com os peitos na barriga e cobertos com um braço. Tudo foi muito rápido no anime para o tamanho que tem essa parte no mangá, logo não passou o peso emocional que deveria para o público, nem a magnitude que esse evento tem para a trama e para os personagens. Alguém muito ultra sensível ou simplesmente alguém que queira lacrar, vai dizer que se chocou, mas a verdade é que a cena no anime não passou quase apreensão e cortou muitíssimo do mais importante que era como a Kiruko estava reagindo aquilo tudo.
Falei bastante das cenas de ecchi, mas elas não foram as únicas que sofreram censuras, as cenas de ação com mais violência também foram censuradas. Uma das que mais senti o impacto dessas alterações foi a cena do barco. Nessa cena no mangá havia um casal namorando, o qual não é mostrado no anime. Isso fez muita diferença, pois a morte desses personagens deixaria a cena impactante, aumentaria o drama, e combinaria com o clima proposto pela obra.
Tem outras alterações que não foram censura, mas que geraram incompreensões ou compreensões equivocadas. Um exemplo é a cena da morte da mãe do Jugo, na qual no anime não diz que o grito do traidor acordou as mulheres. A simples falta dessa frase faz diferença para o entendimento da cena, pois a morte fica sem explicação. O que realmente no mangá passa é que o pai do Jugo pretendia fugir com o seu filho a noite sem a mulher, como ela não permitiria levar o filho foi morta por ele. Um youtuber muitíssimo famoso chegou ao ponto de dizer que quem morreu foi o traidor, e que o pai do Jugo estava fugindo com a mulher.
A única cena que esse diretor mexeu, que talvez seja digna de algum elogio é a cena final do episódio oito. No geral o trabalho desse diretor foi um copiar e colar do mangá, com os ápices profundamente censurados e estragados. Ainda bem que não tenho um caderno da morte, mas com certeza o nome desse diretor vai entrar na minha lista negra e vou correr de qualquer trabalho que ele puser as mãos.
Estou culpando muito o diretor, mas a culpa pode nem ser toda dele, porque quem comprou os direitos de exibição desse anime foi a maldita da Disney e todo mundo sabe como essa organização é ideologizada. Certamente deve ter sido acordado alguma censura prévia com a desculpa de mercado. Minha esperança na humanidade é de que essa desgraça chamada Disney está acumulando prejuízos.
Uma das poucas coisas que eu esperava que a adaptação fizesse e poderia ter feito, era que mudassem um pouco o tom do mundo para algo que aparentasse ser mais apocalíptico. Isso nem seria muito difícil, porque no mangá não tem cores, não tem sons, bastava fazerem as escolhas certas. Se eu fosse o diretor também faria algumas alterações nos cenários e na trama, para que o anime realmente conseguisse parecer que tinha um mundo apocalíptico.
O mangá tem coisas pesadas que poderiam ser muito mais pesadas e precisavam ser mais pesadas. No entanto, o que era para ser uma aventura apocalítica virou um passeio no jardim de infância. Infelizmente o que fizeram foi cortar o pau no mangá e arrancar as bolas no anime. Realmente quem fez a transição de gênero e foi estuprada foi a obra. A arte precisa ter a liberdade poética para ser um reflexo da realidade que muitas vezes é cruel, é trágica, é impactante.
Yamada-kun to Lv999 no Koi wo Suru — Lembro que mesmo apostando nele, desconfiava que seria difícil levarem o anime com essa proposta por doze episódios, mantendo o interesse elevado na obra. Bem, agora que acabou, não acho que foi nada fácil, mas admito que conseguiram.
Por conta da proposta tem momentos que o anime trabalha coisas que em outros animes provavelmente seriam chatas ou vergonhosas, mas é impressionante como essa obra consegue desenvolver essas coisas tão bem. Certamente isso é mérito de um enredo excepcionalmente bem escrito e de um diretor que soube oferecer o ritmo correto para tudo, mas se tem outro fator que devo destacar são os personagens que nos dão muito contentamento. Todos os personagens são ótimos e em especial o casal principal. O protagonista fica muito melhor no final, mas a Akane nos conquista desde os primeiros instantes.
Com personagens jovens demais os romances ficam muito infantis, e é preciso uma maior suspensão da descrença para podermos acreditar que esses personagens teriam a maturidade para agir da forma como essas histórias os conduzem. Já com mais velhos, tendo em vista que pessoas reais mais velhas geralmente são bem diretas nas relações amorosas, o romance poderia perder a magia. Logo, para produzir uma história com personagens assim, é necessária a boa vontade do público em acreditar que a trama seguiria certos rumos. Em virtude desses fatos, optar por fazer um romance com personagens do final da adolescência e início da vida adulta é a escolha que oferece maior verossimilhança.
Não é somente por parecer uma trama mais realista que gostei dessa proposta com personagens de idade meio-termo. Tendo em vista que a maioria dos animes pega personagens novos demais ou velhos demais, pegar um meio-termo possibilita a desenvolver situações menos exploradas. Tais como um romance desconstrutivo e com ótimos finais de episódios que criam expectativas. Além de tudo, esse anime tenta trazer um romance com uma temática mais atual envolvendo jogos online.
Não esperava um romance tão bom desse jeito, sinceramente fazia tempo que via algo desse tipo nesse nível. Superou toda e qualquer expectativa que eu tinha sobre essa obra e merece palmas.
Isekai Shoukan wa Nidome desu — Grande perda de tempo, não tem nada que seja realmente bom, a produção é fraca, a direção é ruim, o roteiro é um lixo. O que mais tem são clichês, incoerências e coisas que dão vergonha alheia.
Tão lixo que não tenho a mínima disposição de escrever mais uma linha se quer sobre esse anime. Também sinto que qualquer coisa que eu escreva após ter dito que é um lixo será desnecessário e meio que redundante. Esse anime é muito medíocre, é uma referência de como uma obra não deve ser feita. Se fosse uma inteligência artificial que tivesse escrito o roteiro não seria tão genérico, tão vergonhoso, tão desconexo, tão imbecil, no mínimo seria inteligente. As garotas não prestam, o protagonista não presta, os vilões não prestam e a produção é mequetrefe. Socorro!
No começo da temporada fui ler o mangá e vi umas piadas boas com ecchi no início dele, mas foram absurdamente censuradas na adaptação para anime e estragou a comédia delas. Por conta disso eu pensei que mais à frente poderiam aparecer cenas interessantes, mas que ledo engano, essa obra é um perfeito combo de ruindades. A única coisa que aparentemente tinha de bom no mangá o anime conseguiu estragar.
TV: Jujutsu Kaisen 2nd Season — Entendo porque essa obra fez sucesso, pois é direcionada a demografia shounen e quando saiu a primeira temporada desse anime fazia muito tempo que não lançavam uma obra mais centrada nesse público. A primeira temporada do anime tem algumas cenas de ação bem animadas e personagens com presença de palco. Já nessa nova temporada o Gojou de óculos é interessante e falam que esse é o melhor arco da obra. Entretanto, estou muito tentado a não assistir, porque não apreciei muito a primeira temporada do anime, e nessa segunda os designs estão aquém da primeira. Ademais, a história é muito vazia, tem momentos que se arrastam, a premissa é absurdamente inverossímil com coisas que considero repulsivas.
Mushoku Tensei II: Isekai Ittara Honki Dasu — Com certeza, se Deus permitir, irei assistir e espero que entreguem algo ótimo, mas a maior porção do que deverá ser adaptado (arco da escola de magia) é o que menos gostei da obra. Além disso, não sei qual vai ser o ritmo que o diretor dará, não sei quantos episódios terá, saíram boatos que essa temporada será dividida em três partes. Mesmo a temporada prometendo ser morna na maior seção, garanto que se o final de temporada for o que imagino, terá um clímax tão perfeito, tão extraordinário, tão sensacional, que não consigo comparar com nada na animação japonesa, nem antes, e provavelmente nem depois disso. Ademais, vale destacar a mudança de diretor que deixa uma insegurança se ele será capaz de adaptar com maestria o ponto mais alto e o ponto mais baixo da obra.
Masamune-kun no Revenge R — Muito tempo se passou para acompanhar uma sequência, já são seis anos e três meses desde que terminou a primeira temporada, logo é preciso assistir tudo novamente. Sei que o anime recebeu muito ódio (bem desproporcional para as suas falhas), mas gosto dessa obra por conta da premissa e de alguns personagens. A questão é que se trata da mesma equipe, do mesmo diretor, do mesmo estúdio, portanto, na essência devem repetir os mesmos acertos, e os mesmos erros. A primeira temporada começou bem, depois ficou morna, elevou-se com um arco 10/10 da Neko, só para em seguida vim um arco final decepcionante e um novo personagem detestável. Em suma, o que espero é alguns momentos memoráveis que fazem valer muito assistir, em meio a outros tantos com falta de tato da direção. Pelo menos com o trailer é possível presumir que houve mais capricho visual, ou seja, uma melhora na produção.
Bleach: Sennen Kessen-hen - Ketsubetsu-tan — Nunca assisti nenhum episódio de Bleach e não será nessa temporada que começarei. Tudo o que posso dizer é que a temporada anterior teve uma recepção ótima e apostaria que essa também terá.
Kanojo, Okarishimasu 3rd Season — O problema é que não sabemos até onde vão adaptar, mas é possível chegarem no melhor arco da trama, no arco dramático, onde todas as coisas se encaixam e tudo que parecia estranho fica bem verossímil. Para quem ainda não está convencido de que essa obra é boa, talvez vá mudar radicalmente de ideia, e para quem acha o anime bom, vá ler o mangá que é anos-luz melhor. Tem muita coisa no anime mudada e cortada. No mais, para quem acha que no Japão não existe isso: https://www.youtube.com/watch?v=7RlmZ-ywgyg
Horimiya: Piece — Ficaram algumas pontas soltas que podem ser fechadas nessa temporada, pois irá adaptar arcos que foram suprimidos, mas no geral a impressão será que estaremos vendo um sinp-off ou um fanservice. Apesar de admitir que o anime de Horimiya foi ótimo, ver essa nova temporada quando já vimos o meio, o início e o fim da história, não é nenhum pouco estimulante. Sugiro deixarem esse em espera, observar a recepção do público, ver as críticas, e só depois decidir se vale ou não o seu tempo de assistir.
