December 30th, 2023
Shingeki no Kyojin - Considerações finais
Anime Relations: Shingeki no Kyojin: The Final Season - Kanketsu-hen
Apesar dos pesares essa reta final foi uma adaptação sensacional, principalmente porque o MAPPA trabalha de uma forma muito diferente do Wit Studio, como leitor do mangá estou satisfeito. Se o Wit Studio poderia fazer uma adaptação melhor no fim das contas é só um mero detalhe que não faz mais diferença, e esse é o mesmo pensamento pro final da obra. Poderia ser melhor, mas o que temos é isso, o que aconteceu.
O final é o resultado de um processo, consequência de decisões lá do início. Tratar o desfecho como um simples erro repentino é desrespeito pelo trabalho do autor, que obviamente como todo mundo acaba errando. Longe de passar pano, mas acredito que não é sobre aceitar um final ruim, mas entender como as coisas chegaram nesse ponto.
Talvez um final diferente não apresentasse adequadamente as ideias e objetivos que o Isayama tinha lá no começo, ou o que ele queria passar e sinceramente isso seria pior, falta de honestidade com sua própria história é reflexo de um autor perdido e covarde. É sempre bom lembrar que ele tinha o final em mente quando começou a história e eu me sinto mais satisfeito em saber que ele não se desviou tanto do que planejava, do que ficaria satisfeito com um final que me agradasse, mas fugisse da ideia principal de quem escreveu aquilo.
Shingkei no Kyojin no fim das contas mesmo com seus problemas foi uma obra memorável e um excelente entretenimento, seu objetivo foi concluído.
O final é o resultado de um processo, consequência de decisões lá do início. Tratar o desfecho como um simples erro repentino é desrespeito pelo trabalho do autor, que obviamente como todo mundo acaba errando. Longe de passar pano, mas acredito que não é sobre aceitar um final ruim, mas entender como as coisas chegaram nesse ponto.
Talvez um final diferente não apresentasse adequadamente as ideias e objetivos que o Isayama tinha lá no começo, ou o que ele queria passar e sinceramente isso seria pior, falta de honestidade com sua própria história é reflexo de um autor perdido e covarde. É sempre bom lembrar que ele tinha o final em mente quando começou a história e eu me sinto mais satisfeito em saber que ele não se desviou tanto do que planejava, do que ficaria satisfeito com um final que me agradasse, mas fugisse da ideia principal de quem escreveu aquilo.
Shingkei no Kyojin no fim das contas mesmo com seus problemas foi uma obra memorável e um excelente entretenimento, seu objetivo foi concluído.
Posted by Shichio | Dec 30, 2023 8:49 AM | 0 comments
January 25th, 2023
Shingeki no Bahamut: Virgin Soul - Review (Português/Portuguese)
Anime Relations: Shingeki no Bahamut: Virgin Soul
Esse é definitivamente o tipo de continuação que não serve para nada além de trazer desgosto mesmo pro fã mais casual da primeira temporada. Shingeki no Bahamut: Genesis mesmo com sua falta de ambição merecia e deveria ter uma sequência melhor. Primeiro porque a temporada anterior foi tão básica quanto poderia ter sido, uma narrativa clichê e previsível, mas antes de tudo agradável e funcional. Algo que Virgin Soul está longe de ser, embora compartilhe a mesma estrutura fraca. Genesis é simples e bem executado, enquanto Virgin Soul é uma bagunça. Iniciaremos primeiro pela história.
A história se passa 10 anos depois dos acontecimentos de Genesis. A capital de Anatae vive uma era de grande prosperidade, em parte graças ao novo rei, Charioce XVII, sendo tão estúpido quanto o rei anterior, sua particularidade é que ele é um tirano que estimula fortemente a guerra entre as raças. Nessa era de prosperidade a humanidade subjuga os demônios e se opõe aos deuses. Esse conflito abre espaço para temas morais e sociais e inaugura uma ambientação e construção de mundo não presenciada anteriormente, além das várias possibilidades de rumo para a narrativa. A história começa a desenvolver e explorar esse caminho, certo? Errado!
Primeiro porque nunca é explicado os motivos reais da revolta humana e a história não se importa em explorar isso, embora utilize como premissa central, deixando claro a falta de criatividade e ambição. No fim das contas serve mais como uma justificativa para o roubo de uma tecnologia antiga, o que me faz questionar se a temporada anterior é tão "gênesis" como o nome sugere. Essa tecnologia tem poder para rivalizar com o Bahamut, mas sua falta de contextualização adequada, tal como a do Bahamut, faz a construção de mundo retornar à estaca zero. Segundo que o desenvolvimento é tão lento que quando as coisas tomam um ritmo normal parece que tudo aconteceu muito rápido. Terceiro e não menos importante: a falta de foco, esse é definitivamente o maior problema dessa obra.
Qualquer narrativa minimamente bem escrita traça um caminho e então desenvolve seus conceitos, mas quando uma história embaralha várias ideias e não prioriza uma rota, então temos um problema, principalmente porque isso expõe todos os outros defeitos. Shingeki no Bahamut: Virgin Soul não sabe se quer ser uma aventura épica, uma aventura leve, uma trama sobre solução de conflitos ou uma história idiota sobre um romance proibido que tem tudo para dar errado. Não tem foco e nem se preocupa em ter, prefere andar em círculos, uma estrutura verdadeiramente medíocre. Seu objetivo? Tentar proporcionar várias subtramas ao espectador de uma forma tosca e preguiçosa. Uma história superficial não é um problema, não se você não tentar transformá-la em algo maior, é preciso estabelecer limites em qualquer coisa. Shingeki no Bahamut: Genesis é superficial e reconhece seu lugar; por isso, consegue ser funcional. Essa é a principal diferença entre as temporadas, mas não se engane! Ambas as temporadas compartilham semelhanças, por exemplo, o roteiro fraco e as péssimas resoluções.
Ah, sim, as resoluções... algumas delas fariam inveja a qualquer escritor genérico de novela mexicana. Se você é do tipo que gosta de uma conclusão adequada e finais fechados então desista desse anime, ele não é para você. Mesmo as soluções mais básicas para personagens secundários são um desastre, expondo novamente a bagunça narrativa que se perpetua até o final. E por falar em personagens, lá vamos nós.
Se uma história superficial não é um problema, pelo menos quando reconhece isso, personagens superficiais são um problema em 90% das vezes. As poucas vezes que não, acontecem quando os personagens servem pelo menos para alívio cômico ou artifício de roteiro, se antes Favaro e Kaisar eram aventureiros astutos agora eles são meros coadjuvantes limitados a falas clichês em diálogos ocasionais. Kaisar resume-se a um cavaleiro pacifista que deseja paz, mas não sabe como fazer isso e funciona mais como um lacaio do rei, fiel em qualquer situação. Favaro resume-se a um vagabundo que aparece quando a história necessita de frases de efeito e de alguma lição de moral para nossa querida nova protagonista.
Ah, sim, a protagonista... Nina Drango, ela é definitivamente a pior personagem dessa história, chamá-la de personagem de shoujo genérico ainda não seria suficiente para descrever sua personalidade estúpida e sua profundidade de um pires. Sua importância narrativa é basicamente fazer par romântico com o rei Charioce, no estilo síndrome de estocolmo, aparentemente os roteiristas pensaram que isso poderia trazer profundidade e realismo, mas foi justamente o oposto. Um casal tão chato que faria Favaro e Amira parecer o melhor par romântico já escrito na história. Fora sua função de garota apaixonada correndo atrás de um tirano com rostinho bonito e sem desenvolvimento algum (embora existisse uma enorme possibilidade) ela é descartável igual um prato de plástico, não agrega em nada.
Uma menção honrosa para Azazel e Jeanne, os únicos que possui um desenvolvimento real do início até o fim. Com personalidades e aspirações que fazem você criar intimidade e se sentir ligados a eles em algum momento, embora não apresentem uma boa consistência. O restante dos personagens são tão unidimensionais e sem carisma que não merecem ser mencionados. Personagens nunca foram o ponto forte da saga Bahamut, existia a chance disso mudar, mas entrar no ciclo da estagnação e clichê abusivo foi a decisão da staff e a criação da possibilidade de uma nova temporada com mais mediocridade foi sua prioridade.
Mas vamos lá, nem só de desgraça vive esse anime. A parte narrativa é tenebrosa, mas a técnica é relativamente boa na maior parte do tempo. A temporada anterior tinha mais fluidez no geral, Virgin Soul apresenta um melhor design de personagens, cenários, composição e paleta de cores, mas peca no traço, coreografia das lutas e enquadramento e justamente pela falta de fluidez esse jogo de câmeras acaba sendo abusivo em algumas cenas. O ruim da arte é um CGI tenebroso, utilizado principalmente em multidões e figurantes gerais, mas também em quadros-chave. O que não faz nenhum sentido a não ser na questão da economia, mas não é como se essa economia rendesse cenas muito bem animadas posteriormente, então acaba ficando no meio-termo, além disso, o estúdio MAPPA sabe camuflar bem 3D, o que acabou não sendo feito.
As aberturas e encerramentos são bons, a trilha sonora não transmite emoção e pode ser facilmente esquecida. A maioria da voz dos personagens combina bem, embora a mixagem seja fraca. A parte sonora é simplesmente ok, nada memorável. Mesmo com sua narrativa fraca e seu péssimo e lento desenvolvimento, é uma obra fácil de assistir se você tiver uma boa tolerância. Dá para passar o tempo, mas confesso que levei alguns dias para concluir, não consegui enxergar a possibilidade de assistir mais de 3 episódios por dia porque a execução foi tão ruim que destruía lentamente qualquer vontade de prosseguir. Uma experiência cansativa, mas nada que vá te matar.
