Report TheKiraLord's Profile

Statistics

All Anime Stats Anime Stats
Days: 108.9
Mean Score: 7.02
  • Total Entries1,021
  • Rewatched4
  • Episodes6,363
Anime History Last Anime Updates
Sono Bisque Doll wa Koi wo Suru
Sono Bisque Doll wa Koi wo Suru
Jan 29, 2023 10:39 AM
Completed 12/12 · Scored 9
Bocchi the Rock!
Bocchi the Rock!
Jan 27, 2023 12:56 PM
Completed 12/12 · Scored 9
Yu☆Gi☆Oh! 5D's
Yu☆Gi☆Oh! 5D's
Jan 18, 2023 10:14 PM
Watching 1/154 · Scored -
All Manga Stats Manga Stats
Days: 43.9
Mean Score: 7.73
  • Total Entries176
  • Reread0
  • Chapters7,389
  • Volumes590
Manga History Last Manga Updates
Tasogare Otome x Amnesia
Tasogare Otome x Amnesia
Feb 22, 2023 12:06 PM
Completed 54/54 · Scored 8
JoJo no Kimyou na Bouken Part 8: JoJolion
JoJo no Kimyou na Bouken Part 8: JoJolion
Jan 8, 2023 10:12 AM
Completed 110/110 · Scored 10
Bastard
Bastard
Oct 17, 2022 3:51 PM
Completed 94/94 · Scored 10

All Favorites Favorites

Anime (10)
Manga (10)
Character (10)

