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AiNoHikariToKage's Blog

June 15th, 2011
Depois de muito pensar, decidi fazer uma análise detalhada da série de filmes Kara no Kyoukai, mostrando o que, a meu ver, foram os elementos centrais da trama. Aqueles que me comecem pelo menos um pouco sabem que eu adoro a série, mas mesmo assim deixo claro que com esse post não busco exalta-la de forma acéfala. Se houverem defeitos, eles serão mencionados ao longo da análise.



Antes da análise, vamos revisar rapidamente do que se trata Kara no Kyoukai.

A série foi criada em Outubro de 1998 em forma de Light Novel. Os cinco primeiros capítulos foram lançados no site de Kinoko Nasu e Takashi Takeuchi, e os capítulos remanescentes foram lançados no Comiket 56 em Agosto de 99. No futuro, os dois viriam a criar a compania de jogos TYPE-MOON, amplamente conhecida pelas Visual Novels Tsukihime e Fate/Stay Night.
Em 2001, foi lançado o disco Tsukihime PLUS-DISC, e com ele vinha uma pequena parte da novel de KnK. Com isso, o público se deu conta de que, antes mesmo de Tsukihime, Nasu havia criado outra história, e começaram a conhecer a primeira obra do atual escritor de VNs. Com isso, vieram CD Dramas, relançamento ainda em forma de doujin, até que em 2004 ocorreu o lançamento oficial pela editora Kodansha. Finalmente, a série foi adaptada para anime pelo estúdio ufotable, tendo gerado 7 filmes e um OVA epílogo.
A série é geralmente conhecida por ser o "protótipo" da VN Tsukihime, possuindo vários elementos em comum. A mais forte delas talvez seja a ligação fraternal entre Touko Aozaki e Aoko Aozaki, mas ainda há vários outros elementos, que vão desde semelhanças de enredo até o design de alguns personagens.
A série é conhecida por não ser contada de forma cronológica até o 5º filme, sendo portanto difícil de ser compreendida em alguns momentos.

Agora que a série foi contextualizada, vamos nos ater primeiro a cada filme indivualmente, mostrando o que ele acrescenta à trama e no que cada um difere um do outro.

Kara no Kyoukai: Fukan Fuukei


Kara no Kyoukai - Fukai Fuukei foi lançado em 1º de Dezembro de 2007 e foi dirigido por Ei Aoki. O filme busca introduzir os três personagens principais (para aqueles que pensam na Azaka como personagem principal, quatro), o universo do qual se trata a série e criar o clima que viria a ser retomado nos filmes subsequentes. Depois do quinto filme, talvez seja o filme mais difícil de ser digerido: não só a narrativa não busca te introduzir de forma amigável na série como ele não é sequer o primeiro capítulo da história, mas sim o quarto. Estes dois fatores tornam o filme completamente controverso: para alguns, esse é o seu charme, para outros, seu maior defeito. Pessoalmente, digo que fico com o primeiro grupo. A história do filme é, em realidade, simples: Shiki Ryougi acordou após um coma de 2 anos. No presente momento, uma série de suicídios está ocorrendo no prédio Fujyou e de início, Shiki não se interessa muito com os ocorridos. Tudo muda assim que seu amigo Mikiya Kokutou entra em "coma", fazendo com que ela decida acabar com a força por trás dos suicídios e do repetino coma de seu amigo. Olhando através desse resumo, parece uma história de fácil compreensão, mas os pormenores presentes em toda a narrativa criam um verdadeiro turbulhão de perguntas. Afinal de contas, quem são Shiki, Mikiya e Touko, os quais nos são jogados sem maiores explicações? Qual é o significado afinal de "voar" e "flutuar", presente em todo o fillme? Touko diz que existem duas formas de escape: uma sem propósito e uma com um propósito. A primeira é chamada "flutuar" e a segunda "voar". A partir dessas duas nomenclaturas, pode-se conjecturar que, ao flutuar, a pessoa permanece inerte, nada muda. Mas ao voar, mesmo com o escape, há a busca pela mudança. Isso mostra como o primeiro capítulo lida muito mais com o tema suicídio do que se imagina. Essa idéia é reforçada pela conversa de Shiki e Mikiya no final do filme, em que ele comenta se é correto se suicidar ou não. Esse assunto também serve como um leve detalhe para o desenvolvimento de personagem da Shiki, mas não pretendo me alongar nesse quesito até o momento certo.
Só por essa divagação sobre voar e flutuar e as implicações sobre suicídio, já dá pra notar que a série possui um começo, no mínimo, inusitado e denso. E a direção só acentua a confusão.
No geral, o primeiro filme busca introduzir o telespectador, ainda que forma turbulenta, ao universo de KnK. E a sua maneira, ele consegue dar um interesse pontapé inicial a toda a trama.

