Colorido:Recomendomuitoefarámuitosucesso. Preto: Recomendo e fará sucesso. Roxo: Recomendo. Azul: Fará sucesso. Verde: Tem possibilidade de ser bom ou de fazer sucesso. Marrom: Será uma obra mediana. Vermelho: Não vale a pena.
Ore dake Level Up na Ken — Adaptação do manhwa, muitíssimo popular, Solo Leveling. É inconcebível que alguém que assiste animes e leia mangás com frequência ainda não tenha ouvido falar dessa obra. Portanto, mesmo para quem não goste da proposta e não curta o final do mangá, é um anime obrigatório dessa temporada. Além disso, apesar de o trailer não ser muito entusiasmante, o estúdio encarregado é o A-1 Pictures e a trilha sonora está sob a responsabilidade do grande Sawano.
Youkoso Jitsuryoku Shijou Shugi no Kyoushitsu e 3rd Season — A terceira temporada de Classroom of the Elite é produzida pelo mesmo diretor e estúdio que estão nessa franquia desde a primeira temporada. Sendo assim, não é esperado algo muito diferente do que já foi realizado, ou seja, muitas mudanças em relação ao mangá e uma produção tecnicamente mediana. Além disso, as temporadas anteriores foram bem-sucedidas devido ao roteiro conter alguns episódios extraordinários. Lamentavelmente, contrastam-se com diversos episódios desagradáveis que ocupam cerca de metade da obra.
Tsuki ga Michibiku Isekai Douchuu 2nd Season — O último episódio da primeira temporada é extremamente emocionante, épico, com uma ação frenética e muito bem realizada. Pena que seja apenas o último episódio, pois os outros são meramente uma trama com muitas enrolações. Ademais, o diretor continua o mesmo, mas o anime mudou para um estúdio maior. Em tese, um estúdio maior pode nos levar a crer em uma produção melhor. No entanto, no que diz respeito aos aspectos de imagens, os trabalhos do estúdio anterior são mais apreciáveis. Além disso, o trailer apresenta um anime simples, o que corrobora com a ideia de que a trama permanecerá novamente parada na maior parte da temporada. Embora algumas pessoas afirmem que esta parte do mangá seja extremamente movimentada. O melhor é esperar as primeiras críticas. Se disserem que há muita ação e de boa qualidade, é uma boa aposta.
Mashle 2nd Season — A premissa não ajudava a promover a obra, e a primeira temporada teve uma introdução ruim. No entanto, com o decorrer do tempo, a história se torna cada vez mais interessante, e as piadas começam a se desenvolver de forma eficiente. Dado o que já foi realizado, não se pode esperar uma obra-prima desta continuação. No entanto, se continuar com a mesma dinâmica, o anime promete ser leve, divertido de ser assistido e o mais tranquilo de ser acompanhado da temporada.
Mato Seihei no Slave — Esta obra está despertando uma grande expectativa e cada vez mais se tornando popular, sobretudo porque promete muita ação, é do mesmo criador de Akame ga Kill e os desenhos de personagens são excelentes. Desenhos esses semelhantes à de outros personagens populares em animes. Apesar das expectativas em relação aos designs apresentados e do enorme tempo de produção, adiando a estreia por um ano, com base nos trailers divulgados, a animação apresenta uma qualidade mediana, no máximo um pouco acima da média. O receio é reforçado pelo estúdio ser pequeno e sem um histórico de grandes produções. Pelo menos, o diretor é um profissional experiente que tem uma longa carreira nessa indústria. Além disso, é importante salientar que o mangá não é bem avaliado e tem uma premissa notoriamente terrível. Diante disso, pelas expectativas, deverá fazer um sucesso inicial, mas possivelmente decepcionará muitas pessoas.
Boku no Kokoro no Yabai Yatsu Season 2 — A primeira temporada deste anime não apresentou o enredo que era aguardado, mas independentemente do rumo imaginado, foi uma surpresa agradável, superando bastante a média dos romances escolares. Isso se deve ao fato de haver várias ótimas singularidades nessa história e pelos personagens. A prova disso é que é bem avaliado no MAL, além de que mesmo com a forma errada como foi vendido, ter conseguido uma significativa popularidade para sua proposta. A princípio, pode parecer uma escolha óbvia, pelos elogios muito merecidos, mas o romance escolar está esgotado para muitos. No entanto, se puderem considerar isso como um estímulo, o romance neste anime avançou na primeira temporada. Além disso, pelas revelações que estão sendo divulgadas, o romance nesta segunda temporada deve percorrer uma maratona na velocidade da luz.
Jaku-Chara Tomozaki-kun — Passaram-se três anos para sair a segunda temporada, houve até a arrecadação de fundos por meio de doações para a produção. A felicidade dos fãs por saber que esse dia está chegando é enorme. A adaptação é merecida, por ser de um light novel premiada, ganhadora inclusive do prêmio de excelência no Shogakukan Light Novel Grand Prix. Além disso, a light novel é excelentemente bem-sucedida em termos de venda. A produção do anime só enfrentou dificuldades para ser realizada, uma vez que, lamentavelmente, a primeira temporada não foi tão bem avaliada, recebendo uma abundância de críticas ocidentais rasas e estúpidas. Isso se deu, muito em virtude, pelo fato de ser uma obra voltada para pessoas inteligentes e com mensagens realistas, as quais se chocam com os ideais do politicamente correto. Em outras palavras, foi cancelada por pessoas incautas, que têm mentes fechadas, intolerantes e incapazes de compreender um subtexto. São pessoas que não apenas não compreendem a complexidade do tema, como também distorcem maliciosamente a mensagem da obra em suas resenhas. Em suma, pseudointelectuais, incapazes de raciocinar, de pensar com suas próprias mentes, por gentileza seres assim não assistam, essa obra não é para os cheirosos de Narnia.
Dungeon Meshi — A primeira impressão não foi das melhores, posto que os desenhos são simples, pouco detalhados e genéricos, tanto nos personagens quanto nos cenários. Apesar disso, pode surpreender, visto que o estúdio responsável é o Trigger, que tem um histórico que merece todo o respeito em termos de imagem. Quanto a história, tem uma sinopse agradável, uma vez que se trata de um drama seinen promissor. A trama também pode ser respaldada pelo mangá ser muito bem avaliado. Assim sendo, pode até não se tornar muito popular, mas deve ter uma boa história.
Ao no Exorcist: Shimane Illuminati-hen — O trailer é até interessante, com uma boa música e belas imagens. No entanto, esta é a terceira temporada de um anime que tem uma premissa desagradável e saturada. É surpreendente e decepcionante que a primeira temporada seja extremamente popular, mas é mais surpreendente que, até o momento, esta terceira temporada não seja popular.
Yubisaki to Renren — É um anime shoujo bem característico com personagens universitários adultos, e tem um material base muito bem avaliado. O fato de a protagonista ser uma pessoa com deficiência auditiva remete imediatamente à lembrança do extraordinário Koe no Katachi. Certamente, haverá muitas pessoas que aclamarão este trabalho. Entretanto, apesar de haver muitos homens que assistiram shoujos e apreciaram, eles não são o público-alvo desse tipo de trabalho. Por conseguinte, o fato de este anime apresentar elementos fortemente característicos do shoujo, pode ser um indicativo de que não haverá atrativos que sejam fortes o bastante para atrair um público para além do seu próprio nicho.
Shin no Nakama ja Nai to Yuusha no Party wo Oidasareta node, Henkyou de Slow Life suru Koto ni Shimashita 2nd — A segunda temporada do anime com um herói que deixa a vida de aventuras para trabalhar como vendedor em uma loja de boticários. Definitivamente, colocar vida cotidiana numa fantasia como o tema central é conceitualmente contraditório. A ideia é vendida por ter uma certa originalidade, mas é difícil comprar essa premissa, e piora quando a primeira temporada foi mal avaliada. Um enredo bom é uma história sem as partes chatas, coisas comuns não são interessantes, não justificam a atenção.
Dosanko Gal wa Namara Menkoi — O anime começará com uma gal descendo em uma cidade para ver pontos turísticos, sem saber que ficava a três horas de caminhada do seu destino, estando no inverno com 8 graus negativos e vestindo roupas de verão. Parece um anime fofo, diferente e com situações engraçadas. O trailer também apresenta uma boa música, além de bons cenários e personagens promissores. A única ressalva é que o mangá não é tão bem avaliado, mas parece que isso se deve ao fato de que, ao longo do tempo, a trama mudou de foco, o que não deve ocorrer em apenas uma temporada do anime.
Majo to Yajuu — Os designs dos personagens principais têm bons conceitos artísticos. Um deles parece enigmático, carregando um cachão nas costas, e o outro é uma bela mulher, com leves traços selvagens. Parece ser bastante promissora a ideia de um casal Van Helsing caçando uma bruxa em uma cidade. Promissora por: ser um pouco diferente dos animes habituais; não serem crianças os personagens principais; e centrar em um único caso que tem um inimigo claro, forte e misterioso. No entanto, animes com monstros que remetem muita familiaridade aos dos contos clássicos, o que pode ser o caso desse, costumam não ser bem-sucedidos. Ainda mais um que se pareça ser de detetives. Se servir como tranquilizador, o mangá é um seinen bem avaliado, e o diretor do anime é bem experiente.
Sokushi Cheat ga Saikyou sugite, Isekai no Yatsura ga Marude Aite ni Naranai n desu ga. — Uma classe de estudantes japoneses é teletransportada para um mundo de fantasia, no qual cada um dos estudantes adquire um poder. A princípio, todos adquirem poderes, com exceção, aparentemente, do nosso meio estúpido protagonista, porém a verdade é que ele adquiriu o maior poder. Essa é uma introdução bastante típica de animes genéricos isekais de temporada, e os desenhos com cores claras seguem a mesma linha. O diferencial que o anime propõe, é o fato de o protagonista ser tão forte que basta apenas não estar dormindo para matar qualquer um com o seu poder de morte instantânea. Criar desafios instigantes para manter o público interessado nessa jornada com alguém tão forte é complicado. Além disso, o estúdio é pequeno, o mangá é mal avaliado e o anime é PG 13, ou seja, nem o ecchi de boa qualidade teremos. Se fosse um anime de três episódios, mas uma temporada inteira com essa proposta, é difícil acreditar que conseguirá se sustentar.
Urusei Yatsura (2022) 2nd Season — A segunda temporada de um reboot de uma primeira versão de grande sucesso, que é enorme e antiga, a qual já era uma adaptação de um mangá grande e mais antigo. No caso de um anime excelente, é preferível um remake fiel do que um reboot. Entretanto, quando a obra é datada demais, mesmo as ótimas, há algumas dinâmicas que não são adequadas para os tempos modernos, sendo preferível um reboot. Além disso, se for para fazer uma reimaginação, que seja forte e não suave. A manutenção de uma atmosfera mais retrô, só seria justificada se o primeiro anime não tivesse sido fiel ao mangá, de modo a criar uma versão fiel dedicada aos fãs do mangá. Um meio reboot ou meio remake, que parece ser a proposta desse anime, acaba deixando um desagradável estranhamento. Com todas essas ressalvas, há algumas críticas positivas da primeira temporada, e não poderia ser diferente, uma vez que a autora do mangá é a grande Takahashi.
Kekkon Yubiwa Monogatari — A sinopse do mangá apresenta uma história de amor onde um homem corajoso viaja para outro mundo, visando roubar sua amada de um casamento, tascando um beijo na princesa do reino. Já a sinopse do anime revela um protagonista covarde que tem dificuldades para se declarar para uma amiga de infância. As informações contidas na descrição da obra sugerem que não é um romance, mas sim uma putaria de um harem, com ecchi e seinen. O trailer revela que nesse Isekai de fantasia as garotas são meio humanas e o protagonista vai meter o anel no dedo de cinco princesas. Observações: o estúdio é minúsculo, o mangá é mal avaliado, o diretor só dirigiu animes ruins, e zoofilia é doença.
Metallic Rouge — Anime original de ficção científica futurista, com androides meio mechas, e do estúdio Bones. O trailer apresenta uma estética agradável, em comparação com os recentes animes que têm sido lançados com propostas semelhantes. Além de ser bonito, está extremamente fluido e com uma abundância de cenas de ação. O estúdio Bones, mais uma vez, parece que fará jus ao nome que construiu nessa indústria quando se trata da parte visual. Diante disso, vale a pena apostar neste anime, nem que seja somente pela animação.
Chiyu Mahou no Machigatta Tsukaikata — Mais um isekai, em que uma turma de estudantes normais do ensino médio japonês é invocada para o outro mundo e recebe poderes especiais. O diferencial é que o protagonista é o aluno mais mediano da turma e o foco do anime está na habilidade do protagonista com magia de cura. O problema não é ser um anime isekai, mas sim em ser um isekai genérico e sem conteúdo. Para aqueles que já assistiram a tantos similares, é difícil encontrar boas motivações para assistir a algo desse tipo. Entretanto, como é de praxe, haverá alguma audiência, e na ausência de algo melhor, não há como recriminar quem o considerar. Outro ponto relevante, é que os estúdios responsáveis são: o Shin-Ei Animation em parceria com o Studio Add que nunca produziu nada. Algumas vezes um estúdio maior entra com o nome e o menor com o trabalho. Finalmente, é preciso salientar que o mangá é mal avaliado.
Shaman King: Flowers — Uma continuação de um reboot que teve a sua primeira parte avaliada de forma tão negativa, que levou o anime a ter uma nota inferior a sete no MAL. A primeira versão recebe avaliações mais positivas, é bem mais conhecida, mas ainda é um anime infantil e detestável.
Gekai Elise — A ideia da premissa apresenta méritos, pois traz algo incomum e cria uma problemática boa para ser explorada, mas é difícil de ser aceita. Uma pessoa morre, reencarna, se torna um médico com os conhecimentos modernos de medicina, morre de novo, e volta ao o corpo da primeira vida antes da primeira morte. Não tem suspensão de descrença que faça essa lógica funcionar. Além disso, uma proposta em acompanhar um médico sendo um médico não é algo atraente. Haverá outras complicações nesse enredo, mas talvez não sejam o suficiente para oferecer uma trama interessante. O mangá que é o melhor indicador no momento para a história, tem uma avaliação pouco favorável. Ademais, parece ser um anime nichado para garotas.
Akuyaku Reijou Level 99: Watashi wa Ura-Boss desu ga Maou dewa Arimasen — O trailer é bem razoável e a premissa de reencarnar em um otome game tornou-se bastante comum. Apesar disso, há uma série de elementos interessantes nesta sinopse devido a algumas nuances dessa proposta neste anime. Uma linda mulher, extremamente forte, que não se importa com romance, e apenas deseja viver em paz, mas é discriminada pela cor do seu cabelo e pela sua força. Enfim, só não dá para apostar mais neste anime, pelo mangá não ser tão bem avaliado.
High Card Season 2 — A primeira temporada deste anime estreou no início deste ano, mas já caiu no limbo do esquecimento. Além disso, esta primeira temporada foi descredibilizada, com baixa popularidade, com críticas severas e notas negativas. É difícil acreditar em uma continuidade quando o projeto começou tão mal.
Oroka na Tenshi wa Akuma to Odoru — Um anjo e um demônio vão estudar em uma escola japonesa e começa um romance entre eles. Quão mais estúpidas ainda podem ser certas premissas! O demônio se infiltrou na escola com o objetivo de recrutar alunos para lutarem contra os anjos. Meu Deus! O anime ainda é classificado como seinen. Para ser classificado assim, talvez haja alguma riqueza no subtexto. Sorte para aqueles que forem confirmar. Será necessária muita sorte, uma vez que o estúdio é pequeno e o mangá é avaliado como mediano. Ademais, são horripilantes as orelhas pontiagudas de alguns personagens.
Kingdom 5th Season — O trailer é interessante, mas é a quinta temporada e dificilmente alguém começará a assistir por ela. O estúdio Pierrot, que está realizando este projeto desde o início, permanece. Também permanece o mesmo diretor desde a terceira temporada. Logo, não deverá haver grandes surpresas, ou seja, continuará sendo um anime bem avaliado e direcionado a um público nichado e cada vez mais nichado.
Ishura— A ideia é simples: após a morte do rei demônio, surge um Battle Royale entre pessoas extremamente fortes. O trailer revelou os aspectos fundamentais para esse tipo de proposta, que são muita ação e uma imagem de qualidade. O quão bem-sucedido será esse anime, só saberemos quando começar para vermos como serão desenvolvidos os combates.
Saijaku Tamer wa Gomi Hiroi no Tabi wo Hajimemashita. — O anime apresenta uma menina que cata lixo em uma floresta para sobreviver, pois a sociedade a discrimina e a persegue. A premissa é ótima, mas o trailer demonstra que a direção não acertou o tom, que deveria ser dramático e escuro. Além disso, o estúdio responsável por esse anime também é bem pequeno.
Nozomanu Fushi no Boukensha — Mais outro filho de Overlord, um anime de fantasia no qual o protagonista é transformado em um esqueleto morto vivo. Se houvesse um anime entre esses filhos que fosse mais dark do que o pai, talvez conseguisse encantar muito mais do que as versões sempre mais leves e compactas. Não há problema em copiar, desde que acrescente algo novo. Até o momento, não é possível perceber nada de diferente dos seus irmãos e pai com os trailers e a sinopse deste anime.
Kyuujitsu no Warumono-san — A premissa é de um super vilão alienígena incumbido de destruir a humanidade, mas que resolve tirar uma folga na terra, que é constantemente interrompida por pessoas que tentam o derrotar. A ideia é promissora e pode ser aplicada em outras propostas, mas evidentemente é um anime de comédia. As produções que se concentram exclusivamente em comédia ou muito focadas nessa área, tende a ser menos atrativas do que aquelas que fazem uso esporádico. Não será uma obra-prima, mas promete ser um entretenimento para quem deseja algo descontraído e despretensioso. A qualidade do espetáculo dependerá muito da veia cômica do diretor.