All Comments (25) Comments

Would you like to post a comment? Please login or sign up first!
PrataSZ Jun 10, 2021 8:14 AM
Terminei minha jornada com Monogatari Series, tendo todos assistidos, e posso afirmar, com toda certeza, que esse é meu anime favorito, e talvez tenha se tornado a minha obra favorita.
E esta é a minha carta de amor a Monogatari.
Ainda é um mistério pra mim, como definir Monogatari? Como indicar pra alguém ? Como resumir a obra ? Eu acho isso muito difícil, porque é difícil dizer o que essa obra simboliza, a densidade que ela carrega, sem dar spoilers.
Também não é fácil conseguir traduzir tudo que essa obra me passou e como ela se conectou comigo.
A verdade é que eu ainda não entendi tudo que o anime quer passar, tudo que ele explora e tudo que ele representa, ainda preciso estudar muito a respeito da obra, e um texto jamais conseguirá traduzir Monogatari, dizer tudo que ele te faz sentir, e abordar ele de maneira completa, ainda mais dado a sua densidade e complexidade.
Estamos acostumados a encarar a arte, animes, jogos, filmes e séries como entretenimento, apenas um escapismo da realidade, e isso não tem problema, eu mesmo gosto de jogos e animes que são apenas diversão e escapismo. Mas as obras mais especiais e que deveriam receber mais prestígio, são aquelas que são ambiciosas, e buscam abranger algo mais profundo, serem realmente bem trabalhadas, conterem substância e trazer algo pra vida tem quem está assistindo, marcar ela de alguma forma.
E ambições grandiosas e buscas por algo profundo é arriscado, pois exige muito mais trabalho e cuidado de alcançar a própria ambição.
Monogatari é uma experiência totalmente única, um anime totalmente único, seja pela sua estrutura fora do padrão, sua direção excêntrica e bem montada que abusa de efeitos auditivos e visuais, closes, que são utilizados pra que o anime se aproxime de você e se conecte contigo. Os seus diálogos rápidos, bem escritos que vão de smalltalk a conversas profundas. Os cortes com as telas coloridas, que passam com os pensamentos dos personagens que são extremamente rápidas de propósito,. Os cenários com um estilo artístico bem diferente. Não existem figurantes na cidade. Sua ordem de lançamento confusa e não cronológica.
As light novels são quase totalmente formadas em diálogos, e as light novels tem umas escolhas meio ousadas de escrita, de quebra de expectativas, como fazer o diálogo do Araragi com a Tsukihi no começo de Nekomonogatari durar 70 páginas. Fazendo um um desafio grande de adaptar elas pra anime e deixar interessante de assistir.
É difícil encontrar alguma obra que se assemelhe a estrutura e a narrativa de Monogatari, ele é muito ousado e arriscado.
Costumam dizer que muitas obras são diferentes e inovadoras, mas eu acho que nenhuma é como Monogatari.
Ao mesmo tempo em que há muita comédia e bobeira, existem temas sérios e densos. Apesar de se tratar de coisas sobrenaturais e espirituais, também aborda muito o dia a dia e coisas muito íntimas dos seres humanos. Existe presença de ecchi e fanservice, mas eles significam algo.
A sinopse é de que o Araragi Koyomi é um garoto meio vampiro que ajuda suas amigas a resolverem seus problemas a situações que envolvem monstros sobrenaturais do folclore japonês, mas isso é muito pequeno, não diz muito sobre a obra.
Eu poderia dizer que o anime desconstrói o
harém, o ecchi e etc, porque nós temos a mania de dizer que nossos animes favoritos são desconstruções, pra nos sentimos mais inteligentes e com gostos superiores.
Mas na verdade Monogatari tem si clichês, personagens clichês e esteriotipados, as personagens se apaixonam por ele e todas tentam seduzir o Araragi de alguma forma.
O Araragi é sim o herói gentil com senso de justiça que ajuda as meninas assim como o Kirito de Sowrd Art Online. Mas a verdade é que ele é assim porque o Araragi se odeia, é depressivo e suicida, possuiu problemas de autoconfiança, nunca se sentiu pertencente a nenhum lugar, sempre foi solitário, e sempre evitou ter amizades por achar que ter amigos tirasse seu brilho como ser humano. Tomando as dores de suas amigas pra si, não se importando consigo mesmo pra ajudar as amigas dele, não vendo as consequências ruins que ele vai ter que sofrer pra ajudar, não conseguindo ver um problema e não querer resolver, não quer resolver as próprias batalhas internas e os próprios problemas e responsabilidades, levando a situações autodestrutivas de quase morte, não consegue ver as pessoas sofrendo ao passo que ele não liga pro próprio sofrimento, sempre com um pulga atrás da orelha dele ser ou não merecedor dessas amizades, de que ele poderia ter sido mais atencioso e lidado melhor com a situação pra ter ajudado melhor, e ele precisa ajudar elas pra dar um valor pra sua existência, afirmar ela. É algo muito mais melancólico e com mais camadas do que um herói gentil com senso de justiça costuma ter.
A Senjougahara é uma tsundere, um tanto sádica e possessiva, mas a diferença pros animes comuns se encontra no fato deles explicarem a construção da personagem do porquê de ela ser assim. Devido ao seu encontro com o caranguejo e a sua tentativa de abuso, ela criou essa casca em sua personalidade, evitando se abrir, mostrar seu lado sensível, criando essa personalidade rude e agressiva. Eo processo pra que haja um arco onde ela passa por uma mudança.
Tem o arco da Nadeko, que parece ser só uma garota fofa típica de anime, mas são mostrados os motivos dela ser assim, como isso afeta ela e o pontapé pra que ela revele sua real personalidade. E por aí vai, diferente dos animes comuns, onde o esteriótipos define aqueles personagens, aqui o esteriótipo é só a primeira camada desses personagens, e na verdade eles são todos muito humanos e muito relacionaveis, e é por isso que o elenco de Monogatari é meu elenco de personagens favorito de qualquer obra. No anime tem uma tsundere, um herói que sempre ajuda as suas amigas, a esportista tomboy, a loli, a garota fofa, a inteligente perfeitinha, mas o diferencial de Monogatari se encontra justamente no fato de pegar desses clichês e desses tipos de personagens, mas trabalhar com isso com profundidade.
Mas muitos podem dizer e dizem que existe um exagero na quantidade de diálogos, que não chegam a lugar algum ou não acrescentam a história e ao mistério. Diálogos que duram minutos e até episódios inteiros, e é até compreensível não gostar deles, não é todo mundo que consegue apreciar isso. E eu acho até engraçado reclamarem disso e das telas com coisas escritas, dizendo que são irrelevantes, quando na novel de Kizumonogatari por exemplo, tem 2 páginas do Araragi descrevendo a calcinha da Hanekawa.
Mas a verdade é que o mistério em Monogatari é importante, o plot é importante, mas a parte central disso tudo são os personagens.
O mais memorável do anime são os personagens, é um elenco de muito peso, você se lembra de todos com muita facilidade, todos são extremamente marcantes e únicos, e mesmos que esteriotipados de certa forma, eles brilham graças ao desenvolvimento e a construção que é dada a esses personagens. Nos lembramos de determinadas cenas, sérias ou engraçadas muito por causa de quem protagoniza essas cenas.
E é através desses personagens, seus psicologicos, suas complexidades, aprofundamento, problemas e questões emocionais, que o anime te passa algumas mensagens, coisas que você pode acrescentar na sua vida. O próprio anime diz que o único que pode salvar você é você mesmo, apesar de dizer que você não precisa lidar com tudo sozinho e pode ter apoio, fazendo essa contradição proposital. O Araragi tenta ajudar as meninas a lidar com esses problemas, mas quem pode realmente as salvar são elas mesmas ao querer mudar e se permitirem lidar com aquilo, ao mesmo tempo em que o Araragi não quer ter que enfrentar os próprios problemas.
A série se trata muito de autoaceitação e crescimento, todos os personagens sofrem de problemas internos e não querem externalizar eles, gerando estresse e fazendo o problema crescer ainda mais, e ao não querer buscar ajuda elas ficam num conflito enorme consigo mesmas. As esquisitices e os monstros são as metáforas e as personificações desses problemas dos personagens. E quando o Oshino fala de só você poder se salvar, ele diz que você é que deve ter o impulso pra ir atrás de lidar com esse problema e querer resolver, a mudança deve partir de você. Vencer os monstros representa a evolução da personagem e a superação. O Oshino em Bakemonogatari, faz meio que um papel de um psicológico sobrenatural, e isso fica mais nítido no arco da Senjougahara.