Kara no Kyoukai - Satsujin Kousatsu (Go)

Kara no Kyoukai - Satsujin Kousatsu (Go) foi lançado em 29 de Dezembro de 2007 e foi dirigido por Takuya Nonaka. Já no segundo capítulo, é notório que, ainda que o clima de toda a saga permaneça geralmente o mesmo, cada filme encarna uma "segunda" atmosfera junto a essa geral. Isso é mostrado pelo clima mais calmo e contemplativo do segundo filme, que é o verdadeiro começo de KnK. Nele finalmente somos introduzidos a Shiki e Mikiya, os pilares da série, e como a história deles se iniciou. Mas o próprio fato do capítulo inicial vir logo após o quarto já ocasiona em maior confusão. Afinal, os elementos introduzidos neste único capítulo só serão resolvidos no último filme da série, que possui o mesmo subtítulo. Não obstante, a história aqui contada se revela mais complicada e emaranhada do que a primeira: Shiki conhece Mikiya no colégio, e os dois se tornam amigos, ainda que a relação deles seja um pouco distante por parte de Shiki. No entanto, a medida em que eles se tornam mais próximos, os assassinatos que estão ocorrendo na cidade começam a aumentar e Shiki diz a Mikiya que possui uma segunda personalidade "masculina" que tem como prioridade negar tudo. Essa descoberta, aliada à outras provas, parece elucidar o telespectador quanto a identidade do assassino. Mas Mikiya discorda. Durante todo o filme ele nega a possibilidade de que Shiki seja a assassina, ao que o telespectador geralmente atribue ao amor que ele nutre por ela. Tudo se sacramenta com o final, em que ele é quase morto pelas mãos de Shiki. Mas o filme se encerra nesse exato momento. Não há respostas, não há a resolução dos assassinatos: a única notícia nova que temos é de que Shiki está em coma no hospital por pelo menos dois anos. Ainda que este filme providencie a introdução esperada no primeiro filme, mais perguntas são adicionadas as anteriores, e, portanto mais confusão é gerada. No entanto, o filme é mais amigável do que o primeiro, e não mede esforços para explicar elementos cruciais para a trama, como a dupla personalidade de Shiki e dar pistas para o verdadeiro assassino. No geral, todo o filme possui um ar mais "oriental", como comentado pela própria Maaya Sakamoto, como várias coisas que não foram expressamente ditas, principalmente por Shiki, que durante grande parte do filme se encontra em desacordo com sua personalidade SHIKI. Além disso, esse deve ser o filme mais "romântico" de toda série, por se concentrar massivamente em mostrar como o relacionamento de Shiki e Mikiya se originou. Afinal de contas, retomando novamente uma frase de Sakamoto, "Garden of Sinners é a história de Shiki e Mikiya". O interessante do filme é que ele, sendo um filme mais oriental, trata o relacionamento dos dois de forma oriental. Quem costuma ver filmes japoneses está acostumado com romances em que nenhum beijo sequer é mostrado, e às vezes nem sequer um abraço. No entanto, mesmo com tais características não aparecendo, eles ainda são capazes de demonstrar um forte e profundo relacionamento, e é isso que KnK faz a partir desse filme e dá sequência nos outros, principlamente no sétimo. E é com esse filme contemplativo que a série ruma ao fim da primeira parte teatral de KnK, de acordo com Nasu, Takeuchi e Sakamoto.

Kara no Kyoukai - Tsuukaku Zanryuu

Kara no Kyoukai - Tsuukaku Zanryuu foi lançado em 26 de Janeiro de 2008 e foi dirigido por Mitsuru Obunai. Oterceiro filme pode ser considerado como uma "evolução" do primeiro. Há uma antagonista assassina que contrasta com Shiki assim como no primeiro, mas a narrativa é mais acessível e há mais cenas de ação. Como comentado por Nasu, isso faz o filme ser mais atraente para o público, e realmente, o 3º filme é mais acessível para o público. No entanto, as cenas de mistério foram cortadas massivamente, e a narrativa foi simplificada para que o objetivo fosse alcançado. Ainda assim, o assunto principal deste capítulo foi muito bem explorado no meio de toda a ação. Tanto a insensitividade de Fujino quanto a sua diferença para a Shiki são temas recorrentes da narrativa, e são bem desenvolvidos até o final do filme, marcado mais uma vez por uma conversa entre Shiki e Mikiya (não entrarei em detalhes de novo, contudo; tudo estará presente na parte exclusiva para Shiki). A presença de Fujino como uma personagem mais bem moldada e explorada do que Kirie também é um ponto a favor deste filme.