Bungou Stray Dogs 5th Season — Tem um dos poucos trailers desta temporada que destoa e que chama atenção, mas eu não assisti nenhuma das temporadas anteriores e não começarei da quinta.
Zom 100: Zombie ni Naru made ni Shitai 100 no Koto — Adorei a premissa dessa obra e gostei muito do trailer, mas eu tenho um pé atrás porque o mangá não é tão bem avaliado. Por isso esse é o tipo de anime com um potencial estrondoso, mas que só pode dar certo se colocado nas mãos certas, de pessoas talentosas, de gente que queira investir, e principalmente de uma equipe que não tenha medo de arriscar inovando, melhorando o material original. O BUG FILMS é um estúdio novo o qual a única obra que tem é essa, será que está nas mãos certas? O diretor Kazuki foi quem dirigiu Komi-san, mas também foi o único anime além desse que dirigiu. Estou sentindo que pode dar muito ruim. Mesmo assim, essa é a minha maior aposta da temporada entre os novos animes.
Suki na Ko ga Megane wo Wasureta — Visualmente tudo está muito detalhado, tudo é muito belo, muito bem animado, superior aos demais animes desta temporada. A princípio parece que está esbanjando animação de ponta em uma proposta que em tese nem demandaria tanta necessidade de ser tão bem feito. Como muitos farão só pela animação daria uma chance para essa obra, mas eu fui ver o mangá e está com nota acima de oito. Isso me deixou animado, porque não parece que estão realmente esbanjando em algo que talvez possa dar certo, mas a boa animação é fruto de algo que eles acreditam piamente que vai dar certo.
Watashi no Shiawase na Kekkon — Gosto da premissa dessa obra, mas sinto que é daquele tipo que precisa de um cuidado especial no desenvolvimento e me preocupa o mangá não está melhor avaliado. Estou em dúvida se aposto nessa obra no evento do MAL ou mesmo se me arrisco a assistir. Logo, o que indico é que esperem ver as impressões iniciais de críticos, até porque esse diretor é bem inexperiente e a única outra obra que dirigiu foi um anime de um minuto por episódio.
Hataraku Maou-sama!! 2nd Season — Estava tão ansioso, com grandes expectativas, mas foi de chorar de tanta decepção a primeira parte dessa segunda temporada. Ver essa segunda parte com o mesmo estúdio, com o mesmo diretor, com a mesma equipe, e acreditar que vão fazer algo que vala realmente nosso tempo, é mais fácil esperar um milagre. Tem algo dentro de mim de nunca desistir, em querer ver continuações para saber como terminará a história, mas às vezes em prol de uma sanidade é bom não continuar. Só pego para assistir se muitos estiverem dizendo que é bom nas impressões iniciais que vão sair.
Shinigami Bocchan to Kuro Maid 2nd Season — Não assisti a primeira temporada, não me convenceu na época e continua sem me convencer hoje. Curto melodramas, mas tem algumas propostas focadas somente nisso que me parecem piegas demais. Ademais, sou bastante averso a personagens antropomórficos (Zain) e a produção do anime não me parece das melhores.
Liar Liar — Pelo que li da sinopse é um Kakegurui mais infantilizado e sem graça. No lugar de violência, de coisas mais adultas, tem um ecchi fraco com loli. Não, somente não, não vou ver isso aqui não, não mesmo.
Nanatsu no Maken ga Shihai suru — Os primeiros filmes de Harry Potter (Harry Potter e a Câmara Secreta; e Harry Potter e a Pedra Filosofal) apreciei um pouco, mas não sou nenhum um fã dessa franquia, e detesto muitas das coisas da sua premissa. Pior do que Harry Potter, só pode ser um cosplay japonês disfarçado de anime.
Rurouni Kenshin: Meiji Kenkaku Romantan (2023) — Essa obra é fantástica e foi tremendamente oportuno fazerem um remake, porque nunca foi adaptado tudo e o anime dos anos 90 não envelheceu bem, no sentido de conseguir ganhar um novo público. Os animes antigos eram gigantescos, nessa época o ritmo da trama era lento e isso não funciona para os tempos atuais. Dito isso, também fico bastante receoso por conta de outros remakes que compactaram a trama demais e não foi bom o resultado. Também tem aqueles supostos remakes que eram reboots e por serem vendidos da forma errada só causaram frustação. Certeza do que vão fazer e de como será a recepção, ninguém sabe, mesmo assim é para ficar muito esperançoso, querer assistir e indicar. Se Deus permitir certamente irei assistir, mas é uma grande dúvida se vai explodir de sucesso e se devo colocar como aposta no jogo do MAL.
Eiyuu Kyoushitsu — Mistura de escola de magia em um mundo fantasioso, com dinâmicas de RPG e um herói tendo a aparência masculina da Cruella de Vil. O que poderia dar de errado com uma mistura genial dessas? Nem o ecchi salva, porque é aquele sem graça com vergonha de ser ecchi. Só passem longe disso, não percam seu tempo e mantenham a sanidade.
Uchi no Kaisha no Chiisai Senpai no Hanashi — Primeiramente vou falar dos pontos positivos, pelo trailer os personagens parecem carismáticos, o anime visualmente está bonito e o romance aparentou ser bastante agradável. Entretanto, já tem muito tempo que quase toda temporada tem um romance de personagens adultos com uma protagonista baixinha e peituda. Tem muitas pessoas que falam dos isekais genéricos que aparecem toda temporada, mas encaro muito mais fácil um isekai assim do que o romance da baixinha peituda. Se for uma pessoa que está começando agora a ver animes, pode assistir esse sem problema, mas se for uma pessoa que pega esse tipo de anime toda temporada, está precisando de tratamento.
Shiro Seijo to Kuro Bokushi — Os desenhos dos personagens até que estão bonitinhos, mas os cenários são bem genéricos, e não teria escolhido essa palheta de cores. Pelos trailers também dar para esperar pouquíssima fluidez, ou seja, baixa produção. Ademais, não curto muito esse fetiche com sacerdotes católicos, porém o problema em se nem vai ser esse, e sim que vão puxar o romance mais para um lado cômico. Para essa obra ter êxito, tem que ter pitadas de alívio cômico, e não ser cômica como parece que será. Para completar, é o primeiro trabalho desse diretor na função de diretor de um anime.
Jidou Hanbaiki ni Umarekawatta Ore wa Meikyuu wo Samayou — O que esse autor bebeu para achar que era uma boa ideia fazer uma obra sobre isso? Se bem que às vezes aparece um anime tão ruim, mais tão ruim, mais tão ruim, que se torna bom de tão hilario que fica. No entanto, vade retro maquina possuída.
Yumemiru Danshi wa Genjitsushugisha — Já faz tanto tempo que coloquei esse anime na minha lista de planos para assistir, que nem lembro exatamente por qual foi o motivo. Talvez tenha sido porque não tinha muitos romances para ver nessa temporada, ou por eu gostar da proposta de um protagonista inseguro fazendo par romântico com uma menina de mais atitude. Pelo menos tenho certeza que gostei muito dos banners, mas infelizmente as imagens do trailer não estão tão bonitas quão. No mais, fico feliz que ao menos é um romance escolar com personagens um pouco mais velhos do que os que tem saído nas últimas temporadas (Boku no Kokoro no Yabai Yatsu; Kubo-san wa Mob wo Yurusanai).
Level 1 dakedo Unique Skill de Saikyou desu — Tensei/isekai do protagonista “fracote” que forma um harém com uma habilidade muito poderosa, a qual o torna praticamente invencível sem evoluir de nível. A proposta não parece de todo mal, tem coisas atrativas nela, o problema é que em outros sentidos parece comum e o trailer mostra que visualmente o anime é normal. Queria dizer pelo menos para quem tem poucos animes que arriscasse nesse aqui, mas eu vi que o mangá é muito mal avaliado, tendo uma nota de seis e meio.
Jitsu wa Ore, Saikyou deshita? — Outro tensei/isekai com o protagonista apelão, mas com o diferencial no drama, onde o principal foi abandonado bebê pelos seus pais para morrer, pois o achavam impotente. Já o trailer está mais ou menos, talvez mais para menos do que para mais, o que não empolga muito em querer assistir. No mais, o maior problema de apostar nesse anime é que o mangá dele também é mal avaliado.
Sugar Apple Fairy Tale Part 2 — Não assisti a primeira parte, não vou começar a ver da segunda.
Dark Gathering — O anime tem um ótimo trailer, tanto que por alguns instantes eu realmente acreditei que poderia surgir um anime de terror que seria bom genuinamente pelo seu terror. O que me fez desacreditar um pouco nisso, foram os olhos de caveira de um dos personagens. Só não vou arriscar em assistir porque não curto esse gênero, e não que não creia que possa ser bom.
Higeki no Genkyou to Naru Saikyou Gedou Last Boss Joou wa Tami no — O anime da protagonista que reencarna na vilã de um game. Já vimos essa história recentemente em Akuyaku Reijou e Otome Game. Mesmo assim achei algumas coisas bem cativantes no trailer, porém pelo menos a princípio talvez não sejam o suficiente para poder oferecer uma chance, tendo em vista ser uma temática repetida. Outros pontos de ressalvas são: não gostei de alguns desenhos de personagens e se trata do segundo anime desse estúdio.
Helck — O qual a tradução é inferno, mas que só consigo pensar em Hércules, talvez seja por isso que o anime não está sendo tão bem aguardado. Outro ponto é que o trailer demonstra uma produção um tanto genérica. Contrariamente as expectativas que estão tendo do anime, o mangá é muito bem avaliado e a sinopse mostra que a obra contém um suspense cativante. Ainda assim provavelmente não vou apostar nesse anime no jogo do MAL, pois mesmo que cresça muito em popularidade ao longo da temporada, começando com tão poucos membros vai demorar bastante para subir. Além de tudo, estou com muitos animes para assistir, logo só vou pegar esse se as críticas depois da estreia forem muito positivas.
Ryza no Atelier: Tokoyami no Joou to Himitsu no Kakurega — Dados: não dar para dizer nada com a sinopse desse anime; já o trailer é bem bonitinho, mas não comunica muito sobre o que é a trama; o mangá também não tem uma avaliação no MAL. Só com isso fica muito difícil dizer se vai ser bom e parece um tiro no escuro apostar nesse trabalho. Fatores tangenciais que foram decisivos em me fazer não o pegar, é por ser literalmente a primeira coisa que o diretor faz nessa indústria e o estúdio não inspirar muita confiança.