A resolução dos problemas psicológicos com os monstros são resolvidos quando acontece algum sacrifício, e atitude proativa das meninas, por isso que o Araragi tentou lidar com a Black Hanekawa duas vezes e não resolveu, porque ela não se permitia lidar e se abrir com esse problema, externalizar, e finalmente poder se declarar pro Araragi e chorar, fez ela finalmente acabar com esse peso todo que carregava dentro de si.
A série trabalha com vários temas sérios e pronfundos de uma maneira bem escrita, por vezes mais descaradas e por muitas vezes mas entrelinhas. Lida com abuso sexual, famílias abusivas, justiça, ficar preso no passado, problemas de auto confiança e aceitação, abandono, traumas, existencialismo e psicologia de Carl Jung.
Não existirem figurantes faz os personagens terem destaque, os diálogos terem mais destaque, sustentando como se Monogatari fosse uma espécie de teatro, isso acontece especialmente em Kizumonogatari com os cenários em CG e os personagens muito bem animados e destacados. Os diálogos são bem pensados pra se conectar com você e toda a escolha s direção pra se aproximar de quem está assistindo. Se a pessoa for assistir a franquia com a mente aberta, lidar com toda e excentricidade e esquisitisse do anime, o anime vai te marcar de alguma forma e acrescentar algo na sua vida com alguma das mensagens, e ele com certeza vai se tornar um dos animes favoritos da pessoa, graças a toda a densidade psicologicamente e filosófica do anime. Isso também se você prestar atenção, porque muita coisa pode passar despercebida se não for assistido com atenção e parecer apenas algo bobo, é até recomendável assistir a série mais uma vez pra conseguir captar tudo que ela passa, e menso assim você provavelmente não vai conseguir entender tudo.
Entender o que aconteceu na história é a primeira camada da obra, existe toda a profundidade de cada personagem, cada arco, cada mensagem, fazendo com que Monogatari seja uma experiência semelhante aos jogos da Fromsoftware, onde sempre que você revisita a obra, você pode descobrir algo novo que não tinha percebido ou descoberto antes.
Ainda mais com a série girando muito em torno de mistérios, é essencialmente uma história sobre mistérios, que mesmo você assistindo todo o arco em volta desse mistério e descobrindo a resolução, você ainda não vai ter percebido muita coisa em volta desse mistério que foi mostrada e você não percebeu.
É extremamente difícil fazer uma boa história de mistério bem feita, que prenda os leitores ou expectadores, e Monogatari constrói seus mistérios com excelência e de forma com que valha a pena assistir de novo, porque é muito comum que obras de mistério não tenham valor de reassistir, porque você já sabe a resolução do mistério, então não tem porquê revisitar a história, mas Monogatari faz isso de uma forma densa, tornando até importante de assistir de novo, até pra entender os simbolismos por trás das coisas.
E existem coisas na série que são mais interpretativas e que mudam, assistir de novo faz sua percepção sobre muitas coisas mudarem, sua interpretação e sua visão acaba mudando ao assistir de novo.
A série não trabalha com diálogos expositivos como na maioria dos animes, não é muito expositiva sobre as coisas, existe muito simbolismo e interpretação que deve partir de você, Monogatari não é só sobre assistir normalmente, você precisa buscar entender mais a fundo, as coisas significam mais do que podem parecer, e isso é um dos motivos que fazem com que a série não seja acessível.
Monogatari é uma obra com muita carga de pós modernismo, por isso há vários elementos da história que mudam na obra de acordo com a sua perspectiva.
A ordem de lançamento confusa é proposital, pois o anime gosta de nos surpreender, e meio que mentir pra nós. A relação do Araragi com a Shinobu ser uma icognita em Bake nos dar a experiência do peso que é a cena da Shinobu ter o primeiro diálogo dela com o Araragi em Nise. A Hanekawa ser equilibrada em sua personalidade desde o Bake e ser mostrada daquele jeito em Kizu. O kaiki morrer no Second Season e aparecer vivo em Hanamonogatari. A Nadeko parecer uma personagem descartável no Bake e ser importante e perigosa no Second Season. O mini desaparecimento da Hachikuji em Nise.
Não é o ideal avaliar cada temporada separadamente, porque tudo se conecta, é um quebra cabeça que nós devemos montar, as coisas se conectam de uma temporada pra outra, pistas são dadas pra coisas que são reveladas em outras partes, coisas são explicadas e aprofundadas nas outras partes, que são apresentadas em uma temporada e resolvidas em outras. Utilizam muito de foreshadowing durante as temporadas, de uma coisa em uma temporada dar pista do que vai acontecer na próxima, como o pequeno desaparecimento da Hachikuji em Bakemonogatari.
A série também brinca com confundir o expectador e enganar (como eu disse arteriormente) muitas coisas não são o que parecem ser, propositalmente te dão uma impressão errada dos fatos,, ainda mais pelo Araragi ser um narrador não confiável.
E também a questão do falso não ser necessariamente é ruim, o Kaiki disse uma vez que o falso tem mais valor que o real justamente por querer te fazer vê-lo como a coisa real. O verdadeiro de um ideal já é aquele ideal só por existir, se o falso está se esforçando pra ser o quê aquele real é sem esforço nenhum, ele tem mais valor, o objeto real já é aquele ideal só por existir, o falso precisa perverter a realidade para ser o que ele não é, o que é trabalhado em Nisemonogatari.
Aproveitando sobre Nisemonogatari, é usado um jogo de palavras, onde Nise é impostor e Monogatari é história, história dos falsos. A série inteira abusa dos jogos de palavra. Bakemonogatari, Bakemono significa monstro, história de monstro, e por aí vai, cada parte da série representa uma história ou histórias agrupados pelo tema comum que é representado pelo título da parte, são feitos jogos de palavras até com os nomes dos personagens, como o nome da Mayoi poder ser lido como "caracol perdido". Muita coisa se perde com as traduções.
E é por toda essa estrutura única, excêntrica, ousada, bizarra, e conceitual da franquia, que faz com que ela não seja para todo mundo, não seja tão acessível, e é extremamente comum pessoas dropparem a série e não conseguirem se acostumar com a estrutura e gostar.
Ainda mais com o tipo de humor que a série gosta de brincar, que muitas pessoas tem um filtro forte de não tolerar esse tipo de humor. Apesar de que Monogatari é bem popular, principalmente no Japão, a série é bem conceituada, tanto que Bakemonogatari é o anime que mais vendeu DVDs blu-ray no Japão.
E falando em humor, como eu já disse anteriormente, é muito difícil definir Monogatari, porque ele contém vários gêneros dentro da história, e também consegue transitar com maestria entre tons, momentos de drama e momentos de comédia, momentos bobos e momento sérios, momentos descompromissados e momentos tensos, de uma forma bem feita que eu só vi Mob Psycho e One Piece conseguirem fazer tão bem como Monogatari.
O trabalho da direção da série merece ser elogiado e exaltado, porque além de ser extremamente único e excêntrico, é muito bem feito, e até melhoram algumas coisas, como a luta da Kiss Shot contra o Araragi no Kizumonogatari III que na novel é só eles parados arrancando os membros um do outro, ou a primeira cena do Bakemonogatari que a Senjougahara cai da escada e tem toda aquela cena bem feita dela caindo, que na novel são só 4 linhas. O primeiro episódio de Owarimonogatari são 40 minutos de duas pessoas conversando dentro de uma sala, e o anime consegue deixar isso visualmente intrigante e interessante.
Exige muita criatividade pra adaptar, e eu diria que o anime de Monogatari é um dos grandes exemplos de como fazer adaptações, já que ele vai no caminho de ser fiel ao roteiro original mas usar da criatividade pra expandir as coisas, deixar visualmente interessante e fazer algumas pequenas licenças artísticas.