Isekai de Mofumofu Nadenade suru Tame ni Ganbattemasu. — Após morrer de tanto trabalhar, um jovem reencarna em outro mundo como uma menininha. Ela renasce com uma a capacidade de ser amada por todos os animais, e fará amizade com todos os bichinhos. Que fofinho! O público-alvo é de garotinhas, mas é bem idiota essa premissa. Além do que, reencarnação após morrer de tanto trabalhar já saturou mais do que a do caminhão do isekais.
Mahou Shoujo ni Akogarete — É um anime de garotas mágicas que se diferencia pelo fato da protagonista sonhar em ser uma garota mágica, mas ganhar os poderes de uma vilã. Haverá momentos de ação, mas o foco principal será a criação de situações cômicas com à ironia das pretensões da protagonista. A ideia é promissora, mas não é o bastante para que este anime seja mais do que um mediano da temporada.
Loop 7-kaime no Akuyaku Reijou wa, Moto Tekikoku de Jiyuu Kimama na Hanayome Seikatsu wo Mankitsu suru — Anime da jovem reencarnada que é obrigada a casar com o príncipe que a matou em outra vida. A problemática é interessante, tem alguns dilemas, mas há algumas amenizações que podem comprometer o potencial. Na outra vida, a garota era uma vilã, o príncipe era o bonzinho, e agora ela só quer ter uma vida longa e tranquila longe da vilania. O anime seria mais promissor se, em vez de um romance redentor, fosse um jogo de intrigas, vingança e luta pelo poder. Será um anime mediano de temporada, focado no público feminino adolescente.
Bucchigiri?! — O anime é uma criação original do estúdio MAPPA, o mesmo que produziu Jujutsu e Shingeki. Será um anime de lutas entre adolescentes, provavelmente o Shounen da temporada atual. Nesse tipo de proposta, a ação bem produzida é um dos pontos mais relevantes e visualmente o trailer é bastante atraente, tanto em termos de cenários quanto de personagens. Assim sendo, tem potencial para o sucesso.
Himesama "Goumon" no Jikan desu — Um anime que mostra uma princesa sendo torturada por um lorde demônio. Será um anime bobinho de comédia, que se muito bem avaliado, chegará a ser considerado mediano.
Momochi-san Chi no Ayakashi Ouji — Um romance Shoujo, com uns personagens bonitos, um drama magico e demônios antropomórficos.
Sengoku Youko — O estúdio é bom, o mangá é bem avaliado, o trailer é satisfatório e o enredo é um shounen de aventura com ação. É surpreendente que, atualmente, não esteja com uma grande popularidade no MAL. No entanto, é inegável que tem potencial para o sucesso.
30-sai made Doutei dato Mahoutsukai ni Nareru Rashii — Romance Boys Love.
Pon no Michi — Anime sobre amizade entre garotas, jogos e um espaço de lazer. A proposta não é interessante, mas existe a possibilidade de surpreender, uma vez que é um anime original de um estúdio prestigiado.
Sasaki to Pii-chan — Anime de um homem de meia-idade solitário, que adotou um pássaro de estimação, o qual lhe concede poderes mágicos para viajar entre mundos. KKKKKKK... Que droga estavam usando quando tiveram essa ideia? Com toda certeza, para este anime o Alexandre dará uma nota 10. KKKKKKK...
Saikyou Tank no Meikyuu Kouryaku: Tairyoku 9999 no Rare Skill-mochi Tank, Yuusha Party wo Tsuihou sareru — Em suma, trata-se de mais um anime do herói do escudo, um herói com uma defesa extremamente poderosa. Os japoneses gostam demais dessa premissa defensiva, talvez seja uma identificação nacional. A sinopse e o trailer apresentam elementos interessantes, mas as esperanças se dissipam com a avaliação do mangá.
Hikari no Ou 2nd Season — O problema é que esta é a segunda temporada de um anime, cuja primeira temporada foi bastante mal avaliada. Além disso, a premissa é problemática, apesar de que não é de toda ruim. Pelo menos o trailer está bonito.
Synduality: Noir Part 2— Segunda temporada de um anime que teve a primeira temporada muito mal avaliada. O 3D da primeira temporada é ridiculamente ruim, insultivo e a palheta de cores não está bem encaixada. Pelo trailer dessa segunda temporada, é possível notar uma melhora nesses aspectos, mas não tanto quanto deveria e já é tarde demais.
Meitou "Isekai no Yu" Kaitakuki: Around 40 Onsen Mania no Tensei Saki wa, Nonbiri Onsen Tengoku deshita — Dois estúdios minúsculos produzindo um anime que é uma adaptação de um mangá completamente desconhecido. A história do anime é protagonizada por um homem que aprecia termas e reencarna em outro mundo. Além disso, promete ter um ecchi com garotas meio humanas. Percebe-se que a ideia foi produzir a parti de uma fórmula mágica, pegando os elementos mais genéricos de animes e colocando tudo junto no liquidificador.
Chou Futsuu Ken Chiba Densetsu — Anime de comédia com garotinhas. Esse é o supra-sumo do Alexandre.
Gekkan Mousou Kagaku — A história é sobre uma equipe de uma revista que publica matérias sobre monstros e coisas bizarras. A temática, aparentemente, remete a Scooby Doo ou Sherlock Holmes, mas as cores e luzes apresentadas não combinam com esse tipo de proposta. Ademais, reportes, detetives, animes assim não estão tendo uma boa recepção ultimamente. Seria mais proveitoso se tivessem seguido em direção ao terror.
Yami Shibai 12 — A decima segunda temporada de um anime de terror de quatro minutos por episódio, que quase ninguém conhece.
Snack Basue — De tão pouca fluidez, é difícil se quer finalizar o trailer, quem dirá um episódio do anime. Se serve de alívio, ainda não foi divulgado o tempo de duração por episódio, mas como será um anime de comédia em um bar, provavelmente será daqueles de poucos minutos.
Meiji Gekken: 1874 — O problema é que o estúdio é pequeno e o material é original. No entanto, o trailer é promissor, a sinopse vende bem a obra, e é um anime histórico de ação. Se o estúdio fosse grande, teria boa possibilidade de fazer sucesso.
Yuuki Bakuhatsu Bang Bravern — O estúdio é recente e quer começar com um anime de mecha e militar. Bastante ousado pegarem algo que requer muita animação fluida e detalhada. Além disso, não é possível avaliar adequadamente, porque o material base é original e nem sinopses do anime estão disponíveis. No mais, o trailer não mostrou nada.
Cardfight!! Vanguard: Divinez — Enésima temporada de um anime desconhecido e sempre mal avaliado.
Harimaware! Koinu —Mais um daqueles animes bem infantis de comédia com uns bichinhos.
Heart Cocktail Colorful: Fuyu-hen — Não saiu ainda quase nenhuma informação sobre esse anime, não tem sinopse, não tem trailer, não tem material fonte, não tem se quer o estúdio. A única coisa relevante de informação é que será um anime curto de cinco minutos por episódio.
A gravidez da Ai é igual a de qualquer adolescente?
Primeiramente é falso dizer que todo mundo isenta o fato da Ai engravidar com 16 anos, nem mesmo o próprio Guto isentou isso, tendo em vista que no vídeo ele afirma esse ser um grande problema. Ser um problema também não é necessariamente condenar a garota dizendo está errada, dizer isso como o Ig0y fez é um juízo de valor, altamente subjetivo e baseado somente na idade é abominavelmente preconceituoso. No entanto, concordo que as sociedades mencionadas no vídeo não veem com bons olhos a gravidez na adolescência. Por terem uma mentalidade dominante progressista no sentido que a mulher antes de formar uma família deve ser independente com uma carreira profissional e um ensino superior. Não seguir essa cartilha gera certas indignações ideologizadas de lacradores que tentam construir uma moral pós-moderna. A despeito disso, as mulheres devem ter todo o direito de escolherem o que elas quiserem para suas vidas, devem ter o direito de buscar a felicidade sem imposições.
Gravidez na adolescência é algo escandaloso quando acontece com pessoas comuns? Garanto que não é algo anormal para estampar os jornais e sejamos honestos que na nossa sociedade a população somente se importa com a conta. No Brasil cerca de 14% de todos os partos são de mães adolescentes. Esse indicador ano após ano vem sofrendo uma redução, devido ao envelhecimento da nação, a existirem anticoncepcionais, a abortos serem cada vez mais populares e a maior instrução da população. Se por um lado os partos estão reduzindo em idades mais novas, por outro lado, cada vez mais cedo os jovens iniciam as suas atividades sexuais. Quase 50% dos jovens tiveram sua primeira relação sexual na adolescência, 30% antes dos 15 anos e pelo menos 1/3 sem uso de proteção. Pessoas comuns tendo recursos não sofrem coerção, diferentemente de ídolos musicais jovens da cultura japonesa (idols). Para as idols até mesmo uma troca de carinhos mais íntimos é um problema, namorar enquanto seguir essa carreira é terminantemente proibido, ter relações sexuais e engravidar é um gigantesco escândalo.
De fato, a carreira de um idol é curta e não passa dos 30 anos, logo fazer a protagonista ter um filho aos 16 anos parece ser o mais conveniente. Qual o problema com isso narrativamente falando? Existe algum demérito nisso que justifique essa crítica do vídeo do Ig0y? É um encaixe narrativo coerente com a proposta. Além disso, discordo categoricamente com a afirmação feita no vídeo do Ig0y que a obra não está fazendo uma crítica a forma de vida de mentiras que a personagem está inserida, isso é comprovado por ela ter uma gravidez escondida. Por fim, concordo que o anime parece não se importar em querer fazer uma crítica negativa comum a gravidez na adolescência, até porque não é uma personagem comum e não tem problemas comuns.
O anime obrigatoriamente teria que retratar de forma negativa a gravidez na adolescência? Por que o ig0y é tão etnocêntrico e quer impor críticas que colaborem com seus valores em tudo? O Japão detém uma taxa de 0,4% de adolescentes entre as mulheres que dão à luz, isso é 35 vezes menor do que a brasileira, que por sua vez é 4 vezes menor que a subsaariana. Essa taxa japonesa é a menor de gravidez entre adolescentes de todo o mundo. Também é preciso dizer que o problema de baixa natalidade que o Japão vive atualmente é a maior preocupação de todos os japoneses, não são os terremotos, não é a economia, não é a China. Logo, mostrar desaprovação por algo que a nação está buscando desesperadamente não faz sentido.
Não jogar uma pessoa na fogueira é ser favorável aquilo que ela fez? Onde foi que o Guto disse que não tinha nenhum valor na menina ser criticada por ter 16 anos? Pelo menos não vi isso no vídeo do Guto. Onde o Ig0y viu todo mundo dizendo que não tinha nenhum valor na menina ser criticada por ter 16 anos? Certamente em alguns bolsões conservadores da sociedade ainda exista alguma resistência a não aprovar comportamentos sexuais fora do casamento, implicando também em certos tipos de gravidez na adolescência. Não é todo mundo como foi dito, todavia vou dar algum crédito ao Ig0y, porque de forma geral, a mentalidade da sociedade ocidental é permissiva a prática de relações sexuais libertinas com algumas poucas exceções. O problema é que o Ig0y parte de um pressuposto bastante superado que as pessoas condenam, quando elas de fato só não querem é ter despesas. Logo, não tem porque “todo mundo” sair fazendo críticas sobre essa garota, quando não a repudiam. Para reforçar, no Brasil, 26% das adolescentes se casaram ou foram morar com seus parceiros antes de completar 18 anos. Não sei onde o Ig0y vive, talvez seja onde a população é muito conservadora nesses assuntos, mas pessoalmente acredito que não deva ser nesse planeta.
Teve um momento do vídeo que o Ig0y ainda falando sobre gravidez da Ai perdeu a paciência e começou a dizer impropérios, o qual é o argumento de quem não tem argumento. Isso porque alguém falou da gravidez de adolescentes na África. Em resposta o Ig0y inquiriu o nome de cinco países desse continente, entendi que não foi negando propriamente, mas foi um argumento de autoridade e de ataque ao argumentador. Sei decorado o nome de quase todos os países da África, mas saber disso não significa absolutamente nada para o argumento que adolescentes engravidam. Só para constar com dados da ONU, todos os países da África Subsaariana têm essa situação. Para terem uma noção, de todos os nascidos de mães entre 15 e 19 anos de todo o mundo, 48% deles nasceram somente na África Subsaariana. Estudo do Fundo de População das Nações Unidas, Unfpa, revela que em países da África Subsaariana, mais de 60% das gestações ocorrem em meninas com menos de 17 anos.
Na análise feita no vídeo do Ig0y, foi contestado o fato da informação de gravidez da Ai não ter vazado. É comum os escândalos vazarem? Sim, mas quantos tantos passam décadas até serem descobertos e quantos tantos nunca são revelados. É impossível calcular se tem mais escândalos que vazam dos que os que nunca vazam. Só tem como especular que são muitos os que nunca chegam a público, com base que são muitos os que demoram muito tempo a vazarem. Existem inúmeros casos de celebridades internacionais super famosas que conseguiram esconder a gravidez e não custa lembrar que a protagonista é somente uma subcelebridade japonesa. Não existe nenhuma incoerência nisso, até mesmo dizer que é conveniência é complicado quando não se tem como calcular probabilidades. Ademais, o anime tratou dessa questão dizendo que a Ai foi para uma cidade pequena e que usou um pseudoanônimo. Tem também uma cena no anime onde uma idol é notícia casando e estando grávida, em outras palavras, casou para não escandalizar.
Algumas ponderações sobre críticas a gravidez da Ai.
Uma crítica moral é bem complicada, pois a sociedade japonesa tem seus próprios valores, que não podem ser medidos com régua ocidental, a fim de que possam exigir que o anime faça uma condenação por ser uma gravidez fora do casamento. Além do que por Ai estar no mundo artístico, é uma personagem desapegada a valores morais, mesmo os pertencentes a cultura japonesa. Vale também destacar que a crítica moral da idade seria mais do conservadorismo das tradições. Já para questões religiosas seria apenas em virtude de não ser casada.
Críticas familiares tem seu próprio aspecto, mas estão muito ligadas a críticas morais e psicológicas. Dito isso, as definições de família e de estruturação dela estão mudando continuamente. Assim como também é muito complicado dizer se alguém com 16 anos não tem uma estrutura psicológica para ter uma família. Na minha opinião, essa mentalidade pós-moderna de protecionismo exacerbado sobre os jovens, sempre os tratando como incapazes e inaptos, defendida pelo Ig0y, causam muitos danos a sociedade, gerando coisas como os hikikomoris. Outro ponto, é que a Ai não tinha família para surgirem conflitos durante a gravidez, exceto se ela tivesse um relacionamento sério com a pessoa que a engravidou. Ademais, é interessante notar que pelo menos nesse início da trama a relação amorosa da Ai não foi tratada como um abandono. Talvez isso seja um reflexo da sociedade atual japonesa, ou talvez queira passar alguma mensagem, mas o fato é que o Ig0y não se atentou para essa questão no vídeo.
Sobram as críticas a saúde física e o anime as fez. Foi dito que no caso da Ai poderia ter que ser uma cesárea, o anime também criticou a demora dela em ter a primeira consulta e ao tamanho da personagem para ter os bebês. Posto isso, senti que as preocupações foram mais por estar grávida de gêmeos do que por ter 16 anos. Críticas maiores só caberiam bem se estivessem falando de uma criança ou um pré-adolescente, mas 16 anos é quase um adulto e em alguns países 15 anos já é um adulto. Gostaria muito que o Ig0y entendesse que gravidez não é uma doença, que mulheres são biologicamente feitas para ficarem grávidas e que 16 anos não é uma idade de risco.
O tema é comum, logo é ruim?
Concordo que no gênero os temas desse anime são comuns e diria mais que são velhos. Entretanto, isso não significa que os temas nesse anime não tenham seus próprios méritos, que não consigam surpreender, que não consigam cativar e que principalmente não consigam emocionar. O anime trata de alguns temas da indústria do entretenimento de forma secundária, tais como: talento não é o mais importante, dificuldades burocráticas, dificuldades financeiras, comportamento de celebridades, dificuldades para manter uma imagem ideal, relação de estrelas com os fãs e dos fãs com as estrelas. São coisas comuns, portanto, são as mais facilmente percebidas, mas não são o tema principal e mesmo sendo abordagens com perspectivas novas e enriquecedoras, não precisam ser complexas e profundas. O que frustra bastante é ver críticas aos temas desse anime sendo rasas, pelo simples fato de não se atentarem sobre o que realmente a trama quis falar. Temas como: amor, família, superação, hipocrisia, amadurecimento e responsabilidades. São tratados com muita mais profundidade do que o da indústria do entretenimento e ignorados pelos críticos. Para finalizar, o tema da obra é sobre vingança.
Gorou o virtuoso que morreu e reencarnou.
O Guto está correto e o Ig0y está errado por querer desumanizar o Gorou. Entendam, médicos são humanos como qualquer outra pessoa, que no exercício da sua profissão é preterido que não expressem juízo de valores, mas isso não quer dizer que eles não possam e não julguem em fóruns íntimos. Acompanhamos o Gorou não somente enquanto está realizando as suas atividades de médico com sua paciente, mas acompanhamos até no íntimo dos seus pensamentos. Isso é importante para evidenciar o caráter virtuoso do Gorou, em não ter juízos condenatórios, em não ser preconceituoso, em não deixar de ser fã por conta de uma gravidez e em querer ajudar a trazer a vida. Ao contrário do perseguidor, que também era um grande fã, mas não tinha virtudes, era tóxico, não respeitava a liberdade da Ai e queria trazer a morte. Também é preciso ressaltar a existência da Ai paciente e da Ai idol, o Gorou poderia não ter a mesma opinião de fã alinhada com as de médico. Para concluir, é impossível não comparar com o Ig0y, que pediu que Ai fosse condenada, que disse claramente que a Ai estava errada, que queria jogar a menina no inferno por ficar grávida. Tirem suas próprias conclusões sobre com quem o Ig0y se parece.