Undead Girl Murder Farce — O trailer está ótimo, e a proposta da obra de investigar a morte da esposa de um vampiro, de ser um anime sobre detetive de monstros, são coisas interessantes. Entretanto, uma cabeça falante presa em uma gaiola ser um dos principais personagens, isso me gera uma repulsa. Eu acredito que esse anime vá crescer nessa temporada, porém não serei um dos que acompanharão.
Genjitsu no Yohane: Sunshine in the Mirror — O que já podemos saber: o mangá é totalmente desconhecido; o anime ainda não tem sinopse e a do mangá não diz muita coisa; o primeiro trailer está bem estático, o segundo melhora, mas é nítido que não será uma grande produção. Tudo indica que é um anime de garotinhas, para garotinhas, contando mini aventuras em uma cidade litorânea. Parece um tiro no escuro, em um lugar enorme, com poucos e pequenos alvos. Baixa probabilidade de ser bom, vou pular.
Seija Musou: Salaryman, Isekai de Ikinokoru Tame ni Ayumu Michi — Mais um tensei/isekai da temporada, sendo que esse parece mais genérico do que os demais, com uma produção mais baixa e uma animação menos fluida. Acho que não preciso dizer mais nada.
Temple — Uma comédia romântica, com um ecchi bem leve e um harém. O real diferencial desse anime não é nem por ser ambientado em um templo, mas sim por tocar no tema solidão, que mais do que nunca é atual, principalmente na sociedade japonesa. No mais, não acredito que vá ser um sucesso da temporada, porém assistiria de bom grado se eu acreditasse que o romance realmente avançaria, e que o ecchi não seria genérico.
Dekiru Neko wa Kyou mo Yuuutsu – Tenho uma aversão a antropomorfismo e um gato gigante, gordo, vestido com uma roupa de empregada não ajuda. Tirando essa estranheza que tira a imersão da obra, gosto de gatos. Além disso, que trailer lindo, detalhado, fluido, até o 3D está fantástico. Vai ser um desperdício enorme esse anime não fazer sucesso. Pois proposta de animes de vida cotidiana geralmente só tem êxitos com um drama forte para cativar.
Okashi na Tensei — Mais outro tensei/isekai, ao que parece o autor queria fazer um anime sobre um confeiteiro, mas não tinha muito mais ideias do que isso e jogou o confeiteiro num isekai para ver se fazia sucesso. Vejo grande potencial na fórmula isekai, mas até eu que gosto disso tenho que admitir que já deu, está sendo explorado de uma forma preguiçosa, saturada e mercadológica sem necessidade alguma.
AI no Idenshi – Madhouse já foi sinônimo de qualidade, mas já faz um tempo que só de ler esse nome me dar uma tremedeira nas pernas, pior do que isso só Toei. Não tem suspensão da descrença que consiga funcionar com desenhos genéricos e pouco detalhamento numa proposta de ficção científica futurista, a qual exige uma alta qualidade de animação. Foi um tiro no pé da Madhouse aceitar fazer um anime com desse tipo na sua atual situação. Outro ponto que não funciona comigo são personagens com desenhos bem jovens ocupando posições de pessoas eruditas. Eu sei que isso é para tentar alcançar um público mais jovem pela identificação, mas exceto que a obra seja tematicamente muito fantasiosa a verossimilhança passa longe e me tira da imersão. A única coisa boa que consigo ver nesse trabalho são algumas críticas que se propõe a fazer como o papel das inteligências artificiais na sociedade e a questão de memórias substituídas. Para finalizar odiei a cena do trailer com o astro boy indo assistir aula.
Spy Kyoushitsu 2nd Season — Não assisti a primeira temporada e não vou começar pela segunda. O que espanta é que a primeira temporada foi lançada no início deste ano, e essa segunda está com um baixíssimo número de pessoas esperando. Surpreende ainda mais porque o diretor é bom e a light novel não é tão mal avaliada. Ainda assim a primeira temporada deixou uma péssima impressão sobre a obra.
Mononogatari 2nd Season — A primeira temporada não foi terrível, mas não passou de um legalzinho. O estímulo para continuar obviamente é baixo, sinto que se fizer isso possivelmente vou me forçar a ver episódios, mas talvez eu consiga arranjar coragem a fim de saber como a história acabará. Pois, têm alguns mistérios com romance que estavam sendo desenvolvidos, salva-se alguma coisa nessa trama.
Ayaka — É uma obra original, ou seja, tem que confiar que o estúdio que fez pouca coisa e quase tudo foi ecchi com lolis, vá fazer algo bom com uma obra de fantasia com mistérios. Para aumentar a confiança, o diretor é o mesmo do infame Happy Sugar Life. Pelo menos o trailer não está ruim, os desenhos de personagens são bonitos, nisso são especialistas né. Lendo a sinopse também reconheço que tem algumas boas ideias nessa proposta, mas como serão desenvolvidas é preciso uma fé que não tenho.
Synduality: Noir — Não vou dizer que foi o pior 3D que já vi, tem muitos piores que esse, mas está muito feio e atualmente não tem como deixar passar isso. O que mais posso falar é que se trata de uma adaptação de um jogo, que não joguei e nem se quer sabia da existência. Além disso, olhando só para a sinopse parece algo bom que está sendo mal produzido.
Lv1 Maou to One Room Yuusha — Duvido muito que vá fazer um grande sucesso, mas acredito que deva valer a pena se objetivo for ver apenas algo cômico como distração.
BanG Dream! It's MyGO!!!!! — Esse anime faz parte de uma franquia multimídia da “BanG Dream”, a qual detém muitos outros títulos de animes com a mesma temática musical, que servem mais para promover jogos, músicas, bandas, etc. Às vezes aparece um anime diferente com idols que aprecio, mas os mais típicos que são muito focados na música tenho bastante antipatia. Gostaria de saber mais sobre a proposta desse anime, porque tem um ambiente escolar no trailer, porém não tem como saber quando não existe uma sinopse e é uma obra original. Além disso, a obra faz parte de uma franquia que as tramas são separadas.
Yami Shibai 11 — Décima primeira temporada de um anime que não assisti nenhuma das dez primeiras. Não sei se é bom, não sei se é ruim, tudo que sei é que é um anime de terror de poucos minutos por episódios e que não vou começar a assistir agora.
Cardfight!! Vanguard: will+Dress Season 3 — Não via a primeira, nem a segunda temporada. Se bem que a primeira é a terceira, e a segunda é a quarta, e a terceira é a quinta temporada. Tem também uma sexta e uma sétima previstas para o ano que vem, uma oitava e uma nona previstas para 2025, mas não me perguntem qual temporada de fato elas são. Não vi as temporadas passadas, mas deu para ver que a franquia é um clone de Yu-Gi-Oh. Coragem de ver Yu-Gi-Oh não tenho mais, quanto mais o clone. Independente de mim, tem público para isso e cartas vendem.
Hyakushou Kizoku — Anime de cinco minutos sem muita trama, apenas para passar uma mensagem positiva e educativa sobre a vida agrícola. Não vou assistir.
Shadowverse Flame: Seven Shadows-hen — É a Terceira temporada de um anime que juntando às duas primeiras dão 98 episódios de 24 minutos. A primeira temporada tem 14.969 membros e 48 episódios, a segunda tem 5.353 membros e 50 episódios. Um investimento gigantesco principalmente tendo em vista a animação que usaram. Não sei como tiveram a ousadia de fazer uma terceira temporada com essa baixíssima popularidade, mas fizeram. Além disso, resumindo do que se trata, é um anime bem infantil que mistura Digimon, Pokémon e Yu-Gi-Oh. Por que animes assim existem? Com certeza não é por público, na minha opinião deve ser contrato com televisões.
Ikimono-san — Um clássico cult que tem episódios de um minuto. Vi o trailer de quase 40 segundos do protagonista se esfregando com um cachorro. É nesses momentos que tenho vontade de perder a compostura e dizer uns impropérios.
ONA:
Hanma Baki: Son of Ogre 2nd Season — Segunda temporada que, na verdade, é a quarta, e se considerarmos a série clássica é a sexta. Eu só assisti a primeira temporada da série moderna, logo tenho que assistir pelo menos as outras duas para ver essa. A temporada que assisti gostei, mas senti que a fórmula estava se esgotando no final e talvez não vala a pena ver sequências.
Kengan Ashura Season 2 — Não assisti as outras temporadas, é isso mesmo outras, segunda temporada é só nome. Eu vi o trailer de algumas temporadas, pois ainda não tem da atual e basicamente é uma versão de Baki mais fraca com um 3D de doer os olhos.
Shuumatsu no Walküre II Part 2 — Não vou comentar nada, vou só rir sozinho.
Tonikaku Kawaii: Joshikou-hen — A segunda temporada não está sendo boa, não foi pelo caminho que deveria ter ido e não acredito que essas ONAs possam mudar.
Bastard!! Ankoku no Hakaishin Season 2 (ONA) — Com certeza o anime que estou mais aguardando de toda a temporada, tenho altíssimas expectativas.
Nanatsu no Taizai: Ensa no Edinburgh Part 2 — Pensar que tive audácia de assistir todas as temporadas de Nanatsu no Taizai. Para que isso existe mesmo?
Kyoukai Senki: Kyokkou no Souki — Continuação de um anime de mecha com Pokémon que não vi o primeiro e que não vou ver.
Youjo Shachou R — Continuação de um anime de comédia de três minutos por episódios que não vi o primeiro.
A gravidez da Ai é igual a de qualquer adolescente?
Primeiramente é falso dizer que todo mundo isenta o fato da Ai engravidar com 16 anos, nem mesmo o próprio Guto isentou isso, tendo em vista que no vídeo ele afirma esse ser um grande problema. Ser um problema também não é necessariamente condenar a garota dizendo está errada, dizer isso como o Ig0y fez é um juízo de valor, altamente subjetivo e baseado somente na idade é abominavelmente preconceituoso. No entanto, concordo que as sociedades mencionadas no vídeo não veem com bons olhos a gravidez na adolescência. Por terem uma mentalidade dominante progressista no sentido que a mulher antes de formar uma família deve ser independente com uma carreira profissional e um ensino superior. Não seguir essa cartilha gera certas indignações ideologizadas de lacradores que tentam construir uma moral pós-moderna. A despeito disso, as mulheres devem ter todo o direito de escolherem o que elas quiserem para suas vidas, devem ter o direito de buscar a felicidade sem imposições.