E em Bakemonogatari principalmente, fica nítido como eles conseguem disfarçar o baixo orçamento usando a criatividade da direção, algumas partes não foram animadas a tempo e foram colocados telas pretas e vermelhas descrevendo o que aconteceu, e essas telas são acompanhadas dos sons, conseguindo te dizer o que aconteceu. No Blu-ray, eles conseguem animar mais as partes de lutas, animando as sequências inteiras, e eu não gostei dessa versão, porque perdeu o experimentalismo e a imaginação que é aberta da versão original.
A direção de Monogatari tem forte inspiração no movimento que houve no cinema nos anos 50, a Nova Onda Francesa. Quando um grupo de cineastas franceses que buscaram fazer uma quebra dos padrões tradicionais estabelecidos por Hollywood na época, fugir da maneira mais comercial de fazer filmes, fazendo filmes com histórias mais interpessoais, com um orçamento independente. E esses filmes são marcados por vozes sobrepostas, vários cortes que fazem transições de cenas, quebras da quarta parede, foco em diálogos, closes em coisas. São filmes que buscavam um certo experimentalismo, buscar novas maneiras de contar uma história, buscar um potencial maior de se fazer um filme.
E Monogatari tem bastante inspiração na estrutura desses filmes, uma proposta parecida de buscar algo diferente e experimental pra contar a história, uma história muito interpessoal, e pelas escolhas de direção, mas claro, com todas as outras coisas que tornam Monogatari especial.
É engraçado também o fato de que o Nissio Issin nunca teve o planejamento de fazer novas novels e tornar em uma série. Tanto que ele publicou Bakemonogatari, Nisemonogatari não está cogitado de ser feito. Em Bakemonogatari existe uma abertura pra que existissem as histórias de Kizumonogatari e Nekomonogatari, que juntos os 3 formam a First Season de livros, que era pra ser a única, mas Nissio amou o anime de Bakemonogatari e isso o impulsionou de dar continuidade a história daqueles personagens.
As esquisitices da First Season, suas peculiaridades, regras e a temática dessa parte de Monogatari dizem a respeito e podem ser explicadas pelo idealismo metafísico.
As aberrações são ideias que ganham uma forma no mundo físico e podem ser vistas exclusivamente por algumas pessoas e em determinadas condições. E em alguns casos, só podem ser notadas por quem é a causa dessa esquisitice e a hospeda, mas não é um obstáculo pra que outras pessoas possam ser dispostas a notar e serem afetadas de alguma forma por aquela esquisitice ou monstro. O mundo real é modificado graças ao cognitivo humano. Mesmo com suas diferenças, ele acaba sendo mais próximo do idealismo subjetivo de Berkeley, que induz a mente do indivíduo como a única forma de existir a realidade. Só que aqui, acontece o fenômeno independente de um só indivíduo e se efetiva através de mais de uma percepção, sendo tangível no mundo real.
Dizem pra mim que eu sou hipócrita por não gostar de animes ecchi mas gostar de Monogatari por ele supostamente utilizar de "ecchi conceitual", então ser aceitável, mas realmente acaba sendo isso mesmo.
Eu não nego as cenas desnecessárias ou ruins que chegam a ser ofensivas como a da Nadeko sendo amarrada pelas serpentes igual o BDSM em Bakemonogatari, ou a cena do banho do Araragi com a irmã dele em Tsukimonogatari, ou a cena do Araragi com a Hanekawa no galpão em Kizumonogatari, ou as vezes que a Kanbaru aparece pelada por motivo nenhum, ou closes em bundas e calcinhas de crianças. A franquia é sim um pouco problemática nesse aspecto, e isso afasta muitas pessoas de conseguir apreciar as coisas boas do anime, apesar de que essas cenas mais ofensivas foram ficando em menor quantidade nas próximas temporadas.
Mas Monogatari usa sim o ecchi de maneira inteligente e de forma com que essas cenas caracterizam os personagens e suas relações. Tudo bem não gostar do Ecchi na série, mas é errado dizer que ele não tem propósito e é desnecessário pro anime.
A Hanekawa, que é conhecida por protagonizar momentos de ecchi da série, tem bons exemplos do que eu quero dizer.
Em Kizumonogatari se constrói e se desenvolve a relação do Araragi com a Hanekawa, e existem três momentos chave nesses filmes: A primeira no começo do primeiro filme, com o primeiro encontro dos dois, onde o vendo faz a saia da Hanekawa levantar e o Araragi vê a calcinha dela, que parece ser apenas uma cena aleatória gratuita de fanservice. O segundo momento, onde a Hanekawa mostra sua parte de baixo pro Araragi. E o terceiro no final do segundo filme, onde ela dá a sua calcinha ao Araragi.
A primeira cena é uma coisa embaraçosa, é a primeira vez em que eles se vêem, aconteceu sem querer, que deixa ela envergonhada e ele está na vantagem. A segunda cena é onde ela quer mostrar pra ele, em um contexto onde ela percebe que o único jeito deles reatarem e fortificar a relação é mostrando a calcinha, então ela faz, ele não esperava por isso, fica envergonhado e pede pra ela parar e isso é o ponto onde eles se tornam amigos, e ela começa a ter sentimentos por ele. A terceira cena é um momento em que eles já tem uma relação, ela quer criar uma memória nele, não ser esquecida e continuar na cabeça dele, então ela entrega a calcinha pra ele e pede pra ele devolver quando as aulas voltarem.
O autor, Nishio Ishin utiliza desse recurso que pode parecer gratuito, pra caracterizar e desenvolver as relações entre os personagens.
Numa cena do episódio 2 de Bakemonogatari onde a Senjougahara se troca na frente do Araragi, parecendo algo gratuito, mas na verdade é ela mostrando pra ele como é doloroso usar roupas já que ela não tem peso, e também porque ela já sofreu uma tentativa de abuso sexual no passado e queria poder afirmar a sua confiança no Araragi e se ele não tinha apenas interesse no seu corpo, queria testar ele, ela tinha o controle nessa cena.
E a cena é feita de maneira com que a Senjougahara tenha uma figura dominadora e ativa sobre o Araragi, sendo importante pra caracterizar a relação dos dois, tanto que depois dessa cena, eles não tem mais nenhuma cena assim, e episódios depois eles começam a namorar.
Um exemplo que dá pra encaixar nisso também é uma cena do último episódio de Tsukimonogatari, que o Araragi está subindo aquela montanha com a Ononoki e ele levanta a saia dela, que nem dá pra colocar como fanservice porquê a câmera não mostra a parte de baixo da saia dela, mas parece ser só o Araragi sendo pervertido gratuitamente, mas conforme o tempo passa, a dinâmica deles mudou, ela já não se importa mais com ele estar com a saia dela levantada, então ele larga a saia e passa a encarar ela de outra forma além de uma boneca, ela é humanizada.
A Shinobu tem o primeiro diálogo com o Araragi em Nise, numa cena dos dois tomando banho juntos, e não há sexualização, nenhuma brincadeira ou tensão sexual, porque eles tem uma relação próxima bem estabelecida, eles não se importam de estarem nus juntos, essa cena é a reconciliação deles, e o banho simboliza uma lavagem de alma. Só há alguma sexualização na Shinobu em Kizumonogatari, que é justamente o primeiro da série na ordem cronológica, então ainda está sendo estabelecido a relação da Shinobu com o Araragi.
E a cena do banho entre a Senjougahara e a Hanekawa no Second Season, apesar de ser meio fetichista, é um pouco semelhante com a do Araragi e da Shinobu, onde aqui é estabelecido um grau de intimidade e compreensão de uma com a outra, ainda mais por ambas serem apxionadas pelo mesmo cara, intimidade essa que é refletida no monólogo da Hanekawa durante a cena do banho, onde ela se abre, já que ela é fechada assim como era a Senjougahara sobre seus problemas antes de conhecer o Araragi.
A maioria dos usos de fanservice na franquia, podem parecer apenas fanservice gratuito igual em animes normais, mas na verdade adicionam a história, diz sobre a caracterização dos personagens e sobre o desenvolvimento da relação dos personagens, principalmente pra mostrar o quão distantes os personagens estão naquele momento, não é atoa que a Senjougahara não tem mais nenhuma cena assim com o Araragi depois daquela, e o ecchi só é forte entre o Araragi e a Hanekawa no Kizumonogatari porque a direção quer usar desse recurso pra mostrar a distância entre eles, como o relacionamento dos dois está se formando e pra ela provar a amizade no início, tanto que a Hanekawa nos outros Monogatari volta a ter presença de ecchi com o Araragi quando ela se torna a Black Hanekawa, por mostrar uma parte dela que ela tenta esconder, todo o desejo sexual reprimido que a Hanekawa tem pelo Araragi, somado ao amor que ela tem por ele desde Kizumonogatari.