Kara no Kyoukai - Garan no Dou

Kara no Kyoukai - Garan no Dou foi lançado em 24 de Mayo de 2008, foi dirigido por Shinichi Takiguchi e iniciou a segunda fase de desenvolvimento da série. Este filme se concentra tanto em mostrar a situação de Shiki pós-coma quanto em introduzir Touko na história. Por se passar apenas no hospital, o filme em alguns momentos se torna entediante e cansativo para alguns (eu, no entanto, me entreti e muito). Mas é um filme extremamente importante para a proposta de toda a série: o limite do vazio. Afinal, o filme delineia todo o psicológico de Shiki pós-coma, e como ela sentia apenas um vazio em seu peito (referência também feita na letra de ARIA, mas isso virá na parte dedicada a trilha sonora). Vazia a ponto de não se sentir viva, de renegar sua própria existência e de chegar a cogitar a morte em certo ponto. Essa é a importância deste filme; mostrar toda uma fase da personagem principal, e como ela lidou com essa fase. Ainda que não seja atrativo para muitos, é um filme que só não ressalta o "vazio" mais do que o epílogo. Mas, como eu já havia comentado, o filme também busca mostrar um pouco de Touko, personagem até então pouco explorada. É interessante ver sua personalidade amável em contraste com seu lado cínico e árduo, a tal ponto que Shiki chega a confundi-la com outra pessoa. Mikiya,ainda que mostrado como uma figura importante neste capítulo, não aparece tanto quanto outrora, provavelmente para que a relação Shiki-Touko seja mais evidenciada. E de fato, ele só vai aparecer com destaque no último filme. O filme, assim como no primeiro e no terceiro, se encerra com uma conversa entre Shiki e Mikiya, e essa conversa mais uma vez é importante para passar de forma sucinta a idéia do filme. Desta vez, Shiki comenta que algumas coisas nunca mudam, e que para ela, aquele sorriso era o suficiente naquele momento (esta parte é exclusiva da novel). Tal fato mostra como que, em oposição a Mikiya que se mostra como um personagem imutável, Shiki permanece em constante mudança, destacando ainda mais a idéia do Yin/Yang que será tomada no quinto filme.

Kara no Kyoukai - Mujun Rasen

Kara no Kyoukai - Mujun Rasen foi lançado em 16 de Agosto de 2008, foi dirigido por Takayuki Hirao e é o segundo e último filme da segunda etapa de desenvolvimento da série. É com certeza o filme mais diferente dentre todos, a começar pela duração: 117 minutos, quase duas horas de duração (o que viria a ser superado pelo último filme que possui 2 horas). Além disso, vários elementos novos são introduzidos a trama, e este é o primeiro filme que é combatível com a cronologia: o quinto filme é, de fato, o quinto. No entanto, esse fator não ajuda em nada o telespectador: a narrativa do quinto filme é, no mínimo, frenética. Várias cenas são encaixadas com outras aparentemente sem nexo, e o próprio filme não é de fato cronológico. O filme é dividido em três partes: a primeira sendo a perspectiva de Shiki, a segunda de Mikiya e a últiima sem nenhuma perspectiva em especial. KnK5 foi interessante justamente por usar a própria idéia da história para formular sua narrativa: espiral paradoxal. Com isso, a narrativa abriga uma forma paradoxal e age em torno de uma espiral, indo e voltando em cenas chave de acordo com diferentes pontos de vista. Além disso, o capítulo trouxe três novos personagens, dois deles muito importantes: Tomoe Enjou, protagonista deste filme e Araya Souren, a mente por trás de todos os acontecimentos de Kara no Kyoukai, assim como o homem por trás de todos os vilões da série. Com a introdução de Enjou, há uma quebra de uma constante na série KnK: a relação Shiki-Mikiya. Em todos os filmes anteriores, mesmo que em menor proporção, cada filme dedicava um momento importante para o desenvolvimento do relacionamento dos dois; o quinto filme, no entanto, se foca mais na dinâmica entre Shiki e Enjou, que ficam sobre o mesmo teto durante um mês inteiro. O fator intrigante desta dinâmica é a forma com a qual ela se desempenha: Enjou, como dito por Sakamoto, parece um ser estranho no mundo de Shiki. O relacionamento Shiki-Mikiya e Shiki-Enjou é completamente diferente. Então, ainda que não explicitamente, o relacionamento dos dois protagonistas só é reforçado, mesmo que nenhuma cena tenha sido criada para tal (até o final do filme, pelo menos). Já a presença de Araya introduz um dos conceitos mais importantes da série (se não for o mais importante): Vórtex da Raiz (Vortex of Radix, Kongen no Uzu). Vários detalhes sobre este termo são esclarecidos nesse filme, e são por fim complementados com o epílogo. Araya, ainda que tenha arquitetado todo um plano intrigante para chegar até o Vórtex, sendo assim o grande vilão da série KnK como um todo, não consegue apresentar o mesmo impactor que Shirazumi apresentaria no último filme. Mas ainda assim ele é um bom vilão, cumprindo seu papel no filme e na série. Outro fator interessante deste filme é a participação de Touko, que já havia sido evidenciada no filme anterior. Seu passado é levemente esclarecido e seu papel neste filme provavelmente é o importante do que em todos os outros. Em suma, KnK5 é o que mais se parece com um filme, e ainda que seja o mais complexo e com a maior carga de informação para ser processada, é o que mais proporciona entretenimento para a maioria (para mim é o 7). Sua narrativa de natureza surreal e seu ritmo frenético juntos a uma história instigante são os motivos principais para que este seja um dos melhores filmes da série.