A morte do Gorou foi ruim como diz o Ig0y? Tenho duras críticas do encontro do Gorou com Ryousuke, e para quem tinha lido a sinopse do anime já sabia que em algum momento o Gorou iria morrer. Independente disso, a cena da morte em se, do momento que ele é empurrado em diante, consegue causar um certo choque, cria uma expectativa até o último instante de que o Gorou pudesse escapar e gera um certo mistério pelo corpo não ter sido encontrado. Tem como dizer que uma cena com esses elementos é ruim? Infelizmente, confesso que não me emocionou tanto, mas a culpa foi minha porque tinha pego spoilers e bem maiores do que os que estão na sinopse. Mesmo assim, consigo reconhecer o potencial e imaginar como deve ter sido impactante para quem foi ver sem saber de nada.
O Ig0y afirma que a reencarnação do Gorou foi uma propaganda pró-aborto, porque fica implícito que o corpo de Aqua não tinha alma antes do Goru morrer. Nessa questão de o feto ter alma/espirito, vou tomar como exemplo o que pensa a cultura judaica cristã. Para quem desconhece, isso é uma questão milenar no cristianismo e no judaísmo, é contencioso sobre qual é o momento que o corpo passa a ter alma. Independente disso, são religiões antiabortistas por entenderem que a vida se inicia no momento que a biologia determina, que é na concepção. Logo, é irrelevante a questão de qual é o instante específico que o corpo adquiri uma alma, porque não existe vida humana mais valiosa do que a outra. A vida é um dos pontos mais fundamentais dessas crenças e o assassinato para essas religiões é pecado. Entendo que certas concepções teológicas dão mais margens para que pessoas possam tentar defender o indefensável, mas daí fazer uma ilação que por pessoas exporem certas ideias necessariamente defendam outras é de uma plena ignorância. No mais, não foi afirmado se no universo desse anime todas as almas reencarnam no mesmo momento.
Fazendo alguns esclarecimentos do que pensa o cristianismo. Primeiramente há duas opiniões com bases escrituristica sobre como a alma humana é criada, são o traducianismo e o criacionismo que atualmente é a corrente majoritária. Um adendo, esse criacionismo não é o que faz contraponto a teoria da evolução. Voltando, a corrente do traducianismo acredita que as almas são criadas com os corpos físicos e a corrente do criacionismo que as almas são infundidas. Em qual momento elas são infundidas, aí tem tese para tudo, tem até de estágios da alma. A palavra grega peûma (espirito), significa: sopro, vento, ar, sopro divino, portanto existem aqueles que advogam que somente o recém-nascido após respirar é que tem espírito. A briga ainda é bem mais complicada, porque tem também a teologia da dicotomia (alma e espírito são a mesma coisa) e da tricotomia (alma e espirito são coisas diferentes).
O único instante que o anime fala sobre aborto é quando é sugerido a Ai. Isso se dar no momento que antecede a cena do telhado, na qual é onde ela responde à indagação dizendo que não tem família, que sempre quis ter uma e que sua família será feliz e divertida. O anime super pró família, que incentiva a não fazer aborto e trabalha com o grupo que é mais vulnerável a cometer esse ato, acusado por Ig0y de ser abortista. Ridícula essa declaração do Ig0y, é tão ridícula que prefiro acreditar que foi uma piada de extremo mal gosto.
Tem um momento do vídeo que o Ig0y fica desmerecendo o parto da Ai, perguntando quem fez, quem assinou. Essas indagações não têm lógica alguma para tentar refutar o argumento que o Guto vinha construindo. Também demonstram uma falta de atenção, posto que logo em seguida o Ig0y afirma que a Ai não ligava para quem iria fazer o parto, quando no anime a Ai disse no seu último diálogo com o Gorou que não queria outro médico. Além disso, faltou a compreensão do propósito e do foco que não é na Ai, mas no protagonista. Foi o Gorou que prometeu a Ai que faria aquele parto para que as crianças nascessem saudáveis e não o contrário. Ademais, ele refletiu ter encontrado o seu propósito em ter se tornado médico naquele parto, para garantir que fosse seguro. Não fazer isso é deixar um propósito inacabado o que justifica a sua reencarnação.
Em relação a suposta incoerência por conta do sumiço do Gorou. Primeiro, alguém encontrou o Gorou, basta observar que na última cena que ele aparece tem alguém se aproximando dele (14:55 a 14:57, lado direito da tela). Vemos a pessoa por detrás e no escuro, mas aparenta estar com um capuz parecido com o do assassino, logo provavelmente foi o próprio assassino que foi esconder o corpo. Segundo, é falso dizer que ninguém procurou e que ninguém notou o sumiço do médico, posto que teve um funeral simbólico. Terceiro, o Japão tem cerca de 80% do país coberto por florestas densas e relevos montanhosos. Facilmente alguém se perde e jamais é encontrado em uma pequena área de floresta, imagine em uma grande floresta. Quarto, segundo o New York Post, desde meados da década de 1990, cerca de 100 mil pessoas por ano desapareceram no Japão, simplesmente “evaporam” sem deixar rastro nenhum.
Ai aquela baranga.
O Ig0y ficou revoltadíssimo, porque a “mocreia” da Ai não virou uma baleia, cheia de celulites, com estrias e cicatrizes depois de um parto. Como pode ela não ter bulimia?! Seria o autor um imbecil por não mostrar esse clichê da lacração?! Afinal quem se importa dela ser bem jovem e ter optado por um parto normal (11:47 do anime) para não ficar com cicatrizes. Pessoalmente tenho várias lindas amigas que depois que tiveram um filho, voltaram rapidamente e sem esforço a ter o mesmo corpo de antes, algumas delas ficaram até mais bonitas. Também é preciso observar que nessa trama teve um salto de tempo entre o parto e a volta da Ai para os palcos. Como sei disso? O médico já tinha sido dado como morto, os bebês não tinham a aparência de recém nascidos, as crianças andavam (nove meses é o mínimo para uma criança começar a andar) e um personagem do estúdio disse que há meses não falavam mais do grupo da Ai. Incoerência não tem, e realmente era preciso mostrar a Ai fazendo regime, academia e ensaiando nesse tempo? O arco de preparação realmente agrega muita coisa a tramas? Quem estaria morrendo de vontade de ver enchimentos? No mais, assim que Ai volta aos palcos, a primeira pergunta que o apresentador faz é se ela está comendo direito e a resposta dela é que está comendo muito. A análise do Ig0y não faz sentido algum, colocações sobre cirurgia e questionamentos de recuperação pós-parto são infundadas, por ele simplesmente não prestar atenção no tempo decorrido e em ter sido um parto normal. Por último, o Ig0y cobra que a obra faça aquela crítica genérica, ideológica, saturada, receita de fracasso, bandeira de feministas invejosas que não raspam os cabelos do sovaco. Aceitem, o que é belo é belo, o que é feio é feio, e tudo que presta tem um preço.
Esqueceram de mim.
O Ig0y reclama que o Aqua não reconhece que a Ruby era uma paciente sua de outra vida que reencarnou. Primeiro, a Ruby não quer falar sobre vidas passadas, porque ela tem medo que se o Aqua souber que ela era apenas uma garotinha vá ser inferiorizada (55:56 a 56:29 do anime). Segundo, o Aqua acha deprimente falar sobre a outra vida. Existe uma grande plausibilidade em não saber quem era aquela pessoa em outra vida se não falam sobre isso. Terceiro, é falsa a afirmação do Ig0r que a Ruby não tem nenhum traço para que o Aqua presumisse quem ela era no passado, posto que o comportamento dela pela idol o faz associar a Sarina (32:13 do anime).
Construção de personagens.
O Ig0y cobra características sui generis da Ruby. O que podemos exigir nesse sentido de uma criança de 12 anos? Apesar disso o anime entrega algumas características tais como: o fato dela ter tido câncer; de ter traumas com quedas; de ter uma relação de paquera com um médico; de ser fã de uma idol. Na minha opinião é uma construção suficiente, principalmente se considerarmos que isso é somente no primeiro episódio. Ainda sobre a Ruby, o Ig0y reclama também de que o câncer tem outras facetas que poderiam ser exploradas, e isso é verdade, mas só se deve falar aquilo que é pertinente a trama, caso contrário é enchimento desnecessário.
O Ig0y reclama que essa obra só tem dois ou três personagens. Isso demonstra que o Ig0y quer que todos os personagens apresentados sejam trabalhados da mesma forma. Somente uma pessoa que desconhece que existem vários tipos de personagens exigiria algo assim. Os demais personagens não precisam ter uma construção igual à dos principais, e se tem uma coisa que esse anime oferece aos principais é um arco completo de personagem. Por fim, eu queria saber onde o Ig0y encontrou essa regra que a qualidade de uma obra é definida pela quantidade de personagens.
O Guto é um merda desonesto?
Se alguém gosta demais de algo, ou queira vender algo, não vai ficar procurando e exaltando possíveis problemas. No caso de quem gostou demais, está implícito que considera irrelevantes possíveis problemas. Já no caso de quem queira vender, não cabe a esse ficar apontando possíveis falhas do seu produto, pois fazer isso é burrice. Não importa qual seja o caso, isso não torna o Guto um merda e um ser desonesto. No mais, a ônus da prova é de quem afirma, cabe a quem diz que é ruim apontar falhas e a quem diz que é bom apontar qualidades, não o contrário.
O Ig0y afirmou que Aqua falou “eu agradeço por ter sido assassinado”. Quando o que o Aqua falou foi: “fico feliz por poder de cuidar da Ai tão de perto, tanto que sou grato ao cara que me matou”. Por favor, interpretação de texto e entendimento de figura de linguagem, o foco não é em ser grato a quem o matou, mas em ficar feliz porque reencarnou naquela vida almejada. Logo em seguida o Aqua continua: “Mas a verdade é que queria ajudá-la a ter os filhos dela”. Até concordo que essa expressão do Aqua de ser grato pode não ter sido a mais adequada, por ser muito forte para expressar a sua felicidade, mas o que o Ig0y faz é usar um texto descontextualizado como pretexto para dizer impropérios. Não existem os problemas como o Ig0y coloca nessa fala, mas também é bom ressaltar que não há uma versão brasileira, o que temos é uma tradução feita por fãs, ou seja, pode ser que no futuro quando chegar a versão oficial as palavras sejam mais adequadas. Para jogar uma última pá de cal nesse caixão, no mangá ele não disse que é grato, ele disse que é "quase grato".
Primeiramente corrigindo o Ig0y, não foi o protagonista que falou que era “enviado de Amaterasu”, foi a Ruby e o que ela disse é que era a encarnação do Amaterasu. Eu queria entender qual o problema que o Ig0y ver narrativamente na Ruby dizer isso e pior chamando o protagonista de psicopata por isso. Já quanto a Miyako ser uma personagem de “bom coração”, ser ou não ser é uma questão muito subjetiva e desnecessária para o prólogo. Outra, uma pessoa que comete um deslize em um momento de fragilidade já é uma pessoa terrível? Mais uma, por que essa personagem tem que ser boa? Já para o resto da obra, tem um salto de aproximadamente uma década, onde a Miyako ficou cuidando da Ruby e se virando sozinha com a empresa. Isso muda as pessoas, isso as amadurece e é uma justificativa para as mudanças na personagem, coisa que o Ig0y diz que o anime não tem.
Respondendo às indagações do vídeo do Ig0y sobre a segurança da residência da Ai.
1. Por que Aqua não se passou por Amaterasu, manipulando a Miyako para avisar sobre o perseguidor e reforçar a segurança? Não era a casa da Miyako, o perseguidor estava sumido há vários anos e faltavam motivos para acreditar que a Ai estivesse em um perigo eminente. No mais, o perseguidor não necessariamente era uma ameaça que iria matar a Ai, tanto que é reconhecido e quando ele feriu fatalmente o Gorou foi em um contexto de fuga o empurrando de um barranco. Sem contar que mesmo com uma mente de adulto o Aqua tinha muitas limitações por ser uma criança.
2. Se fosse alguém na campainha pedindo açúcar, não descobriria o segredo da Aqua de ser mãe? Não, as crianças estavam no quarto. Também não seria uma incoerência porque o anime já tinha estabelecido que a personagem era descuidada, como foi no caso da entrevista.
3. Não tem olho magico e não tem câmera? Era uma residência nova (1:01:51 e 1:13:30 do anime). Além do que a negligência com segurança da Ai é justificada, pelo passado da personagem, por ser meio bobona, por ser bastante jovem e por ela admitir que cometeu uma falha, ou acaso ninguém pode errar.
4. Não tem uma secretária? A agência não tinha recursos nem para uma babá, quanto mais para uma secretária.
5. A Ai era muito famosa? Estava com uma carreira em ascensão, mas ainda era uma subcelebridade menor do que muitos youtubers brasileiros e não era uma Shakira da vida.
6. Tinha rios de dinheiro? Tinha recursos, mas o anime inteiro frisa que a Ai não ganhava a contente e que a agência era pequena.
7. Colocar portão de ferro? O Japão é um lugar muito seguro, portões de ferro não são comuns e de toda forma ela teria que abrir a porta para receber as flores.
8. Colocar um interfone? Que diferença faria falar por interfone, ou falar pelo outro lado da porta, se abriria a porta de todo jeito para receber as flores.
9. Portaria do prédio? Primeiro, tem alguns cortes que fazem pensar que seja um apartamento, mas também tem outros que levam a crer ser uma casa, o fato é que não sabemos se era um apartamento, uma casa, um sobrado, ou qualquer outra coisa. Segundo, é muito comum no Japão não ter portaria em prédios. Terceiro, provavelmente era uma casa, porque a maioria dos edifícios do Japão tem paredes de drywall e nos mais antigos são de madeira, isso significa que a maioria dos prédios não permite crianças. Portanto, quem tem família no Japão mora em casas, ainda mais uma idol que iria fazer barulho e precisaria de espaço.
O perseguidor.
Quando o Ig0y fala desse personagem indaga se isso é um dez, em seguida a outra pessoa que está com ele no vídeo reclama do perseguidor aparecer novamente com um capuz e o Ig0y ratifica a crítica. Se pegarmos os animes favoritos do Ig0y, os quais ele deu nota dez, o que não falta são personagens usando a mesma roupa em todas as ocasiões, alguns deles por anos. Além de ser uma crítica contraditória, não faz sentido reclamar de um capuz em cenas que pela situação que o personagem se encontrava eram contextualizadas.
O Ig0y reclama do Guto não ter mostrado a cena do perseguidor se arrependendo, como se o Guto tivesse a obrigação de mostrar somente porque o Ig0y quer. Esforcei-me bastante tentando ver algum problema nessa cena e não consegui. Até entenderia alguém que fizesse uma ou outra sugestão de como essa cena pudesse ficar melhor, mas problema mesmo tem zero.
O Aqua poderia ter salvo a Ai?
Depois que Aqua entra na cena, o tempo de 1 minuto e 54 segundos foi o que Ai precisou para afastar o seu agressor dos seus filhos. Enquanto isso o Aqua já tinha corrido para pegar o telefone e estava chamando a ambulância, exatamente a primeira coisa recomendada por médicos a se fazer em situações assim. Depois que o perseguidor vai embora passam mais 2 minutos e 49 segundos para a Ai morrer. Menos de três minutos foi o tempo que o Aqua teve, tendo um corpo de uma criança de quatro anos de idade, não tendo nenhum material médico disponível e tendo que se recuperar de um choque tremendo. Ainda assim ele conseguiu fazer um diagnóstico e uma recomendação médica de não se esforçar falando. Contudo, o Ig0y queria que o Aqua conseguisse fazer mais coisas. Detalhe, o garoto de quatro anos estava sendo contido por um abraço de sua mãe. Abraço esse contra o seu abdome onde o Aqua pressionava o seu ferimento.
Nessa cena no mangá (capítulo 9, página 10) o Aqua estava pressionando contra o ferimento com um vestido, ou com uma blusa, ou usando um saco plástico nas suas mãos para não infeccionar. O ferimento dela era gravíssimo, ela já tinha perdido muito sangue e um garotinho não teria a força necessária para estancar a hemorragia. Por ser um médico o Aqua já sabia ser irreversível o quadro e foi por isso que não quis deixar a Ruby ver a mãe morrer. Médicos não são Deus, não é porque tem um médico em um lugar que vá acontecer um milagre.
Quanto tempo demora para morrer depois de levar uma facada na barriga? Se o corte for profundo, menos de dez minutos, muito mais rápido se for na aorta abdominal. Cinco minutos já era o suficiente, mas o tempo preciso que Ai demorou para morrer não sabemos, posto que existe um salto temporal entre o encontro de Ai com o Ryousuke e a entrada de Aqua na cena. Como sei disso? Ela estava no final do corredor quando o Aqua a encontra, não mais na porta e já tinha muito sangue por todos os lugares. Durante esse hiato podem ter passado muitos minutos.
O conceito de reencarnação no anime.
O Ig0y reclama do porquê o Aqua não foi atrás da Ai reencarnada. No entanto, o Aqua não sabe se todos os seres humanos reencarnam, não sabe se todos reencarnam nesse planeta, não sabe se todos reencarnam como seres humanos, não sabe se todos reencarnam imediatamente. Mesmo que tudo isso fosse favorável para o Aqua, ainda teria um planeta inteiro para procurar com bilhões de pessoas nele. Tem muitas coisas que o anime não estabelece sobre reencarnação, mas lembrar da vida anterior é estabelecido como uma estranheza, ou seja, uma exceção. Procurar uma alma reencarnada que possa não lembrar de nada, não me parece algo inteligente. Se fosse assim todo mundo que acredita em reencarnação estaria procurando seus entes falecidos. Como o Ig0y se declarando ser um budista não sabe disso?
Se a Ai reencarnasse com as memórias de outra vida, ela saberia quem é o Aqua e a Ruby. Logo, faria sentido ela procurar eles quando pudesse. Se ela não veio procurar é porque não reencarnou com as memórias. Se ela não reencarnou, por que o Aqua criança iria atrás dela? Nota zero para o Ig0y, um super zero.