E em Nekomonogatari é incitado se o Araragi realmente está apaixonado pela Hanekawa, ou se na verdade é apenas frustração sexual, e na verdade não é uma frustração sexual como também é na verdade um sentimento de pura idolatria que ele cultiva por ela. E é por isso que o Araragi escolheu namorar a Senjougahara, porquê é por ela que ele realmente desenvolveu amor romântico.
A Hanekawa já tinha interesse no Araragi desde antes do Kizumonogatari começar, por ele ser diferente, a parte das outras pessoas, e isso atrai ela justamente por ela ser a garota ideal, inteligente, perfeita. E a paixão dela por ele diz respeito a vida que a Hanekawa teve, sempre vivendo uma vida famílias atribulada e difícil, o Koyomi é um lugar onde ela pode encontrar um lar, ele representa seu desejo de alguém incomum que tivesse distância da imagem se perfeita que ela tinha, ele é um espaço onde ela consegue se adequar e der confortável. A vida de Hanekawa sempre foi formada de relações instáveis e distantes, cresceu com o sentimento de ser um fardo e sentimentos de culpa pelas transformações de seu lar. E construiu essa figura da garota ideal e perfeita, por isso ela não se permitia externalizar seus problemas nem seu amor pelo Araragi, que enxergou as escolhas dela como bondade e altruísmo, que fazem parte dela, mas o que realmente motivou suas ações pelo Araragi foi o seu amor por ele. A Tsubasa é uma pessoa comum, que precisa de alguém a acompanhando, mas o Koyomi demorou muito pra perceber isso devido a imagem de perfeição que ela passou pra ele.
Bakemonogatari é o processo do Araragi entendo o que é o amor, e o encontrando na Senjougahara.
A ecchi na relação do Araragi com as irmãs dele, a sexualidade entre eles, e a cena da escova de dente tem um propósito também, que é uma cena indiscutivelmente memorável, tem uma ótima escolha de trilha sonora, um ótimo texto, e é bem dirigida.
É mostrado em Nisemonogatari a dificuldade e a distância da relação entre o Koyomi e a Karen e a graças ao senso de justiça dos dois, que são fortes mas destoantes um do outro. Usam a escova justamente por ser um símbolo que simboliza família e união, em um casamento dizem sobre "unir as escovas", então é uma aproximação dos dois e pra resolver as diferenças e lembrarem que eles são uma família, a cena consegue criar uma atmosfera sexual e erótica em uma atividade comum de escovar os dentes, e durante essa cena o próprio Koyomi reflete a respeito da visão dele sobre a Karen, e reconhece as coisas boas dela, e a cena consegue criar um clima muito desconfortável, ao mesmo tempo em que é engraçado, completamente exagerado, e quando a Tsukihi para os dois e faz eles terem a noção do que eles tão fazendo, é como se ela fosse a audiência, e a reação dos dois é eles falando com a audiência sobre o quão esquisito é o que eles estão fazendo.
E com a Tsukihi existe o conflito dela ser um monstro, que não é na verdade parte da família, ser falsa, algo que ela mesma já sentia. Mas o Koyomi não quer que esses pensamentos e inseguranças da Tsukihi se fundamentem, diz pra ela conversar com a Karen pra poder se tranquilizar de que as coisas vão ficar bem. Dando um tratamento a ela de forma semelhante com o que ele fez com a Karen, tirando o quimono dela, apertando os braços dela, vendo o corpo dela e a apalpando, numa brincadeira de mal gosto, averiguando que as cicafeizea dela haviam desaparecido, e nesse contexto estremo, ele acaba dando segurança a ela. E ao beijar a Tsukihi, o Koyomi acaba constatando que eles são irmãos, pelo fato dele não ter sentido nada com esse beijo.
Ambas se distanciaram dele devido ao crescimento e a mudança rápidos que ele passou de Kizumonogatari pra Nisemonogatari, tendo aumentado seu ciclo social, tendo amigas, fazendo com que as irmãs dele tenham deixado ser as únicas pessoas com qual ele tinha interações.
A relação da Hachikuji com o Araragi é fundamentada no fato de que ela é a única personagem que o Araragi encara de igual pra igual. A Kanbaru é a Kouhai, a Senjougahara é sempre uma figura acima dele, a Hanekawa é a pessoa ideial pra ele (tudo que ele queria ser) e a Nadeko é a figura de uma irmãzinha, mas a Hachikuji é a única que ele consegue se ver no mesmo patamar, que ele consegue ser ele mesmo da maneira mais natural possível, e por isso que ocorrem esses assédios constantes de um com o outro, pela proximidade que ambos possuem, até porque ele é muito reprimido sexualmente com as outras garotas, sendo a Hachikuji a única que ele consegue fazer essas coisas. Também pelos dois serem pessoas que perderam a sua humanidade, ele é um meio vampiro e imortal, e ela uma fantasma que perdeu a vida há 10 anos, ambos tiveram suas vidas negadas.
Mas a história reconhece de certa forma, que é errado os dois serem próximos assim, e se verem como iguais, sendo ele um adolescente quase adulto e ela uma criança do ginásio, que eles não deviam conversar de igual pra igual, e a falta de equilíbrio dele jogar tanto peso e responsabilidade pra ela.
E a piada da dinâmica dos dois, de que sempre que quando ele encontra a Hachikuji, ele fica beijando ela, pegando nela, jogando pra cima, e fazem aquela discussão. Eles fazem alusão ao tratado de Kanagawa, que foi um tratado entre o Japão e os Estados Unidos, feito em 1854 declarando pro Japão abrir os portos, mas esse tratado foi feito por coerção dos Estados Unidos, por ameaça, não sendo uma relação igulatitaria e nem amigável, e a alusão se encontra na dinâmica deles não ter nenhum grau de equivalência, ele molesta ela, e ela erra o nome dele. As piadas de assédio sexual dos dois, servem pra relretir o relacionamento distorcido deles, tendo essas camadas por trás.
O próprio Araragi diz que as únicas pessoas com quem ele pode se abrir totalmente são a Shinobu e a Hachikuji, e coloca um fardo grande nela, e ela não diz nada pra preservar a relação deles, mas a deixa desconfortável e esse peso que o Araragi põe nela, mantém a Mayoi na terra, sendo uma alusão tanto na dinâmica deles quanto na relação, do peso desigual que é jogado a Hachikuji. E a saída dela da terra representa que a Mayoi já concluiu o seu papel de instruir o Araragi e o guiar pro amadurecimento dele.
O Nissio Issin usar da sexualidade como recurso narrativo pra estabelecer a intimidade dos personagens, pode parecer vulgar e acaba mesmo sendo propositalmente, muitas vezes o uso é bem descarado e até escrachado, mas não podemos esquecer que um dos temas principais da série é a adolescência, por isso a questão das emoções e a psicologia é tão central no anime, e o descobrimento da sexualidade é uma das partes centrais da adolescência.
Sem contar que como eu já disse anteriormente, o anime é uma história sobre alguém fugindo de si mesmo e de seus problemas, o fanservice acaba sendo não só uma distração das coisas pra nós mas também pro Araragi.
O ecchi em Monogatari é uma metalinguagem.
As metáforas, alusões e simbolismos tornam a experiência da série em uma perspectiva de várias camadas. E a sexualidade como recurso é um jeito mais fácil de chamar a atenção os espectadores e tornar isso como ferramenta de dizer sobre a história e os personagens de uma maneira simbólica e não expositiva.
E os simbolismos da série não se limitam somente no ecchi e no fanservice, como eu disse sobre as interpretações em um dos parágrafos anteriores, existem diversos planos de direção feitos propositalmente pra transmitir sobre a distância da relação dos personagens e coisas do tipo, uso da paleta de cores e etc, que é o que uma boa direção deveria fazer.
Por exemplo arco da Hachikuji em Bakemonogatari, naquele diálogo no parque do Araragi com a Senjougahara, em todos os planos ela está sendo uma figura dominante sobre o Araragi, está acima dele. Ou nesse mesmo arco as grades do parque simbolizarem como se o parque fosse uma prisão. Ou os motivos de porquê foram escolhidos animais específicos pra representar cada uma das personagens.