Com todos esses pontos devidamente explorados não fica difícil chamar Shingeki no Bahamut: Virgin Soul da palavra que melhor o descreve: desastre. Essa temporada não foi uma boa sequência para Genesis em nada e para piorar, acaba com o caminho que a primeira temporada proporcionou. Começa com várias possibilidades de avanço e construção de um enredo verdadeiramente sólido, mas prefere seguir o caminho de um romance bobo disfarçado de aventura. Se em Shingeki no Bhamut: Genesis o clichê tinha charme, em Shingeki no Bahamut: Virgin Soul a falta de ambição é uma doença crônica, se antes era funcional e agradável, agora é mal feito e tedioso.
Se você busca a mesma emoção da temporada anterior não é aqui que você vai encontrar. Shingeki no Bhamut: Genesis merecia e deveria ter tido uma continuação melhor.
A história se passa 10 anos depois dos acontecimentos de Genesis. A capital de Anatae vive uma era de grande prosperidade, em parte graças ao novo rei, Charioce XVII, sendo tão estúpido quanto o rei anterior, sua particularidade é que ele é um tirano que estimula fortemente a guerra entre as raças. Nessa era de prosperidade a humanidade subjuga os demônios e se opõe aos deuses. Esse conflito abre espaço para temas morais e sociais e inaugura uma ambientação e construção de mundo não presenciada anteriormente, além das várias possibilidades de rumo para a narrativa. A história começa a desenvolver e explorar esse caminho, certo? Errado!
Primeiro porque nunca é explicado os motivos reais da revolta humana e a história não se importa em explorar isso, embora utilize como premissa central, deixando claro a falta de criatividade e ambição. No fim das contas serve mais como uma justificativa para o roubo de uma tecnologia antiga, o que me faz questionar se a temporada anterior é tão "gênesis" como o nome sugere. Essa tecnologia tem poder para rivalizar com o Bahamut, mas sua falta de contextualização adequada, tal como a do Bahamut, faz a construção de mundo retornar à estaca zero. Segundo que o desenvolvimento é tão lento que quando as coisas tomam um ritmo normal parece que tudo aconteceu muito rápido. Terceiro e não menos importante: a falta de foco, esse é definitivamente o maior problema dessa obra.
Qualquer narrativa minimamente bem escrita traça um caminho e então desenvolve seus conceitos, mas quando uma história embaralha várias ideias e não prioriza uma rota, então temos um problema, principalmente porque isso expõe todos os outros defeitos. Shingeki no Bahamut: Virgin Soul não sabe se quer ser uma aventura épica, uma aventura leve, uma trama sobre solução de conflitos ou uma história idiota sobre um romance proibido que tem tudo para dar errado. Não tem foco e nem se preocupa em ter, prefere andar em círculos, uma estrutura verdadeiramente medíocre. Seu objetivo? Tentar proporcionar várias subtramas ao espectador de uma forma tosca e preguiçosa. Uma história superficial não é um problema, não se você não tentar transformá-la em algo maior, é preciso estabelecer limites em qualquer coisa. Shingeki no Bahamut: Genesis é superficial e reconhece seu lugar; por isso, consegue ser funcional. Essa é a principal diferença entre as temporadas, mas não se engane! Ambas as temporadas compartilham semelhanças, por exemplo, o roteiro fraco e as péssimas resoluções.
Ah, sim, as resoluções... algumas delas fariam inveja a qualquer escritor genérico de novela mexicana. Se você é do tipo que gosta de uma conclusão adequada e finais fechados então desista desse anime, ele não é para você. Mesmo as soluções mais básicas para personagens secundários são um desastre, expondo novamente a bagunça narrativa que se perpetua até o final. E por falar em personagens, lá vamos nós.
Se uma história superficial não é um problema, pelo menos quando reconhece isso, personagens superficiais são um problema em 90% das vezes. As poucas vezes que não, acontecem quando os personagens servem pelo menos para alívio cômico ou artifício de roteiro, se antes Favaro e Kaisar eram aventureiros astutos agora eles são meros coadjuvantes limitados a falas clichês em diálogos ocasionais. Kaisar resume-se a um cavaleiro pacifista que deseja paz, mas não sabe como fazer isso e funciona mais como um lacaio do rei, fiel em qualquer situação. Favaro resume-se a um vagabundo que aparece quando a história necessita de frases de efeito e de alguma lição de moral para nossa querida nova protagonista.
Ah, sim, a protagonista... Nina Drango, ela é definitivamente a pior personagem dessa história, chamá-la de personagem de shoujo genérico ainda não seria suficiente para descrever sua personalidade estúpida e sua profundidade de um pires. Sua importância narrativa é basicamente fazer par romântico com o rei Charioce, no estilo síndrome de estocolmo, aparentemente os roteiristas pensaram que isso poderia trazer profundidade e realismo, mas foi justamente o oposto. Um casal tão chato que faria Favaro e Amira parecer o melhor par romântico já escrito na história. Fora sua função de garota apaixonada correndo atrás de um tirano com rostinho bonito e sem desenvolvimento algum (embora existisse uma enorme possibilidade) ela é descartável igual um prato de plástico, não agrega em nada.
Uma menção honrosa para Azazel e Jeanne, os únicos que possui um desenvolvimento real do início até o fim. Com personalidades e aspirações que fazem você criar intimidade e se sentir ligados a eles em algum momento, embora não apresentem uma boa consistência. O restante dos personagens são tão unidimensionais e sem carisma que não merecem ser mencionados. Personagens nunca foram o ponto forte da saga Bahamut, existia a chance disso mudar, mas entrar no ciclo da estagnação e clichê abusivo foi a decisão da staff e a criação da possibilidade de uma nova temporada com mais mediocridade foi sua prioridade.
Mas vamos lá, nem só de desgraça vive esse anime. A parte narrativa é tenebrosa, mas a técnica é relativamente boa na maior parte do tempo. A temporada anterior tinha mais fluidez no geral, Virgin Soul apresenta um melhor design de personagens, cenários, composição e paleta de cores, mas peca no traço, coreografia das lutas e enquadramento e justamente pela falta de fluidez esse jogo de câmeras acaba sendo abusivo em algumas cenas. O ruim da arte é um CGI tenebroso, utilizado principalmente em multidões e figurantes gerais, mas também em quadros-chave. O que não faz nenhum sentido a não ser na questão da economia, mas não é como se essa economia rendesse cenas muito bem animadas posteriormente, então acaba ficando no meio-termo, além disso, o estúdio MAPPA sabe camuflar bem 3D, o que acabou não sendo feito.
As aberturas e encerramentos são bons, a trilha sonora não transmite emoção e pode ser facilmente esquecida. A maioria da voz dos personagens combina bem, embora a mixagem seja fraca. A parte sonora é simplesmente ok, nada memorável. Mesmo com sua narrativa fraca e seu péssimo e lento desenvolvimento, é uma obra fácil de assistir se você tiver uma boa tolerância. Dá para passar o tempo, mas confesso que levei alguns dias para concluir, não consegui enxergar a possibilidade de assistir mais de 3 episódios por dia porque a execução foi tão ruim que destruía lentamente qualquer vontade de prosseguir. Uma experiência cansativa, mas nada que vá te matar.
Com todos esses pontos devidamente explorados não fica difícil chamar Shingeki no Bahamut: Virgin Soul da palavra que melhor o descreve: desastre. Essa temporada não foi uma boa sequência para Genesis em nada e para piorar, acaba com o caminho que a primeira temporada proporcionou. Começa com várias possibilidades de avanço e construção de um enredo verdadeiramente sólido, mas prefere seguir o caminho de um romance bobo disfarçado de aventura. Se em Shingeki no Bhamut: Genesis o clichê tinha charme, em Shingeki no Bahamut: Virgin Soul a falta de ambição é uma doença crônica, se antes era funcional e agradável, agora é mal feito e tedioso.
Se você busca a mesma emoção da temporada anterior não é aqui que você vai encontrar. Shingeki no Bhamut: Genesis merecia e deveria ter tido uma continuação melhor.
Posted by Shichio | Jan 25, 2023 3:14 PM | 0 comments
Private Entry
July 8th, 2022
Alive: Saishuu Shinkateki Shounen - Review (Portuguese/Português)
Anime Relations: Noragami
*O sistema de blogs do MAL não permite post's sem relação com um anime, então coloquei Noragami só pra poder postar e lá vai uma curiosidade para quem não sabe: a desenhista de Alive é a criadora de Noragami.
Embora a história tenha mostrado uma ideia subjetiva desde o início, acho que faltou uma pegada mais conclusiva sobre as próprias premissas instauradas. O que de fato a Mitama é, como ela surgiu e o que ela realmente queria? O que realmente são os extraterrestres e os poderes? O que é e o que significa Akuro? Pontos que independente de qualquer coisa só tinham a acrescentar, no fim das contas muita coisa só soa como um mero plano de fundo para incorporar a narrativa. Narrativa essa que embora não tenha um estilo de escrita linear, consegue se desenvolver muito bem enquanto faz uma transição agradável de arcos e espaços/tempos.
Entretanto algumas conveniências de enredo são realmente chatas, alguns poderes bastante convenientes com o momento são um bom exemplo, embora a explicação de que eles surgem dos "buracos do coração" seja boa dentro da medida do possível, é nítido que o autor não estava nem um pouco preocupado em explicar isso de fato. As batalhas são mais um artifício pro roteiro seguir em frente do que qualquer outra coisa e em muitos momentos elas são extremamente preguiçosas. Isso infelizmente reflete em outros pontos, como na própria arte, que mesmo sendo incrivelmente bem feita não é tão imersiva como poderia ser, diria até desprovida de detalhes introspectivos em alguns momentos.
E por falar em introspecção, eu diria que aqui a obra peca um pouco. Ainda que tenha vários e bons personagens que em sua maioria só agregam, senti uma dificuldade em enxergá-los de qualquer outra forma se não como ferramentas de apoio, ou mesmo desenvolver qualquer traço de intimidade a ponto de me importar com a morte de alguns. O ponto positivo é que os personagens se desenvolvem cada vez mais, com uma leve exceção do protagonista, que é antes de mais nada um simples modelo pronto.