Também criticam o Aqua porque supostamente não teria motivos para reencarnar por ser um médico. Esse é um argumento bem preconceituoso, não é por ser um médico que uma pessoa está automaticamente no nirvana, sem problemas e totalmente realizada. Até entendo a ótica que médicos ganham bem, que é uma profissão almejada por muita gente. No entanto, ter dinheiro e prestígio, não é garantia nenhuma de felicidade e realização. O anime deixa claro que o Gorou, só via sentido e só se sentia realizado em ser médico por ter a chance de cuidar da pessoa que idolatrava.
Ataque ao argumentador.
O IgOy acusa o Guto de ser desonesto e mercenário por defender esse anime. Que isso é falácia é indiscutível, mas me pergunto do que o Ig0y vai me acusar, porque não ganho absolutamente nada defendendo essa obra e nem fã do Guto sou. No mais qualquer um poderia inverter esse argumento contra o próprio Ig0y, dizendo que só ataca esse anime para ganhar visualizações e dinheiro.
Quem é meu pai?
O Ig0y acusa o anime de não mostrar o Aqua fazendo nada na tentativa de procurar o pai efetivamente. No episódio três tem um flashback com todo o esforço para conseguir os contatos que estavam no celular da mãe. Mostrando uma dificuldade para conseguir uma bateria de um modelo antigo e um tremendo esforço para desbloquear a senha, no qual foram quatro incessantes anos tentando encontrar. Ademais o Aqua trabalhou em ter meios que pudesse o aproximar de seus possíveis pais para tentar coletar o DNA deles. Por último, por mais que o Aqua tenha memórias de outra vida uma criança tem muitas limitações.
Tengoku Daimakyou — Coloquei como extra na lista de apostas, estava desconfiado que poderia sair algo bom dessa obra, mas se saiu muito melhor do que eu suspeitava. Tão bom que talvez se eu fosse o diretor só desse mais uns retoques no tom para parecer algo mais apocalítico. Apaixonei-me tanto por esse anime que corri para ler o mangá. Se o anime continuar nesse ritmo de capítulos adaptados deve ter seus últimos episódios dessa temporada lá pelo capítulo 32 e 33 do mangá, os mais pesados que li até agora. Muita gente vai gostar do final dessa temporada porque dará um grande clímax, e muita gente odiará porque será extremamente polêmico. Devo dizer também que o mangá tem coisas pesadas que poderiam ser muito mais pesadas e talvez devessem, mas senti que existe uma preocupação em não dar foco ao fanservice, sendo rápidas certas partes. Infelizmente o anime parece que está assinando ainda mais a agenda do politicamente correto e censurou consideravelmente mais. Dito isso, gostei dessas partes censuradas nesse início do anime, porque os desenhos de personagem nelas ficaram melhores do que no mangá e mesmo mostrando menos ficou mais sensual. Por fim, sua popularidade vem subindo absurdamente desde sua estreia.
Boku no Kokoro no Yabai Yatsu — Os personagens são bem melhores do que eu imaginava, eles têm mais identidade, são mais interessantes e mais carismáticos. Outro ponto, são as partes que já eram presumíveis no enredo, por conta da premissa, que acabaram oferecendo um inesperado tempero para a trama e não saíram toscas como receava. No entanto, ainda é um romance escolar, algo que já está saturado, e a temática está muito voltada ao foco infanto juvenil. Com isso, dependendo da sua idade e do seu nível de saturamento, pode ser algo bem recomendado, mas para mim muitas vezes é desinteressante, chegando a ser desgastante.
Dr. Stone: New World — Essa temporada teve um início monótono, tão chato que nem parece ser o mesmo anime. A falta de um antagonista, o ritmo acelerado e um menor foco nas invenções, são os principais pontos problemáticos. Alguns dizem que esse é o pior arco do mangá, outros dizem ser ótimo, eu tendo a pensar que esse anime vai ser o pior da série, pelo menos por enquanto já é o pior. Ainda assim não é ruim, tem como recomendar e nutro uma esperança que possa melhorar.
Isekai de Cheat Skill wo Te ni Shita Ore wa, Genjitsu Sekai wo mo Musou Suru: Level Up wa Jinsei wo Kaeta — A parte isekai desse anime é vergonha alheia, mais tosca do que imaginei que seria, certamente a história dessa obra estaria bem melhor sem isso. Entretanto, é um anime que é apenas metade iskeai e a outra metade no mundo real tem pontos positivos bem melhores do que julguei que teria. Gostei do drama inicial, pois passou valores e deu empatia ao público sobre o protagonista. Também gostei dos personagens, do romance e visualmente tudo está muito bem produzido, tem lindos desenhos de personagens. Acredito que vale a pena assistir, entretém e eu deveria ter apostado nesse, posto que sua popularidade não para de crescer velozmente.
Isekai Shoukan wa Nidome desu — Tão esquecível que quando fui escrever esse comentário mal faziam duas horas que havia assistido e já estava com dificuldades de lembrar. Tem uma variação ligeira em relação a outros isekais, mas de resto são coisas clichês, incoerências e vergonha alheias que tem em todo isekeai genérico e mediano. Nem pelo personagem super forte ou pelas animações tem como recomendar, porque não passa uma boa ação e a produção é bem mediana visualmente. A minha última esperança seria o romance/ecchi com seus alívios cômicos, porém foram absurdamente comedidos nesse ponto e o mangá é incomparavelmente melhor nesse quesito. Leiam o mangá, dropem o anime.
Jigokuraku — Esperava algo ótimo desse anime por conta da produção, mas que verdade seja dita essa produção nem está lá essas coisas. No entanto, superou em muito as minhas expectativas por conta do enredo, justamente o que eu estava mais receoso. Gostaria que fosse o estúdio Ufotable em vez do Mappa, se fosse a Ufotable seria inquestionavelmente um 10 já nos primeiros segundos, todavia ainda é uma obra-prima. Curti muito não terem censurado profundamente a violência que é bastante forte nessa obra. Devo destacar que o gore não está presente aqui para aparentar ser algo maduro quando de fato é feito para adolescentes, mas que é consequência de algo maduro. No mais, o drama é ótimo, os personagens têm profundidade, a trama tem camadas e tem subtextos.
Kono Subarashii Sekai ni Bakuen wo — Eu gostei, mas mesmo tendo coisas interessantes, confesso que tive que assistir duas vezes porque dormi na primeira. Não vou dizer que a série original é perfeita, bem longe disso, porém tem seus grandes momentos cômicos e eu senti que esse spin-off só com a Megumin não vai conseguir oferecer isso. Apreciar será mais pelo carisma da protagonista e talvez porque aparentou, nesse início, um enredo bem mais coeso do que a original.
Mashle — A maior parte daquilo que assisti, achei um desperdício do meu tempo, pois eram basbaquices e o anime é cheio de incoerências. Nem para rir da maioria das idiotices consegui de tanto besteirol. Não tinha uma perspectiva boa antes de assistir, contudo eu tinha esperanças, queria estar enganado. Infelizmente é um anime feito para pessoas com probleminhas e de um jeito que nem eu imaginaria que seria. O que salvou foi um pouquinho de conteúdo no drama, e ter um protagonista superforte.
My Home Hero — Com exceção do protagonista, que eu esperava que no início fosse um pouco mais corajoso, tudo mais está quase exatamente sendo aquilo que eu presumia que seria. A obra tem uma ótima premissa, bons personagens, bom ritmo, boa direção, uma excelente trama e até mesmo a parte visual, que eu estava desconfiado por conta do estúdio, está boa. Também notei que gradualmente o anime está tendo ganhos significativos de popularidade, mas me surpreende muito por ainda não estar muito mais acima nessa temporada e com uma nota muito maior. Já vi obras que depois do anime finalizar subiu um ponto e meio de média no MAL, quase dois pontos. Essas obras que vi subir assim não tiveram finais tão espetaculares para justificar um aumento tão expressivo, contudo tinham em comum com essa serem seinen e terem muitas mensagens. Isso me faz acreditar que coisas maduras não são populares no MAL, e que o público alvo delas é mais paciente e menos precipitado, ou foram apenas coincidências.
Tonikaku Kawaii 2nd Season — Não queria dizer isso, todavia não gostei desse início da forma como gostaria de ter gostado. Certas abordagens temáticas já deram tudo o que tinham que dar na primeira temporada, escaloná-las ainda mais não é interessante. A obra precisa reinventar a sua problemática, sem perder a sua alma e mantendo um subtexto com conteúdo. Revelações de alguns dos mistérios e um aprofundamento das mitologias que os cercam, talvez esse seja o caminho para isso.
Yamada-kun to Lv999 no Koi wo Suru — Não esperava um romance tão bom assim, sinceramente fazia tempo que via algo nesse nível e sua popularidade não para de decolar. Superou toda e qualquer expectativa que eu tinha sobre essa obra. Não só porque é um romance desconstrutivo e estranho, cativando o interesse em acompanhar, mas principalmente por conta da direção. O primeiro episódio adapta apenas um capítulo do mangá e o segundo adapta cinco capítulos, mas o ritmo não parece nem lento, nem apressado, enquanto termina os episódios nos melhores momentos possíveis. Só faltou um pouco mais de ousadia da direção em não seguir tão à risca algumas coisas do mangá.
Yuusha ga Shinda — Era minha maior aposta, mas definitivamente o diretor não acertou o timing cômico nessa estreia. Faltou mais humor e talvez devesse ter focado mais nisso, talvez uma comédia mais escrachada, talvez algumas coisas precisassem ser mais criveis para contrastarem e gerarem humor. Não sei ao certo onde está o erro, porém faltou algo que deixou a desejar. Entretanto, ainda aposto nessa obra, pois foliei o mangá e sei que haverá oportunidades de ficar muito melhor. No mais, eu gosto da trilha sonora e vejo potencial nessa proposta.
Kimetsu no Yaiba: Katanakaji no Sato-hen — Continua com a Ufotable e novamente na parte áudio visual é um espetáculo, é extraordinário. Agora com relação à trama, foi desnecessariamente longo esse primeiro episódio, o castelo já tinha sido apresentado no final da temporada passada. Essa recapitulação foi apenas para a Ufotable esbanjar o que tem de melhor e lucrar um pouco com isso. Também de negativo, as partes cômicas ficaram exageradas demais e não funcionaram como deveriam. No mais, gostei muito da apresentação da vila dos ferreiros e dos personagens envolvidos nesse arco.
Kimi wa Houkago Insomnia — Está muitíssimo bem produzido, contudo admito que eu tinha uma expectativa de ver algo mais belo. Não foi tão monótono como eu temia, mas para quem estiver procurando algo eletrizante não é esse aqui não. Os personagens são carismáticos como achei que seriam, só não tão quão eu imaginava. O que eu mais gostei foi sair da relação clichê escolar de amizade/paquera, oferecendo algo com mais maturidade e substancia.
Minhas cinco apostas para a temporada spring 2023.
Ativos:
• Kono Subarashii Sekai ni Bakuen wo!
• Tonikaku Kawaii 2nd Season
• Mashle
• Yamada-kun to Lv999 no Koi wo Suru
• My Home Hero
Banco:
• Kimi wa Houkago Insomnia
• Yamada-kun to Lv999 no Koi wo Suru
• Yuusha ga Shinda!
Extra:
• My Home Hero
Kono Subarashii Sekai ni Bakuen wo! – O nome kono Suba é muito forte e a Megumin é muito popular, por isso para o mal ou para o bem será muito comentado. Vou assistir e estou torcendo para que seja bom, mas tenho serias dúvidas se a Megumin sozinha, sem o restante dos principais de kono Suba, será o suficiente para sustentar essa obra.
Tonikaku Kawaii 2nd Season – Quem o ama, o ama, quem não gosta só lamento. É uma obra riquíssima pelas inúmeras referências ao conto do Cortador de Bambu, que é a mais antiga narrativa japonesa existente e da qual deriva a lenda que deu o nome ao Monte Fuji. Tonikaku é um romance belo com raízes lendárias, que oferece novas perspectivas, novas reflexões e uma continuação ao conto do Cortador de Bambu.
Mashle – Harry potter e One punch man fizeram sucesso, tem suas legiões de fãs, e certamente Mashle por fazer uma fusão das duas obras vai receber toda a boa vontade de um grande público. No entanto, não sou fã de Harry potter e estou descrente que One punch man possa ser copiado com a mesma qualidade. Vou apostar nesse, mas não estou com a mínima vontade de assistir.
Yamada-kun to Lv999 no Koi wo Suru – Uma aposta perigosa, o estúdio é o Madhouse, o mangá não é popular e nem tão bem avaliado. A premissa tem algo que parece interessante, mas também tem problemas e desconfio que será difícil levar o anime por doze episódios, mantendo elevado o interesse na obra. Estou apostando porque souberam vender, garantindo um bom público inicial, e também o anime não parece que será um desastre de ruim. Por último, tem um público considerável que curte muito um romance de otaukus mais velhos e introvertidos.
My Home Hero – Sou um grande admirador do finado Tezuka, mas não aprecio muito as obras em termos de qualidade de produção do estúdio que leva o seu nome. Essa é a minha única ressalva, porque se depender somente da trama será um sucesso garantidíssimo.
Kimi wa Houkago Insomnia – Sendo bem honesto, não estou nenhum pouco interessado em assistir essa obra, a sinopse não me vendeu. No entanto, tenho que admitir que o trailer está espetacularmente lindo, os personagens parecem carismáticos e os designs têm traços mais puxados para o realismo japonês. O ponto definitivo para colocar essa obra entre as possíveis apostas, é que o mangá é muito bem avaliado e consideravelmente popular.
Boku no Kokoro no Yabai Yatsu – Estou saturado de romance escolar com vida cotidiana. As obras precisam ter um diferencial, uma problemática, algo que não seja tão comum no dia a dia, algo que possa cativar o interesse. Esse anime é sobre um psicopata que quer matar seus colegas, mas que muda por se derreter pela gata mais gata da turma e de fato a personagem tem designs bonitos. Parece que a problemática já está resolvida na sinopse, logo não tenho muito interesse. Contudo, vou apostar e talvez assistir porque o mangá é muito bem avaliado e popular. O anime também está tendo hipe e sendo bem promovido. Além do que não tem muitos concorrentes a altura nessa temporada.
Yuusha ga Shinda! – Curti muito a música e a parte cômica que vi no trailer. Acredito que a fórmula de fazer uma paródia escrachada com fantasia, ação e ecchi é acertadíssima. Isso deveria ter sido mais enfatizado no trailer e na sinopse. Para ser melhor vendido, precisava de menos coisas como: os traços genéricos em cenários; e o fazendeiro de anime típico de temporada. Por isso acredito que essa obra deva começar atrás de muitas outras tantas, mas que tem uma tendência de subir muito por conta do boca-a-boca com o passar dos episódios. Minha maior aposta, que possivelmente será a surpresa da temporada, quem sabe do ano.
My Home Hero – Acho que esse tem um bom potencial e até o último momento estava dentro da minha lista de apostas, mas tem um limite de animes que posso apostar e escolhas precisam ser feitas. A escolha foi mais por conta que esse gênero e essa demografia tendem a ser menos populares. Com essa proposta, para ficar realmente bom, precisa de um considerável investimento em produção e um tato apurado para saber o tom certo a ser dado, coisas que não estou tão confiante que terá.
De antemão quero deixar claro que esse texto é totalmente respeitoso com o Ig0y e com a sua religião. São apenas as minhas opiniões conforme os argumentos apresentados no vídeo dele.
Também preciso dizer que já o convidei para uma conversa em dezembro, a fim de compartilharmos os nossos pensamentos sobre esse tema. Ele deu uma desculpa que não poderia fazer isso naquele momento e propôs que eu fizesse um texto, que me indispus na época a escrever pois como o informei seria um longuíssimo texto. Como o tema novamente se tornou polêmico, mudei de ideia e decidi colocar alguns dos meus pontos reagindo ao novo vídeo dele. O Ig0y tem o direito de não querer ter uma conversa comigo, como também está no meu direito reagir ao vídeo dele e dar minhas opiniões sobre esse tema de forma saudável, sem agressões.
Quero deixar registrado que tudo que estiver nesse texto o diria pessoalmente. Portanto, se o mesmo achar necessário e quiser em outro momento conversar por call não recusarei.
Para contextualizar, antes de entrar nos tópicos propriamente do vídeo, a polêmica ocorre pelo uso do Ig0y em suas redes sociais da manji (suástica). Certamente quando ele colocou esse símbolo já sabia que causaria polêmicas, sendo irreal achar que o mesmo não provocou a discussão. Com isso não estou dizendo que a culpa é da vítima, mas convenhamos que se colocar em situação de vulnerabilidade é no mínimo de uma estúpida irresponsabilidade. Não acredito que o Ig0y seja uma pessoa ingênua, logo ele sabia que pessoas começariam a fazer certos comentários, sendo assim estava buscando que algo desse tipo acontecesse. Fazendo uma analogia, é como alguém que entra em um estádio de futebol vestindo a camisa do Palmeiras no meio da torcida organizada do Coríntias, alegando que aquela camisa tem outro significado.
1. Tokyo Revengers.
Em um determinado momento do vídeo, quando o Ig0y tenta argumentar que não provocou a discussão, ele cita esse anime Tokyo Revengers. Não é um ponto muito relevante para os argumentos dele, mas acho importante pincelar um pouco sobre essa obra, porque a mesma também se envolve em polêmicas por conta do uso da suástica.
Toda obra passa mensagens, quase sempre intencionais, algumas bem explicitas, outras subliminares, e todas com conhecimentos e valores. Tokyo Revengers passa algumas mensagens negativas, muito menos pelo uso propriamente dito da suástica, e muito mais por conta que há outros elementos que caracterizam aqueles grupos ideológicos que atuaram na Europa nas primeiras décadas do século XX.