Mesmo que a obra utilize muito de um tom humorístico com relação ao Araragi ser pervertido e pedófilo, e lide com as perversões e a pedofilia dele de uma maneira cômica, e isso afasta muitas pessoas da obra, não é como se a narrativa trate disso de uma maneira tão irresponsável. O Araragi tem uma autoconsciência sobre os seus atos, como no momento da escova de dente em que a Tsukihi entra no quarto, e no momento em que ele mesmo reflete sobre ele estar tentando apalpar uma criança do colegial (Hachikuji). Apesar dele aparentar ser uma pessoa boa, que ajuda os outros, ele sabe que ele é uma pessoa ruim em outros aspectos, que salva as pessoas por motivos egoístas, o personagem não é exatamente um herói, e é por isso que ele combina tanto com essa história. E é um personagem muito bem escrito e complexo, que por sua complexidade e a amplitude de suas intenções, dificulta os telespectadores saberem quais são seus reais motivos por trás de determinadas ações.
E essa história é contada pela perspectiva do Araragi, (isso fica mais claro nas novels) e essa perspectiva é importante pra entender certas decisões e acontecimentos da história, como na escolha dele de não deixar a Shinobu perder a imortalidade dela em Kizumonogatari III. Ena escolha dele de se tornar servo da Shinobu e a salvar no começo de Kizu I, só conseguindo enxergar sua redenção através da sua morte, e se vendo como uma figura dominante sobre a Kiss Shot naquele estado, sendo capaz de se sacrificar por esse impulso fetichista, nessa cena ele tem um conflito interno de saber que a melhor escolha é fugir, está com medo ,mas essa figura divina clama muito mais pelo sacrifício dele. Oegoísmo dele e a perspectiva sexual dele de encarar as coisas é determinante sobre a construção do personagem, o egoísmo e a perspectiva fortemente sexual.
O Araragi admira a Hanekawa e a enxerga como essa figura ideal ao ver como ela gosta de ajudar as pessoas. Mas enquanto a Hanekawa o faz por puro altruísmo, por ser o certo, sem esperar algo em troca. O Koyomi faz por egoísmo, pra afirmar e dar valor a sua vida.
A Shinobu é um espelho pro Araragi, querendo que sua morte possa ter um propósito ao libertar ele do vampirismo, mas ele não consegue deixar que ela vá. Ambos não vêem um propósito na própria existência, mas vêem valor na vida um do outro. A Kiss Shot personifica a procura de Koyomi por um motivo de existir e as raízes do auto ódio que ele possui.
E como é dito em Nisemonogatari: não existem vilões, apenas pessoas, e o mesmo vale para heróis, o Araragi não é um herói, apenas uma pessoa, assim como o Kaiki não é um vilão.
Inclusive o Kaiki lembra o Araragi, tanto que o nome dos dois tem um kanji que simboliza árvore, mas na caso do Koyomi o ideograma é descrito como uma muda, simbolizando que ele está em crescimento, e o ideograma do Kaiki é uma árvore murcha, que representa que ele já cresceu e já morreu por dentro. O Kaiki simboliza o que o Araragi podia se tornar, e o que ele mais odeia em si mesmo e tudo que ele odeia num geral, e acaba sendo um impulso de que o Araragi deve mudar e como ele deve crescer pra se tornar diferente do Kaiki. não é atoa que quando a Shinobu vai matar" o Araragi em Kizumonogatari, ele diz que quer renascer como uma pessoa que não se importa com os outros, que se aproveita dos outros, não sente culpa pelas coisas, joga a responsabilidade nos outros pelos seus atos. Ambos são vampiros, o Araragi é um vampiro real enquanto o Kaiki é um vampiro na aparência e no quesito de sugar dos outros. A própria introdução do Kaiki diz muito mais sobre o Araragi do que sobre o Kaiki, diz sobre a visão de preto e branco que o Araragi enxerga o mundo, enxergando o Kaiki como esse demônio, quando ele é só um picareta que quer se dar bem, e ele mesmo diz que ele na verdade infeliz é demasiadamente humano.
Assim como a Black Hanekawa é uma esquisitice gerada pelo estresse da Hanekawa, a personagem da Ougi é uma consequência da autocrítica do Araragi, a existência dela é resultado do auto ódio e do rancor do Araragi e de si mesmo, da culpa pela perda da Hachikuji no arco da Shinobu Time, feita pra ele pagar pelos próprios pecados.
Apesar da história focar muito nas meninas, já que os arcos são tocados nelas, esses arcos dizem muito sobre o Araragi, sobre a mente e o crescimento dele, a própria saída do Oshino na cidade em Bakemonogatari é sobre a ndependência e a responsabilidade do Araragi, toda a série é sobre o crescimento e o amadurecimento dele.
Owarimonogatari 2nd Season se foca no Araragi, em como mesmo mudando, ele sempre vai querer salvar as pessoas, ele repetiria tudo que já fez até ali. Em Bakemonogatari no arco da Kanbaru, a Senjougahara diz pro Araragi que o pior é que ela sabia que menso se ele não tivesse os poderes de regeneração de vampiro, ele ainda assim tentaria ajudar a Kanbaru e arriscaria a própria vida enfrentando o macaco.
E quando o Araragi decide salvar a Ougi do buraco negro, faz o que ele vem fazendo desde o começo da série, mas dessa vez ele está salvando a ele mesmo, pois a Ougi é o Araragi, seria ele finalmente podendo se amar a se aceitar. E ao ir se graduar, vê uma menina que parece estar precisando de ajuda, e vai correndo pra tentar ajudar, igual ele sempre fez.
E em Zoku Owarimonogatari, o Araragi vai parar naquele mundo invertido, que inicialmente é só um mundo espelhado, mas o segredo daquele mundo na verdade é que esse mundo reflete todos os arrependimentos do Koyomi, que ele ainda carregava, de não ter deixado a Shinobu perder e imortalidade, não ter ajudado a Oikura na hora certa, não ter conseguido ajudar totalmente a Hanekawa com a Black Hanekawa, ter perdido a Mayoi e tudo mais. Esse mundo é os 20% da realidade que o espelho não reflete a luz.
Quando a Ougi entrega pra ele o espelho com 0% de reflexão e 100% de absorção, se joga da janela e faz o Araragi se despedir desse outro lado dele, e ao voltar ao mundo normal, ele está livre de seus arrependimentos.
E realizou o fato de não ter encontrado a Senjougahara no outro mundo justamente pelo fato dele não possuir nenhum arrependimento com ela, de se orgulhar de toda sua trajetória vivida com a Senjougahara.
A dúvida dele como seguir em frente, com o pé direito ou o esquerdo, e começar esse futuro, é seguida da última cena da série, da Hitagi justamente puxando o Araragi e pulando com ele pra frente, quebrando o raciocínio dele de começar com um dos pés, mostrando que o Koyomi não está sozinho, ele tem o apoio total da Hitagi pra seguir em frente. Um fechamento lindo e totalmente condizente com a obra
É até compreensível não gostar de Monogatari, mas é forçado dizer que é uma obra objetivamente ruim e até o absurdo de dizer que não é bem feita, sendo ela extremamente competente em quase tudo tudo que se propõe a fazer. Mas eu reconheço que não é uma obra perfeita, até porque nada nesse mundo é.
Eu tenho ainda mais a dizer sobre a obra, mas acho que isso já é uma boa síntese de todo o amor que eu tenho pela obra, sua genialidade e densidade, apesar de eu ainda precisar aprender e entender mais a fundo sobre tudo que essa obra abrange e significa, até pra poder falar com mais propriedade sobre todos os arcos e seus significados. Talvez eu pudesse até escrever um texto pra cada temporada da série.
Monogatari me representa muita coisa, me ensinou muita coisa, é um lar pra mim. Uma aula de como escrever uma história, como escrever personagens, criar uma obra densa e bem feita, trabalhar com metáforas e simbolismos, como usar da criatividade e fazer algo diferente.
Nunca me apeguei tanto a um universo como foi com esse, a história do crescimento do Araragi acrescentou muito pra mim
Eu amo os personagens, a história, os mistérios, as mensagens, os temas, a trilha sonora, a animação, a direção, os diálogos, as lutas, até porque é tudo feito com atenção e trabalho, que conseguiu transformar as light novels em algo ainda mais especial, tornando esse anime uma experiência única, inigualável e incomparável.
Eu defino Monogatari não só como um anime, mesmo com seus pontos baixos, essa obra é a essência máxima do que é arte.
SabreX Jan 2, 2021 5:44 AM
O mais edgy do site
RinNissinLamen Sep 26, 2020 4:09 AM
mas só esse tb
RinNissinLamen Sep 26, 2020 4:08 AM
escute o PrataSZ de 2 de setembro
PrataSZ Sep 2, 2020 10:28 AM
tu tem familia e amigos, pare de ver love live
PrataSZ Aug 26, 2020 7:02 AM
Quando eu observo e analiso, a decadência do MAL e sua comunidade, eu vejo alguns porquês de algumas pessoas terem abandonado isto aqui.