A trama existencialista é ótima e bem executada, com acontecimentos que te deixam intrigado e ansioso a cada capítulo. Previsível em vários momentos mas ainda consegue satisfazer o desejo por conflitos solucionados, embora peque um pouco nos desfechos. Mesmo com sua subjetividade e algumas pontas soltas conseguiu fechar bem a história, um final concretizado ainda é mais válido que algo em aberto, independente de qualquer outro fator.
Definitivamente é uma obra de potencial, bem estruturada e de leitura intensa mas que não deixa de ser agradável. Ainda que prefira desenvolver mais seu aspecto subjetivo e existencial, não peca em ser proeminente e bem escrita
Embora a história tenha mostrado uma ideia subjetiva desde o início, acho que faltou uma pegada mais conclusiva sobre as próprias premissas instauradas. O que de fato a Mitama é, como ela surgiu e o que ela realmente queria? O que realmente são os extraterrestres e os poderes? O que é e o que significa Akuro? Pontos que independente de qualquer coisa só tinham a acrescentar, no fim das contas muita coisa só soa como um mero plano de fundo para incorporar a narrativa. Narrativa essa que embora não tenha um estilo de escrita linear, consegue se desenvolver muito bem enquanto faz uma transição agradável de arcos e espaços/tempos.
Entretanto algumas conveniências de enredo são realmente chatas, alguns poderes bastante convenientes com o momento são um bom exemplo, embora a explicação de que eles surgem dos "buracos do coração" seja boa dentro da medida do possível, é nítido que o autor não estava nem um pouco preocupado em explicar isso de fato. As batalhas são mais um artifício pro roteiro seguir em frente do que qualquer outra coisa e em muitos momentos elas são extremamente preguiçosas. Isso infelizmente reflete em outros pontos, como na própria arte, que mesmo sendo incrivelmente bem feita não é tão imersiva como poderia ser, diria até desprovida de detalhes introspectivos em alguns momentos.
E por falar em introspecção, eu diria que aqui a obra peca um pouco. Ainda que tenha vários e bons personagens que em sua maioria só agregam, senti uma dificuldade em enxergá-los de qualquer outra forma se não como ferramentas de apoio, ou mesmo desenvolver qualquer traço de intimidade a ponto de me importar com a morte de alguns. O ponto positivo é que os personagens se desenvolvem cada vez mais, com uma leve exceção do protagonista, que é antes de mais nada um simples modelo pronto.
A trama existencialista é ótima e bem executada, com acontecimentos que te deixam intrigado e ansioso a cada capítulo. Previsível em vários momentos mas ainda consegue satisfazer o desejo por conflitos solucionados, embora peque um pouco nos desfechos. Mesmo com sua subjetividade e algumas pontas soltas conseguiu fechar bem a história, um final concretizado ainda é mais válido que algo em aberto, independente de qualquer outro fator.
Definitivamente é uma obra de potencial, bem estruturada e de leitura intensa mas que não deixa de ser agradável. Ainda que prefira desenvolver mais seu aspecto subjetivo e existencial, não peca em ser proeminente e bem escrita
Posted by Shichio | Jul 8, 2022 10:04 AM | 0 comments
April 27th, 2021
Irozuku Sekai no Ashita kara - Review (Portuguese/Português)
Anime Relations: Irozuku Sekai no Ashita kara
Quando nos apaixonamos, costumamos dizer que nosso mundo fica mais colorido, o que é verdade, falar sobre paixão pode fugir do conceito mais costumeiro de se apaixonar por outro alguém. Irozuku Sekai fala sobre amor, principalmente sobre amor-próprio, sobre saber se valorizar, mas também saber perdoar a si próprio. Errar faz parte, nada é perfeito...
E é claro que essa obra não é uma exceção. Muito pelo contrário, está longe de ser perfeito, mas no que diz respeito sobre trabalhar minimamente bem alguns conceitos, esse anime evita ser um desperdício quando se trata de roteiro. Já se tratando de enredo, temos um grande problema: Irozuku se compromete a vender uma solução, entretanto peca nos caminhos que levam a essa solução.
Irozuku Sekai no Ashita kara, se passa no futuro, mais precisamente na cidade de Nagasaki, em um mundo onde uma pequena quantidade de magia ainda faz parte da vida das pessoas. A obra conta a história de Hitomi, descendente de uma família de magos (ou bruxas, como preferir), que acabou perdendo a capacidade de ver cores, com sua autoestima e perspectiva de vida, se tornando uma pessoa apática. Com pena dela, sua avó, uma poderosa bruxa, tem a ideia de mandar sua neta para o passado. Com a versão adolescente de sua avó e seus novos amigos, seu mundo começa a abrir e ganhar cores, como o próprio nome sugere. A história segue o crescimento de Hitomi como pessoa.
Entretanto, o anime não sabe estabelecer uma premissa, não sabe se estão falando de uma história sobre autodesenvolvimento de personagem ou sobre um romance com temática de magia e viagem no tempo, logo esses dois elementos acabam entrando em conflito. Um conceito interessante, entretanto, é o uso do "unexpected", isso é, a grande quebra de expectativa usada na narrativa. Um bom exemplo disso é o próprio final, que ao entregar uma resolução que foge do esperado (pelo menos nessa parte), principalmente por se tratar de uma história bastante clichê, não teve medo de decepcionar. Por falar em clichês, aí está o seu ‘modus’ operandi. Chega a ser engraçado como 80% dos acontecimentos conseguem ser extremamente previsíveis, desde o fato de Hitomi acordar justamente no quarto de Yuito seu "par romântico" e assim com ele ter o maior desenvolvimento entre os personagens, ou como Hitomi só consegue ver cores justamente nos desenhos de Yuito, algo que a propósito não conseguiu ser solucionado de forma digna. As conveniências não são o problema, mas como elas parecem ser extremamente forçadas e planejadas para o enredo seguir.
O real problema está em como ao retirar todo o elemento de magia e viagem temporal, não sobra nada na história a não ser um slice of life com romance escolar de qualidade medíocre e gosto bastante duvidoso. Não que ser slice of life seja ruim, mas não fazer nada bem trabalhado dentro desse contexto torna as coisas pior ainda, o desenvolvimento extremamente lento e quase nulo no quesito romance favorece a condição de tédio a qual o espectador é submetido, e quando menos se espera, o drama cai na sua cabeça do nada nos últimos 3 episódios, em alguma forma de resolução assustadora.
E como se não bastasse o péssimo desenvolvimento na história, entramos nos personagens. Eu gostaria de dizer que eles também possuem um desenvolvimento pecaminoso, mas estaria mentindo, nenhum dos personagens com exceção da protagonista, possui qualquer categoria de traço de personalidade único para ser desenvolvido sem que estejam acoplados uns nos outros. O desenvolvimento pessoal deles é praticamente nulo e servem mais como um artifício de continuidade para a história (como se já não tivesse inúmeros) fora isso, são superficiais ao ponto de seus relacionamentos interpessoais dependeram da protagonista, que inclusive mesmo sendo a personagem principal e com "maior desenvolvimento" ainda se mostra tediosa e sem perspectiva. Mas veja bem, nem tudo aqui é uma desgraça. A ideia de autodesenvolvimento é interessante e comovente e consegue entregar cenas emocionantes, demonstrando o valor intrínseco e sutileza da premissa que fora os defeitos já citados, consegue ser um entretenimento consideravelmente agradável.
E finalmente chegamos na parte boa da obra, ou digamos... na menos pior...
Não é como se Irozoku tivesse a melhor arte de todas, mas definitivamente tem uma arte excelente de modo geral. A palheta, variedade e combinação de cores realmente funciona muito bem para o tipo de obra que se propõe e os efeitos de brilho proporcionam um clima bastante atrativo. Os cenários são deslumbrantes a ponto de você pausar o episódio e ficar admirando a linda paisagem que está diante de seus olhos e a composição/fotografia consegue dar um toque a mais nessa experiência, entretanto não consegue manter a devida consistência com o passar dos episódios e acaba tendo uma pequena queda de qualidade, mas nada comprometedor.
Enquanto o design de modo geral é incrivelmente bem feito, ao bom e velho estilho do P.A Works, a animação não se destaca em todo momento, veja bem, não é como se um simples slice of life tivesse que ter a melhor animação possível, mas algo que não se pode passar despercebido é o abuso de quadros estáticos, traços tortos e CGI sem mescla, ainda mais quando a direção não ajuda em nada nesses quesitos, muito pelo contrário, com perspectivas de storyboard estranhas só parece piorar toda a situação. A OST é bastante simples, nada memorável. Os temas de abertura e encerramento funcionam muito bem e exemplificam o sentimento emocional da jornada de Hitomi, tudo isso combinado com a excelente direção de fotografia conseguem produzir uma estética estimável, são definitivamente a melhor parte no quesito som.
No fim das contas, não é como se Irozuku Sekai no Ashita kara tivesse muito a oferecer, fora uma qualidade técnica exuberante, mas uma obra fraca no quesito narrativo. Mesmo com uma premissa boa, se mostrou bastante tendencioso, uma bela definição de potencial desperdiçado. Talvez se tivesse optado por uma narrativa mais simples e uma estrutura realmente sólida para sua proposta, poderia entregar mais do que belas cores que serviram principalmente para esconder um roteiro esburacado, poderia entregar mais do que personagens monótonos e consequentemente menos dramas forçados como artifícios de enredo. Poderia definitivamente entregar mais do que um simples show de vida escolar com pitada de magia, que fora um entretenimento rápido com belas paisagens não se eleva a algo superior. Mas Irozoku, infelizmente você não pôde... Seus lindos cenários serão lembrados, sua péssima escrita tem que ser esquecida. É uma pena, mas isso deve ser feito com uma história que não consegue mostrar seu verdadeiro caráter.
E é claro que essa obra não é uma exceção. Muito pelo contrário, está longe de ser perfeito, mas no que diz respeito sobre trabalhar minimamente bem alguns conceitos, esse anime evita ser um desperdício quando se trata de roteiro. Já se tratando de enredo, temos um grande problema: Irozuku se compromete a vender uma solução, entretanto peca nos caminhos que levam a essa solução.