Gravidez na adolescência é algo escandaloso quando acontece com pessoas comuns? Garanto que não é algo anormal para estampar os jornais e sejamos honestos que na nossa sociedade a população somente se importa com a conta. No Brasil cerca de 14% de todos os partos são de mães adolescentes. Esse indicador ano após ano vem sofrendo uma redução, devido ao envelhecimento da nação, a existirem anticoncepcionais, a abortos serem cada vez mais populares e a maior instrução da população. Se por um lado os partos estão reduzindo em idades mais novas, por outro lado, cada vez mais cedo os jovens iniciam as suas atividades sexuais. Quase 50% dos jovens tiveram sua primeira relação sexual na adolescência, 30% antes dos 15 anos e pelo menos 1/3 sem uso de proteção. Pessoas comuns tendo recursos não sofrem coerção, diferentemente de ídolos musicais jovens da cultura japonesa (idols). Para as idols até mesmo uma troca de carinhos mais íntimos é um problema, namorar enquanto seguir essa carreira é terminantemente proibido, ter relações sexuais e engravidar é um gigantesco escândalo.
De fato, a carreira de um idol é curta e não passa dos 30 anos, logo fazer a protagonista ter um filho aos 16 anos parece ser o mais conveniente. Qual o problema com isso narrativamente falando? Existe algum demérito nisso que justifique essa crítica do vídeo do Ig0y? É um encaixe narrativo coerente com a proposta. Além disso, discordo categoricamente com a afirmação feita no vídeo do Ig0y que a obra não está fazendo uma crítica a forma de vida de mentiras que a personagem está inserida, isso é comprovado por ela ter uma gravidez escondida. Por derradeiro, concordo que o anime parece não se importar em querer fazer uma crítica negativa comum a gravidez na adolescência, até porque não é uma personagem comum e não tem problemas comuns.
O anime obrigatoriamente teria que retratar de forma negativa a gravidez na adolescência? Por que o ig0y é tão etnocêntrico e quer impor críticas que colaborem com seus valores em tudo? O Japão detém uma taxa de 0,4% de adolescentes entre as mulheres que dão à luz, isso é 35 vezes menor do que a brasileira, que por sua vez é 4 vezes menor que a subsaariana. Essa taxa japonesa é a menor de gravidez entre adolescentes de todo o mundo. Também é preciso dizer que o problema de baixa natalidade que o Japão vive atualmente é a maior preocupação de todos os japoneses, não são os terremotos, não é a economia, não é a China. Logo, mostrar desaprovação por algo que a nação está buscando desesperadamente não faz sentido.
Não jogar uma pessoa na fogueira é ser favorável aquilo que ela fez? Onde foi que o Guto disse que não tinha nenhum valor na menina ser criticada por ter 16 anos? Pelo menos não vi isso no vídeo do Guto. Onde o Ig0y viu todo mundo dizendo que não tinha nenhum valor na menina ser criticada por ter 16 anos? Certamente em alguns bolsões conservadores da sociedade ainda exista alguma resistência a não aprovar comportamentos sexuais fora do casamento, implicando também em certos tipos de gravidez na adolescência. Não é todo mundo como foi dito, todavia vou dar algum crédito ao Ig0y, porque de forma geral, a mentalidade da sociedade ocidental é permissiva a prática de relações sexuais libertinas com algumas poucas exceções. O problema é que o Ig0y parte de um pressuposto bastante superado que as pessoas condenam, quando elas de fato só não querem é ter despesas. Logo, não tem porque “todo mundo” sair fazendo críticas sobre essa garota, quando não a repudiam. Para reforçar, no Brasil, 26% das adolescentes se casaram ou foram morar com seus parceiros antes de completar 18 anos. Não sei onde o Ig0y vive, talvez seja onde a população é muito conservadora nesses assuntos, mas pessoalmente acredito que não deva ser nesse planeta.
Teve um momento do vídeo que o Ig0y ainda falando sobre gravidez da Ai perdeu a paciência e começou a dizer impropérios, o qual é o argumento de quem não tem argumento. Isso porque alguém falou da gravidez de adolescentes na África. Em resposta o Ig0y inquiriu o nome de cinco países desse continente, entendi que não foi negando propriamente, mas foi um argumento de autoridade e de ataque ao argumentador. Sei decorado o nome de quase todos os países da África, porém saber disso não significa absolutamente nada para o argumento que adolescentes engravidam. Só para constar com dados da ONU, todos os países da África Subsaariana têm essa situação. Para terem uma noção, de todos os nascidos de mães entre 15 e 19 anos de todo o mundo, 48% deles nasceram somente na África Subsaariana. Estudo do Fundo de População das Nações Unidas, Unfpa, revela que em países da África Subsaariana, mais de 60% das gestações ocorrem em meninas com menos de 17 anos.
Na análise feita no vídeo do Ig0y, foi contestado o fato da informação de gravidez da Ai não ter vazado. É comum os escândalos vazarem? Sim, mas quantos tantos passam décadas até serem descobertos e quantos tantos nunca são revelados. É impossível calcular se tem mais escândalos que vazam dos que os que nunca vazam. Só tem como especular que são muitos os que nunca chegam a público, com base que são muitos os que demoram muito tempo a vazarem. Existem inúmeros casos de celebridades internacionais super famosas que conseguiram esconder a gravidez e não custa lembrar que a protagonista é somente uma subcelebridade japonesa. Não existe nenhuma incoerência nisso, até mesmo dizer que é conveniência é complicado quando não se tem como calcular probabilidades. Ademais, o anime tratou dessa questão dizendo que a Ai foi para uma cidade pequena e que usou um pseudoanônimo. Tem também uma cena no anime onde uma idol é notícia casando e estando grávida, em outras palavras, casou para não escandalizar.
Algumas ponderações sobre críticas a gravidez da Ai.
Uma crítica moral é bem complicada, pois a sociedade japonesa tem seus próprios valores, que não podem ser medidos com régua ocidental, a fim de que possam exigir que o anime faça uma condenação por ser uma gravidez fora do casamento. Além do que por Ai estar no mundo artístico, é uma personagem desapegada a valores morais, mesmo os pertencentes a cultura japonesa. Vale também destacar que a crítica moral da idade seria mais do conservadorismo das tradições. Já para questões religiosas seria apenas em virtude de não ser casada.
Críticas familiares tem seu próprio aspecto, mas estão muito ligadas a críticas morais e psicológicas. Dito isso, as definições de família e de estruturação dela estão mudando continuamente. Assim como também é muito complicado dizer se alguém com 16 anos não tem uma estrutura psicológica para ter uma família. Na minha opinião, essa mentalidade pós-moderna de protecionismo exacerbado sobre os jovens, sempre os tratando como incapazes e inaptos, defendida pelo Ig0y, causam muitos danos a sociedade, gerando coisas como os hikikomoris. Outro ponto, é que a Ai não tinha família para surgirem conflitos durante a gravidez, exceto se ela tivesse um relacionamento sério com a pessoa que a engravidou. Ademais, é interessante notar que pelo menos nesse início da trama a relação amorosa da Ai não foi tratada como um abandono. Talvez isso seja um reflexo da sociedade atual japonesa, ou talvez queira passar alguma mensagem, porém o fato é que o Ig0y não se atentou para essa questão no vídeo.
Sobram as críticas a saúde física e o anime as fez. Foi dito que no caso da Ai poderia ter que ser uma cesárea, o anime também criticou a demora dela em ter a primeira consulta e ao tamanho da personagem para ter os bebês. Posto isso, senti que as preocupações foram mais por estar grávida de gêmeos do que por ter 16 anos. Críticas maiores só caberiam bem se estivessem falando de uma criança ou um pré-adolescente, mas 16 anos é quase um adulto e em alguns países 15 anos já é um adulto. Gostaria muito que o Ig0y entendesse que gravidez não é uma doença, que mulheres são biologicamente feitas para ficarem grávidas e que 16 anos não é uma idade de risco.
O tema é comum, logo é ruim?
Concordo que no gênero os temas desse anime são comuns e diria mais que são velhos. Entretanto, isso não significa que os temas nesse anime não tenham seus próprios méritos, que não consigam surpreender, que não consigam cativar e que principalmente não consigam emocionar. O anime trata de alguns temas da indústria do entretenimento de forma secundária, tais como: talento não é o mais importante, dificuldades burocráticas, dificuldades financeiras, comportamento de celebridades, dificuldades para manter uma imagem ideal, relação de estrelas com os fãs e dos fãs com as estrelas. São coisas comuns, portanto, são as mais facilmente percebidas, mas não são o tema principal e mesmo sendo abordagens com perspectivas novas e enriquecedoras, não precisam ser complexas e profundas. O que frustra bastante é ver críticas aos temas desse anime sendo rasas, pelo simples fato de não se atentarem sobre o que realmente a trama quis falar. Temas como: amor, família, superação, hipocrisia, amadurecimento e responsabilidades. São tratados com muita mais profundidade do que o da indústria do entretenimento e ignorados pelos críticos. Para finalizar, o tema da obra é sobre vingança.
Gorou o virtuoso que morreu e reencarnou.
O Guto está correto e o Ig0y está errado por querer desumanizar o Gorou. Entendam, médicos são humanos como qualquer outra pessoa, que no exercício da sua profissão é preterido que não expressem juízo de valores, porém isso não quer dizer que eles não possam e não julguem em fóruns íntimos. Acompanhamos o Gorou não somente enquanto está realizando as suas atividades de médico com sua paciente, mas acompanhamos até no íntimo dos seus pensamentos. Isso é importante para evidenciar o caráter virtuoso do Gorou, em não ter juízos condenatórios, em não ser preconceituoso, em não deixar de ser fã por conta de uma gravidez e em querer ajudar a trazer a vida. Ao contrário do perseguidor, que também era um grande fã, mas não tinha virtudes, era tóxico, não respeitava a liberdade da Ai e queria trazer a morte. Também é preciso ressaltar a existência da Ai paciente e da Ai idol, o Gorou poderia não ter a mesma opinião de fã alinhada com as de médico. Para concluir, é impossível não comparar com o Ig0y, que pediu que Ai fosse condenada, que disse claramente que a Ai estava errada, que queria jogar a menina no inferno por ficar grávida. Tirem suas próprias conclusões sobre com quem o Ig0y se parece.