Recomendo muito o filme chamado A Onda para quem ainda não assistiu. Esse filme é baseado em uma história real que aconteceu nos Estado Unidos da América, em uma escola em Palo Alto, na Califórnia. O filme retrata um experimento social que um professor anarquista de ciências sociais resolveu aplicar em sua turma, com alunos das mais diversas orientações políticas, classes sociais e comportamentos. No filme o professor converte toda a sala ao autoritarismo, a coisa se espalha por toda a escola, saindo totalmente fora de controle, onde nem mesmo o professor consegue acabar com aquilo sem a resistência dos alunos.
Eu citei esse filme porque ele mostra muito bem quais são as gênesis das ideologias autoritárias, que estão muito presentes no anime Tokyo Revengers. Coisas como: todos se vestirem iguais, violência, ações em conjunto, organização, identidade comum, sentimento de pertencimento a algo, um líder carismático, etc. Para ficar bem claro esses pontos, recomendo que assistam ao filme.
Sabemos que não são todos os japoneses, mas que não sejamos inocentes, a sociedade japonesa é etnocêntrica, é xenófoba, é orgulhosa, é muito homogênea e não ver com bons olhos o diferente. Coisas que seriam estranhíssimas no ocidente são normais lá, defendidas de modo a manterem as ideias de igualdade e pertencimento. Para quem não sabe, nas escolas há inspeções de maquiagem, de se sobrancelhas foram feitas, se as roupas estão nos tamanhos corretos, se estão com roupas íntimas na cor branca, etc. Na vida adulta também é cobrada a padronização das pessoas, deixando pouco espaço para individualidade, como, por exemplo: as empresas medem até a cintura dos seus funcionários. É impossível falar e escrever sobre aquilo que não se conhece, que não se vive, logo obviamente muitas das mensagens dos animes refletem e passam um lado negativo da sociedade japonesa.
Também é preciso dizer que o Japão era membro do Eixo na Segunda Guerra Mundial, que fez coisas terríveis, que ainda tem problemas com os Chineses e com os Coreanos, e que ocasionalmente aparecem autores e obras envolvidas em questões polêmicas. Um exemplo é o autor da obra Again in Another World, que além da sua obra ser complicada, exaltando um militar japonês da Segunda Guerra, ainda postou via twitter insultos discriminando chineses e sul coreanos.
O ponto mais problemático de Tokyo Revengers é mostrar uma imagem relativamente positiva das gangues, romantizada, levando com certeza jovens a se sentirem atraídos. Esse é justamente o ponto central da fundação daqueles partidos, tanto na Alemanha, com a SA, como na Itália, com os Camisas Negras, essencialmente eram gangues violentas padronizadas. Piora muito mais quando no anime os personagens dessa gangue pintam os cabelos de louro e usam roupas pretas, parecendo a SS.
Qual o uso religioso de uma suástica usada por uma gangue de rua em sua bandeira e em seu fardamento? Será mesmo que o autor é tão ignorante que não sabe o outro significado que esse símbolo tem? Acaso alguém acredita que os produtores e diretores desse anime, que na primeira temporada já começa com 24 episódios, achavam que a obra ficaria restrita ao Japão? Eu gosto muito de aplicar o conceito de que sejam inocentes até que se prove o oposto, mas me parece absurdamente improvável que a mensagem dentro do contexto da obra não seja pelo menos dupla.
Para concluir e não parecer que julgo o anime terrível, se colocarmos de lado essas coisas, é uma obra que pode produzir uma boa diversão.
2. O perfil é meu, faço o que eu quiser.
Uma afirmação um tanto arrogante e um tanto imprecisa. A liberdade nunca é plena, ninguém tem a liberdade de tudo, a liberdade tem que ser restrita para garantir a própria existência da liberdade, esse é o princípio da liberdade. Por acaso alguém pode ter a liberdade de ter escravos? A partir do momento que se faz alguma coisa, que se posta algo, ou que se fala alguma coisa que está incomodando o outro, que está agredindo uma pessoa, esse é o limite, e a lei tem que atuar, o estado tem que punir. É por isso que é proibido e ninguém pode defender algo criminoso.
Outro ponto, não é somente postar aquilo conforme as normas da plataforma. Tem que ser de acordo também com as leis do estado e mesmo quando não estiver tipificado de forma explicita, ainda assim tem que permanecer conforme os princípios da lei. Mais do que isso, tem leis que não são escritas por governos, nem precisam de papel, são as leis de boa convivência, que precisam apenas de um pouco de faculdades mentais e bom senso. Tem coisas que não convém fazer e errado é quem faz.
Por último, nesse ponto, é falso dizer que não teria culpa se não é essa intenção. Se está causando dolo a um indivíduo, a uma organização, a uma empresa, ao estado, ao ambiente, a sociedade, não importa quem seja, se sabia dos riscos, assumiu as responsabilidades, logo tem culpa.
3. Lei mundial.
Esse tópico será pequeno pelo simples fato de que não existe uma lei mundial que o Ig0y cita no vídeo. Quanto ao tratado pós-Segunda Guerra Mundial (Tratado de Paris), que não é uma lei mundial, foi sobre tudo para resolver questões territoriais, se nele foi estabelecido qualquer coisa sobre o uso de suástica desconheço. O único ponto que não tenho questionamentos desse tópico, é que após a Segunda Guerra Mundial quem ainda usava suástica convencionou a usar invertida a daquele regime que governava a Alemanha.
4. Origem do termo suástica.
Prefiro o uso do termo manji (como é chamado no Japão) em detrimento de suástica, acho mais respeitoso com os budistas e hinduístas, porque desassocia ao uso que deram a esse símbolo para fins não religiosos. No entanto, desde que ninguém se sinta ofendido, também não vejo problemas sérios de ser chamado suástica por pessoas leigas sobre o termo manji, até porque é o mesmo o símbolo. Agora daí usar um argumento de origem para justificar que o uso do manji ou de suástica, seja certo ou errado, é uma falácia etimológica, é uma falácia de origem.
Será mesmo que o termo suástica não pode ser utilizado para definir o símbolo do nacional-socialismo? Alguém no ocidente, além de alguns poucos estudiosos, sabem da sua origem etimológica? O ocidente faz ligação dessa palavra com indianos? No fim, não importa a origem da palavra, mas o sentido que se é dado. Logo, o fato é que no ocidente o termo suástica hoje tem um sentido mais ligado aquela ideologia, e manjin tem um sentido ligado as culturas e as religiões orientais. Portanto, para alguém esclarecido que faz uso desse símbolo melhor convém usar manji, de modo a evitar um entendimento equivocado. A não ser, é claro, que a intensão seja dúbia e nesse caso essa pessoa não pode reclamar de críticas acidas.
O termo cristão originalmente era usado pelos inimigos dos cristãos, como uma forma de escarnecer, de os difamar, de os desmerecer, de os desdenhar. Por isso a palavra cunhada pelos seus inimigos e apropriada do nome do seu líder não deveria ser usada? A palavra protestante também não foi cunhada pelos protestantes, mas pelos católicos como uma forma de ofensa. Algum protestante se sente ofendido por isso?
Posso dizer que senti uma forte lacrada do Ig0y ao falar dos: inimigos britânicos e americanos, grandes empresários maldosos, banqueiros. Os quais se apropriaram do termo indiano suástica e chamaram de suástica a suástica nazista. O certo eram os brancos, burgueses, colonizadores darem um nome britânico para algo usado pelos orientais e assim poderem depois serem acusados de anglicanismo?! Nem o professor de história do ensino médio lacra assim.
Um adendo, não que isso seja realmente importante, porque estou construindo minha argumentação partindo do pressuposto que a pesquisa etimológica do Ig0y seja verdadeira. Contudo, em minhas pesquisas não encontrei absolutamente nada sobre essa palavra ter sido dada por americanos e ingleses com a emancipação da Índia da Inglaterra no pós-Segunda Guerra Mundial, muito menos para difamar os indianos. Pelo que estudei, o termo suástica já era de uso corrente a comuns muito anos antes daquele partido adotar o símbolo e com os primeiros registros desse termo tendo mais de 2000 anos. Escreveu Adolf Hitler no livro Mein Kampf: “Como nacional-socialistas, vemos em nossa bandeira nosso programa. No vermelho, a ideia social do movimento; no branco, a ideia nacionalista, e na suástica, a missão de lutar pela vitória do homem ariano, e ao mesmo tempo pelo triunfo da ideia do trabalho produtivo, ideia que é e será sempre anti-semita”. Quem realmente fazia correlação da suástica com os indianos eram os nacionais-socialistas, por conta da ideia de que eles eram os arianos puros. Sendo os arianos o povo que deu origem ao homem branco, desde parte dos indianos (castas superiores) até a Europa.
Ainda nessa questão etimológica, outro exemplo é a palavra denegrir. Não faz muito tempo teve uma repórter que em uma reportagem ao vivo utilizou esse termo. Um dos seus colegas duramente a reprimiu no mesmo momento e pelos instantes que se seguiram a reporte se desculpou de forma vexatória. O problema é que a palavra denegrir não tem nenhuma conotação racial, nem ao menos há uma relação etimologicamente. Denegrir vem do latim, "denigrare", é uma palavra muito mais antiga do que o Brasil e do que seus problemas. https://www.youtube.com/watch?v=TUZd1ZBznRk
Nesse ponto, ao defender o uso de um termo, tem outra falácia além da de origem, que a de semântica. Alguém pode falar do meu português “mal escrito”, de pontuações inadequadas, de concordâncias fora da norma, de falta de acentuação, mas nada disso realmente é um erro se houver entendimento do interlocutor da mensagem, o máximo que pode ser dito sobre essas coisas é que estão fora da norma culta. Portanto, não importa muito se é chamado manji ou se é suástica, se o interlocutor entendeu a mensagem do remetente está correto, mas caso não tenha entendido está errado e a culpa é do remetente até que forneça uma explicação mais adequada. Erra alguém querer impor ao outro na sua comunicação coisas alheias ao entendimento comum da sua cultura e linguagem.
5. Monark é retardado.... Quem vai defender a suástica?
Na antiguidade, na Grécia antiga, existia uma escola, uma sociedade de ascetas, com praticais morais valorosas, eram místicos, pensadores, filósofos, músicos, astrônomos e sobre tudo matemáticos. As pessoas que faziam parte eram chamadas de pitagóricos em função do seu fundador Pitágoras. A esse fundador é atribuído o teorema de Pitágoras, a ser o pai da música por descobrir a relação entre os números e as notas musicais, a descoberta dos únicos cinco poliedros regulares, e a ser a primeira pessoa na história do mundo a concluir que o mundo era uma esfera. Os pitagóricos consideravam o dodecaedro, um dos cinco poliedros regulares, constituído por 12 pentágonos, o mais harmonioso e soberano dos sólidos, para eles representava o universo ou o cosmos e o mantinham sobre segredo por ser considerado perigoso demais. O pentagrama, também conhecido como estrela de cinco pontas, está estreitamente relacionado com o pentágono regular, bastando unir os vértices por diagonais. No que lhe concerne, o pentágono tem uma quantidade absurda de números áureos (a divina proporção, o número da beleza) e do retângulo de ouro, são tantas às vezes que é difícil de serem contadas. O pentagrama era o emblema da escola de Pitágoras, era o símbolo que os matemáticos usavam para se reconhecerem. Possivelmente o primeiro símbolo da matemática e eu não consigo imaginar outro símbolo com mais matemática do que esse, não existe um maior.
Sendo o pentagrama o símbolo primordial da matemática, por que não vemos matemáticos usando esse símbolo? Por que não vemos escolas com pentagramas? Por que não vemos universidades com pentagramas? Por que não encontramos pentagramas se quer nos departamentos de matemática? Esse símbolo não deveria ser usados por todos da área de exatas? Porque durante a idade média os satanistas começaram a utilizar o pentagrama e o que representava a matemática tomou outro significado. Convém aos matemáticos hoje usarem pentagramas? Quem vai defender o pentagrama?
Para min que sou da área de exatas, que conheço a matemática contida e a história clássica desse símbolo seria maravilhosos poder colocar no meu perfil das redes sociais e no meu nome. Contudo, qual seria a mensagem que eu estaria passando? Quem entenderia? Quantos da área de exatas conhecem a história e o significado desse símbolo? Eu posso exigir que as pessoas saibam a história do pentagrama? As pessoas precisam saber a história do pentagrama? Que tipo de pessoas eu vou estar chamando para quererem interagir comigo? Eu posso esperar algo diferente de satanistas e adolescentes problemáticos? A grande maioria das pessoas irão entender que eu sou satanista, que não compartilho dos valores morais ocidentais, que não bato bem das ideias e eu não posso culpar elas, a culpa será exclusivamente minha. É preciso parar de pretextos, ter bom senso e entender que o contexto que vivemos é de uma sociedade real e não imaginaria.
Em um contexto escocês, homens podem usar saias; em um contexto russo, homens se beijam como cumprimento; em um contexto árabe, homens andam de mãos dadas. Se eu sair por aí no Brasil de saia, beijando homens e andando de mãos dadas com eles. Tem como culpar alguém de entender algo diferente daquilo que supostamente eu queria passar? Convém eu fazer isso no Brasil? Exceto caso eu queira realmente passar essa mensagem e depois eu meta o louco dizendo que não sou isso, que o povo é que é xenófobo.
6. Apito de cachorro é coisa de cristão.
Fazer essa imputação inverídica de apito de cachorro aos cristãos é um desrespeito e no mínimo irônico por estar em um vídeo que supostamente deveria ser reivindicando respeito religioso, inclusive ameaçando os desrespeitosos. O cristianismo não prega a discriminação por questão de raça. O cristianismo também não prega coisas dúbias, pois não precisa e fazer foge dos seus valores.
Quem usa apito de cachorro não são grupo de cristãos, nem de budistas, nem de hinduístas, nem de judeus, nem de muçulmanos. Quem usa o apito de cachorro são pessoas públicas, passando mensagens políticas quando estão aos olhos de uma multidão, geralmente são políticos buscando apoio de grupos ou de pessoas que simpatizam com algo mal visto pela sociedade. Quase sempre essa coisa má tem relação com algo criminoso, sobretudo em questões raciais. A linguagem usada no apito é dúbia, para significar uma coisa para a população em geral e mais outra para o grupo-alvo. A expressão apito de cachorro também não é adequada para sociedades secretas, posto que nessas sociedades faltam alguns desses fatores elencados e nunca nenhum grande meio de imprensa usou essa expressão para tal.
Um ponto a destacar é que alguém pode utilizar o apito de forma não intencional, ingênua, e nem por isso deixou de usar o apito. Também, uma pessoa pode ter a ciência que a mensagem é dúbia, mas pode não se importar por qualquer motivo que seja e continuar usando o apito. Com isso não estou dizendo que essa pessoa queira sinalizar para aquele grupo, apenas que não se importa o suficiente a ponto de mudar algo por conta disso.
Ficar perguntando quem tem autoridade para dizer o que é um apito de cachorro no sentido de desqualificar o argumento, é uma falácia non sequitur e de autoridade. Falácia de não se segue, porque existindo ou não uma autoridade, não implica em nada para existir ou não um apito. Falácia de autoridade, porque obviamente ter uma autoridade também não valida isso ou aquilo ser um apito.
O fusca pode ser um apito de cachorro? Sim, claro, obvio, tudo depende do contexto para que a situação que o fusca seja inserido permita uma mensagem dúbia. Os contextos tem muitas variáveis, mas para uma mensagem de massa que é o apito nem uma delas será de conhecimento particular, por exemplo, o que até pouco ninguém sabia era sobre a kombi rosinha do Ig0y.
7. No Brasil tem algum problema? No ocidente tem algum problema?
No final do ano passado a Globo acompanhou a Polícia Federal prendendo um grupo de integrantes daquela ideologia. Foram presas seis pessoas que planejavam matar mendigos, negros e nordestinos. Um deles tinha 24 anos e é estudante de Engenharia de Agricultura. Outro era auxiliar de escritório, de 27 anos e formado em Comércio Exterior. Tem um estudante de Engenharia Automotiva da UFSC, de 21 anos; e outro que cursa Letras, de 20 anos. O último, também de 20 anos, cursa Direito. https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2022/10/23/policia-prende-grupo-de-jovens-acusados-de-neonazismo-em-sc.ghtml
O Ig0y pediu provas do porquê devemos nos preocupar, então vamos às provas. A Polícia Federal informa explosão de inquéritos envolvendo investigações sobre apologia daquela ideologia. Até pouco tempo atrás, eram poucos os inquéritos, entre 4 e 20 a cada ano. A virada se deu em 2019, quando foram abertas 69 investigações de apologia. A situação piorou em 2020, quando os policiais federais investigaram 110 casos. O Brasil não tem motivos para se preocupar? https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2021/08/confundida-com-liberdade-de-expressao-apologia-ao-nazismo-cresce-no-brasil-a-partir-de-2019
O número de denúncias de adeptos daquela ideologia no Brasil expõe uma realidade alarmante. Em oito anos, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, por meio da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, recebeu e processou 228.962 relatos anônimos a respeito de 21.921 sites sobre o tema, com imagens, textos, vídeos, músicas e outros materiais de apologia. https://noticias.r7.com/cidades/regiao-sul-do-brasil-concentra-cerca-de-100-mil-simpatizantes-do-neonazismo-10062014
Eu poderia passar horas pegando notícias, dados de governos, dados das polícias, pesquisas feitas por institutos sérios, para entregar as provas que o Ig0y solicitou. No entanto, acho que essas já são o suficiente e qualquer pessoa pode encontrar muito mais facilmente com uma pesquisa simples no Google.
Essas notícias não são narrativas minhas, não são as afirmações do Patrux, não são as opiniões do Ig0y, são apenas os fatos. Contra fatos tão obvieis não tem contestação, basta apenas não estar alheio ao que está acontecendo ao seu redor, ficar minimante informado, não ser alienado, que consegue enxergar essas constatações.