Só são drogas de questionamentos meus, sobre a comunidade e respostas sobre mim e a comunidade.

Faço esta pergunta pra maioria, já que nem todo "cult" ou pessoa com "senso crítico", ficam agindo dessas formas. Vale a pena ter um bom senso crítico ou ser cult, só pra ficar se gabando, "doutrinando" ou humilhando, pessoas que são "shit taste", ou que não sabem avaliar uma obra?
Para mim, não vale a pena se gabar, seria idiotice minha, mas doutrinar, só se a pessoa querer ou vocês terem a sorte de ela ter interesse, mesmo sem querer sua instrução, humilhar, perda de tempo, imbecilidade minha, a pessoa, só vai querer aprender, se quiser mesmo!

É bom puxar o saco de uma pessoa com BOM SENSO CRÍTICO, sendo que, se quiser, você pode estudar, tendo futuramente um senso crítico igual ou melhor que tal pessoa? Para mim, não tem nada de bom e é perda de tempo, atualmente.

Mais uma pergunta, a maioria das pessoas com senso crítico e cult: Vale a pena, bancar de superior ao pessoal "shit taste", porque vocês têm um BOM SENSO CRÍTICO e não vivem acompanhando TEMPORADAS de animés, porque sabem, que na maioria das vezes, os animés da temporada são ruins ou formulaicos demais ou medíocres, em sua maior parte ou todos? Já PAROU PRA PENSAR o quão arrogante ou cuzão, você deve estar sendo? kkkk! Sinceramente, pra mim, você está.

Outra pergunta ao pessoal cult e com senso crítico: Vale a pena, bajular "críticos" ou pessoas com "bom senso crítico", já que é possível, elas nem se importarem contigo ou com as suas opiniões sobre animés, mangás, filmes e HQs? E se vocês quisessem, não seria melhor, se desenvolverem como pessoa, ao invés de ficar chupando os ovos ou lambendo o salto de fulano e sicrana, por fazerem algo, que vocês podem fazer com estudo? Para mim, não vale a pena, mesmo que vocês estejam, POUCO SE FODENDO COM AS MINHAS OPINIÕES E QUESTIONAMENTOS.

É bom pra ti, ficar MENDIGANDO amizade de CRÍTICOS OU PESSOAS COM SENSO CRÍTICO, só pra conhecer pessoas, que talvez, não tenham mais interesse em conhecer ninguém, já que têm seu grupo ou grupos ou possam te desprezar, porque elas têm conhecimento maior?
Pra mim, não é mais e não passa de uma completa perda de tempo, prefiro cuidar de minha vida, é bem melhor. Aí você diz: "Olhe, você bancando de superior também, dizendo que tem mais o que fazer na sua vida!" Tem ex criador de conteúdo crítico do YouTube, famoso no âmbito crítico, que abandonou tal plataforma e seu papel de crítico nesta, para melhorar, cuidar mais de sua vida e provavelmente, você não criticou sua posição, como algumas pessoas e até o elogiou por sua decisão. Ou você só tá agindo com preconceito comigo e dando moral pro cara, porque ele é famoso e eu não?! Haha...a grande maioria dos seres humanos, adoram se gabar, ser guiados, adulados e bajular os outros, sem questionar e pensar, sobre estas atitudes.

Vocês, "shit taste", pessoas com alguns gostos ruins e não possuidoras da capacidade de avaliar uma obra, por que se importam tanto em zombar e desprezar, o pessoal "cult" ou com "senso crítico", sendo que estas não deixarão de serem assim, mesmo vocês agindo destas formas? Me refiro a maioria de vocês, pq tem "shit taste", que não tá nem aí, pras notas e críticas de fulano e sicrana.
Pessoas "shit taste": "Nós somos os melhores, porque não temos frescuras, não somos arrogantes com as pessoas que não sabem avaliar obras e não ficamos "empurrando" ensinamentos "goela a baixo" nos outros!" kkkk! Sim, alguns "cults" e com "senso crítico", têm frescuras e forçam ensinamentos mesmo. Mas vocês, "shit taste", estão sendo arrogantes e querendo forçar eles também, a não avaliar obras de forma crítica. No meu ver, os dois estão errados, mesmo não importando para grande maioria de vocês ou todos talvez, keke!

É legal pra você, ter uma grande necessidade de ser QUERIDO ou VISTO por pessoas, só pelo fato de ter uma inteligência a mais e um bom senso crítico, já parou pra pensar que você deve ser uma pessoa com problemas sérios de ego, existência, carência e deve cuidar mais de você? Pra mim, não é legal. Provavelmente, minha opinião não importe para você, mas dane-se, é isto que eu penso de uma pessoa deste tipo e é um ótimo questionamento para mim e à comunidade. Mesmo a maioria NÃO SE IMPORTANDO.

Agora, sobre os puxa sacos, que ficam tomando as dores do pessoal crítico ou com bom senso crítico, só porque gosta do trabalho da pessoa ou à admira, sinceramente, você já parou pra imaginar que este cara ou mulher, que você tanto bajula, possa estar te usando, só pra satisfazer o ego dele ou fazer alguma maldade à uma pessoa, sem esta merecer? E parou pra pensar o quão patético você está sendo? Será que você não gosta tanto de SI, ao ponto de ficar HUMILHANDO pessoas ou se DESDENHANDO, SÓ para AGRADAR UM GRUPO OU UMA PESSOA que talvez, NEM GOSTE de você ou PESSOAS QUE NEM GOSTEM DE TI, que só está ou estão te USANDO para ENCHER seu EGO ou seus EGOS?
Honestamente, provavelmente não importe para você, mas se você age assim, mesmo sabendo, que vc está sendo usado ou que deve agir assim, porque ninguém liga pra vc ou porque não te atingiu, isto é patético e idiota de sua parte, seja agindo assim, com sua família, amigos, colegas, críticos, ídolos ou grupos no geral.

Ah! Não posso me esquecer do dono do MAL e seus administradores.
Primeiramente, obrigado por me dar a chance de importar minhas listas de mangás e animés pro AniList e por me deixar organizar meus animés e mangás, não posso ser FDP nesta parte né. 😉

O meu grandioso VAI TOMAR NO CU, a Garrett Gyssler, Fundador do MyAnimeList, justamente, porque ele colocou um monte de adms imbecis pra colocar ordens idiotas pros usuários obedecerem, limitou a escolha dos favoritos dos usuários do site, só por ganância desnecessária, porque quem para pra analisar direito, como é a vida profissional dele, sabe que ele não tem necessidade disto. FUCK IN YOUR ASS, Garrett Gyssler!!

E aos administradores do MyAnimeList, vocês devem ter uma existência depreciativa, pra ficar colocando ordens de merda pros usuários da plataforma obedecerem em prol de chupar as bolas do criador do MAL e ganharem MAL SUPPORTER com favores, sendo que você cria uma conta no AniList e coloca QUANTOS FAVORITOS você quiser e pode escrever muito mais em suas TAGS! SUAS PUTINHAS nojentas.
Novamente o meu AMOROSO, VAI TOMAR NO CU aos ADMINISTRADORES DO MyAnimeList!! FUCK OFF ADMINISTRATORS of MyAnimeList!! Agora, eu quero ver vocês me censurarem, hahaha!

Perguntando para mim mesmo! Valeu a pena, refletir e desabafar, dessa forma em uma plataforma que a grande maioria ou todos NÃO VÃO SE IMPORTAR COM O QUE VOCÊ DISSE?! SIM, VALEU PRA CARALHO!!! KKK

Este é meu ADEUS ao MyAnimeList, foi bom conhecer algumas pessoas, outras não. Não que minhas opiniões e questionamentos, importem para a grande maioria ou todos, MAS QUEM DISSE QUE EU LIGO HOJE EM DIA!? E é isso aí.

Uma pergunta que a grande maioria não vai fazer: "Por que você tá saindo do MAL ou por que tanto ódio e desprezo à plataforma?"
O majestoso criador do MyAnimeList e seus amados administradores, LIMITAM suas tags, favoritos, controlam suas reviews etc. Eles parecem políticos!
É um exagero do caralho, mas se eles pudessem, seria possível, eles dominarem até o que você vai comer e beber ao acessar o site deles.
E mais, existe o AniList, este site é muito superior ao MyAnimeList, ficar aqui, só seria mais perda de tempo para mim. Além disso, ficar em uma plataforma que eu não curto e desprezo, seria hipocrisia e contradição de minha parte.