Irozuku Sekai no Ashita kara, se passa no futuro, mais precisamente na cidade de Nagasaki, em um mundo onde uma pequena quantidade de magia ainda faz parte da vida das pessoas. A obra conta a história de Hitomi, descendente de uma família de magos (ou bruxas, como preferir), que acabou perdendo a capacidade de ver cores, com sua autoestima e perspectiva de vida, se tornando uma pessoa apática. Com pena dela, sua avó, uma poderosa bruxa, tem a ideia de mandar sua neta para o passado. Com a versão adolescente de sua avó e seus novos amigos, seu mundo começa a abrir e ganhar cores, como o próprio nome sugere. A história segue o crescimento de Hitomi como pessoa.
Entretanto, o anime não sabe estabelecer uma premissa, não sabe se estão falando de uma história sobre autodesenvolvimento de personagem ou sobre um romance com temática de magia e viagem no tempo, logo esses dois elementos acabam entrando em conflito. Um conceito interessante, entretanto, é o uso do "unexpected", isso é, a grande quebra de expectativa usada na narrativa. Um bom exemplo disso é o próprio final, que ao entregar uma resolução que foge do esperado (pelo menos nessa parte), principalmente por se tratar de uma história bastante clichê, não teve medo de decepcionar. Por falar em clichês, aí está o seu ‘modus’ operandi. Chega a ser engraçado como 80% dos acontecimentos conseguem ser extremamente previsíveis, desde o fato de Hitomi acordar justamente no quarto de Yuito seu "par romântico" e assim com ele ter o maior desenvolvimento entre os personagens, ou como Hitomi só consegue ver cores justamente nos desenhos de Yuito, algo que a propósito não conseguiu ser solucionado de forma digna. As conveniências não são o problema, mas como elas parecem ser extremamente forçadas e planejadas para o enredo seguir.
O real problema está em como ao retirar todo o elemento de magia e viagem temporal, não sobra nada na história a não ser um slice of life com romance escolar de qualidade medíocre e gosto bastante duvidoso. Não que ser slice of life seja ruim, mas não fazer nada bem trabalhado dentro desse contexto torna as coisas pior ainda, o desenvolvimento extremamente lento e quase nulo no quesito romance favorece a condição de tédio a qual o espectador é submetido, e quando menos se espera, o drama cai na sua cabeça do nada nos últimos 3 episódios, em alguma forma de resolução assustadora.
E como se não bastasse o péssimo desenvolvimento na história, entramos nos personagens. Eu gostaria de dizer que eles também possuem um desenvolvimento pecaminoso, mas estaria mentindo, nenhum dos personagens com exceção da protagonista, possui qualquer categoria de traço de personalidade único para ser desenvolvido sem que estejam acoplados uns nos outros. O desenvolvimento pessoal deles é praticamente nulo e servem mais como um artifício de continuidade para a história (como se já não tivesse inúmeros) fora isso, são superficiais ao ponto de seus relacionamentos interpessoais dependeram da protagonista, que inclusive mesmo sendo a personagem principal e com "maior desenvolvimento" ainda se mostra tediosa e sem perspectiva. Mas veja bem, nem tudo aqui é uma desgraça. A ideia de autodesenvolvimento é interessante e comovente e consegue entregar cenas emocionantes, demonstrando o valor intrínseco e sutileza da premissa que fora os defeitos já citados, consegue ser um entretenimento consideravelmente agradável.
E finalmente chegamos na parte boa da obra, ou digamos... na menos pior...
Não é como se Irozoku tivesse a melhor arte de todas, mas definitivamente tem uma arte excelente de modo geral. A palheta, variedade e combinação de cores realmente funciona muito bem para o tipo de obra que se propõe e os efeitos de brilho proporcionam um clima bastante atrativo. Os cenários são deslumbrantes a ponto de você pausar o episódio e ficar admirando a linda paisagem que está diante de seus olhos e a composição/fotografia consegue dar um toque a mais nessa experiência, entretanto não consegue manter a devida consistência com o passar dos episódios e acaba tendo uma pequena queda de qualidade, mas nada comprometedor.
Enquanto o design de modo geral é incrivelmente bem feito, ao bom e velho estilho do P.A Works, a animação não se destaca em todo momento, veja bem, não é como se um simples slice of life tivesse que ter a melhor animação possível, mas algo que não se pode passar despercebido é o abuso de quadros estáticos, traços tortos e CGI sem mescla, ainda mais quando a direção não ajuda em nada nesses quesitos, muito pelo contrário, com perspectivas de storyboard estranhas só parece piorar toda a situação. A OST é bastante simples, nada memorável. Os temas de abertura e encerramento funcionam muito bem e exemplificam o sentimento emocional da jornada de Hitomi, tudo isso combinado com a excelente direção de fotografia conseguem produzir uma estética estimável, são definitivamente a melhor parte no quesito som.
No fim das contas, não é como se Irozuku Sekai no Ashita kara tivesse muito a oferecer, fora uma qualidade técnica exuberante, mas uma obra fraca no quesito narrativo. Mesmo com uma premissa boa, se mostrou bastante tendencioso, uma bela definição de potencial desperdiçado. Talvez se tivesse optado por uma narrativa mais simples e uma estrutura realmente sólida para sua proposta, poderia entregar mais do que belas cores que serviram principalmente para esconder um roteiro esburacado, poderia entregar mais do que personagens monótonos e consequentemente menos dramas forçados como artifícios de enredo. Poderia definitivamente entregar mais do que um simples show de vida escolar com pitada de magia, que fora um entretenimento rápido com belas paisagens não se eleva a algo superior. Mas Irozoku, infelizmente você não pôde... Seus lindos cenários serão lembrados, sua péssima escrita tem que ser esquecida. É uma pena, mas isso deve ser feito com uma história que não consegue mostrar seu verdadeiro caráter.
Posted by Shichio | Apr 27, 2021 5:55 PM | 0 comments
March 29th, 2021
Fairy Tail: Final Series - Episódio 51 (Final)
Anime Relations: Fairy Tail: Final Series
Finalmente acabou! Me arrastei pra terminar, mas consegui
Algumas considerações finais:
Essa temporada foi horrível. Tanto em aspecto narrativo quanto em aspecto técnico, pois pasmem, até o storyboard piorou, e a animação então, prefiro nem comentar o desastre que foi. Acredito que por se tratar da reta final, tudo necessitava do dobro de empenho, por mais que as péssimas resoluções sejam consequências (em parte) de má decisões tomadas anteriormente, é como se o Hiro não estivesse disposto a contornar tais erros cometidos. Um pouco plausível, se Fairy Tail se tornou algo tão cansativo para os leitores, então imagina para o autor.
Quanto ao desenvolvimento e resoluções, que são de longe as piores coisas em Fairy Tail. Primeiro de tudo me irrita profundamente os vilões "finais" terem personalidades de adolescentes revoltados, principalmente Acnologia. Zeref ainda consegue ter um mínimo desenvolvimento por trás. Já o dragão negro é um personagem estagnado, serve mais como um apoio para sustentar a premissa e estrutura do enredo, isso é lamentável. Esperava mais do flashback do Acnologia, só mostrou o básico do básico, nem sequer fizeram uma co-relação dele com o Zeref ou mesmo deram uma explicação melhor de toda sua personalidade. O cara é simplesmente um maluco lélé das ideias, nem mesmo a origem de sua força foi bem explicado.
Quanto ao Zeref e Mavis reaparecendo eu prefiro nem comentar, é ridículo. Já a cena do Natsu e Lucy foi realmente emocionante, consegui sentir a energia e essência de Fairy Tail lá do começo, foi cativante.
No fim das contas, Fairy Tail: Final Series foi isso; literalmente a pior temporada de todas.Conseguiram transformar o ruim em algo pior ainda, como se não bastasse a exaustão do autor em querer terminar logo a obra, o diretor e staff entraram no mesmo clima de querer finalizar esse ciclo de qualquer maneira. Lamentável.
Algumas considerações finais:
Essa temporada foi horrível. Tanto em aspecto narrativo quanto em aspecto técnico, pois pasmem, até o storyboard piorou, e a animação então, prefiro nem comentar o desastre que foi. Acredito que por se tratar da reta final, tudo necessitava do dobro de empenho, por mais que as péssimas resoluções sejam consequências (em parte) de má decisões tomadas anteriormente, é como se o Hiro não estivesse disposto a contornar tais erros cometidos. Um pouco plausível, se Fairy Tail se tornou algo tão cansativo para os leitores, então imagina para o autor.
Quanto ao desenvolvimento e resoluções, que são de longe as piores coisas em Fairy Tail. Primeiro de tudo me irrita profundamente os vilões "finais" terem personalidades de adolescentes revoltados, principalmente Acnologia. Zeref ainda consegue ter um mínimo desenvolvimento por trás. Já o dragão negro é um personagem estagnado, serve mais como um apoio para sustentar a premissa e estrutura do enredo, isso é lamentável. Esperava mais do flashback do Acnologia, só mostrou o básico do básico, nem sequer fizeram uma co-relação dele com o Zeref ou mesmo deram uma explicação melhor de toda sua personalidade. O cara é simplesmente um maluco lélé das ideias, nem mesmo a origem de sua força foi bem explicado.
Quanto ao Zeref e Mavis reaparecendo eu prefiro nem comentar, é ridículo. Já a cena do Natsu e Lucy foi realmente emocionante, consegui sentir a energia e essência de Fairy Tail lá do começo, foi cativante.
No fim das contas, Fairy Tail: Final Series foi isso; literalmente a pior temporada de todas.Conseguiram transformar o ruim em algo pior ainda, como se não bastasse a exaustão do autor em querer terminar logo a obra, o diretor e staff entraram no mesmo clima de querer finalizar esse ciclo de qualquer maneira. Lamentável.