A morte do Gorou foi ruim como diz o Ig0y? Tenho duras críticas do encontro do Gorou com Ryousuke, e para quem tinha lido a sinopse do anime já sabia que em algum momento o Gorou iria morrer. Independente disso, a cena da morte em se, do momento que ele é empurrado em diante, consegue causar um certo choque, cria uma expectativa até o último instante de que o Gorou pudesse escapar e gera um certo mistério pelo corpo não ter sido encontrado. Tem como dizer que uma cena com esses elementos é ruim? Infelizmente, confesso que não me emocionou tanto, mas a culpa foi minha porque tinha pego spoilers e bem maiores do que os que estão na sinopse. Mesmo assim, consigo reconhecer o potencial e imaginar como deve ter sido impactante para quem foi ver sem saber de nada.
O Ig0y afirma que a reencarnação do Gorou foi uma propaganda pró-aborto, porque fica implícito que o corpo de Aqua não tinha alma antes do Goru morrer. Nessa questão de o feto ter alma/espirito, vou tomar como exemplo o que pensa a cultura judaica cristã. Para quem desconhece, isso é uma questão milenar no cristianismo e no judaísmo, é contencioso sobre qual é o momento que o corpo passa a ter alma. Independente disso, são religiões antiabortistas por entenderem que a vida se inicia no momento que a biologia determina, que é na concepção. Logo, é irrelevante a questão de qual é o instante específico que o corpo adquiri uma alma, porque não existe vida humana mais valiosa do que a outra. A vida é um dos pontos mais fundamentais dessas crenças e o assassinato para essas religiões é pecado. Entendo que certas concepções teológicas dão mais margens para que pessoas possam tentar defender o indefensável, mas daí fazer uma ilação que por pessoas exporem certas ideias necessariamente defendam outras é de uma plena ignorância. No mais, não foi afirmado se no universo desse anime todas as almas reencarnam no mesmo momento.
Fazendo alguns esclarecimentos do que pensa o cristianismo. Primeiramente há duas opiniões com bases escrituristica sobre como a alma humana é criada, são o traducianismo e o criacionismo que atualmente é a corrente majoritária. Um adendo, esse criacionismo não é o que faz contraponto a teoria da evolução. Voltando, a corrente do traducianismo acredita que as almas são criadas com os corpos físicos e a corrente do criacionismo que as almas são infundidas. Em qual momento elas são infundidas, aí tem tese para tudo, tem até de estágios da alma. A palavra grega peûma (espirito), significa: sopro, vento, ar, sopro divino, portanto existem aqueles que advogam que somente o recém-nascido após respirar é que tem espírito. A briga ainda é bem mais complicada, porque tem também a teologia da dicotomia (alma e espírito são a mesma coisa) e da tricotomia (alma e espirito são coisas diferentes).
O único instante que o anime fala sobre aborto é quando é sugerido a Ai. Isso se dar no momento que antecede a cena do telhado, na qual é onde ela responde à indagação dizendo que não tem família, que sempre quis ter uma e que sua família será feliz e divertida. O anime super pró família, que incentiva a não fazer aborto e trabalha com o grupo que é mais vulnerável a cometer esse ato, acusado por Ig0y de ser abortista. Ridícula essa declaração do Ig0y, é tão ridícula que prefiro acreditar que foi uma piada de extremo mal gosto.
Tem um momento do vídeo que o Ig0y fica desmerecendo o parto da Ai, perguntando quem fez, quem assinou. Essas indagações não têm lógica alguma para tentar refutar o argumento que o Guto vinha construindo. Também demonstram uma falta de atenção, posto que logo em seguida o Ig0y afirma que a Ai não ligava para quem iria fazer o parto, quando no anime a Ai disse no seu último diálogo com o Gorou que não queria outro médico. Além disso, faltou a compreensão do propósito e do foco que não é na Ai, mas no protagonista. Foi o Gorou que prometeu a Ai que faria aquele parto para que as crianças nascessem saudáveis e não o contrário. Ademais, ele refletiu ter encontrado o seu propósito em ter se tornado médico naquele parto, para garantir que fosse seguro. Não fazer isso é deixar um propósito inacabado o que justifica a sua reencarnação.
Em relação a suposta incoerência por conta do sumiço do Gorou. Primeiro, alguém encontrou o Gorou, basta observar que na última cena que ele aparece tem alguém se aproximando dele (14:55 a 14:57, lado direito da tela). Vemos a pessoa por detrás e no escuro, mas aparenta estar com um capuz parecido com o do assassino, logo provavelmente foi o próprio assassino que foi esconder o corpo. Segundo, é falso dizer que ninguém procurou e que ninguém notou o sumiço do médico, posto que teve um funeral simbólico. Terceiro, o Japão tem cerca de 80% do país coberto por florestas densas e relevos montanhosos. Facilmente alguém se perde e jamais é encontrado em uma pequena área de floresta, imagine em uma grande floresta. Quarto, segundo o New York Post, desde meados da década de 1990, cerca de 100 mil pessoas por ano desapareceram no Japão, simplesmente “evaporam” sem deixar rastro nenhum.
Ai aquela baranga.
O Ig0y ficou revoltadíssimo, porque a “mocreia” da Ai não virou uma baleia, cheia de celulites, com estrias e cicatrizes depois de um parto. Como pode ela não ter bulimia?! Seria o autor um imbecil por não mostrar esse clichê da lacração?! Afinal quem se importa dela ser bem jovem e ter optado por um parto normal (11:47 do anime) para não ficar com cicatrizes. Pessoalmente tenho várias lindas amigas que depois que tiveram um filho, voltaram rapidamente e sem esforço a ter o mesmo corpo de antes, algumas delas ficaram até mais bonitas. Também é preciso observar que nessa trama teve um salto de tempo entre o parto e a volta da Ai para os palcos. Como sei disso? O médico já tinha sido dado como morto, os bebês não tinham a aparência de recém nascidos, as crianças andavam (nove meses é o mínimo para uma criança começar a andar) e um personagem do estúdio disse que há meses não falavam mais do grupo da Ai. Incoerência não tem, e realmente era preciso mostrar a Ai fazendo regime, academia e ensaiando nesse tempo? O arco de preparação realmente agrega muita coisa a tramas? Quem estaria morrendo de vontade de ver enchimentos? No mais, assim que Ai volta aos palcos, a primeira pergunta que o apresentador faz é se ela está comendo direito e a resposta dela é que está comendo muito. A análise do Ig0y não faz sentido algum, colocações sobre cirurgia e questionamentos de recuperação pós-parto são infundadas, por ele simplesmente não prestar atenção no tempo decorrido e em ter sido um parto normal. Em suma, o Ig0y cobra que a obra faça aquela crítica genérica, ideológica, saturada, receita de fracasso, bandeira de feministas invejosas que não raspam os cabelos do sovaco. Aceitem, o que é belo é belo, o que é feio é feio, e tudo que presta tem um preço.
Esqueceram de mim.
O Ig0y reclama que o Aqua não reconhece que a Ruby era uma paciente sua de outra vida que reencarnou. Primeiro, a Ruby não quer falar sobre vidas passadas, porque ela tem medo que se o Aqua souber que ela era apenas uma garotinha vá ser inferiorizada (55:56 a 56:29 do anime). Segundo, o Aqua acha deprimente falar sobre a outra vida. Existe uma grande plausibilidade em não saber quem era aquela pessoa em outra vida se não falam sobre isso. Terceiro, é falsa a afirmação do Ig0r que a Ruby não tem nenhum traço para que o Aqua presumisse quem ela era no passado, posto que o comportamento dela pela idol o faz associar a Sarina (32:13 do anime).
Construção de personagens.
O Ig0y cobra características sui generis da Ruby. O que podemos exigir nesse sentido de uma criança de 12 anos? Apesar disso o anime entrega algumas características tais como: o fato dela ter tido câncer; de ter traumas com quedas; de ter uma relação de paquera com um médico; de ser fã de uma idol. Na minha opinião é uma construção suficiente, principalmente se considerarmos que isso é somente no primeiro episódio. Ainda sobre a Ruby, o Ig0y reclama também de que o câncer tem outras facetas que poderiam ser exploradas, e isso é verdade, mas só se deve falar aquilo que é pertinente a trama, caso contrário é enchimento desnecessário.
O Ig0y reclama que essa obra só tem dois ou três personagens. Isso demonstra que o Ig0y quer que todos os personagens apresentados sejam trabalhados da mesma forma. Somente uma pessoa que desconhece que existem vários tipos de personagens exigiria algo assim. Os demais personagens não precisam ter uma construção igual à dos principais, e se tem uma coisa que esse anime oferece aos principais é um arco completo de personagem. Por fim, eu queria saber onde o Ig0y encontrou essa regra que a qualidade de uma obra é definida pela quantidade de personagens.
O Guto é um merda desonesto?
Se alguém gosta demais de algo, ou queira vender algo, não vai ficar procurando e exaltando possíveis problemas. No caso de quem gostou demais, está implícito que considera irrelevantes possíveis problemas. Já no caso de quem queira vender, não cabe a esse ficar apontando possíveis falhas do seu produto, pois fazer isso é burrice. Não importa qual seja o caso, isso não torna o Guto um merda e um ser desonesto. No mais, a ônus da prova é de quem afirma, cabe a quem diz que é ruim apontar falhas e a quem diz que é bom apontar qualidades, não o contrário.
O Ig0y afirmou que Aqua falou “eu agradeço por ter sido assassinado”. Quando o que o Aqua falou foi: “fico feliz por poder de cuidar da Ai tão de perto, tanto que sou grato ao cara que me matou”. Por favor, interpretação de texto e entendimento de figura de linguagem, o foco não é em ser grato a quem o matou, mas em ficar feliz porque reencarnou naquela vida almejada. Logo em seguida o Aqua continua: “Mas a verdade é que queria ajudá-la a ter os filhos dela”. Até concordo que essa expressão do Aqua de ser grato pode não ter sido a mais adequada, por ser muito forte para expressar a sua felicidade, mas o que o Ig0y faz é usar um texto descontextualizado como pretexto para dizer impropérios. Não existem os problemas como o Ig0y coloca nessa fala, porém também é bom ressaltar que não há uma versão brasileira, o que temos é uma tradução feita por fãs, ou seja, pode ser que no futuro quando chegar a versão oficial as palavras sejam mais adequadas. Para jogar uma última pá de cal nesse caixão, no mangá ele não disse que é grato, ele disse que é "quase grato".