Kara no Kyoukai - Boukyaku Rokuon

Kara no Kyoukai - Boukyaku Rokuon foi lançado em 20 de Dezembro de 2008, foi dirigido por Takahiro Miura e dá início a fase final de desenvolvimento da série KnK. O sexto capítulo tem como foco a personagem Azaka Kokutou, que até o presente momento não possuía uma participação muito ativa na série, e serve como a ponte para o último capítulo da série. Bom, pelo menos deveria ter sido assim. A verdade é que o sexto episódio falha em proporcionar a mesma experiência que os 5 antecessores e, não obstante, falha em proporcionar uma boa experiência por si só. Nasu em entrevista comenta que, para o sexto filme, eles decidiram chamar o diretor "cute girl nº 1" do estúdio ufotable Takahiro Miura, e esse comentário por si só mostra como a natureza do filme é distoante do resto da série. O foco aqui mudou: ao invés do foco ser a história, agora o foco é "mostrar o quão fofa a Azaka é". Por conta dessa mentalidade que claramente visa outro tipo de público, o filme foi sacrificado, e com isso surgiu uma má adaptação, incapaz de manter a qualidade presente nos filmes anteriores. A participação de Shiki foi reduzida, e os vilões Satsuki Kurogiri e Misaya Ouji foram mal usados e mal explorados, a tal ponto que todo o desfecho de Satsuki presente na novel original foi eliminado da adaptação. O filme, no entanto, é divertido, e se não for levado muito a sério, consegue trazer entretenimento.

Kara no Kyoukai - Satsujin Kousatsu (Zen)

Kara no Kyoukai - Satsujin Kousatsu (Zen) foi lançado em 8 de Agosto de 2009, foi dirigido por Shinzuke Takizawa e encerra, por fim, toda a jornada que começou em 2007. O filme é centrado, assim como o segundo filme, no relacionamento entre Shiki e Mikiya, almejando também concluir os temas recorrentes em todos os outros filmes. Finalmente, o mistério em torno dos assassinatos do segundo filme é explanado: Shiki nunca matou ninguém, mas sim Shirazumi, um conhecido de Mikiya do colégio que se tornou obcecado por Shiki. Este episódio é permeado por um clima mais soturno e melancólico, a fim de retratar os conflitos que afligem Shiki durante todo o filme. Esse é, de longe, o filme aonde o desenvolvimento de personagem é mais evidenciado, tanto por Mikiya, quanto por Shiki. Não há muitas cenas de ação, mesmo este sendo o maior filme em duração, e nem cenas muito extravagantes, como a queda da ponte do 3º filme. Há, no entanto, um clima tão contemplativo quanto o segundo, mas com uma tomada ainda mais melancólica. Além disso, a presença de Shirazumi Lio é imprescindível para toda a criação deste episódio. De todos os personagens, ele é o que mais se opõe a Shiki, e por isso mesmo é o que mais a afeta. Araya é incontestavelmente o vilão principal da série Kara no Kyoukai, mas Shirazumi é indubitavelmente aquele que fez com que Shiki e Mikiya chegassem aos seus limites. É curioso que, apesar de ser um filme majoritariamente sobre Shiki e Mikiya e seu relacionamento, os dois agem separados durante quase todo o filme, se reencontrando apenas no final. Falando em final...fazia tempo que um final não me impressionava tanto positivamente. A junção de direção + trilha sonora nas cenas finais do filme é, no mínimo, espetacular. Concluindo, Kara no Kyoukai Satsujin Kousatsu (Zen) tentou e conseguiu fechar todos os temas presentes na trama como o que significa matar alguém e a busca pela normalidade, e além disso foi um filme mais emotivo do que os anteriores. Não vou mentir: é o meu preferido por vários fatores, seja pelo desenvolvimento de personagem, seja pela direção, seja pela trilha sonora, seja pelo conjunto da obra.

Kara no Kyoukai

O OVA epílogo de Kara no Kyoukai foi lançado em 2 de Fevereiro de 2011 e foi dirigido pelo mesmo diretor do 7º filme, Shinsuke Takizawa. Possui 30 minutos e conta apenas com Shiki e Mikiya, que conversam no mesmo lugar aonde se encontraram à 4 anos atrás. O OVA é apenas isso, e toda a conversa talvez seja a mais densa da série. Não há muito o que ser comentado, além de que ele é o episódio em que o "limite do vazio" é mais intenso, seja pela ambientação, seja pela conversa em si. No general, funciona como um bom epílogo para a série, ainda que o verdadeiro final permaneça sendo o 7º filme.

Direção de arte/Animação

Kara no Kyoukai tem no geral uma ótima direção de arte, marcada por sua essência realista. Os cenários sempre são muito detalhados e cada filme abriga a direção de arte e contrastes de luz necessários. Como exemplo, o segundo filme é mais baseado em ambientes mais claros, enquanto que o sétimo filme tem ambientes muito mais escuros. Deve-se ressaltar também que a direção de arte é uma extensão do clima da maioria dos filmes, geralmente apresentando uma cidade suja, permeada por becos obscuros. As soberbas tomadas de câmera são um forte ponto a favor da série. Soma-se a isso ainda a fluidez com que as cenas ocorrem e os ótimos efeitos de luz usados na série.