Posted by Shichio | Mar 29, 2021 3:05 PM | 0 comments
September 29th, 2020
Shokugeki no Souma - Capítulo 318 (Final)
Anime Relations: Shokugeki no Souma
Diferente do que eu imaginava e gostaria, mas não do que eu esperava. Todos seguiram seu rumo no ramo da culinária, até ai ok e fodase, com exceção do Souma que virou um Joichiro 2.0 e solteirão ainda por cima, o que é pior, e o pobre Kurokiba, que virou a porra de um mordomo 2x mais domesticado... que lástima!
Quanto ao romance, eu prefiro nem ir mais a fundo. Chega a ser ridículo não ter um desenvolvimento sequer, principalmente por conta de todo o tempo que se passou. Pelo o amor de deus! Ninguém formou um casal? Nem um beijinho?
Eu acho que o real problema se encontra na resolução do enredo, em como o autor falhou em dar um rumo decente na história. Esse último arco foi simplesmente deplorável, mal estruturado, mal planejado, uma bagunça! E diga-se de passagem, desnecessário. Todos os conflitos pré-definidos, com uma manobra aqui e ali, poderiam ter sido solucionados no arco da Central, ou talvez adiante, mas sem necessidade de construir outra narrativa com base em torneios. O fato do Blue ser mais um problema de família do que qualquer outra coisa, conseguiu tirar toda a magia e expectativa por trás, além de que, eu realmente não vejo sentido em fazer adolescentes do ensino médio competirem em um torneio "mundial". Não poderia fazer isso em uma pequena continuação, quando eles estivessem maiores por exemplo?
A ideia é tão boa, diferenciada, interessante, começou bem mas infelizmente acabou se desgastando. Eu lembro que cheguei a dropar no começo do Blue, tudo tava tão ruim que simplesmente ficou insuportável.
Eu realmente lamento profundamente o rumo que essa obra tomou, que decepção.
Quanto ao romance, eu prefiro nem ir mais a fundo. Chega a ser ridículo não ter um desenvolvimento sequer, principalmente por conta de todo o tempo que se passou. Pelo o amor de deus! Ninguém formou um casal? Nem um beijinho?
Eu acho que o real problema se encontra na resolução do enredo, em como o autor falhou em dar um rumo decente na história. Esse último arco foi simplesmente deplorável, mal estruturado, mal planejado, uma bagunça! E diga-se de passagem, desnecessário. Todos os conflitos pré-definidos, com uma manobra aqui e ali, poderiam ter sido solucionados no arco da Central, ou talvez adiante, mas sem necessidade de construir outra narrativa com base em torneios. O fato do Blue ser mais um problema de família do que qualquer outra coisa, conseguiu tirar toda a magia e expectativa por trás, além de que, eu realmente não vejo sentido em fazer adolescentes do ensino médio competirem em um torneio "mundial". Não poderia fazer isso em uma pequena continuação, quando eles estivessem maiores por exemplo?
A ideia é tão boa, diferenciada, interessante, começou bem mas infelizmente acabou se desgastando. Eu lembro que cheguei a dropar no começo do Blue, tudo tava tão ruim que simplesmente ficou insuportável.
Eu realmente lamento profundamente o rumo que essa obra tomou, que decepção.
Posted by Shichio | Sep 29, 2020 2:06 PM | 1 comments
November 17th, 2019
Megalobox- Review (Portuguese/Português)
Anime Relations: Megalo Box
Ser legal é diferente de ser bom. Eu achei um anime legal, mas não bom, exatamente. É interessante e visualmente atrativo, graças ao seu visual "cyberpunk, aspas porque não sei se essa é a melhor maneira de descrevê-lo. É uma pena esse ser apenas um dos pontos que não foi devidamente explorado.
Além não devidamente explorado, aparentemente não agrega em nada na obra. Serve mais como um artifício para a história se passar em um mundo que necessite de tal estética futurista. Mas isso, a principio e sinceramente, não tem lógica alguma por trás.
Veja bem, qual o sentido em um esporte de combate corpo a corpo que necessita de suporte tecnológico? Ainda mais quando isso não é devidamente explicado, não mostra qual a real necessidade. Está ali para somente tentar dar algum sentido e rumo a história, ou apenas se encaixar como um simples plano de fundo. Simplesmente te cospem a ideia do Megalobox, isso é preguiça.
Mas já que estamos falando do Megalobox propriamente dito, o "box do futuro", com sua gama de "Gears" e possibilidades que tal ferramente permite. Por que diabos temos um personagem que vai contra o ideal do esporte, e luta sem o Gear? Talvez, para questionar o fato de que, provavelmente, lutar de mãos limpas seja o verdadeiro esporte, ou qualquer outra mensagem, que sinceramente não vai servir para nada. Então ok, isso eu compreendo e é até plausível, então sem mais reclamações. Porém, ideia do box futurista vai por água a baixo.
Por se tratar de um anime em comemoração aos 50 anos de Ashita no Joe, Megalobox, obviamente foi feito com algo que remeta a Ashita no Joe, o box. Misturaram ideias como se fosse uma sopa, mas eu entendo a proposta de criar um novo Joe, em um novo mundo, eu entendo a sua necessidade. Mas ainda acho que qualquer história clichê de anime de esporte, com todo o papo de superação e uma ambientação mais simples, poderia ser muito melhor. A ideia experimental de Megalobox é chata.
O experimental que digo, é justamente o pecado futurista de plano de fundo, que não é explorado, repetindo mais uma vez. O mundo da obra é tão simples e monótono, chega a ser desanimador, principalmente pela rotina dos episódios. Todo episódio é a mesma coisa. Uma luta é agendada; Joe e seu time discutem; acontece alguns diálogos; Joe é espancado; mais alguns diálogos, e ENTÃO, Joe vence a luta com seu magnífico nocaute (UAU).
Me diga: qual a pretensão por trás disso? Se é só mostrar uma mensagem de liberdade, superação ou qualquer outra coisa relacionada, sinceramente... faça isso de uma forma mais interessante. No fim das contas, você só quer que Joe chegue na final e então ganhe de Yuri, você assiste pra finalmente presenciar isso.
E então... isso querer é mostrado. Ok, chegamos no final e a maldita fórmula se repetiu, tirando o nocaute, justamente o que você queria ver, isso porque aparentemente querem que você imagine, e tire suas próprias conclusões sobre a luta final, e pasmem, só acontece isso logo no último episódio. É uma quebra de roteiro tão ridícula que chega a ser cômico. Muitos podem dizer que isso foi o clímax, mas não tem o menor sentido em usar essa ténica somente no último episódio.
O final, ah grande final! Se definitivamente eu fiquei entediado em algum momento, esse momento foi durante o último episódio, ali se materializa toda a despretensão por trás. Um personagem cego, um paraplégico e sem sonhos e outro fodido (como sempre). O cara ganhou um campeonato mundial e não faturou 1 centavo? Eu juro que realmente não entendi como funciona o universo desse anime.
História: 2/10
Definitivamente a história não é nada de mais,tem o clichê de superação e evolução de um anime de esporte, ao mesmo tempo em que possui a preguiça de explicar e desenvolver os mais simples detalhes, que poderiam agregar infinitamente. A história do protagonista e o universo do anime são alguns exemplos, o enredo é chato, não te prende. Você assiste mais plea curiosidade das lutas do que pela história prorpiamente.
Personagens: 4/10
Ao mesmo tempo em que temos alguns personagens chatos e ruins, temos outros que servem para trazer alívio. Seja alívio cômico, moral ou simplesmente alívio ao espectador por saber que existe personagens que não estão ali somente para servir como um artifício ao roteiro, Enquanto temos por exemplo Yuri, cujo função classica é ser o eterno rival de nosso protagonista, ao mesmo tempo em que passa o anime todo sendo o cachorro da Yukiko, e no final se rebela contra a dona para dar sentido a sua função principal no roteiro (?????)
Outro exemplo é o Arafaki, sua função é desencadear a evolução do protagonista para as batalhas finais, isso acontece enquanto ele nutre um ódio por seu antigo treinador, mas tudo acaba sendo resolvido e então todos vivem felizes para sempre. O Shirato irmão (vou afalar assim porque esqueci o nome dele) só está ali como um obstáculo qualquer mesmo, fora isso ele é totalmente inútil. As crianças servem como apoio moral para o protagonista, o treinador é um velho chato que só grita, e nosso protagonista é um maluco que só quer sair na porrada. Isso para não falar da Yukiko, sua função é ser um rostinho bonito em meio ao caos, e provavelmente só por isso eu devo me lembrar de seu nome. Em momento algum me senti interessado por suas vidas incrivelmente chatas ou por suas histórias, seja lá qual for elas.
Eu diria que talvez, o melhor personagem seja o cachorro.
Arte: 6/10
A arte é simples, tanto design quanto animação, o que é ok para um anime de esporte, mas chega a ser simples até demais. As cores são cinzas sei lá o porquê, porque sim, oras. A fotografia é interessante, em contrapartida o character design é preguiçoso.
Som: 8/10
É a melhor coisa nessa obra, para ser sincero eu não gostei do tema de abertura, mas não é ruim, o encerramento é bacana e a trilha sonora também. O lo-fi hip hop dá uma atmosfera agradável, enquanto o boom-bap intensifica os momentos agitados do ambiente urbano.
Prazer: 3/10
Quando eu sinto que existe preguiça em algo, eu sinceramente não vejo muito o que aproveitar, mas Megalobox é interessante de qualquer maneira. o clássico passa tempo sem pretensão. Depende muito do que você está acostumado a assistir, não senti um grande prazer ao vê-lo, mas isso é diferente para cada indivíduo.
Geral: 5/10
No geral Megalobox é fraco, ponto. É despretensioso e demonstra preguiça no mais básico. Não tem uma grande história, nem personagens de acordo, seu desenvolvimento é pecaminoso mesmo para a mais simples obra de entretenimento puro.
A simplicidade é boa e pode ser magnífica, de acordo com a forma em que se trabalha. Achar que Megalobox devia ser uma obra prima é covardia, achar que deveria ser o ápice de um anime de esporte é desonestidade (mesmo que esporte não seja o seu foco propriamente dito), assim como criticar sua direção sem pensar em quais eram seus objetivos, seja lá quais forem. Critérios técnicos devem ser seus meios de avaliação, de qualquer forma. É uma obra de comemoração a outro, não busca ser um anime grande, mas falha mesmo em meio a qualquer humildade que se tenha por trás.