Primeiramente corrigindo o Ig0y, não foi o protagonista que falou que era “enviado de Amaterasu”, foi a Ruby e o que ela disse é que era a encarnação do Amaterasu. Eu queria entender qual o problema que o Ig0y ver narrativamente na Ruby dizer isso e pior chamando o protagonista de psicopata por isso. Já quanto a Miyako ser uma personagem de “bom coração”, ser ou não ser é uma questão muito subjetiva e desnecessária para o prólogo. Outra, uma pessoa que comete um deslize em um momento de fragilidade já é uma pessoa terrível? Mais uma, por que essa personagem tem que ser boa? Já para o resto da obra, tem um salto de aproximadamente uma década, onde a Miyako ficou cuidando da Ruby e se virando sozinha com a empresa. Isso muda as pessoas, isso as amadurece e é uma justificativa para as mudanças na personagem, coisa que o Ig0y diz que o anime não tem.
Respondendo às indagações do vídeo do Ig0y sobre a segurança da residência da Ai.
1. Por que Aqua não se passou por Amaterasu, manipulando a Miyako para avisar sobre o perseguidor e reforçar a segurança? Não era a casa da Miyako, o perseguidor estava sumido há vários anos e faltavam motivos para acreditar que a Ai estivesse em um perigo eminente. No mais, o perseguidor não necessariamente era uma ameaça que iria matar a Ai, tanto que é reconhecido e quando ele feriu fatalmente o Gorou foi em um contexto de fuga o empurrando de um barranco. Sem contar que mesmo com uma mente de adulto o Aqua tinha muitas limitações por ser uma criança.
2. Se fosse alguém na campainha pedindo açúcar, não descobriria o segredo da Aqua de ser mãe? Não, as crianças estavam no quarto. Também não seria uma incoerência porque o anime já tinha estabelecido que a personagem era descuidada, como foi no caso da entrevista.
3. Não tem olho magico e não tem câmera? Era uma residência nova (1:01:51 e 1:13:30 do anime). Além do que a negligência com segurança da Ai é justificada, pelo passado da personagem, por ser meio bobona, por ser bastante jovem e por ela admitir que cometeu uma falha, ou acaso ninguém pode errar.
4. Não tem uma secretária? A agência não tinha recursos nem para uma babá, quanto mais para uma secretária.
5. A Ai era muito famosa? Estava com uma carreira em ascensão, mas ainda era uma subcelebridade menor do que muitos youtubers brasileiros e não era uma Shakira da vida.
6. Tinha rios de dinheiro? Tinha recursos, mas o anime inteiro frisa que a Ai não ganhava a contente e que a agência era pequena.
7. Colocar portão de ferro? O Japão é um lugar muito seguro, portões de ferro não são comuns e de toda forma ela teria que abrir a porta para receber as flores.
8. Colocar um interfone? Que diferença faria falar por interfone, ou falar pelo outro lado da porta, se abriria a porta de todo jeito para receber as flores.
9. Portaria do prédio? Primeiro, tem alguns cortes que fazem pensar que seja um apartamento, mas também tem outros que levam a crer ser uma casa, o fato é que não sabemos se era um apartamento, uma casa, um sobrado, ou qualquer outra coisa. Segundo, é muito comum no Japão não ter portaria em prédios. Terceiro, provavelmente era uma casa, porque a maioria dos edifícios do Japão tem paredes de drywall e nos mais antigos são de madeira, isso significa que a maioria dos prédios não permite crianças. Portanto, quem tem família no Japão mora em casas, ainda mais uma idol que iria fazer barulho e precisaria de espaço.
O perseguidor.
Quando o Ig0y fala desse personagem indaga se isso é um dez, em seguida a outra pessoa que está com ele no vídeo reclama do perseguidor aparecer novamente com um capuz e o Ig0y ratifica a crítica. Se pegarmos os animes favoritos do Ig0y, os quais ele deu nota dez, o que não falta são personagens usando a mesma roupa em todas as ocasiões, alguns deles por anos. Além de ser uma crítica contraditória, não faz sentido reclamar de um capuz em cenas que pela situação que o personagem se encontrava eram contextualizadas.
O Ig0y reclama do Guto não ter mostrado a cena do perseguidor se arrependendo, como se o Guto tivesse a obrigação de mostrar somente porque o Ig0y quer. Esforcei-me bastante tentando ver algum problema nessa cena e não consegui. Até entenderia alguém que fizesse uma ou outra sugestão de como essa cena pudesse ficar melhor, mas problema mesmo tem zero.
O Aqua poderia ter salvo a Ai?
Depois que Aqua entra na cena, o tempo de 1 minuto e 54 segundos foi o que Ai precisou para afastar o seu agressor dos seus filhos. Enquanto isso o Aqua já tinha corrido para pegar o telefone e estava chamando a ambulância, exatamente a primeira coisa recomendada por médicos a se fazer em situações assim. Depois que o perseguidor vai embora passam mais 2 minutos e 49 segundos para a Ai morrer. Menos de três minutos foi o tempo que o Aqua teve, tendo um corpo de uma criança de quatro anos de idade, não tendo nenhum material médico disponível e tendo que se recuperar de um choque tremendo. Ainda assim ele conseguiu fazer um diagnóstico e uma recomendação médica de não se esforçar falando. Contudo, o Ig0y queria que o Aqua conseguisse fazer mais coisas. Detalhe, o garoto de quatro anos estava sendo contido por um abraço de sua mãe. Abraço esse contra o seu abdome onde o Aqua pressionava o seu ferimento.
Nessa cena no mangá (capítulo 9, página 10) o Aqua estava pressionando contra o ferimento com um vestido, ou com uma blusa, ou usando um saco plástico nas suas mãos para não infeccionar. O ferimento dela era gravíssimo, ela já tinha perdido muito sangue e um garotinho não teria a força necessária para estancar a hemorragia. Por ser um médico o Aqua já sabia ser irreversível o quadro e foi por isso que não quis deixar a Ruby ver a mãe morrer. Médicos não são Deus, não é porque tem um médico em um lugar que vá acontecer um milagre.
Quanto tempo demora para morrer depois de levar uma facada na barriga? Se o corte for profundo, menos de dez minutos, muito mais rápido se for na aorta abdominal. Cinco minutos já era o suficiente, mas o tempo preciso que Ai demorou para morrer não sabemos, posto que existe um salto temporal entre o encontro de Ai com o Ryousuke e a entrada de Aqua na cena. Como sei disso? Ela estava no final do corredor quando o Aqua a encontra, não mais na porta e já tinha muito sangue por todos os lugares. Durante esse hiato podem ter passado muitos minutos.
O conceito de reencarnação no anime.
O Ig0y reclama do porquê o Aqua não foi atrás da Ai reencarnada. No entanto, o Aqua não sabe se todos os seres humanos reencarnam, não sabe se todos reencarnam nesse planeta, não sabe se todos reencarnam como seres humanos, não sabe se todos reencarnam imediatamente. Mesmo que tudo isso fosse favorável para o Aqua, ainda teria um planeta inteiro para procurar com bilhões de pessoas nele. Tem muitas coisas que o anime não estabelece sobre reencarnação, mas lembrar da vida anterior é estabelecido como uma estranheza, ou seja, uma exceção. Procurar uma alma reencarnada que possa não lembrar de nada, não me parece algo inteligente. Se fosse assim todo mundo que acredita em reencarnação estaria procurando seus entes falecidos. Como o Ig0y se declarando ser um budista não sabe disso?
Se a Ai reencarnasse com as memórias de outra vida, ela saberia quem é o Aqua e a Ruby. Logo, faria sentido ela procurar eles quando pudesse. Se ela não veio procurar é porque não reencarnou com as memórias. Se ela não reencarnou, por que o Aqua criança iria atrás dela? Nota zero para o Ig0y, um super zero.
Também criticam o Aqua porque supostamente não teria motivos para reencarnar por ser um médico. Esse é um argumento bem preconceituoso, não é por ser um médico que uma pessoa está automaticamente no nirvana, sem problemas e totalmente realizada. Até entendo a ótica que médicos ganham bem, que é uma profissão almejada por muita gente. No entanto, ter dinheiro e prestígio, não é garantia nenhuma de felicidade e realização. O anime deixa claro que o Gorou, só via sentido e só se sentia realizado em ser médico por ter a chance de cuidar da pessoa que idolatrava.
Ataque ao argumentador.
O IgOy acusa o Guto de ser desonesto e mercenário por defender esse anime. Que isso é falácia é indiscutível, mas me pergunto do que o Ig0y vai me acusar, porque não ganho absolutamente nada defendendo essa obra e nem fã do Guto sou. No mais qualquer um poderia inverter esse argumento contra o próprio Ig0y, dizendo que só ataca esse anime para ganhar visualizações e dinheiro.
Quem é meu pai?
O Ig0y acusa o anime de não mostrar o Aqua fazendo nada na tentativa de procurar o pai efetivamente. No episódio três tem um flashback com todo o esforço para conseguir os contatos que estavam no celular da mãe. Mostrando uma dificuldade para conseguir uma bateria de um modelo antigo e um tremendo esforço para desbloquear a senha, no qual foram quatro incessantes anos tentando encontrar. Ademais o Aqua trabalhou em ter meios que pudesse o aproximar de seus possíveis pais para tentar coletar o DNA deles. Por último, por mais que o Aqua tenha memórias de outra vida uma criança tem muitas limitações.
1. Origem do anime ser um jogo e a motivação de existir ser a divulgação do mesmo.
Pelo tom usado com intuito claramente pejorativo, essas colocações realizadas pelo Alexandre da origem foram feitas de modo desnecessário, formando um argumento duplamente falacioso. Para ser mais especifico, são duas falácias genéticas que consiste em aprovar ou desaprovar algo baseando-se unicamente em sua origem.
Pelo o anime ter como fonte original um jogo isso faz dele necessariamente algo ruim? Fazer um anime com a motivação de promover um jogo (para ganhar dinheiro) atingindo mais público, vai fazer dele necessariamente algo ruim? Acaso o Alexandre faz conteúdo na internet para arrecadar dinheiro e mandar para instituições carentes na África sem que ninguém saiba? Se eu estiver equivocado e o Alexandre for uma alma desapegada a bens materiais, uma pessoa caridosa, avisem que enviarei o número de minha conta bancária para receber muitos dólares de doação, porque morar no Brasil não está fácil.