Trilha Sonora

A trilha sonora de toda a série foi composta pela renomada compositora Yuki Kajiura, conhecida pelas trilhas da tríade "girls with guns" do estúdio Bee Train, Le Portrait de Petit Cossette, Aquarian Age, Pandora Hearts, dentre outros. Kajiura é extremamente conhecida pelo amplo uso de vocais femininos em suas canções, bem como o uso de instrumentos de cordas (majoritariamente, violino) e música eletrônica. E, como era de se esperar, Kara no Kyoukai é justamente repleto de músicas com tais características. O que diferencia a OST de KnK são dois fatores: o fato das músicas combinarem com cenas específicas e o fato de que várias músicas são "barulhos". Em entrevista, Kajiura declarou que, após ter lido todas as novels, o seu intuito com trilha era passar o sentimento de "vazio" presente na obra. Por isso, várias músicas se tratavam de barulhos: músicas que começam com um leve solo de piano ao fundo que sumia lentamente, ou literalmente, barulhos usados em algumas cenas. Tal fator pode ser presenciado em demasia no 4º filme, que se baseia em apenas uma melodia (o tema vocal: ARIA), e várias versões, sendo várias delas meros barulhos. Além disso, a série Kara no Kyoukai tem como característica ter suas cenas ritmadas com as músicas criadas por Kajiura. Esse vídeo mostra exatamente o que eu quero dizer:
http://www.youtube.com/watch?v=sBrWcKIteAo
Não só esse como vários outros momentos são acompanhados de uma música X que encaixa nessa cena Y, ainda que seja uma versão do tema principal (in the garden of sinners) ou uma versão de um tema de um filme em específico.
Cada filme possui um tema exclusivo dele, sendo este usado sempre na cena inicial. Segue o tema de cada KnK:








Ainda que seja o tema do primeiro filme, "in the garden of sinners" (conhecida como o tema da Shiki) é um tema geral da série, que toca em TODOS os filmes (isso inclui o OVA) com exceção do segundo (o que é no mínimo estranho; afinal de contas, o segundo filme tem como foco explorar a dualidade Shiki e SHIKI, ou seja, é um filme devoto a personagem principal). Durante os 8 capítulos, é possível encontrar pelo menos 15 versões desta mesma música, seja dentro de uma outra música ou simplesmente uma versão (geralmente é o caso dos temas de batalha do 1º, 3º, 5º e 7º). Isso sem contar Seventh Heaven, o tema vocal do último filme, o mix Fukai Fuukei de oblivious, presente apenas no álbum re-oblivious do trio Kalafina e a música finale, presente em Kara no Kyoukai Remix: Gate of Seventh Heaven.

Kalafina

O trio (que já chegou a ser dueto, e até quarteto) Kalafina foi criado por Kajiura para cantar os temas vocais de cada KnK. A idéia de criar um tema para cada filme não foi de Kajiura, mas sim do staff da ufotable. Para tal feito, Kajiura decidiu criar um grupo pop para realizar as músicas que ela tinha em mente. Obviamente, cada música retrata o filme ao qual pertence, possuindo não só uma letra que corrobore o capítulo mais também uma melodia compatível com todo o clima presente no episódio em questão. O primeiro filme conta com oblivious, o segundo com Kimi ga Hikari ni Kaete Iku, o terceiro Kizuato, o quarto ARIA, o quinto sprinter, o sexto fairytale e o sétimo Seventh Heaven. O epílogo conta com a música em Kajiurago (língua inventada por Kajiura sem valor semântico) snow is falling, a qual originou a versão snow falling, cantada em japonês e com toda a letra baseada no epílogo. Seguem as músicas:









Seguem as letras:

oblivious

Because I knew, deep down, that I was able to fly
I was afraid of flapping my wings, and forgot about the wind

Oblivious
Where are you going?
The mirage you see in the distance
Someday, despite my fear
it will reflect our future together

And when these two stranded souls draw close together
you'll see true sorrow spread its wings at last.

Oblivious
Like dreaming of a midday shadow
in the middle of the night
Promise me we'll fall together
into the light

Someday...with you...together
The night
The morning
The daytime
The stars
The illusions
The summer
The winter
Time
The wind
Water
Earth
Sky
We go further in the destiny...

Because I knew, deep down, that I was able to fly
I was afraid of flapping my wings, and forgot about the wind

Oblivious
Please stay by my side
Look, a peaceful love is about to begin
Someday, even as I tremble
we'll head toward our future

Oblivious
Where are you going?
Into the water, to escape far away
Such a beautiful voice
singing of our future together.

You turn it into light

In the middle of the warm winds,
someone is calling out.
Dawn begins
as if it is going to miss the darkness.

I know for sure that tomorrow,
a silver rainbow will appear in this beautiful sky.

You are gradually changing
such sorrowful scenery into light.
Even these little drops of tears
are falling like gems
into the future.

There are secrets within the heart.
Even so, I want to touch...
but it will be ruined upon contact.
Hesitation...into the spiral.
To the other side of the bridge across the river...
Tomorrow for sure...
In the middle of the day,
spring will be willed with sweet and deep fragrances.
Upon waking up from their dreams,
what do people search for?

You have brought me along
into a bright world like this.
I'm unable to move because of the brightness.
I hold your back ever so gently.

You are gradually changing the transience
of believing into light.
In the morning I wake up,
tears fall down like gems
into the future.