Além não devidamente explorado, aparentemente não agrega em nada na obra. Serve mais como um artifício para a história se passar em um mundo que necessite de tal estética futurista. Mas isso, a principio e sinceramente, não tem lógica alguma por trás.
Veja bem, qual o sentido em um esporte de combate corpo a corpo que necessita de suporte tecnológico? Ainda mais quando isso não é devidamente explicado, não mostra qual a real necessidade. Está ali para somente tentar dar algum sentido e rumo a história, ou apenas se encaixar como um simples plano de fundo. Simplesmente te cospem a ideia do Megalobox, isso é preguiça.
Mas já que estamos falando do Megalobox propriamente dito, o "box do futuro", com sua gama de "Gears" e possibilidades que tal ferramente permite. Por que diabos temos um personagem que vai contra o ideal do esporte, e luta sem o Gear? Talvez, para questionar o fato de que, provavelmente, lutar de mãos limpas seja o verdadeiro esporte, ou qualquer outra mensagem, que sinceramente não vai servir para nada. Então ok, isso eu compreendo e é até plausível, então sem mais reclamações. Porém, ideia do box futurista vai por água a baixo.
Por se tratar de um anime em comemoração aos 50 anos de Ashita no Joe, Megalobox, obviamente foi feito com algo que remeta a Ashita no Joe, o box. Misturaram ideias como se fosse uma sopa, mas eu entendo a proposta de criar um novo Joe, em um novo mundo, eu entendo a sua necessidade. Mas ainda acho que qualquer história clichê de anime de esporte, com todo o papo de superação e uma ambientação mais simples, poderia ser muito melhor. A ideia experimental de Megalobox é chata.
O experimental que digo, é justamente o pecado futurista de plano de fundo, que não é explorado, repetindo mais uma vez. O mundo da obra é tão simples e monótono, chega a ser desanimador, principalmente pela rotina dos episódios. Todo episódio é a mesma coisa. Uma luta é agendada; Joe e seu time discutem; acontece alguns diálogos; Joe é espancado; mais alguns diálogos, e ENTÃO, Joe vence a luta com seu magnífico nocaute (UAU).
Me diga: qual a pretensão por trás disso? Se é só mostrar uma mensagem de liberdade, superação ou qualquer outra coisa relacionada, sinceramente... faça isso de uma forma mais interessante. No fim das contas, você só quer que Joe chegue na final e então ganhe de Yuri, você assiste pra finalmente presenciar isso.
E então... isso querer é mostrado. Ok, chegamos no final e a maldita fórmula se repetiu, tirando o nocaute, justamente o que você queria ver, isso porque aparentemente querem que você imagine, e tire suas próprias conclusões sobre a luta final, e pasmem, só acontece isso logo no último episódio. É uma quebra de roteiro tão ridícula que chega a ser cômico. Muitos podem dizer que isso foi o clímax, mas não tem o menor sentido em usar essa ténica somente no último episódio.
O final, ah grande final! Se definitivamente eu fiquei entediado em algum momento, esse momento foi durante o último episódio, ali se materializa toda a despretensão por trás. Um personagem cego, um paraplégico e sem sonhos e outro fodido (como sempre). O cara ganhou um campeonato mundial e não faturou 1 centavo? Eu juro que realmente não entendi como funciona o universo desse anime.
História: 2/10
Definitivamente a história não é nada de mais,tem o clichê de superação e evolução de um anime de esporte, ao mesmo tempo em que possui a preguiça de explicar e desenvolver os mais simples detalhes, que poderiam agregar infinitamente. A história do protagonista e o universo do anime são alguns exemplos, o enredo é chato, não te prende. Você assiste mais plea curiosidade das lutas do que pela história prorpiamente.
Personagens: 4/10
Ao mesmo tempo em que temos alguns personagens chatos e ruins, temos outros que servem para trazer alívio. Seja alívio cômico, moral ou simplesmente alívio ao espectador por saber que existe personagens que não estão ali somente para servir como um artifício ao roteiro, Enquanto temos por exemplo Yuri, cujo função classica é ser o eterno rival de nosso protagonista, ao mesmo tempo em que passa o anime todo sendo o cachorro da Yukiko, e no final se rebela contra a dona para dar sentido a sua função principal no roteiro (?????)
Outro exemplo é o Arafaki, sua função é desencadear a evolução do protagonista para as batalhas finais, isso acontece enquanto ele nutre um ódio por seu antigo treinador, mas tudo acaba sendo resolvido e então todos vivem felizes para sempre. O Shirato irmão (vou afalar assim porque esqueci o nome dele) só está ali como um obstáculo qualquer mesmo, fora isso ele é totalmente inútil. As crianças servem como apoio moral para o protagonista, o treinador é um velho chato que só grita, e nosso protagonista é um maluco que só quer sair na porrada. Isso para não falar da Yukiko, sua função é ser um rostinho bonito em meio ao caos, e provavelmente só por isso eu devo me lembrar de seu nome. Em momento algum me senti interessado por suas vidas incrivelmente chatas ou por suas histórias, seja lá qual for elas.
Eu diria que talvez, o melhor personagem seja o cachorro.
Arte: 6/10
A arte é simples, tanto design quanto animação, o que é ok para um anime de esporte, mas chega a ser simples até demais. As cores são cinzas sei lá o porquê, porque sim, oras. A fotografia é interessante, em contrapartida o character design é preguiçoso.
Som: 8/10
É a melhor coisa nessa obra, para ser sincero eu não gostei do tema de abertura, mas não é ruim, o encerramento é bacana e a trilha sonora também. O lo-fi hip hop dá uma atmosfera agradável, enquanto o boom-bap intensifica os momentos agitados do ambiente urbano.
Prazer: 3/10
Quando eu sinto que existe preguiça em algo, eu sinceramente não vejo muito o que aproveitar, mas Megalobox é interessante de qualquer maneira. o clássico passa tempo sem pretensão. Depende muito do que você está acostumado a assistir, não senti um grande prazer ao vê-lo, mas isso é diferente para cada indivíduo.
Geral: 5/10
No geral Megalobox é fraco, ponto. É despretensioso e demonstra preguiça no mais básico. Não tem uma grande história, nem personagens de acordo, seu desenvolvimento é pecaminoso mesmo para a mais simples obra de entretenimento puro.
A simplicidade é boa e pode ser magnífica, de acordo com a forma em que se trabalha. Achar que Megalobox devia ser uma obra prima é covardia, achar que deveria ser o ápice de um anime de esporte é desonestidade (mesmo que esporte não seja o seu foco propriamente dito), assim como criticar sua direção sem pensar em quais eram seus objetivos, seja lá quais forem. Critérios técnicos devem ser seus meios de avaliação, de qualquer forma. É uma obra de comemoração a outro, não busca ser um anime grande, mas falha mesmo em meio a qualquer humildade que se tenha por trás.
Posted by Shichio | Nov 17, 2019 2:43 PM | 0 comments
May 5th, 2019
O que eu achei de Charlotte
Anime Relations: Charlotte
Bom, eu não quero fazer um review exatamente, mas apenas falar um pouco sobre minha experiência assistindo Charlotte. E meu descontentamento quanto a isso, de forma bem resumida. As tags que ficam disponíveis diretamente na lista não seriam o suficiente, pois infelizmente tem um limite de texto. O texto não tem spoilers, caso não tenha assistido, então fique a vontade!
Ok, vamos lá. Charlotte foca na vida de um estudante do ensino médio que possui habilidades especiais. Isso em um mundo onde a maioria dos jovens também possuem algum tipo de habilidade ou então estão prestes as desenvolve-la, essas habilidade se manifestam somente em adolescentes, logo com início na puberdade e somem depois de atingir a fase adulta, basicamente funciona como uma espécie de doença. A história se concentra no protagonista e seus amigos vivendo com essas habilidades, ao mesmo tempo em que buscam e ajudam outros jovens na mesma condição, nas mais diversas ocasiões.
O primeiro problema presente, é justamente a criação de universo de Charlotte, algo inteiramente superficial. Mesmo com uma resolução de como os poderes especiais funcionam e aparecem, não existe uma resposta devidamente clara de como o mundo convive com esses poderes, já que é bem explícito de que pelo menos uma parcela da população tem conhecimento dos mesmos. A obra entrega um simples e genérico olhar de como o mundo interage de acordo com isso, sem as devidas respostas. Isso demonstra uma enorme preguiça ou mesmo falta de propósito com algo que certamente viria a calhar, simples despretensão nos detalhes mais comprometedores.
Seguindo a mesma linha de raciocínio. Charlotte é extremamente sem ambição, seja na história que acontece em um ritmo HORROROSO e muito corrido, na falta de lógica do roteiro (mesmo pra algo que não precisa de tanta lógica assim, Charlotte simplesmente abusa disso) ou então na falta de desenvolvimento de personagens sem detalhes de personalidade, que acabam se tornando unidimensionais de uma forma incrivelmente tosca graças a bagunça da estrutura e do enredo .
A simplicidade não é um defeito, a falta de originalidade sim. Charlotte tenta ser um sucessor de Angel Beats e falha consecutivamente, MAS FALHA MUITO. Mesmo os mínimos detalhes remetem a Angel Beats, seja o plot focado em jovens experimentando a enorme crueldade do mundo (oh céus, ajudem os pobres jovens) ou a carga dramática em equilíbrio com um alívio cômico conveniente a situação. Essa falta de originalidade se torna mais nítida ainda por ambas as obras terem o mesmo autor.
Quanto a qualidade técnica não tenho reclamações, os cenários são lindíssimos, o character design também e o estilo de arte e animação geral é bem agradável assim como a parte sonora. A direção peca na questão de desenvolvimento, principalmente nos episódios finais que são muito rushados, talvez com um número maior de episódios isso poderia ser resolvido, abordando melhor o plot e quem sabe resolvendo os inúmeros furos de roteiro. Os desfechos e resoluções talvez estejam na lista dos piores que já vi! Porém, entrar em mais detalhes sem dar spoilers é inviável, e não estou falando somente do final (que também foi bem ruim) mas de uma inconsistência que infelizmente, acontece no anime todo...