Todo mundo sabe que a patrulha do politicamente correto odeia que empresas que produzam algo possam estar cometendo o “sacrilégio” de ganhar dinheiro em troca dos seus bons serviços prestados.
2. Muito seca a morte da mãe do protagonista.
Eu concordo que não existe um melodrama intenso nessa morte, o protagonista não cai de forma amargorosa, desesperadamente choroso, mas nem poderia pela a situação já terrível que ele se encontrava e porque não iria condizer com a proposta do anime. No entanto, isso não significa que não houve um toque dramático, que não foi trabalhada a relação de afeto entre os personagens, para daí alguém estapafurdiamente afirmar que foi uma morte muito seca (não sentida). Quando na verdade a raiva, a angustia, a humilhação, a incapacidade, a frustação, os gestos cabisbaixos muitas vezes expressão melhor a tristeza do que excessos de lagrimas.
O primeiro episódio é um dos melhores, quiçá o melhor, e um dos grandes motivos para isso é justamente o drama com todos os problemas que esse incidente traz ao protagonista, dando uma perspectiva ao público de muito conteúdo na obra. É uma morte totalmente inesperada, fugaz, vítima da violência urbana, com duras e ótimas críticas ao sistema de saúde, ao sistema onde pessoas sem moral só visam o dinheiro e não dão outros valores a vida. Várias dessas mensagens são passadas nas partes: de negligencia do resgate por falta de ter um plano de saúde; no médico que trata as pessoas menos favorecidas aparecer vestido de açougueiro; nas condições da instalação hospitalar; no tratamento vendido de uma “boa recuperação” para arrancar todos os recursos e oferecer ao garoto logo em seguida a notícia do falecimento da mãe. Entendo quem argumente que seria melhor trabalhar isso em dois episódios para a situação ficar ainda mais dramática, apesar de que eu não concorde, posto que o ritmo ficaria muito lento e não causaria o imprescindível impacto inicial que os primeiros minutos da obra precisavam oferecer. O que eu não entendo é alguém ter a ousadia de fazer um vídeo dizendo que essa obra é vazia, que é sem mensagens, que é sem conteúdo, que não quer dizer nada, quando desde os primeiros momentos e a todo instante grita o contrário.
Aproveitando o gancho, ainda dentro do primeiro episódio, vale destacar a mensagem que o anime passa sobre o preconceito que o David sofre, bullying escolar. Sendo perseguido, agredido, ameaçado, para forçá-lo a sair da acadêmia, em virtude que colegas abastados não aceitam a presença de alguém que não fosse da mesma classe social frequentando seus mesmos ambientes. Uma obvia crítica social a um dos temas mais recorrentes nesse gênero que é a desigualdade social com um toque da vertente de segregação.
3. Depois do episódio seis o anime começa a parecer querer trabalhar personagens para dar uma lição de moral, o que não parece uma boa decisão porque não estruturava isso.
Não discuto sobre a existência de uma mudança na história e na estrutura da trama, todavia discordo profundamente que o anime não vinha antes trabalhando os personagens, e que só a parti daquele momento passou a desenvolver “uma lição de moral”. O que temos é um salto no tempo e passamos da ótica do protagonista fragilizado tentando encontrar seu espaço no mundo, para alguém forte que assumia responsabilidades sobre outros, tomando o papel de liderança e se deparando com outros problemas. Logo, o anime precisava retrabalhar o David (protagonista) devido as transformações que sofreu, mas isso não quer dizer que o personagem não era trabalhado. Também se aprofunda no passado da Lucy (coprotagonista), porém todos os demais personagens continuaram na mesma, a não ser pelo o número reduzido de secundários favorecer a maior interação e o maior destaque dos que sobraram.
Os quatro últimos episódios têm menos tempo de tela que os seis primeiros, e usam muito do que lhes tem com cenas de ação, então não posso nem dizer que houve maior foco no desenvolvimento dos personagens com coisas cotidianas. O que de fato houve foi uma mudança de perspectiva, se antes era preciso apresentar personagens, agora é preciso explorá-los, com seus amadurecimentos e dificuldades.
O Alexandre quando fala de personagens afirma ser principalmente do David, e de fato eu tenho críticas negativas em alguns pontos ao trabalho que foi dado a esse personagem, sobretudo depois da passagem de tempo, mas são pontos totalmente diferentes dos dadas por ele. Posto que o Alexandre absurdamente acredita que o anime quer abordar a temática de drogas e que a lição e a moral que foi construída é sobre isso. Digamos ainda assim que fosse sobre isso, mas desde o início o anime fala sobre as drogas levando a loucura os cyberpunks e não somente a partir da virada para afirmar que não foi estruturado, que não foi trabalhado. Também nenhuma lição de moral foi tentada tirar disso, existe uma diferença entre um elemento narrativo de uma abordagem temática.
Em contraste o que me desagrada no protagonista, é dele trocar partes orgânicas do corpo por partes mecânicas de uma forma que acredito que ninguém faria isso. Uma coisa é alguém perder um membro e substituí-lo por algo mecânico, outra coisa é alguém substituir todo o corpo por partes mecânicas sem ser obrigado. O seu primeiro implante ok, foi justificado no anime e nem substituiu nada em seu no corpo, mas o restante dos implantes não teve o mesmo tratamento narrativo. Não gosto desse conceito de substituição, pois me parece incoerente, me faz perder a empatia pelo personagem, não consigo me ver nele e o leva ao Vale da Estranheza.
O que eu vejo de pior na obra são esses pontos que levantei do protagonista, é o motivo de eu não oferecer uma nota dez, mas não um cinco como Alexandre Esteves e sim com justiça dar pelo menos uma nota nove. Visto que a obra não deixa de ser divertida por conta disso, não deixa de ser extravagante, não deixa de ser espontânea. O anime também nunca se propôs a ser extremamente complexo, mas tão pouco se propôs a ser algo bem simples ao nível que um incauto conseguisse ter a capacidade de entender e apreciar.
4. Os quatros últimos episódios, não acrescentaram nada, o anime continuou vazio.
Os últimos episódio tem um maior desenvolvimento de mundo, isso é muito importante para termos um maior entendimento de como funcionava aquela sociedade e assim dando ao anime a possibilidade de fazer uma crítica ao sistema. Parte dessa crítica é clássica porque é inerente ao gênero ser anti-sistémico, porém ganha contornos mais próprios pelos os governantes desse mundo serem duas corporações tecnológicas rivais que tentam se destruir de todas as formas. O futuro distópico em Cyberpunk não é fruto de uma guerra ou do controle direto de maus governos, mas do monopólio do capital financeiro de uma sociedade extremamente materialista, hedonista e em vias de superar a humanidade. O que nos traz algo atual, diferente de vários outros do gênero que foram criados em épocas vividas sobre o medo de guerra nuclear e regimes totalitários. Ainda dentro dessa critica com a ampliação que os últimos episódios nos oferecem é possível também entender como essas empresas controlam tudo e todos, se aproveitando das pessoas e as usando de forma sórdidas para seguir seus próprios propósitos.
Outro ponto que a segunda parte aborda acrescentando a primeira de modo a se fazer necessária, é elevando o conceito filosófico de transgressão corporal visto principalmente no David. O qual tem ampliadas as suas capacidades de transgredir regras ao substituir partes do corpo por melhoramentos tecnológicos, fazendo uma crítica de até onde a humanidade seria capaz de acompanhar as maquinas e de se manter no controle, mesmo com alguém que seja especial.
O principal ponto que a segunda parte se faz necessária é para desenvolver e dar os desfechos a temática central da obra. Ao contrário do que o Alexandre Esteves supôs a obra não fala sobre drogas, a mensagem central que está presente nos dilemas dos principais personagens e faz a trama andar é sobre propósitos (sobre sonhos), as coisas que movem as pessoas. Ou seja, o anime trata indiretamente de uma das perguntas filosóficas mais antigas. Qual é o motivo da vida? Por que eu existo? O anime também não busca oferecer uma resposta objetiva e impessoal para essa grande indagação e sim tratar das origens desses propósitos (sonhos). Logo no segundo episódio o anime mostra que o propósito da Lucy é ir para a lua, mas só no sétimo episódio com o passado dela revelado é que entendemos que a mesma foi criada para servir os propósitos (os sonhos) de outros (da companhia). Seus amigos perderam a vida pelos sonhos da companhia, diante disso a Lucy percebeu que aconteceria o mesmo com ela, e se indagou de que se vamos morrer por que não ir atrás dos nossos próprios sonhos. Então o propósito de ir a Lua da Lucy é o de ser livre para ter os seus próprios propósitos (sonhos). O que é um completo oposto do Davy que não tem um propósito próprio e seu propósito é o de fazer com que os sonhos dos outros sejam realizados, primeiro o da sua mãe, depois o do seu mentor, e em seguida da sua amada. Isso é profundo, é sublime, é fenomenal e faz uma referência ao clássico dos clássicos cyberpunk Ghost in the Shell, onde o casal de protagonista também são espelhos um do outro, são o inverso um do outro que se complementam como o Yin e o Yang.
É muito fascinante a Lucy refletir que perder a vida pelos sonhos dos outros não pode ser o motivo da vida, pois querer viver para morrer é contraditório, mas ao mesmo tempo ela só pode realizar isso com o David perdendo a vida dele pelo propósito dela. O David de certa forma aparecer na Lua no final, isso é mais do que uma referência, isso é mais do que uma parte romântica, porque o propósito do David era realizado no propósito dela, logo ele estava lá. Um último adendo, talvez o único sonho que seja realmente seu, seja o de buscar que exista o seu próprio sonho, o autor ter percebido isso e colocado na obra esse conceito me deixa tremendamente satisfeito. Foi genial! Arrebatador! Merece aplausos de pé!
Por fim nessa questão do porque da segunda parte se fazer necessária. Os demais personagens não têm um desenvolvimento significativo para sabermos exatamente qual a motivação deles além de ganhar dinheiro e acender socialmente. No entanto, é importante trabalharem as relações entre esses personagens para abordarem coisas que ponham em xeque conceitos como confiança, respeito, amizade, lealdade, tudo dentro de uma ótica individualista sem escrúpulos e extremamente materialistas dessa sociedade.