Scar

I start walking from the silence
to the scenery of love yet to be seen.
I want to believe in my pain
beyong the night

There is one tender wound in my chest
that you touched.
My tears that I hid drop in crimson.

On my cold skin,
are flower petals that are finally lit.
I'm here
I'll sing of happiness.

The dream is near its end
and the stardust will vanish soon.
Please...hold me tight enough so I can feel I'm alive.

I was born from silence
and I still don't even know warmth yet.
I just want to reach life
beyond the night.

The familiar summer rain...
Please see me off...
so that I can go in tears
to the beginning of believing in each other.

I want to carve
joy and sorrow deeply...
as a memory of the happiness of
being here with you.

Around the time the stardust disappears,
in the light that I see for the first time,
with your eyes and a kiss,
please give me the trace of having been in love.
I'd like to cry for being pierced by being alive.

I start walking from the silence
to the distant daybreak yet to be seen.
I just want to fulfill my wish
beyond the night.

ARIA

Shards of a dream
that you gave me
lurks in the night that won't dawn.
There are stars nestled together.
One vanished,
and the ARIA of daybreak echoed.

In this rain that won't stop,
I no longer need to watch out for your demon
The future that lost you
has just begun.

Within the endless love,
the bonfire that you gave me is illuminating
the newborn life in my hollow heart.

Things that have vanished...
and things that remain unchanged...
The ruthless sky shines.

Saying good-bye to each other,
smiling at each other,
and repeating lonesome arias over and over again...

So, until when would a person be alone and be a slave to two?
Your beautiful future
has only just begun.

The kindess, given by you
who doesn't know kindness,
is lighting up the nameless light
in my hollow heart.

Rowing the boat of loneliness,
the bonfires grieve and gather together.
In the hollow world,
countless arias are echoing.

sprinter

I met you and saw an impossible dream.
It is an eternity that passes in a second.

I'm calling because I want to protect you.
Stretched fingers are trembling.
I embrace you as you are.

All we can do is helplessly cry out
that we are still alive until we run out of strength.
That's all.
Sweetness of despair will reach you and me.
Shatter it and start running right away
to the end of the world.

I'm calling because, if my struggling song in the distance
can turn your face to the sky,
I'm no longer alone.

Even such a mechanical vessel
was filled with naked truth,
to the extent that it overflows.
Waving our hands at the speed of light,
through an infinitely bright desert,
we kick time away and run.

I face the wind, waving a torn flag.
I travel this path without you for my own sake.
To the end of the world...

I want to see you.
You are dear to me.
I want to see you.
You are dear to me.

I'm calling because the proof I was here
probably still exists in your eyes.

I'm calling because we're defying the closing spiral
while we cry, scream and vanish.

We are alive.
We are here.

I'm calling your name.
Esta vitia.

fairytale

I remembered a dream I left in my childhood.
A sadness of bright green
singing sweetly and faintly...
My fairytale...

I knew an eternity where nothing would end.
A story of the two
no one talks about any longer.

Leaving behind one kiss,
where are you going?
Holding a lamp close to you,
you disappear into the forest,
in the dark.

A familiar figure is walking ahead in the distance.
Your home is far away.
You won't be able to make it there.
Your fairytale...

The eternity that I dreamed of will remain sealed.
The mistake is deeply hidden.
The trail home fades away and I cannot see you any longer.
Goodbye...

Leaving the misty forest,
Where are you going?
You wave to me once and
head off to tomorrow.
I fall in love with you
and eternity ends.
The joy and pain of living begins
in the light.

Seventh Heaven

I want you to sing
the quiet words of love.
I was crying
not because of you...
But because I bade farewell to the light snow
that vanished into the night.

The heartbeats that I heard from within the darkness
finally taught me pain

Kiss my wounds and don't let go of our fingers.

Into such a bright world,
you brought me along.
It's too bright, It's too birght
to see anything in the light.

Hold me tight.
Share our frozen breaths.

Your and my lingering snow melt.
It was in the dreamlike days.
You are smiling.
That's all I want.

I'm not alone anymore
We'll go together to paradise.

I want you
to sing
yours...
mine...
The night's...
The sea's...
The sky's...
Melody...

snow falling

The snow is coloring the earth white
making a path that continues to the sky

My bound hands touched the back
I see faraway like an illusion

Like the hours inside of a box
A noteless ritardando

Since it's inside the dream that will melt tomorrow
We can walk until eternity

The eyes smiling softly
under the umbrella's shadow
Just the two of us
In the night with signs of secrets
A gentle afterimage
I can see in the distance
The world now is a small miniature garden

Let's go together
Always in the white path
Leading to happiness
Wanting to try to believe
After whispering
Goodbye softly
I smiled
Saying "strange, isn't it?"
Since we're meeting tomorrow
fallin' snow

Surely in the morning snow has melted
While thinking of the disappeared night

While singing
The days of snow

No geral, Kajiura disse em entrevista que o Kalafina foi criado para ser uma "banda" pop na qual ela visionava passar o que ela sentiu ao ler as novels, e também passar uma atmosfera transparente com as músicas. Pelo menos para mim, ela conseguiu tal feito.