Bom, no geral Charlotte talvez possa ser a obra mais ambiciosa da Key em questão de proposta mas ao mesmo tempo, a mais fraca em questão de narrativa, o que realmente é lamentável para uma obra que poderia explorar de forma mais concreta uma premissa bastante interessante, infelizmente o roteiro é fraquíssimo. Várias oportunidades de desenvolvimento e aprofundamento de personagens são perdidas de forma medíocre. Por outro lado é um produto muito fácil de consumir e graças ao ambiente simplicista e dramático característico da Key não é de todo ruim, inclusive isso abre portas para outras questões, como por exemplo o que realmente torna um anime ruim e se a experiência ao assistir pode superar os defeitos narrativos. Eu realmente gostei de assistir Charlotte! Independente de qualquer coisa, ao ponto de me lamentar por ter sido ruim no final das contas. Felizmente não chega a ser uma decepção, mas claro, poderia ser muito melhor.
Mas e então? Charlotte é um anime recomendável? Depende. Se você é o tipo de pessoa que busca e gosta de complexidade em uma obra então definitivamente não, ou assim como eu odeia histórias rushadas e furos de roteiro então você irá se decepcionar com toda certeza. A experiência com Charlotte ao meu ver pode ser melhor aproveitada sem esperar tanto dele, o que é um pouco difícil para quem não conhece nada do anime e se depara com a proposta.
Ok, vamos lá. Charlotte foca na vida de um estudante do ensino médio que possui habilidades especiais. Isso em um mundo onde a maioria dos jovens também possuem algum tipo de habilidade ou então estão prestes as desenvolve-la, essas habilidade se manifestam somente em adolescentes, logo com início na puberdade e somem depois de atingir a fase adulta, basicamente funciona como uma espécie de doença. A história se concentra no protagonista e seus amigos vivendo com essas habilidades, ao mesmo tempo em que buscam e ajudam outros jovens na mesma condição, nas mais diversas ocasiões.
O primeiro problema presente, é justamente a criação de universo de Charlotte, algo inteiramente superficial. Mesmo com uma resolução de como os poderes especiais funcionam e aparecem, não existe uma resposta devidamente clara de como o mundo convive com esses poderes, já que é bem explícito de que pelo menos uma parcela da população tem conhecimento dos mesmos. A obra entrega um simples e genérico olhar de como o mundo interage de acordo com isso, sem as devidas respostas. Isso demonstra uma enorme preguiça ou mesmo falta de propósito com algo que certamente viria a calhar, simples despretensão nos detalhes mais comprometedores.
Seguindo a mesma linha de raciocínio. Charlotte é extremamente sem ambição, seja na história que acontece em um ritmo HORROROSO e muito corrido, na falta de lógica do roteiro (mesmo pra algo que não precisa de tanta lógica assim, Charlotte simplesmente abusa disso) ou então na falta de desenvolvimento de personagens sem detalhes de personalidade, que acabam se tornando unidimensionais de uma forma incrivelmente tosca graças a bagunça da estrutura e do enredo .
A simplicidade não é um defeito, a falta de originalidade sim. Charlotte tenta ser um sucessor de Angel Beats e falha consecutivamente, MAS FALHA MUITO. Mesmo os mínimos detalhes remetem a Angel Beats, seja o plot focado em jovens experimentando a enorme crueldade do mundo (oh céus, ajudem os pobres jovens) ou a carga dramática em equilíbrio com um alívio cômico conveniente a situação. Essa falta de originalidade se torna mais nítida ainda por ambas as obras terem o mesmo autor.
Quanto a qualidade técnica não tenho reclamações, os cenários são lindíssimos, o character design também e o estilo de arte e animação geral é bem agradável assim como a parte sonora. A direção peca na questão de desenvolvimento, principalmente nos episódios finais que são muito rushados, talvez com um número maior de episódios isso poderia ser resolvido, abordando melhor o plot e quem sabe resolvendo os inúmeros furos de roteiro. Os desfechos e resoluções talvez estejam na lista dos piores que já vi! Porém, entrar em mais detalhes sem dar spoilers é inviável, e não estou falando somente do final (que também foi bem ruim) mas de uma inconsistência que infelizmente, acontece no anime todo...
Bom, no geral Charlotte talvez possa ser a obra mais ambiciosa da Key em questão de proposta mas ao mesmo tempo, a mais fraca em questão de narrativa, o que realmente é lamentável para uma obra que poderia explorar de forma mais concreta uma premissa bastante interessante, infelizmente o roteiro é fraquíssimo. Várias oportunidades de desenvolvimento e aprofundamento de personagens são perdidas de forma medíocre. Por outro lado é um produto muito fácil de consumir e graças ao ambiente simplicista e dramático característico da Key não é de todo ruim, inclusive isso abre portas para outras questões, como por exemplo o que realmente torna um anime ruim e se a experiência ao assistir pode superar os defeitos narrativos. Eu realmente gostei de assistir Charlotte! Independente de qualquer coisa, ao ponto de me lamentar por ter sido ruim no final das contas. Felizmente não chega a ser uma decepção, mas claro, poderia ser muito melhor.
Mas e então? Charlotte é um anime recomendável? Depende. Se você é o tipo de pessoa que busca e gosta de complexidade em uma obra então definitivamente não, ou assim como eu odeia histórias rushadas e furos de roteiro então você irá se decepcionar com toda certeza. A experiência com Charlotte ao meu ver pode ser melhor aproveitada sem esperar tanto dele, o que é um pouco difícil para quem não conhece nada do anime e se depara com a proposta.
Posted by Shichio | May 5, 2019 12:56 PM | 0 comments
January 6th, 2019
Koi to Uso - Review (Portuguese/Português)
Anime Relations: Koi to Uso
Esse aqui foi o meu primeiro review de verdade então ele ta bem ruinzinho em algumas coisas mas da pra entender.
---- O REVIEW A SEGUIR PODE CONTER ALGUNS SPOILERS ---- NOTA 3/10
O que é o amor? Albert Camus já disse: "Não ser amado é falta de sorte, mas não amar é a própria infelicidade."
No universo de Koi To Uso em determinada época o Japão sofria a baixa taxa de natalidade e para resolver isso foi posto em vigor uma lei que ao se completar 16 anos o governo escolhe um parceiro pra você baseado em cálculos e estatísticas, mas de fato isso funciona? Pelo que é mostrado sim porém o mais engraçado disso tudo é ver como as pessoas não se queixam desse sistema, todos parecem felizes e convencidos de que esse é o certo e aparentemente, uma lei (digna de uma ditadura) não parece incomodar ninguém (exceto o nosso triângulo amoroso).
E que coincidência porque não havia grupos rebeldes ou o que fosse. Desde o começo nada é explicado de fato, como o sistema realmente funciona quanto aos cálculos e pesquisas, seus criadores ou coisa do tipo, é tudo tão superficial. A questão de se relacionar com outra pessoa fora seu parceiro já escolhido também não tem respostas como por exemplo uma consequência se isso acontecer e afinal não é como se o governo fosse saber que você está fazendo isso, ou se soubessem aparentemente não iam agir (lembre-se que um dos funcionários do ministério sabia da paixão por Misaki do protagonista) nada é explicado de fato e isso é um incrível ponto fraco da obra, você fica perdido nesse quesito que é um dos pilares do problema principal, é como se a única coisa importante no anime fosse o romance e nada mais precisa ser explicado como por exemplo funciona as relações homossexuais nesse sistema onde o governo escolhe que você tem que ser hétero.
E entramos no problema principal, somos apresentados a um triângulo amoroso de jovens que estão infelizes com o sistema de seu país... Ou não, a questão é, se eles de fato estivessem infelizes com isso estariam lutando contra isso mas o que você vê é um personagem dizendo como não é a pessoa certa para o protagonista e tentando jogar ele para a outra, como se isso fosse o certo, sendo que ambas gostam dele, não há rivalidade ou coisa do tipo e isso é engraçado pois é como se ambas fossem masoquistas a ponto de se calar e abrir mão de sua felicidade para ver o seu suposto amor encontrar essa felicidade com outra pessoa.
Albert Camus também já disse: "O homem tem duas faces: não pode amar ninguém, se não se amar a si próprio.". O que acontece é tão irracional vindo de um anime que tente parecer racional e falha bruscamente nesse quesito, nada ai é racional, o próprio sistema de casamentos se mostra claramente corrompido e podemos ver um exemplo disso quando é dada prioridade ao um encontro ao invés de estudos ou quando você se torna o lixo da sociedade se recusar se casar com seu parceiro designado. É tudo ilusório e forçado como todo casamento parece ser um mar de rosas.
A série não tem um foco principal ou se tem isso não é explícito, o foco mais visível e lógico dentro disso é o protagonista tentando escolher uma das garotas mas não é como isso fosse confirmado afinal ele nem sequer escolhe uma delas, o final é totalmente aberto, digno pra um anime que não consegue explicar nada mas tudo tem o seu porém, nada do que se quer ver pelo público é entregue a não ser beijos como uma estratégia de atrair um público jovem para ver o anime e cenas diferenciadas como aquela em que Yukari e Ririna resolvem "treinar beijos" sendo que antes eles conversaram como queriam que Yukari ficasse com Misaki, e sim foi traição, escroto.
A proposta de Koi To Uso é de fato muito boa, ela realmente me atraiu pra algo que no começo se mostrou inovador e interessante e com o passar do tempo só se tornou um desperdício devido a seus diversos pontos fracos, eu não sei se posso colocar culpa em sua execução e direção pois não tenho conhecimento do mangá mas o incrível é que parece ser fiel ao seu material original e bem dirigido, sendo o maior problema a sua história e enredo.