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https://youtu.be/-oAUY3shRFs
What to expect from Winter 2025:
What to expect from the Summer 2024 season.
https://www.youtube.com/@CanalJumentossauro/videos
Tanto o Jumento de Ouro, como o Anime Awards e outras premiações afins, têm os mesmos erros. O problema é a escolha das obras que podem ser votadas e quem pode votar. A única premiação que levo a sério é a da Anime Guild Awards, porque tem os critérios mais objetivos possíveis.
O pessoal do Anime Guild Awards na pré-seleção de quais animes poderão ser elegíveis na votação popular, utilizam de forma transparente métricas tais como: a média de notas do MAL, acima de x pontos; a popularidade do anime, quantidade de membros acima de Y; resultados de votações das temporadas do ano, pegando os três melhores de votações que usaram todos os animes das suas respectivas temporadas; quantidade de obras que o estúdio fez no ano; etc. São critérios matemáticos que visam ser imparciais. Bem diferente de como o Alexandre faz, que é limitando os animes que possam ser votados, sobretudo pelos critérios do que ele gostou e assistiu. No fim, o Jumento de Ouro acaba sendo uma versão um pouco mais popular dos animes que Alexandre pré-elegeu como os melhores.
A votação do Anime Guild Awards tem duas etapas, a de uma jure popular, onde qualquer um pode votar, e outra do jure qualificado. A primeira votação pega as listas dos pré-selecionados. Listas extensas com uns 15 a 20 títulos que podem ser selecionados pelos participantes. Em seguida, essas listas vão para a segunda votação, onde ficam reduzidas para 6 títulos por categoria que o júri qualificado poderá escolher.
Importante frisar que no Anime Guild Awards ninguém vota em apenas um título por categoria, vota em três (primeiro, segundo e terceiro) ou cinco (primeiro, segundo, terceiro, quarto e quinto), dependendo da categoria e de qual das duas votações está participando. A ordem como cada um coloca os votos dá pontos diferentes para cada escolhido. Exemplo: o primeiro da lista ganha 9 pontos, o segundo 6, e o terceiro 3. Os pontos é que são importantes e a soma dos pontos que todos dão é que vai definir qual é o melhor. Com isso, mesmo que um anime tenha muitos votos em primeiro colocado por conta dos fãs, pode não ser eleito. Sendo essa a forma mais objetiva e seria possível. Diferente do Jumento de Ouro, que todos os anos praticamente só prestigia um anime shounen popular em todas as categorias.
Para fazer parte do júri qualificado do Anime Guild Awards tem que se pré-inscrever e ter os critérios mínimos. Os critérios são quanto tempo de animes foi consumido pelo candidato do ano que deseja participar e variedade dessas obras. Tem uma somatória de pontos, onde filmes, animes com episódios de pouca duração, animes com poucos episódios, animes com mais de uma temporada no ano, e desistidos depois de pelo menos três episódios, recebem pontuações diferentes. Essencialmente, o objetivo é que cada jurado tenha assistido a uma quantidade de horas de anime no ano que equivalha ao mínimo de 50 temporadas completas de 12 episódios, isso de animes com pelo menos vinte minutos por episódio. O Alexandre, quando começou essas votações, tinha assistido um pouco mais que 40 animes do ano passado, e vários ele dropou, ou seja, não contam nenhum ponto ou contam poucos pontos. Alexandre não teria as qualificações mínimas para ser um jurado do Anime Guild Awards que este ano conta com 21 jurados qualificados.
Por último, outro ponto que considero bem ruim em certas votações são os excessos de categorias. Quando se faz isso, aparecem categorias que ficam vagas sobre quem pode participar e quais são os critérios para definir o melhor. Por exemplo: um anime focado em drama, que tem um drama bom e contínuo durante toda a trama, pode perder o prêmio na categoria de melhor drama, para um anime que tem apenas uma cena forte dramática, mesmo que o foco do vencedor seja uma comédia. Com isso, os animes populares começam a se repetir em todas as categorias. Por outro lado, colocar critérios demais com tantas categorias temáticas pode levar à falta de candidatos em algumas. Logo, tem categorias que não fazem sentido em certas votações, que só existem pela simples falta de comprometimento de quem fez essa eleição, ou por objetivos escusos de querer prestigiar a um queridinho, ou querer sinalizar para uma agenda.
Esse é o link da votação do Jumento de Ouro 2023:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdthhHUwFZ1iP7X0Rry2V-Mbdrn9TfuMyghQwA3iRHIFv91oA/viewform?pli=1
Melhor anime – Como se pode conferir no link, ninguém podia votar no Jumento de Ouro em Vinland Saga Season 2 ou Jujutsu Kaisen 2nd Season. Os quais são dois dos animes mais populares, mas bem avaliados do ano, e estão ficando nas primeiras colocações em diversas outras premiações. Alexandre pode argumentar sem razão que o melhor anime do ano não poderia ser uma continuação. No entanto, Boku no Kokoro no Yabai Yatsu não pôde ser votado, e tem média de notas maior no MAL do que Tengoku Daimakyou, Jigokuraku e Skip to Loafer.
Melhor encerramento - Ninguém poderia votar em Oshi no Ko, que tem o mais assistido e comentado do ano. Somente um dos vídeos deste encerramento tem mais de dez milhões de visualizações. Sozinho, tem mais visualizações do que todos os outros encerramentos de animes do ano. Tamanho é o absurdo em não colocá-lo na lista de elegíveis que me faltam palavras.
O nome da música de encerramento de Oshi no Ko é Mephisto, essa música pertence a uma banda chamada Queen Bee e essa mesma banda é quem toca a música no anime. O nome do vocalista da banda é Avu-chan, um japonês mestiço, budista devoto, com ascendência afro-americana. Avu-chan sempre se veste como mulher e a mídia japonesa geralmente utiliza pronomes femininos para se referir a ele. Provavelmente pelo Japão ter uma sociedade homogênea que valoriza demais a igualdade e Avu-chan ser um mestiço, seja o motivo dele não gostar de pessoas que categorizam os outros por rótulos raciais ou por gênero. Essa também é a provável causa dele se vestir como mulher.
O Alexandre, um homem branco, ocidental, classe média, não colocou o enceramento de Oshi no Ko na lista. Encerramento que é repercutido e elogiado mundialmente pela sua qualidade. Será que foi um fogo amigo de um lacrador extremamente desaculturado?
Best Girl - Ninguém no Jumento de Ouro poderia votar em Kana Arima, a qual tem 16142 perfis que a colocaram como favorita no MAL, é mais do que Frieren tem. Este número não só a coloca como uma das mais prestigiadas do ano de 2023, mas de todos os anos.
Como se esse absurdo não fosse pouco, ainda colocou para votação a Tomo de Tomo-chan, em vez da Misuzu e da Carol, que estão em outras listas de premiações. Do trio de garotas, a Tomo não é só a mais sem graça, mas tem a metade da popularidade no MAL do que a Misuzu. Ressaltando que Misuzu é um personagem de suporte no mesmo anime da Tomo. Por que a Tomo mereceria essa indicação se perde para um personagem de suporte do seu próprio anime?
Melhor casal - Não lembro qual era a ordem, mas sei que na lista de melhores casais eleita pelos japoneses estavam entre os primeiros casais de Sousou no Frieren, Kusuriya no Hitorigoto e Spy x Family. Nenhum dos casais desses animes puderam ser votados na lista do Alexandre. Qual o critério que ele usou?
Melhor produção/direção – É um completo inepto alguém que passa doze anos da sua vida produzindo vídeos com críticas de animes e ainda assim consegue ter a proeza de tratar produção e direção como sinônimos. Como produção, faltou Vinland Saga II na lista de candidatos, e como direção, faltou Oshi no Ko.
Melhor ação - O Alexandre colocou na lista Mononogatari, anime que nem ele mesmo gostou, que tem as lutas ultra clichês, mal coreografadas, sem clímax, com uma animação mediana e a obra nem tem tanto ação assim se comparada a muitas outras de 2023. Um grande pecado foi não ter colocado nesta lista Kage no Jitsuryokusha 2nd Season, porque de todas as maneiras foi uma obra magnífica, se olhada como todo ou somente no foco de ação. Outras que em termos de ação foram melhores do que as desta lista: Jujutsu Kaisen, Tokyo Revengers: Tenjiku-hen, Helck, até o Spy x Family.
Melhor cena – Dos animes do ano passado, depois de Oshi no Ko, são as cenas de Sousou no Frieren que têm mais visualizações e viralizaram na internet. O Alexandre conseguiu ter a desfaçatez de não colocar ao menos uma cena de Sousou no Frieren para votação.
Quanto à cena selecionada por ele de Oshi no Ko, a morte de Ai, é uma das mais repercutidas, mas nem de longe é a melhor entre tantas outras cenas extraordinárias que Oshi no Ko tem. O mínimo que ele deveria ter feito era de ter possibilitado que pudessem votar em algumas outras cenas do anime além dessa.
Melhor Personagem Principal — Eu uso a foto de Dark Schneider no meu perfil, motivos tenho para achá-lo um ótimo personagem. Entretanto, mesmo acreditando que é o melhor personagem do ano passado, não estaria em lista com as métricas que apontei. Nem tudo é perfeito, mas isso não deve ser desculpa para desleixos.
Melhor comédia – Zom 100 é um grande anime, faz comédia com crítica social, o que é bem valoroso. No entanto, Benriya Saitou-san é absurdamente muito mais cômico e não teve se quer a oportunidade de ser votado. Além disso, houve outros animes com bem mais foco em comédia no ano passado do que esses dois e que não tiveram a oportunidade de serem votados. Qual é o critério para ser escolhido o melhor anime de comédia? É ter conteúdo, é fazer rir muito, é ter foco na comédia? Com que critério se coloca na lista Isekai Hourou Meshi em vez de The 100 Girlfriends se não for para posar de virtude?
Meu time:
Dê uma curtida na minha análise de Code Geass.
Link:
https://myanimelist.net/profile/Tiago_Vaz_007/reviews
Below is the Portuguese version, the one in the link is in English.
Abaixo está a versão em português, a do link está em inglês.
Melhor Personagem Masculino da Temporada Spring 2023:
Melhor Personagem Feminina da Temporada Spring 2023:
Melhor Design de Personagem da Temporada Spring 2023:
Melhor Anime da Temporada Spring 2023:
Melhores OP de Spring 2023
Melhores ED de Spring 2023
Em defesa do nobre Guto.
https://youtu.be/Yhi5cjydnJw
https://www.youtube.com/watch?v=ySJw93TOuk8