Coloquei notícias, mas tenho experiências e acho interessante compartilhá-las para não parecer que estou falando apenas de coisas distantes de mim. Durante a minha adolescência, frequentei uma escola relativamente grande, com mais de 4 mil alunos e exclusiva de ensino médio. Em determinado dia começaram a aparecer suásticas em cadeiras e mesas, os dias foram passando e os símbolos começaram a aparecer nas portas, paredes e corredores, mais alguns dias se passaram e os símbolos já apareciam nos quadros antes do início das aulas. O mais comum era o símbolo da suástica, mas apareciam outros também e frases nem um pouco agradáveis. Era absurdo, era assustador e isso perdurou por muito tempo, cada vez mais aumentando e aumentando. Não sabíamos quem eram eles, mas percebíamos que não era uma pessoa, que não eram duas pessoas, mas que eram muitas pessoas. Surpreendi-me de isso não ter caído nos jornais da época, nem de a polícia não ter aparecido de forma mais incisiva. Demorou muito para alguém esboçar alguma reação. Todavia, um dia vários professores de uma vez só começaram a passar séries de vídeos para todas as turmas, sobre os horrores que aquela ideologia tinha feito, mostrando detalhes, entrevistas das vítimas relatando tudo. Foram vídeos bastante chocantes, mas essenciais, pois só depois disso é que as coisas pararam de aparecer.
O principal erro do Ig0y é acreditar que as pessoas são esclarecidas, que são boas, principalmente as do Brasil e mais do que isso, acreditar nos jovens, o grupo com o qual ele tem mais contato. As pessoas da época da Segunda Guerra achavam que estavam vivendo em uma sociedade moderna, de pessoas civilizadas, e nem mesmo os judeus jamais pensaram que coisas daquele tipo poderiam acontecer. É de uma irresponsabilidade tremenda subestimar o mal. Mesmo que usar certas coisas não sejam contra a lei, por mais que a intenção possa ser uma intenção legítima, uma intenção boa, uma intenção justificável, ainda assim podem gerar certas consequências que não são boas. Isso é uma questão muito delicada, muito séria, onde o dolo não pode ser perceptível facilmente.
Outro caso que quero trazer é de um ex-vizinho meu. Era uma pessoa adepta dessas ideias, uma pessoa de físico forte e de família bem abastarda financeiramente, um filhinho de papai que não fazia nada da vida, que era violento, e que andava com pistolas e submetralhadoras. Lembro de uma vez que esse vizinho chamou de negro uma pessoa bem caucasiana somente porque o mesmo tinha o cabelo cacheado quando crescia. Enfim estou trazendo esse caso porque esse vizinho desfilava para tudo que é de lugar com uma camisa contendo uma suástica enorme estampada nos peitos. Talvez ele se confiasse no dinheiro dos pais, talvez se confiasse na certeza de impunidade no Brasil, mas muito provavelmente deveria já ter um álibi para quando a polícia o pegasse, quem sabe dizer que aquilo era um manji. Pelo menos tem uma coisa boa nessa história, um dia a polícia o pegou, não o deteve preso é claro, mas a polícia chegou sem falar absolutamente nada, só arrancaram a camisa dele, a rasgando com ele a vestindo.
Para finalizar esse tópico, essa questão racial é essencialmente estupida e é especialmente estupida no Brasil. Somos uma nação de misturados, qualquer análise genética vai mostrar que todos temos genes de várias origens. Muitas pessoas de pele branca se surpreenderiam ao saber que tem mais genes de origem africana, assim como também encontraríamos pessoas de pele escura com mais genes de origem europeia.
8. Brasil participou minutos da Segunda Guerra.
A participação do Brasil nas batalhas da Segunda Guerra Mundial, de fato, não foi tão grande se comparada as participações das grandes potências, mas ainda assim foi uma participação relevante para acelerar o final do conflito. Contudo, seria o esforço de guerra nas batalhas o que justifica a proibição da suástica em algum lugar do mundo? Qualquer análise séria sobre a Segunda Guerra Mundial não leva apenas em consideração os eventos das batalhas militares, pois existe um contexto político. Inclusive envolvendo os anos anteriores ao conflito bélico.
No nosso país havia o Partido Nazista no Brasil (PNB), um braço do partido Alemão, que possuía organizações em 17 estados da federação e permaneceu atuando por 10 anos. O partido Nazista dispunha de braços em 83 países diferentes, mas onde detinha mais filiados no exterior era justamente no Brasil. Além do PNB havia a Ação Integralista Brasileira (AIB). Como o PNB só aceitava pessoas que nasciam na Alemanha, coube ao movimento integralista absorver grande parte das pessoas simpatizantes das ideias nazistas.
Os dois partidos chegaram ao fim oficial quando Getúlio Vargas com o golpe do Estado Novo extinguiu todos os partidos políticos. Sendo o Getúlio um simpatizante dos líderes autoritários europeus e de suas ideias, impôs a nação muitas das políticas características dessa época. Logo, não é que o Brasil não tivesse preferências desde o início da guerra, é que só se colocou do lado dos aliados por meio de recebimento de vantagens, pressões americanas, e ainda assim somente quando a guerra já parecia ter um vitorioso certo.
A influência dessas ideologias perdurou na política do Brasil e ainda tem muita força atualmente. Alguém já esqueceu do Alvim copiando Trechos dos discursos de Goebbels? Um estudo recente informa que atualmente pelo menos 100 mil brasileiros são simpatizantes daquela ideologia.
9. Os verdadeiros budistas não usam suásticas.
Minha intenção não é discutir se os verdadeiros budistas usam ou não suástica, mas se os argumentos do Ig0y respondendo essa questão são logicamente válidos. O argumento principal dele é que os contrários à sua ideia estão incorrendo da falácia do verdadeiro escocês.
A falácia do verdadeiro escocês consiste em atribuir uma premissa que não corresponde aos fatores que define algo, ou seja, é oferecer uma falsa premissa. Por tanto, é uma especificação da falácia de não se seguir. A questão se resumiria a tratar-se de se o usar ou não da suástica ser uma premissa válida do que define ser um budista. Entretanto, o ig0y fez um mau uso desse argumento e em vez de mostrar que a premissa era falsa utilizou de uma generalização invertida do verdadeiro escocês e ainda para reforçar usou de uma série de falácias de autoridade.
A quem pertence à autoridade para dizer quem é budista e quem não é budista? Pertence ao senhor Nakagaki? Por que o Patrux e os seus colegas não podem dizer quem é o verdadeiro budista? O Ig0y é um mamífero, bípede, com um telencéfalo altamente desenvolvido e um polegar opositor, assim como eu, assim como o Patrux, como os amigos do Patrux, como o senhor Nakagaki, e todos os outros seres humanos da terra. O fato de qualquer pessoa dizer algo não torna aquilo automaticamente verdadeiro, como também não torna uma inverdade. Não será porque alguém disse que a gravidade não existe que não exista, e não será porque alguém disse que a gravidade existe que automaticamente já provou a sua existência. Dizer que o Patux ou qualquer outro não possa dizer o que é verdadeiro, é um Argumentum ad verecundiam, uma falácia de apelo à autoridade.
Quem é o Ig0y para dizer que não existe paganismo no budismo? Quem é o Ig0y para dizer que o budismo de Oxford é falso? Quem deu ao Ig0y autoridade para dizer quem é um verdadeiro budista? Quem é o Ig0y para dizer o que é verdadeiro? Não estou afirmando que exista paganismo no budismo, nem que o budismo de Oxford seja o verdadeiro budismo, mas é muito interessante ver o Ig0y rogar para se essa autoridade que não permite para outros. Como se somente por se declarar budista o desse esse poder. Mais do que isso, acredita que está refutando alguém utilizando esse argumento.
Existe o bem e o mal, existe o bom e o ruim, existe o belo e o feio, e existe a verdade e a mentira. O ig0y não questionou a validade da premissa usada pelo o seu opositor, mas questionou a existência da verdade ao relativizar a questão, dizendo que existem muitas correntes do budismo. A relativização da verdade é o ponto central da filosofia dos sofistas, combatida e refutada desde a antiguidade.
O que define ser um escocês? O que define ser um verdadeiro escocês? Certamente tal discussão abriria margem para uma guerra de narrativas, afim de determinar quais seriam as premissas do verdadeiro escocês, cada um defendendo um entendimento diferente oriundo dos seus próprios pontos de vista. Posto que o ser humano é um ser limitado, por isso haveriam diferentes pontos de vista e para cada um existiria um entendimento da verdade, “diferentes verdades”, resultando em diferentes premissas do que é ser um escocês. No entanto, uma verdade limitada é realmente a verdade? Para existir uma verdade limitada (subjetiva), não é necessário que exista uma verdade (objetiva)? Se todas as verdades limitadas forem tidas como a verdade, o resultado será que qualquer ser humano da terra poderia ser chamado de escocês. Se todos são escoceses, quem não é o escocês? Logo, a própria existência do conceito de escocês passaria a não fazer sentido. No entanto, para existir um conceito de escocês é preciso existir um veredeiro escocês.
Alguém poderia alegar que o verdadeiro escocês é aquele que o governo da Escócia determina que é escocês, que recebeu cidadania independente de ter nascido lá; o problema com essa premissa é que é uma falácia, pois se sustenta em um argumento de autoridade. Outro alguém poderia argumentar que quem define é o senso comum coletivo de uma nação; mas isso seria um argumento de apelo ao povo, ad populum, a falácia da maioria. Mais outro alguém poderia alegar que a premissa é estabelecida no sentido denotativo da palavra. Será que existe um sentido denotativo para o verdadeiro escocês? Alguém poderia dizer que o veredeiro escocês é o que nasce na Escócia; outro poderia dizer que o verdadeiro é o que tem alguma descendência genética dos escoceses que habitaram a Escócia nos séculos passados; outro poderia discordar dizendo que o verdadeiro escocês é somente quem tiver uma linhagem genética pura; outro poderia dizer que o verdadeiro escocês é qualquer um que tenha a cultura escocesa; outro poderia dizer que o veredeiro escocês é aquele que se sente escocês no coração. Se todos somos homens, então não existem mulheres.
Fazendo uma analogia com produtos, existem produtos falsos e verdadeiros, produtos de marca e piratas, produtos originais e similares, produtos iguais e parecidos. Será que o simples fato de alguém se dizer budista o faz dele um budista verdadeiro? Ou será que o verdadeiro é quem o Ig0y declarar que seja? Eu posso dizer que sou budista? Todos somos budistas? Ninguém é budista? Quem é o verdadeiro budista?
10. O crescimento daquela ideologia.
Não parece que a pessoa que trouxe esse argumento estivesse falando em um crescimento vegetativo, para o Ig0y argumentar que a população está crescendo e que somos oito bilhões. Não é como um pai que seja adepto daquela ideologia e que tenha vários filhos, transmita para eles essas ideias como se transmite os genes. Esse tipo de crescimento geracional não é o da preocupação real da sociedade e não é o padrão observado. O mais comum são pessoas de uma mesma família, descendentes ou ascendentes, tenham orientações ideológicas distintas a do parente que seja adepto dessa visão.
Também não faz sentido falar somente em crescimento absoluto dos adeptos daquilo em vez de proporcional ao da população total, ou pelo menos absoluto e proporcional. Primeiro porque não é essa a constatação que os estudos indicam. Segundo porque não existiria a percepção de crescimento e não aumentaria a relevância dos mesmos.
Outro ponto nessa questão de crescimento é que não existe um meio-termo para um crescimento proporcional, no qual permita a afirmação do Ig0y de que tudo está crescendo. Posto que não existe um meio racista, uma pessoa ou é racista, ou não é. Não pode o antirracismo crescer proporcionalmente e o racismo também. Nessa questão não tem centro, não tem apolítico para crescer nele. Não existe centro entre o racismo e o não racismo, como não existe uma pessoa que não seja uma coisa nem outra.
Em abril deve sair o resultado do censo, que foi realizado no ano passado. No entanto, todos os indicadores já estão demonstrando que o Brasil está desacelerando em crescimento absoluto populacional, chegando a uma quase estagnação e se espera que muito em breve esteja em decrescimento populacional, se não já o estiver.
Na Europa inteira, mais as Américas, mais a Oceania, mais os países desenvolvidos do leste asiático, mais a Rússia e até a China já entraram no inverno populacional. Todos esses estão com taxa de natalidade abaixo da de reposição, enfrentando diminuição populacional nativa ou prestes a enfrentar. Por tanto, os países onde o homem branco está mais presente enfrentam esse problema e é a população branca desses países é a que menos tem filhos.
No ano passado, pela primeira vez na história a China registrou uma diminuição populacional em relação ao ano anterior, e a taxa de natalidade baixa hoje é uma das maiores preocupações do Partido Comunista Chinês. A população mundial total cresce somente por conta da África, dos países de maioria islâmica e por conta da Índia. Será que é lá nesses países que estão tendo crescimento populacional real, que cresce aquela ideologia?
A Europa só mantém uma quase estagnação, com crescimento populacional total de míseros 0,06% ao ano por conta da fortíssima imigração que recebe. O mesmo vale para diversos outros países desenvolvidos como Canadá, Austrália e Nova Zelândia, estão tendo crescimento minúsculo e somente por conta da imigração recebida. No Japão e na Coreia, mesmo com as imigrações que recebem estão em declínio populacional em termos absolutos. O único diferente dos ricos é o Estados Unidos da América, que também está com a população nativa em forte declínio, mas a fortíssima imigração é tão alta que mantém um crescimento populacional total considerável.
Na Europa o problema com o crescimento daquela ideologia é mais acentuado por várias razões. A Europa recebe muita imigração islâmica, essa população tende a ter forte inflexibilidade a se adaptar a cultura Europeia, o que tem gerado grandes choques culturais e o sentimento da população nativa é de morte de sua identidade, morte de suas nações, e o medo do fim do homem branco. Somem a isso fatores históricos, um grande contingente de população branca, crises econômicas, grande endividamento de países. Os países europeus antes mesmo de outros países desenvolvidos já apresentavam baixíssimas taxas de natalidade, ou seja, grande proporção da população europeia é de imigrantes ou de filhos recentes deles. Resultando em um terreno fértil para as ideias supremacistas que tem crescido por lá de forma alarmante.
Por último, o argumento da internet, o mais típico do professor de ensino médio e o que serve de desculpa para tudo. Primeiramente porque o acesso à internet é tão abrangente no Brasil a quase uma década, que não seria um grande exagero dizer que é praticamente universal há um bom tempo. Se essa é a realidade do Brasil que é um país pobre de terceiro mundo, imagine como é a realidade dos países ricos e desenvolvidos. Também posso dizer que a internet facilita propagar qualquer ideia, inclusive as ideias antirracistas que não podem estar crescendo se as racistas o estão, por motivos que já falei anteriormente. O máximo que tem como aceitar é que o engajamento e radicalização de todos os lados possa estar crescendo, mas não é somente nisso que aquelas ideias estão crescendo. Essas ideias cresceram muito mais rápido e fácil no início do século passado, quando nem televisão existia. Internet não mata pessoas, pessoas é que matam pessoas.
Como O Ig0y não falou nada da complacência a qual foi acusado face o crescimento, senti que ele tangenciou negando a existência de um crescimento. Ou seja, criou um espantalho e ficou batendo nele.
11. Quem computa os crimes?
Não vou ser repetitivo, já enviei um monte de matérias jornalísticas de imprensa séria, com dados da polícia federal, com dados de agências do governo, com dados de pesquisas acadêmicas, com dados de ONGs. Com isso não estou dizendo que por serem essas as fontes seja automaticamente a verdade e que os dados não possam ser questionáveis. Entretanto, ficar desqualificando a fonte (o argumentador) perguntando quem computa isso, em vez de atacar os argumentos, é uma falácia (Argumentum ad hominem). Até porque eram a polícia e as agências do governo Bolsonaro dando dados de aumento sobre essas coisas. A quem interessava no governo aumentar esses números? Isso parece algo suspeito? Não é nem um pouco plausível ficar levantando esse tipo de argumento.
Também não é como se isso estivesse ocorrendo somente no Brasil, os aumentos são registrados em todo o ocidente por instituições muito mais credenciadas e serias do que as brasileiras. Quais são as probabilidades de todas elas estarem falseando dados e envolvidas em algum tipo de complô internacional?
Atacar a metodologia poderia ser um argumento valido, mas o Ig0y faz isso com uma alegação sem fundamento. Parafraseando: que essas instituições enquadram o uso do manji (suástica quando usada para fins religiosos) como crimes de apologia. Não, assim não, pelo amor de Deus, não vá na vera não. Será que aumentou tanto o número de budistas no Brasil usando esse símbolo, que a polícia tem ido até as sangas investigar? É meio obvio que a polícia e o governo não contabilizam isso como apologia. Algumas das reportagens que procurei falavam quais eram os critérios e não deixavam margens para esse tipo de confusão, em uma delas até especificou que não consideravam o manji para fins religiosos. Pior do que isso é somente a suposta prova dada por Ig0y dos erros metodológicos, que para começar não tem nada relacionado com apologia a aquela ideologia, mas com assassinato de mulheres. Para quem não sabe a Lei nº 13.104/15 que determina o que é feminicídio, define como tal a discriminação de gênero (Art. 1º, § 2º-A, II) ou violência doméstica (Art. 1º, § 2º-A, I). Questionar a metodologia dizendo que está errada por contarem um crime de violência doméstica em conformidade com a lei que tipificou o feminicídio é uma tremenda de uma pérola.
12. A cruz de Pedro.
Desconheço que cristãos queiram resgatar esse símbolo fazendo uso dele, pelo simples fato de que não precisa ser resgatado. Pertence à tradição Católica não bíblica o relato que Pedro teria sido crucificado de cabeça para baixo, é um símbolo de Pedro, não de Cristo e o único na Igreja Católica que roga para se ser o sucessor apostólico de Pedro é o papa. O papado nunca deixou de utilizar esse símbolo e não me parece fazer sentido outra pessoa além do papa querer usar o seu símbolo. O relato mais antigo encontrado do registro sobre como Pedro morreu pertence ao teólogo Orígenes (185 – 253).