HISTÓRIA: 5/10 - MEDIANO
A história é bem mediana, no geral é apenas mais um amontoado de clichês com uma proposta boa porém muito mal explorada, o enredo e roteiro são incrivelmente fracos e desperdiçados. Lembre-se do episódio 1 onde o protagonista recebe uma mensagem sobre sua parceira designada em tom de erro e logo depois seu celular desliga, não é explicado em momento algum e deixa a entender que Igarashi simplesmente enviou a mensagem porque quis, logo depois os funcionários do ministério aparecem em plena meia noite pra entregar o documento para Yukari, de onde eles apareceram? As 22 horas policiais dizem para Yukari ir pra casa pois já estava tarde, mas onde eles estavam depois quando Yukari e Misaki estavam aos beijos ou melhor onde estavam os funcionários do ministério pra ver isso sendo que se relacionar com outra pessoa é proibido? Dizem que o sistema funciona a base da ciência mais recente porém onde se encontra as pesquisas e cálculos relacionados? É dito que o sistema funciona mas e a ciência, onde está de fato?
PERSONAGENS: 3/10 - RUIM
Creio que a pior coisa nessa obra, são extremamente fracos, mal aproveitados e sem uma caracterização e exploração decente. São estereotipados e sem graça, o melhor personagem provavelmente é Nisaka, seria interessante um desenvolvimento e foco maior nele quanto a questão de como a homossexualidade funciona dentro da sociedade imposta na obra porém não vemos isso, a verdade é que não há muita informação sobre ele.
ARTE: 5/10 - MEDIANO
A arte é bem simples, os traços de cenário e os personagens são visualmente bonitos mas nada além disso, a animação também é bem simples e na média porém em algumas cenas deixa muito a desejar pra falar a verdade cheguei a me questionar se realmente era a LIDENFILMS que estava produzindo essa obra.
SOM: 4/10 - FRACO
O tema de abertura é muito bom, melódico e cantante eu realmente gostei e pra falar a verdade até cantava junto, a ending também é muito boa, meus méritos a ambas. Quanto ao OST, nada de mais, se encaixa na simplicidade geral da obra.
PRAZER: 4/10 - FRACO
É fácil pensar que eu não gostei nem um pouco de Koi To Uso mas isso não é verdade, não é totalmente ruim de se assistir e se você não estiver esperando muito se torna bacana pra passar o tempo.
GERAL: 3/10 - RUIM
No geral se mostra uma obra fraca e despretensiosa, não espere muito, a história não é nada demais, o roteiro é fraco e possui furos bobos, o enredo é inconsistente, os personagens são uma porcaria e a qualidade técnica é bem mediana. Um desperdício, sinceramente eu esperava mais de como eles poderiam explicar o sistema e encaixar um romance com um belo drama e final mas o que é entregue é justamente o contrário, falta de respostas e inconsistência, um romance bobo e mal executado, um drama incrivelmente forçado e um final totalmente aberto. Koi To Uso não impressiona mais não chega a ser uma ofensa, não recomendo, mas varia com o gosto de cada um. Se você leu até aqui tenho que agradecer, até a próxima! o/
---- O REVIEW A SEGUIR PODE CONTER ALGUNS SPOILERS ---- NOTA 3/10
O que é o amor? Albert Camus já disse: "Não ser amado é falta de sorte, mas não amar é a própria infelicidade."
No universo de Koi To Uso em determinada época o Japão sofria a baixa taxa de natalidade e para resolver isso foi posto em vigor uma lei que ao se completar 16 anos o governo escolhe um parceiro pra você baseado em cálculos e estatísticas, mas de fato isso funciona? Pelo que é mostrado sim porém o mais engraçado disso tudo é ver como as pessoas não se queixam desse sistema, todos parecem felizes e convencidos de que esse é o certo e aparentemente, uma lei (digna de uma ditadura) não parece incomodar ninguém (exceto o nosso triângulo amoroso).
E que coincidência porque não havia grupos rebeldes ou o que fosse. Desde o começo nada é explicado de fato, como o sistema realmente funciona quanto aos cálculos e pesquisas, seus criadores ou coisa do tipo, é tudo tão superficial. A questão de se relacionar com outra pessoa fora seu parceiro já escolhido também não tem respostas como por exemplo uma consequência se isso acontecer e afinal não é como se o governo fosse saber que você está fazendo isso, ou se soubessem aparentemente não iam agir (lembre-se que um dos funcionários do ministério sabia da paixão por Misaki do protagonista) nada é explicado de fato e isso é um incrível ponto fraco da obra, você fica perdido nesse quesito que é um dos pilares do problema principal, é como se a única coisa importante no anime fosse o romance e nada mais precisa ser explicado como por exemplo funciona as relações homossexuais nesse sistema onde o governo escolhe que você tem que ser hétero.
E entramos no problema principal, somos apresentados a um triângulo amoroso de jovens que estão infelizes com o sistema de seu país... Ou não, a questão é, se eles de fato estivessem infelizes com isso estariam lutando contra isso mas o que você vê é um personagem dizendo como não é a pessoa certa para o protagonista e tentando jogar ele para a outra, como se isso fosse o certo, sendo que ambas gostam dele, não há rivalidade ou coisa do tipo e isso é engraçado pois é como se ambas fossem masoquistas a ponto de se calar e abrir mão de sua felicidade para ver o seu suposto amor encontrar essa felicidade com outra pessoa.
Albert Camus também já disse: "O homem tem duas faces: não pode amar ninguém, se não se amar a si próprio.". O que acontece é tão irracional vindo de um anime que tente parecer racional e falha bruscamente nesse quesito, nada ai é racional, o próprio sistema de casamentos se mostra claramente corrompido e podemos ver um exemplo disso quando é dada prioridade ao um encontro ao invés de estudos ou quando você se torna o lixo da sociedade se recusar se casar com seu parceiro designado. É tudo ilusório e forçado como todo casamento parece ser um mar de rosas.
A série não tem um foco principal ou se tem isso não é explícito, o foco mais visível e lógico dentro disso é o protagonista tentando escolher uma das garotas mas não é como isso fosse confirmado afinal ele nem sequer escolhe uma delas, o final é totalmente aberto, digno pra um anime que não consegue explicar nada mas tudo tem o seu porém, nada do que se quer ver pelo público é entregue a não ser beijos como uma estratégia de atrair um público jovem para ver o anime e cenas diferenciadas como aquela em que Yukari e Ririna resolvem "treinar beijos" sendo que antes eles conversaram como queriam que Yukari ficasse com Misaki, e sim foi traição, escroto.
A proposta de Koi To Uso é de fato muito boa, ela realmente me atraiu pra algo que no começo se mostrou inovador e interessante e com o passar do tempo só se tornou um desperdício devido a seus diversos pontos fracos, eu não sei se posso colocar culpa em sua execução e direção pois não tenho conhecimento do mangá mas o incrível é que parece ser fiel ao seu material original e bem dirigido, sendo o maior problema a sua história e enredo.
HISTÓRIA: 5/10 - MEDIANO
A história é bem mediana, no geral é apenas mais um amontoado de clichês com uma proposta boa porém muito mal explorada, o enredo e roteiro são incrivelmente fracos e desperdiçados. Lembre-se do episódio 1 onde o protagonista recebe uma mensagem sobre sua parceira designada em tom de erro e logo depois seu celular desliga, não é explicado em momento algum e deixa a entender que Igarashi simplesmente enviou a mensagem porque quis, logo depois os funcionários do ministério aparecem em plena meia noite pra entregar o documento para Yukari, de onde eles apareceram? As 22 horas policiais dizem para Yukari ir pra casa pois já estava tarde, mas onde eles estavam depois quando Yukari e Misaki estavam aos beijos ou melhor onde estavam os funcionários do ministério pra ver isso sendo que se relacionar com outra pessoa é proibido? Dizem que o sistema funciona a base da ciência mais recente porém onde se encontra as pesquisas e cálculos relacionados? É dito que o sistema funciona mas e a ciência, onde está de fato?
PERSONAGENS: 3/10 - RUIM
Creio que a pior coisa nessa obra, são extremamente fracos, mal aproveitados e sem uma caracterização e exploração decente. São estereotipados e sem graça, o melhor personagem provavelmente é Nisaka, seria interessante um desenvolvimento e foco maior nele quanto a questão de como a homossexualidade funciona dentro da sociedade imposta na obra porém não vemos isso, a verdade é que não há muita informação sobre ele.
ARTE: 5/10 - MEDIANO
A arte é bem simples, os traços de cenário e os personagens são visualmente bonitos mas nada além disso, a animação também é bem simples e na média porém em algumas cenas deixa muito a desejar pra falar a verdade cheguei a me questionar se realmente era a LIDENFILMS que estava produzindo essa obra.
SOM: 4/10 - FRACO
O tema de abertura é muito bom, melódico e cantante eu realmente gostei e pra falar a verdade até cantava junto, a ending também é muito boa, meus méritos a ambas. Quanto ao OST, nada de mais, se encaixa na simplicidade geral da obra.
PRAZER: 4/10 - FRACO
É fácil pensar que eu não gostei nem um pouco de Koi To Uso mas isso não é verdade, não é totalmente ruim de se assistir e se você não estiver esperando muito se torna bacana pra passar o tempo.
GERAL: 3/10 - RUIM
No geral se mostra uma obra fraca e despretensiosa, não espere muito, a história não é nada demais, o roteiro é fraco e possui furos bobos, o enredo é inconsistente, os personagens são uma porcaria e a qualidade técnica é bem mediana. Um desperdício, sinceramente eu esperava mais de como eles poderiam explicar o sistema e encaixar um romance com um belo drama e final mas o que é entregue é justamente o contrário, falta de respostas e inconsistência, um romance bobo e mal executado, um drama incrivelmente forçado e um final totalmente aberto. Koi To Uso não impressiona mais não chega a ser uma ofensa, não recomendo, mas varia com o gosto de cada um. Se você leu até aqui tenho que agradecer, até a próxima! o/
Posted by Shichio | Jan 6, 2019 2:40 PM | 0 comments