Shiki Ryougi



Falar da personagem principal em qualquer série geralmente é necessário, por se tratar justamente do personagem principal. Mas em Kara no Kyoukai, é mais do que vital falar da Shiki: é imprescindível. Afinal de contas, sem ela nem existiria a série. Maaya Sakamoto em entrevista costumava repetir que KnK se tratava sobre o mundo de Shiki e Mikiya, ao que Nasu concordou; mas ainda assim, a figura mais importante de longe em Shiki. A série, com exceção do 6º filme, sempre busca desenvolvê-la e detalhá-la, seja com cenas explícitas ou com pequenas minúcias. E para isso, de certa forma, a grande maioria do elenco foi, digamos, "sacrificado" para que ela tomasse a frente. Não que os outros personagens sejam necessariamente fracos ou completamente vazios, mas é fato que o desenvolvimento de personagem é majoritariamente dedicado a Shiki. O que não é sem motivo: afinal, Shiki é a personagem em constante mudança, é o elemento em constante desequilíbrio que aos poucos vai se estabilizando. Os outros personagens, na grande maioria das vezes, servem como "apoio" para que esse desenvolvimento seja realizado. E através dos personagens "antítese" (melhor tradução que eu consegui do termo "foil character") que boa parte da caraterização da personagem é feita. Para aqueles não familiarizados com o termo, um "foil character" é um personagem que age como antítese ao principal, com o fim de realçar alguma (ou várias) característica do protagonista. Logo, dentre todo o elenco, é possível dizer que Kirie, Fujino, Mikiya, Araya e Shirazumi agem em menor ou maior grau como antíteses de Shiki. Kirie, por exemplo, é descrita como aquela que flutua sobre a morte, mas que no final a escolheu; o completo contrário de Shiki, que escolheu viver mesmo sem SHIKI. Já Fujino precisa entrar em contato com a morte para se sentir viva, e acaba no fim por se entreter com as mortes que ocasiona. Shiki, ainda que "tenha uma queda pelo assassinato", como diz Touko no 3º filme, conhece as implicações que advém com tal pecado e sempre se controla. Esse contraste é evidenciado no final do filme, em que Shiki sorri para Mikiya por ver que era diferente de Fujino. O que ela buscava, como ela mesma diz, não é tão feio como ela imaginava. Já o contraste entre Shiki e Mikiya é bem mais óbvio: Shiki está em constante mudança e desequilíbrio, já Mikiya nunca muda. Shiki simboliza a anormalidade enquanto Mikiya é caracterizado como um garoto completamente normal (tanto na novel quanto no filme). E é exatamente por isso que eles encaixam no quesito Yin/Yang, discutido no quinto filme, agindo como duas "entidades" opostas que se complementam. Araya contrasta minimamente com a "Shiki-Void", em que ele busca desesperadamente a espiral, a origem de tudo; mas a personalidade original Ryougi não tem o menor interesse em nada, principalmente na origem de tudo: saber de tudo é "chato". O último personagem que entra como força oposta à Shiki é, obviamente, Shirazumi. É ele que elucida o telespectador e até a própria Shiki de que ela não é uma assassina, uma psicopata. No próprio filme, ela se pergunta: "Por que eu achei que era uma assassina?", justamente porque ela está enfrentando um verdadeiro maníaco, o que seria uma espécie de evolução da Fujino, que foi interrompida antes de chegar neste estágio. Shirazumi, que incorporou sua "anormalidade" e buscava trazer a de Shiki a tona, entrava em oposição a Shiki que queria apenas viver uma vida normal ao lado de Mikiya. Portanto, partes dos detalhes presentes no desenvolvimento de Shiki são evidenciadas indiretamente, por meio de outros personagens que entram como elementos opostos que enaltecem as verdadeiras características da protagonista. Mas ainda assim, ela também teve desenvolvimento próprio que não necessariamente foi mostrado por intermédio de outros. O segundo filme mostra em detalhes toda a diferenciação entre Shiki e SHIKI e a dissintonia crescente entre as duas personalidades. Já o quarto é devoto quase que exclusivamente ao estado da Shiki atual: imersa em solidão e se sentindo incompleta, todo o seu estado psicológico é detalhado. O sétimo, por fim, demonstra como que a Shiki atual é diferente das anteriores: uma vez tendo recobrado a memória, ela busca acertar as contas com o verdadeiro assassino de 4 anos atrás, podendo assim afirmar sua vida atual e sua personalidade atual. É só no último episódio que ela consegue aceitar a sua presente situação e assim seguir adiante. Outro detalhe interessante da personagem é a troca constante pelos pronomes “Ore” e “Watashi”. O pronome “Ore” era usado por SHIKI, já que ele era a personalidade masculina e “watashi” era usada pela Shiki que geralmente se relacionava com Mikiya. No entanto, com a “morte” de SHIKI, a Shiki atual passa a usar “Ore” em uma tentativa de lembrar-se daquele que já se foi, incorporando também outros trejeitos como o modo de agir. No entanto, em momentos chave da trama, ela subitamente volta para “Watashi”, como no momento em que ela diz que não era uma assassina no sétimo filme. Isso mostra o quanto ela é um ser em desequilíbrio que busca voltar a ser uma unidade, e que só o consegue no final da trama, onde ela passa a ser a Shiki atual de vez. A Todos estes mínimos detalhes alia-se a performance magistral de
Maaya Sakamoto, que soube ditar o tom de cada Shiki de forma impecável.
Aliás, falando em dublagem...
Dublagem