Os satanistas na idade média adotaram o uso da cruz de cabeça para baixo por um motivo bem simples, o significado obvio de um Cristo invertido. As pessoas comuns não utilizavam a cruz invertida antes mesmo dos satanistas utilizarem, pela óbvia mensagem que passariam, também porque nunca foi o símbolo da cristandade e porque sempre houve um símbolo bem maior.
13. O intolerante Karl Popper.
Eu gosto do paradoxo da intolerância e entendo a origem dele, o qual é uma releitura e uma defesa da lei de talião para um caso mais específico; olho por olho, dente por dente, intolerância por intolerância. Por mais que eu goste dessa lei, há um erro no entendimento de muitos, posto que não se faz justiça com as próprias mãos, isso nem ao menos é justiça. Cabe apenas ao estado e em última instância a Deus, o julgamento e a aplicação da lei. Ao povo cabe a tolerância e o perdão. Se alguém roubar, se rouba de volta? Se alguém matar, se mata de volta? Um erro não justifica outro.
14. Ig0y raivoso.
Se tem uma promessa de mal, não precisa ser apenas diretamente contra o outro, mas se tiver intensão de provocar algum tipo de dolo, isso é problemático.
Quando o Ig0y fala para as suas contrapartes a agradecerem por ele só colocar um processo. O que ele estava dizendo com isso? O que mais do que um processo poderia fazer? Isso é uma ameaça?
Quando o Ig0y afirma que procurará o empregador do Patrux para fazê-lo ser demitido, isso não constitui em uma ameaça? Se o Ig0y de fato conseguisse provocar esse dolo ao Patrux, no que isso caracterizaria?
Fazendo um exercício mental sobre o Ig0y ir atrás do empregador do Patrux. De quanto seria o custo disso, uns 4 mil, 5 mil, 6 mil reais? O Ig0y teria dinheiro para gastar assim? Será que isso valeria a pena? O ig0y sabe se quer onde o Patrux reside para achar o seu emprego, ou se quer o processar? Caso encontrasse o emprego, quem garante que o Patrux trabalhe em uma empresa pequena para ter um patrão? Se for uma empresa grande, quem garante que o Ig0y passaria da entrada? Quem disse que empresas grandes se incomodam com a vida dos funcionários? Mesmo que seja uma empresa pequena, mesmo que o Ig0y consiga falar com o patrão do Patrux, mesmo que ele se importe com isso, quem garante que ele não vá dar apoio ao Patrux? Quem disse que tem como o Ig0y colocar algo no LinkedIn do Patrux? Quem disse que o Patrux tem LinkedIn? Quem usa LinkedIn? Isso era coisa para ser levado a sério?
Por fim o Ig0y chama um rapaz para o conhecer fazendo gesto com a mão fechada. Isso não foi mais uma ameaça?
Primeiras impressões da temporada (janeiro de 2023):
Novos:
1. Vinland Saga Season 2 – Estava bem exitoso em começar essa segunda temporada por conta de tantas pessoas falando que o próximo arco a ser adaptado seria terrível, mas o fato é que é preciso ver esse arco para chegar nos outros melhores. Inesperadamente comecei a ver uma enxurrada de pessoas falando maravilhosamente bem do primeiro episódio e para a minha alegria foi uma excelente estreia. O protagonista praticamente não aparece nesse primeiro episódio, justamente sobre quem as críticas são mais duras desse arco, mas pelo menos surgiu uma esperança que mantenham a mesma qualidade da estreia.
2. The Misfit of Demon King Academy Ⅱ – A primeira temporada tinha sido bem mais ou menos. De bom, tinha lindas waifus, um protagonista overpower, e algumas inversões de trama que se não provocavam tanta supressa, pelo menos enriquecia a narrativa com críticas. Dito isso, o enredo já tinha se esgotado no final da primeira temporada e não sei exatamente porque tinha colocado essa segunda temporada nos meus planos para assistir, talvez tenha sido pelas as waifus. Enfim, esse início foi maçante, cheio de coisas sem pé nem cabeça, com menos valor crítico e sem o foco na única coisa que poderia ser interessante que seria o romance.
3. Tokyo Revengers: Seiya Kessen-hen – A primeira temporada não foi terrível, longe disso, mas não foi tão marcante e demorou muito tempo para chegar essa segunda temporada. Sinto que seria preciso reassistir a primeira, porém quando penso que são 24 episódios me desestimula bastante. Esse início da segunda contornou o clímax final da primeira e não apresentou nada de impactante que seria preciso para vender uma temporada no seu primeiro episódio. Espero que enfoquem na Hinata Tachibana, posto que os pontos altos na primeira foram nos arcos mais focados nela. Segundo o IgOy essa segunda temporada deve adaptar a melhor parte da obra, no entanto, não sei se é isso mesmo. O que sei é o que li há tempos de alguns capítulos do mangá bem adiantados, muito mais à frente do que deve ser adaptado nessa temporada atual e tenho péssimas recordações da minha experiência com o rumo que a obra tomou.
4. NieR:Automata Ver1.1a - Que lixo! Que lixo! Que lixo de início. Não esperava muita coisa além de uma boa ação com uma esplêndida animação, mas entregaram o exato oposto, uma ação broxante com uma animação 3D trash que é pior do que a de muitos jogos antigos. Definitivamente recebeu a maldição de adaptação de jogos com todos os direitos possíveis. Era a maior expectativa para essa temporada e ainda tem muitos que vendem o anime acreditando no potencial da história de um jogo que tem uma gameplay pequena. Não faltam motivos para se duvidar do enredo, principalmente quando se ver coisas ridículas como aquelas armas e um sasageyo. Para completar tem um romance entre androides, que é uma coisa nenhum pouco afrodisíaca e eles têm designer “estilosos” de cegos (que coisa idiota).
5. Tomo-chan wa Onnanoko! – Não iria pegar esse, porém pequei por conta que meu amigo Rodrigo falou bem dele. Apesar de bastante simples e da proposta até certo ponto comum em animes, tem sido uma das melhores coisas da temporada. Não é só por apostar no que é seguro, é por fazer sem desleixo, com dedicação. É algo que não precisou ser uma superprodução para passar emoção e cumprir bem o papel de entreter. Tem bons personagens, boa trama e ótima direção.
6. The Angel Next Door Spoils Me Rotten – Se tem um anime que estou apostando muito depois dessa estreia é esse. A trama não desenvolveu muito no primeiro episódio, se é que vai ter uma grande trama, mas que esplendido trabalho de personagens. Os personagens são carismáticos, são adoráveis, são genuinamente gente boa e empolga muito ver esse anime por eles. No mais, a produção até que está bem feita para a proposta. Portanto, tem muito potencial e ficarei bastante frustrado se não corresponder nos próximos episódios.
7. Ningen Fushin no Boukensha-tachi ga Sekai wo Sukuu you desu – Até que na premissa tem alguma coisa que possa parecer interessante, mas a obra de fato é mais um anime qualquer coisa entre muitos que tem por aí. Não vou dizer que é ruim, porém com tantos assim e sem nenhum atrativo a mais que se destaque fica difícil não dizer que é melhor não assistir.
8. Trigun Stampede – Que decepção! Apesar do hype nostálgico que deram os trailers, não esperava muito, até achei que poderia ser ruinzinho, contudo foi muito pior do que eu poderia imaginar. Tenho raiva até de falar sobre esse anime, tal foi a enorme decepção. Quem não assistiu à versão clássica por favor não destrua a possibilidade de ter uma das melhores experiências da sua vida pegando spoilers com esse reboot, e para quem viu a versão clássica não perca seu tempo. Sobre a produção: a animação é um 3D tranqueira, com designs de personagens mal feitos, ideologizados, progressistas e furrecos. Sobre os personagens: tiraram pelo menos um icônico e mudaram muitas das características dos demais que funcionavam no clássico excepcionalmente bem. Sobre a trama: Entregaram todos os mistérios no primeiro episódio, que só entregavam no outro depois da metade da obra, sendo essa a pior decisão possível tomada. Posto que estragam perturbadoramente os motivos para querer descobrir o que estava acontecendo, todo o suspense cativante, surpreendente, com sua áurea mágica foi destruído, simplesmente mataram a alma do anime e sem nem ao menos oferecerem a mesma profundidade dessas revelações que tem no primeiro. Mensagem: O clássico é de uma geração que o conteúdo da obra era realmente importante e em todos, ou praticamente todos, os episódios tinham pelo menos uma mensagem moral ou filosófica, coisa que faltou nessa estreia.
Que coisa ridícula aquela cena do Vash chorando literalmente, desesperadamente, por conta da falta de uma bala, aquele emo não era ele, o Vash do clássico era o cara que contava até as balas dos inimigos. Faltou entenderem a essência e a força do Vash que não é um idiota, chorão, estridente, apesar de muitas vezes se fazer parecer assim. O fato é que por conta dos seus ideais o Vash premeditadamente se forçava a se colocar nas situações mais difíceis e desesperadoras, calculadamente. Outra, as vezes para esconder que estava na verdade sendo extremamente calculista, inteligente, se fazia passar por louco, fazendo os seus adversários de bobos. Além do que colocar um vilão maluco por ser maluco só para tentar fazer uma “boa” cena de ação cômica foi algo muito incoerente e tirou parte do que fazia o Vash único. Tendo em vista que no primeiro anime a dinâmica funcionava com os vilões sendo sérios e apenas o Vash se passando por louco, com coisas excêntricas as quais foram posteriormente justificadas (coerência).
9. Inu ni Nattara Suki na Hito ni Hirowareta. – Não iria pegar para assistir, mas ficaram falando tanto e tão odiosamente da obra dizendo ter ecchi, que tinha muito ecchi, que era extremamente pesado o ecchi, que iria ter uma versão sem censura e outras coisas do tipo, que tive que pegar para ter as minhas próprias opiniões. De antemão preciso dizer que odeio de todo coração essa moda de ecchi com antropomorfismo, com mulheres meio animais, meio humanas, isso é zoofilia, isso é doença. Voltando para o anime, tem um cachorro que é um humano reencarnado, ou foi transformado em cão, com algumas lindas garotas explodindo hormonalmente. No primeiro episódio ainda teve alguns ângulos, algumas cenas de nudez, o cachorro sendo tratado com muita fofura (se eu não soubesse previamente que havia algo a mais nisso até que seria legal), já no segundo foi bem mais comedido, e até agora nada tão absurdo no anime.
Fui para o mangá para ver o que me esperava, que estavam falando tão mal dessa obra e depois de alguns capítulos lidos, com muita nudez, com garotas lambendo o rabo do cachorro, com focinhos em calcinhas, com alguns beijos na boca do cachorro, com o cachorro mordendo ou lambendo seios e coisas do tipo, ainda não tinham chegado lá. Se bem que estava se encaminhando para o protagonista voltar a ser um humano, pelo menos temporariamente, mostrando que as coisas pervertidas mudariam um pouco e aumentariam de intensidade. Apesar de tudo isso, por incrível que pareça tem uma trama.
10. Benriya Saitou-san, Isekai ni Iku - Não sei se vai se manter nos próximos episódios, até porque nem todo o primeiro episódio foi assim, mas a primeira metade deste episódio me matou de rir, talvez até mais do que konosuba já tenha feito. Fazia tempo que não ria tão intensamente com um anime e em especial isso foi por conta do personagem Morlock. Também estou gostando do enredo, pois terminou o primeiro episódio com um bom gancho, logo prometendo uma trama que seja pelo menos interessante e com uma animação razoavelmente boa.
11. Kaiko sareta Ankoku Heishi (30-dai) no Slow na Second Life - Não que foram terríveis, mas tiveram algumas coisas bem típicas de animes genéricos de temporada que me deixam com o pé bem atrás em recomendar essa obra. Todavia, se não recomendo, também não desaconselho, porque gostei de alguns personagens e de algumas partes do enredo. Esse é para quem não tem nada para assistir e quiser arriscar.
12. Mononogatari – Disseram-me que o Ig0y tinha feito uma propaganda estrondosa desse anime, vendido como se fosse a última bolacha do pacote, como uma perfeita obra-prima, mais valiosa do que a Monalisa, e somente por isso que peguei esse anime para verificar se de fato é tudo o que foi dito. Bem, como posso dizer, não é bom, acho que podia até acabar essa "resenha" por aqui. Pois se de fato o Ig0y fez essa propaganda que me disseram, a única explicação que consigo encontrar é uma identificação pessoal. O anime não consegue vender que aquelas coisas, atitudes, pensamentos e falas pareçam ser verdadeiras dentro do seu universo. Também falta aos personagens parecerem humanos, a direção deveria se perguntar se pessoas reais fariam aquilo. Teve uma lutinha fraquinha no primeiro episódio, mais com contexto bem forçado, irreal e ao estilo mais clássicos dos shounens, coisa que deve se repetir. A motivação do protagonista é uma vingança e a problemática é por ele canalizar a vingança de forma generalizada para todos os que tenham as mesmas características de quem ele quer se vingar. É muito genérico, tem uma problemática simples, com uma motivação simples e tudo já revelado de início. Eu vi o score do anime, já era um sinal bem negativo, não devia ter pegado, acho improvável que melhore absurdamente e a minha única dúvida é como diabos isso é classificado como Seinen.
13. Majutsushi Orphen Hagure Tabi: Urbanrama-hen – Não consegui encontrar um site que tenha essa terceira temporada para que eu possa assistir, quem souber me ajude.
Continuações:
14. Kage no Jitsuryokusha ni Naritakute! – Eu acredito que deva ter um público que genuinamente aprecie muito essa obra. Afinal é um anime de ação com um protagonista adolescente super overpower e galanteador, dispondo de um exército de waifus lindas, fortes e inteligentes ao seu serviço. Dito as coisas boas, é absurdamente clichê, mas não é só por ser clichê, é por ser clichê das coisas mais estupidas e ridículas desse tipo de anime, além do que sua história é muito mal escrita.
15. Fumetsu no Anata e 2nd Season – Dispenso comentários, já entrou no meu top dez de todos os tempos.
Antes de mais nada, não quero ditar como dever ser o público do Alexandre, mas uma coisa que sempre me inquietou muito é porque pessoas trocariam o bem mais preciso que elas têm que são os seus tempos de vida para assistir animes que elas não gostam, animes “ruins”. Por mais que o Alexandre deva odiar animes, deveria ter o mimo de bom senso para entender que as pessoas que acompanham animes não são tão idiotias de perderem tempos valiosos vendo coisas que não querem. Logo, ficar hateando o próprio produto que vende não é uma coisa inteligente, e muitos são os canais que foram por esse caninho que morreram por motivos obvies.
Argumentos do Alexandre: 1 – Drama “extremante forçado” da Marin no primeiro episódio.
Primeiramente, o Alexandre é o rei dos exageros, tudo para ele é sempre extremado, é sempre um absurdo (essas palavras são maneirismos na boca dele), é o mesmo argumento genérico que ele usa para tudo. Convenhamos também que está reclamando de reações extremadas de personagens de uma obra ficcional animada de comédia romântica. Reparem que é um ANIME que traz reações com caras e bocas características típicas desse tipo de proposta, e que tem efeitos consagrados nessa arte. Outra, não existe nenhuma incorrência em relação a reações da Marin com o seu universo que venha a quebrar a verossimilhança. A real contradição que existe é do Alexandre Esteves fazer uma crítica sobre extremos quando todas as suas críticas são extremadas e quando muitos dos seus animes de comédia favoritos tem essas mesmas coisas.
Pergunto-me se o Alexandre já teve uma experiência em costurar e em fazer cosplay ele mesmo para dizer que a reação da Marin não é nada sutil, que é desesperadora. Eu já tive essa experiência, não é fácil costurar, não é fácil encontrar alguém bom em fazer cospaly, não é fácil fazer um cosplay mesmo com ajuda de um profissional, não é barata a ajuda de um profissional e mesmo com essa ajuda fazer um cosplay de verdade que não pareça uma caricatura é dificílimo.
O valor das coisas é subjetivo, há coisas para algumas pessoas que são extremante sem importância e essas mesmas coisas para outras são extremante valiosas. É justamente sobre isso que o anime fala ao trazer a história sobre o amor de Gojou pelas bonecas e da Marin pelos cosplays. Eles admiram certas coisas, se dedicaram e entregam os sues coações para essas coisas. Quando alguém entende isso, juntando o fato das dificuldades da Marin, a reação dela parece muito natural. Já a fala do Alexandre demonstra não só que não entendeu a própria essência da mensagem do anime, como ao não entender a reação da Marin se assemelhou ao comportamento da menina que desprezou o Gojou e o odiou simplesmente por ele amar bonecas. O mais irônico disso é que o anime para ressaltar a mensagem jogou um flashback e o Alexandre ainda assim não a entendeu e se queixou.
Por último nessa questão gostaria de saber quais foram os estudos sobre comportamento das pessoas e se Alexandre tem um diploma de psicologia para afirmara categoricamente que esses comportamentos são forçados. Entendam cada pessoas reage de uma forma diferente a cada situação e não existia nada preestabelecido nessa obra que fizesse o comportamento da personagem parecer forçado.
2 – Marin usar biquini no segundo episódio.
De antemão nesse primeiro momento não vou discutir se o anime deu muito ou pouco tempo para a cena da Marin de biquini, mas só para colocar as coisas nos devidos eixos sem exageros vou fazer um conta simples. A personagem começa a desabotoar a camisa com 10 minutos e 34 segundos do episódio, com 20 minutos e 30 segundos está completamente vestida, ou seja, 9 minutos e 56 segundos depois. O episódio tem 23 minutos e 40 segundos, mesmo tirando a abertura e o encerramento essa parte tem menos da metade do episódio e não o episódio inteiro com afirmado no vídeo pelo o Alexandre para os que não se lembram.