Não pretendo me estender muito nesse quesito, mas ele merece ser mencionado. A dublagem de KnK conta com várias figuras ilustres de vão desde veteranos como Jouji Nakata até dubladores de grande fama desta década, como Mamiko Noto. A dublagem é, em todos os filmes, acima da média, mas os que mais se destacaram foram Maaya Sakamoto, Kenichi Suzumura, Hoshi Souichiro e Takako Honda. Maaya Sakamoto foi competente não só em dublar uma, mas QUATRO personagens em uma mesma série, dando a essência correta para cada uma delas. Além disso, deve-se levar em consideração que Maaya costumava dublar irmãs mais novas ou jovens animadas, como a própria dubladora comentou em entrevista. Aparentemente, Shiki agiu um pouco como um divisor de águas na carreira da dubladora, já que desde então o número de personagens com vozes mais “grossas” aumentou consideravelmente (como visto com Ciel Phantomhive de Kuroshitsuji e Lightning de Final Fantasy XIII). Já Suzumura Kenichi mostrou ser um ótimo “par” para Sakamoto (o que já vem de muito antes), provando que o dublador depende do personagem (vulgo, não dá pra fazer milagre com Shinn Asuka). Para quem está acostumado a ouvir Souichiro dublando um personagem como Kira Yamato, o estranhamento é grande. Afinal, Shirazumi é um maníaco assassino, o completo contrário dos papéis que seu dublador costuma realizar. E para completar, Honda Takako conseguiu passar o ar de “mentora” de Touko assim como a versão “rabugenta” da mesma personagem.
Segue a lista de dubladores:
Maaya Sakamoto (Hitomi Kanzaki, Reika Mishima, Lunamaria Hawke, Ciel Phantomhive, Haruhi Fujioka, Aerith Gainsborough) – Shiki Ryougi
Kenichi Suzumura (Hikaru Hiitachin, Shinn Asuka, Lavi, Iaru, Rakushun, Zack Fair) – Mikiya Kokutou
Takako Honda (Hone-Onna, Gimmy Adai, Caterina Sforza) – Touko Aozaki
Ayumi Fujimura (Misaki Ayuzawa, Haruka Ozawa, Niche, Eiko Aizawa) – Azaka Kokutou
Rie Tanaka (Lacus Clyne, Koyomi Mizuhara, Chii, Maria) – Kirie Fujyou
Hiroki Touchi (Kazutoshi Gotou, Abel Nightroad, Ken Matsushiro) – Daisuke Akimi
Kenji Takahashi (Hong Long, Argath) – Gakutou
Makoto Yasumura (Ken Mayumura, Fumihiko Matsumaru, Yousuke Fukazawa) – Akitaka Suzugiri
Mamiko Noto (Kotomi Ichinose, Ai Enma, Sawako Kuronuma, Anna Liebert, Yakumo Tsukamoto) – Fujino Asagami
Tetsuya Kakihara (Natsu Dragneel, Pegasus Tenma, Simon, Kouichi Ayase) – Tomoe Enjou
Miki Itou (Android-18, Sachiko Ogasawara, Miyo Takano) – Kaede Enjou
Jouji Nakata (Kirei Kotomine, Diethard Ried, Edmond Dantès, Alucard, Giroro) – Souren Araya
Kouji Yusa (Kon Shinonome, Gin Ichimaru, Sanosuke Harada, Kardia Scorpio) – Cornelius Alba
Ryoutarou Okiayu (Byakuya Kuchiki, Akio Furukawa, Katsuhiko Jinnai, Shigure Sohma) – Satsuki Kurogiri
Mizuki Nana (Misaki Kirihara, Lan Fan, Fate Testarossa, Rue) – Misaya Ouji
Yuka Iguchi (Mako Nakarai, Index Librorum Prohibitorum) – Seo Shizune
Hoshi Souichiro (Kira Yamato, Rygart Arrow, Gino Weinberg, Keiichi Maebara) – Lio Shirazumi

Conclusão
Com isso, esta longa e cansativa análise chega ao fim. Pra ser sincera, nem comentei tudo que estava na minha mente, mas isso aqui funcionou mais como fluxo de consciência do que algo realmente planejado e bem escrito, então vamos encerrar por aqui. Com este testamento busquei comentar sobre alguns pontos que são centrais à trama e então explora-los. Mostrei também aspectos mais técnicos, como trilha sonora e direção de arte, a fim de mostrar como eles são vitais à série a sua maneira.
Para quem ler tudo, você é guerreiro hein! Só não é mais do que eu que escrevi tuuuuuudo isso!

Posted by AiNoHikariToKage | Jun 15, 2011 5:14 AM | 2 comments
It’s time to ditch the text file.
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