Sobre o protagonista ser “inseguro, tímido e não conseguir se comunicar direito com a Marin”. De fato, ele é tímido, inseguro por ser inexperiência, tem dificuldade de se comunicar com outros colegas, mas discordo de não conseguir se comunicar com a Marin. Entendam que também não é porque o protagonista é inexperiente, não é porque é tímido, não é porque é introvertido, ele é tudo isso, contudo o que é trabalhado nesta parte são outros pontos. Vejam que a Marin é alguém que o Gojou não tinha intimidade, que está confiando nele como um profissional, as vezes ela até brinca quando perceber o constrangimento dele, mas é confiando na integridade do rapaz. Logo a timidez não é o foco, mas é um acréscimo de tensão, porque o verdadeiro dilema trabalhado é o protagonista ter que agir de forma profissional mesmo que a situação crie tensões sexuais, demostrando ser esse o propósito dos ângulos sugestivos. Somem a isso a pressão por ser uma oportunidade ímpar dada por alguém que além de ter confiado nele o tirou de um isolamento, gerando certamente gratidão e respeito. Certas profissões passam constantemente por situações que criam tensões sexuais e o que é trabalhado no anime é o auto controle do costureiro e da relação de confiança necessária que isso exige, (coisas diretamente ligadas a proposta de criar de criar copslays), além dos aspectos morais trabalhados do Gojou em não se aproveitar da menina.
O Alexandre disse que “não teria problema com esse tipo de coisa (ecchi) se o anime fosse sobre sensualidade, sobre excitação a flor da pele na adolescência, sobre como ela (Marin) é muito safada, mas ele (Gojou) não sabe lidar com isso”. O Gojou sabe lidar com isso e Marin é santinha? É errado limitar a apensas três temas, e mais, todo romance por natureza por mais planctónico que seja dentro da proposta precisa gerar algum grau de sensualidade, para fins de narrativa e de agradar ao público. Ou alguém que vai ver um romance de adolescentes está esperando algo diferente? É como pedir para um anime de comédia não ter comédia, ou um anime de terror não ter terror e como já foi visto no primeiro tópico o Alexandre não sabe sobre o que o anime fala, qual é a mensagem do anime, muito menos sobre a mensagem dessa cena. Vai ver que o Alexandre acha que o anime é de guerra é quer ver baratas espaciais.
Mas de fato existe um segundo plano de intensões nessa parte onde o anime aproveitou para gerar cenas fofas, cômicas e iniciar uma germinação de forma orgânica de um romance. Mesmo porque achar que situações constrangedoras assim não existem independente de timidez é ser um ingênuo, e achar que não podem ser aproveitadas e retratadas é ser censurador. É preciso dar uma liberdade poética a ficção, só não acredito que o protagonista poderia agir diferentemente caindo com tudo em cima da menina, pois nesse caso seria uma atitude improvável, antiética, com desfecho negativo e seria uma cena idiota.
Ter dez minutos de cena de biquini é um fanservice ruim e apelativo? Não é jogado, não é incoerente, tem sentido narrativo, é orgânico, podia ter uma hora de ecchi assim e pesado que eu não reclamaria. Contudo, inúmeros animes tem episódio inteiros de praia com um monte de garotas bonitas só de biquinis que não tem vergonha por estarem assim e dentro os quais alguns o Alexandre oferece boas notas. Digo mais, a maioria dos animes que tem episódios de praia só são para mostrarem as meninas de biquini por ângulos diferente, já em Sono Bisque a cena de biquini foi orgânica e teve contexto narrativo.
Sendo bem honesto com quem gosta de ecchi, se for assistir esse anime com intenção maliciosa vai se decepcionar profundamente. Essa cena falsamente polemizada do episódio 2 com intuito de ganhar visualizações é muito mais para passar constrangimento do protagonista do que exalar sensualidade, a única cena que realmente tem alguma coisa apimentada nessa temporada é pequena e só ocorre no episódio 11. Pelo menos essa do episódio 11 demonstra que o romance está se desenvolvendo e aparenta que não vai ficar num platonismo infinito.
A verdadeira malicia está nos corações podres e pervertidos dos lacradores. Minha opinião do porque alguns odeiam esse anime, é porque precisam manter as aparências, e provavelmente esconderem por trás do falso moralismo contra peitos e bundas uma misoginia oriunda de motivos escusos.
3 – Gojou ser extremamente irritantemente tímido e introvertido.
Primeiramente, devo registrar que o Alexandre cometeu um ato falho no vídeo, ele quis dizer introvertido e falou extrovertido, mas eu entendi que ele queria dizer introvertido. Podem conferir no vídeo no tempo 3:51 e 4:08.
Parte das críticas nesse ponto é a mesma que já foi discutida no ponto um, reações ditas por Alexandre como extremadas. São atitudes e caras e bocas que são consagradas em animes, que estão de conformidade com a narrativa, que são típicas desse tipo de proposta, e que produzem efeito emocional e prazerosas no público. A única diferença é que ele em vez de falar da de Marim, falou das do Gojou, por tanto não vou me delongar nos mesmos argumentos. Acrescentar apenas que varias das expressões e reações do Gojou se dão em momentos que ele está refletindo consigo mesmo sobre a situação, não são sempre reações que interagem diretamente com outros personagens.
O protagonista é pouco tímido. Por que? Vejam que a maior parte do temor do protagonista em falar com outros não é bem uma insegurança de falar, ele sabe se comunicar quando quer, mas é por acreditar que não tenham interesses incomum. E dizer que é tímido porque não saiu rebocando a Marin para cama, achar isso é não ter o mínimo de bom senso, ele não é um tarado e não é assim que essas coisas acontecem. Principalmente nesse mundo dele e entre adolescentes, isso é o Japão, não é o beco onde as meninas com 11 anos já estão fazendo programa. Outra quando a situação vai ficando difícil ele diz para garota e isso não me parece timidez. A questão que ele tem respeito, que tem profissionalismo, que não tem intimidade o suficiente e que tem moral. No mais se já fosse rolando sem uma problematização não teria uma história.
O protagonmista agindo de forma respeitosa, profissional e o Alexandre reclamando que o rapaz é extremamente irritantemente tímido, porque não queria tirar algumas medidas. Imaginem medir a distância entre os bicos dos seios sem tocar nos bicos. O Alexandre queria era que o protagonista fosse um tarado para poder lacrar em dobrado. Outra grande parte daquelas medidas a Marin poderia ter tirado sozinha, e só bastava que o Gojou respeitosamente não tivesse sugerido para Marin tirar essas medidas de outra forma que estariam lacrando contra o anime de todas as coisas possíveis. No mais só para constar, Gojou gaguejou pensando que Marin ficaria com roupas intimas e não de biquini.
Eu nunca fui tímido, pois desde de criança eu sempre tomei para mim que timidez era um pecado de danação, nunca tive problemas de sociabilizar, nunca tive problemas de paquerar com garotas, nunca tive problemas de falar em público, nunca tive vergonha alguma com namoradas. Também não sou japonês, não sou adolescente, nem sou virjão, contudo vamos fingir que eu fosse um tímido e virjão. Eu passaria a ser uma pessoa ruim por me identificar com o protagonista? Qual o problema nisso que Alexandre coloca no vídeo além do preconceito dele contra os tímidos e virjões?
Quanto a ser introvertido (alguém que tem uma preferência por ficar sozinha), isso só acontece no início, depois ele não demonstra ter problemas em estar com outras pessoas, como a Sajuna, a Shinju, a Marin que vão se juntando a trama. Como isso é ser extremamente introvertido ao ponto de se extremamente irritantemente? Só Alexandre saberá, porque lógica passou longe.
4 – Três minutos de vídeo demonstrado total intolerância e desprezo com ecchi.
Ninguém gosta de defender esse tipo de coisa, porque existe coerção moral e social sobre esse tema. Ninguém que ser taxado de o virjão que fica tocando bandeira, mesmo que não seja verdade e por isso o ecchi sofre tanta perseguição sem praticamente nenhuma reação. Mas, alguém tem que falar o que é preciso, porque se ninguém falar, hoje será o ecchi, amanhã serão os jogos com violência, depois serão as religiões e sabe lá onde isso vai parar.
Em primeiro lugar, não existe como objetivamente sem usar de juízo de valores dizer que as emoções de uma comédia, de um terror, de suspense, de um drama são mais valiosas que que as emoções produzidas por um ecchi. São todos estímulos sensórias que ativam hormônios e que produzem sensações cerebrais que podem oferecer algum grau de prazer.
Em segundo lugar, em todas as artes desde os primórdios da civilização sempre houve ecchi, basta ligar a tv, assistir um filme, ver uma série, ler um livro, portanto, não faz sentido esse falso puritanismos seleto e exacerbado contra animes. Até porque os animes se diferenciariam e ganharam a guerra contra a animação ocidental justamente por não ter amarras de preconceitos e por fazer animação para todas as idades e todos os públicos.
Dito isso, e como já argumentei nos tópicos anteriores sobre essas coisas, quase todas as cenas que contém ecchi desse anime tem algum propósito dentro de enredo, a maioria delas não são fanservices jogados e sem organicidade, independente se poderiam ser maiores ou menores em tempo de duração. Mesmo aquelas cenas que poderiam ser questionáveis as suas necessidades para a narrativa estão dentro de uma margem que me parecem tolerável. Já em relação a se tem propósitos que vá além do extremante relativo as mensagens do enredo, para mim se querem fazer uma comédia (como na cena da camisa desabotoando), ou se querem produzir algo mais sensualizado, ou se querem provocarem um susto, não me importa, porque não tenho com julgar isso sem ser subjetivo.
Lá por volta dos 6 minutos e 26 segundos de vídeo o Alexandre alega que o proposito do anime é só ser uma comédinha divertidinha e que não deveria ter ecchi. Primeiro que ele não entendeu a mensagem e a problematização do anime para saber qual é o propósito. Segundo que o anime tem comédia, mas não é esse o foco da obra e como prova nem se quer é classificado como comédia dentro do MAL. O gênero principal do anime é de romance, e sempre haverá sensualidade em romances. Terceiro, todas as suas cenas cômicas são em momentos de ecchi. Se tirar o ecchi que comédia divertida vai sobrar? Alexandre cagando regras para a arte e se contradizendo.
5 – Detonando Marin enquanto personagem.
Carisma é legal, mas não nesciamente um personagem com carismático é bom, por isso não defendo que um personagem é bom ou ruim pautado nisso. O que mais olho é utilidade dentro da trama, os diálogos, a consistência, a coerência, a capacidade de transmitir emoções, o desenvolvimento, e as camadas. Dimensões eu olho só em um segundo momento, porque isso valoriza a obra, contudo não é algo que sempre se faz necessário, depende muito da proposta.
Utilidade - Pode parecer estranho falar isso de um protagonista, mas há inúmeras obras que o enredo se dirige para uma direção que o protagonista sobra e ficam procurando coisas para dar motivo dele existir. Em nenhum momento que a personagem entrou em cena demostrou que seria esse o caso e nada do que foi desenvolvido nela pareceu ser sem um proposito.
Diálogos – Não vou dizer que todos os diálogos da personagem foram tratados filosóficos, nem que tiveram frases profundas para refletir. Mas ajudaram as pessoas a se identificarem com a personagem na medida que pareceram conversas que pessoas de carne e osso teriam por conta das suas sutilezas. Também não foram diálogos repetivos, longos, cansativos, feitos apenas para explicar coisas obvias, ou coisas ao leitor que os personagens já deveriam saber.
Consistência – Não houve nenhuma mudança na personagem, mas se houvesse teria que ser algo explicado para parecer natural.
A capacidade de transmitir emoções – Alguém pode confundir isso com carisma, mas veja eu posso odiar a personalidade do personagem e achar ele muito bom, talvez porque me fez chorar, ou me fez ter sustos, ou alguma outra emoção qualquer. Da mesma forma eu posso achar a personagem uma waifu, posso achar simpática e ela não me arrancar um sorriso. Nesse sentido eu julgo que a Marin foi bem aproveitada passando vários tipos de emoções.
Camadas – Não é somente avaliar se tem um passado, laços familiares e de amizade, coisas que vão se relevando durante os desdrobamentos da trama, mas é algo mais complexo que demanda um olhar mais apurado de profundade e são muito pontos a se considerar. Coisas com personalidade, quais são as motivações, se tem uma identidade própria, se tem autoconsciência, etc. As motivações da Marim são claras que é fazer cosplay; tem uma personalidade que é muito carismática; não é alguém sem consciência que esteja sendo manipulada; suas amigas são apresentadas ao protagonista; sua mãe foi revelada falecida; mora sozinha porque o pai vive distante por conta do trabalho. Se eu perguntar essas mesmas coisas sobre metade dos personagens favoritos do Alexandre simplesmente não existem respostas, logo a Marin é mais bem construída do que eles.
Desenvolvimento – O desenvolvimento da personagem tem ligação direta na relação dela com o protagonista. Houveram vários tipos de progresso nessa relação, então houve sim desenvolvimento.
Dimensionalidade – Quanto mais parecer humana, quanto mais falhas tiver, mais natural vai aparentar. Exemplo: quando a Marin não sabe fazer comida que preste, quando é mostrado que ele não sabe nadar. Não vou dizer que chega a ser tão complexa a construção para ser uma personagem tridimensional, mas é pelo menos é um bidimensional.
Depois dessas coisas que apontei como o Alexandre se atreve a dizer que era uma personagem sem núncias, sem trabalho, sem história, sem qualidades? Ah, mas não foi algo tão complexo e profundo? É a primeira temporada de um cour que a personagem dividia muita atenção com o protagonista, precisam ter paciência e não exigir mais do que é possível se oferecer no ritmo correto.
6 - Progressão do romance.
No tempo do vídeo dos 10:15 até 11:58 o Alexandre reclamação do romance progredir segundo ele: “tão repentino, tão abruptamente, de não ser tão natural, de não conseguir levar a sério”. Levam 5 episódios para ter esse progresso, somente no sexto é que a Marin consegue entender e admitir para ela mesma que começou a gostar do Gojou. Isso depois de muita aproximação dos dois com direito a várias cenas afetuosas, corando, cenas românticas e tensões sensuais. A descoberta foi depois de uma cena bem afetuoso no trem, talvez a mais afetuosa da temporada. Como isso é abruto? Não sei, essa é mais uma das respostas misteriosas que somente o Alexandre saberá. Mas a personagem poderia ter reagido de uma forma mais sutil quando caiu a ficha? Poderia, se a indenidade dela fosse outra.
Agora vem a pior parte, porque no tempo 11:58 em diante, não tendo passado um segundo se quer, ele reclama do exato oposto, que o romance não progride, que é lento. Essa é aquela hora que dar vontade de bater com a cabeça na parede e acreditar que não existe salvação para humanidade. O que Alexandre entende por romance? Eu não acho que ele acredite que seja o sentimento, a aproximação, os clímaces, porque isso progride muito. E tenho dificuldade de achar que ele acredite que seja o vamos ver, porque quando a coisa começa a ficar quente no episódio 11 ele odeia. O 11 foi o único episódio que vi mais de uma vez, eu vi três vezes, inclusive foi o primeiro episódio que assisti, um dos prinipais incentivos para ver o anime e teve a melhor cena dessa temporada.
7 – “O episódio de praia”.
Esse tópico é uma das poucas coisas que o Alexandre gostou. São 7 minutos do oitavo episódio, é uma parte que mostra uma praia, mas não é bem um episódio de praia porque não tem ninguém tomando banho, nem em trajes de banhos, o máximo que fazem é molhar os pés. A cena é um pássaro roubando a comida deles e o casal sentando na praia dividindo um sanduiche. Foi bonitinho, é fofinho, é legalzinho, trabalha a relação do casal, mas não desenvolveu nada na história, é uma cena altamente pulável que existe só para ter a parte de praia. Não tem nada de diferente nessa cena para ser uma história. Será que o motivo dele ter dito que havia gostado não foi para dar mais uma lacrada com uma fake praia? Por fim, ao mesmo tempo que o Alexandre reclama de romance lento e enrolação diz que gostaria que todo anime fosse como nessa cena. Poderia ser mais incoerente?
Minhas considerações:
O que realmente me pegou nesse anime foram os dramas, e não é porque são pesados, mas porque tem conteúdo, são trabalhados progressivamente e há desenvolvimento de superação deles. Todos os personagens tem dramas e todos esses têm ligação com a mensagem central da trama, há uma coesão problemática e conectada diretamente dentro do enredo. O fato de alguns probelmas parecerem pequenos na verdade também faz parte da mensagem de valor, o que me deixa mais fascinado pela inteligente jogada do autor.
o liberal que se diz liberal conservador, ele deixa a filha dele dá a buceta tendeu?trazer o namorado pra dentro de casa e trepar, fumar maconha. a mulher bota fio dental mostra o rabo pros amigos na piscina, na praia o krl, trabalha, tendeu?e esse é o que eles chamam de conservador o li.. ooooo liberal tendeu? cara ja teve três, quatro divórcio, a mulher também aaaaaaaeaaaea e tem filho de outro, o krl adota tudo, fica aquela coisa tendeu? é isso ai que chama-se o oooo liberal conservador, ele adimite o divórcio como se fosse uma coisa discartavel, ele é cumenico tendeu? ele não é um ummmm tendeu? tá cagando e andando pra porra di diiii folclore, dii tradição, di negócio. ai é o tal do liberal conservador, é essa merda ai tá que se vê ah sou conservador pela família e o krl, a família porra nenhuma, a filha é uma galinha do caralho, o filho é viado o krl, tá nem.. e o caba não tá nem ai pá tendeu? é isso que eles chamam de conservador tendeu? tem nada a ver conosco tendeu? nos que somos do estado corporativo tendeu? integralistas, nazistas, fascistas, falangistas, salazaristas, absolutamente nada a ver porra, ai pô caralho tendeu? são uns guys mt burro, esses ga vou te contar puta que pariu mermão do céu, puta que pariu
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Meu time:
Em defesa do nobre Guto.
https://youtu.be/Yhi5cjydnJw
Minhas cinco apostas para a temporada spring 2023.
https://youtu.be/-oAUY3shRFs
https://www.youtube.com/watch?v=vI9YnktoPoI
Un Homme qui Dort? foi em um server dedicado de cinema (MEGA)
Procure amigos deste subúrbio que você deve achar