Sendo assim, provavelmente, se você leu até aqui, as respostas da grande maioria de vocês ou de todos para mim serão: "Já vai tarde, pau no cu!" "VAI SE FODER!!" "Você conhece todas as pessoas do MAL pra falar da comunidade?" "QUEM se importa? VÁ À MERDA!!" "VÁ TOMAR NO MEIO DE SEU CU!" E outra, quase iria deixar passar, kkkk! Ou vocês usarão SARCASMO comigo, já que o pessoal telespectador de animé e leitor de mangá, gosta de usar bastante e tem "dom" para tal, kkkkkk! Assim, por exemplo: "Valeu a pena. Êh! Êh!" Ou criarão contas fakes pra zombar de mim, hahaha!😆 Além disso, se eu parei pra pensar e questionar sobre estar, perdendo meu tempo ou não, falando tudo isto sobre mim e às pessoas da comunidade, sim, eu refleti, mas valeu muito a pena.
Quais foram meus objetivos, falando tudo isto? Fazer eu refletir e te tirar da sua amada "casa de conforto", conseguirei isto, quando você ler isto aqui, mesmo sendo de forma incompleta, no entanto, não conseguirei, se você não ler ou nem dê atenção direito lendo, coisas muito prováveis de acontecer, haha.
PrataSZ Aug 1, 2020 2:24 AM
Eu gosto de dizer que o Kirito tem duas fases principais de desenvolvimento: a fase de Aincrad e a fase pós-Aincrad. A primeira logicamente fica mais clara em Progressive, porque é onde realmente tem tempo pra isso ser mostrado com calma e tranquilidade, mas vou me ater à obra original.
O Kirito começa como um jovem de 14 anos que se isolou da família no mundo virtual depois de descobrir ter sido adotado. Ele se sentiu isolado e tentou escapar pra outro mundo, tanto que ele menciona que na época do beta, ele passava o tempo todo com o NerveGear na cabeça pra se isolar do mundo real e das pessoas ali. Além desse negócio dele ter sido adotado e tal, também tem a questão do avô dele, mas acho que essa estrutura já tá legal. Enfim, daí ele fica preso nesse mundo, e como a pessoa anti-social que é, se recusa a ir junto com os amigos do Klein e parte sozinho. Passa-se um tempo e rolam aqueles acontecimentos na sala do boss do primeiro andar, onde o Kirito se declara como beater. Ele se declarou assim porque ainda que ele fosse antissocial, ele ainda tinha um bom coração, o que é completamente coerente, até porque ele ajudou o Klein a treinar no primeiro episódio.
Então ele se declarou como "O Beater" pra ficar como vilão da história e pra que outros beta testers, como o Diabel(o cara que morreu nessa luta, e por falar nele, ele teve sua morte alterada no anime, e tá aí um erro exclusivo do anime), e a Argo não fossem mal tratados pelos outros jogadores. A partir daí, ele segue os andares com a Asuna e com a Argo, mas não vou falar nessa parte porque é coisa de Progressive. Enfim, passa-se um tempo e o Kirito se torna um jogador solo(o que faz total sentido na estrutura do jogo, onde você tem que dividir EXP com os membros da party e tal(dá até pra citar RPGs similares como Elsword, por exemplo). Enfim, até que ele conheceu uma guilda e aos poucos foi finalmente conseguindo se enturmar. Ele chega a mentir o level dele pra conseguir se enturmar com eles, o que demonstra um certo egoísmo da parte dele(coisa que vai ser tocada mais pra frente na obra). Enfim, a conclusão é que dá tudo errado, todo mundo se fode, e ele fica psicologicamente abalado e se isola novamente, porque viu um monte gente importante pra ele morrendo na frente dele e ainda tem o sentimento de culpa nisso...
ssas mortes vão ser importantes mais lá pra frente, em Alicization, quando acontece a mesma coisa, só que dessa vez é o Kirito maduro que tem que lidar com isso. Enfim, aos poucos ele vai conhecendo outras pessoas, como a Lisbeth e a Silica, além de se encontrar diversas vezes com o Klein e com o Agil. Esses encontros são importantes porque em cada um deles, o Kirito ajuda alguém em alguma coisa, ou interage de formas amistosa com alguém, o que leva ele a progredir sempre mais um pouquinho, até o momento em que a Asuna volta por definitivo na vida dele(o que no anime é lá naquele episódio do coelho), e os dois passam a progredir no romance juntos e não mais em uma amizade. A moral é que ele acaba Aincrad como outra pessoa, tendo aprendido muita coisa no decorrer desses dois anos. Aqui começa o desenvolvimento pós-Aincrad, que eu vou falar a respeito mais pra frente, mas o desenvolvimento no estilo de Aincrad se estende um pouco até Phantom Bullet, que é onde o PTSD começa a atacar efetivamente o Kirito. Em Fairy Dance isso nem tinha tempo pra acontecer, visto que ele é como se fosse uma extensão de Aincrad.
O Kirito ainda tinha que salvar a Asuna pra aquele pesadelo acabar. Quando ele vê o Death Gun e lembra dos acontecimentos relacionados ao Caixão Sorridente em Aincrad. Aqui é dada continuidade naquele caso do egoísmo do Kirito, onde mostra que ele matou duas pessoas por puro sentimento de vingança, quando ele não precisava ter feito isso. Enfim, o Phantom Bullet dá fechamento a isso juntamente com o arco da Sinon, com toda aquela mensagem a respeito do equilíbrio e de quantas vidas você já salvou com suas ações.
Agora, quanto ao desenvolvimento pós-Aincrad, aqui eu me refiro ao Kirito de 16 a 18 anos, que saiu de Aincrad e aos poucos passou a adquirir seus próprios ideais. Isso, além de ser motivado pelo Kikouka, que foi a porta de entrada do Kirito pro mundo real depois do incidente do jogo, ainda tem relação com os fóruns de robótica que o Kirito menciona estar começando a frequentar. Nesse ponto já dá pra ver uma grande diferença no Kirito, um jovem recluso que se isolava do mundo, mas que agora além de ter muitos amigos em quem confiar, ainda conseguiu lidar com os problemas da família, chegou a conseguir um emprego na Rath, e debatia com várias pessoas em inglês na internet. Esse ideal que eu abordei ali é o que eu vejo como a maior mensagem de SAO, e eu posso até pegar uns prints pra te demonstrar isso depois, mas enfim, o gatilho pra isso é num diálogo do Kirito com o Kikouka no começo do Phantom Bullet a respeito de regulação(que é uma pauta que claramente depois de um incidente como esse do SAO, as pessoas começariam a discutir). Regulação de tecnologia, eu quero dizer.
Isso é algo presente até mesmo aqui no Brasil e é algo que limita o progresso(imagino que alguns aqui sejam ancaps, então entendem o que eu tô falando). Esse é o tema que SAO aborda nesse ponto do desenvolvimento do Kirito. O Kikouka fala nesse diálogo que as pessoas queriam regular a tecnologia e que isso tava voltando em pauta mesmo depois do incidente do SAO por causa das suspeitas de morte lá no caso do Death Gun. O que o Kikouka queria era confirmar que aquelas mortes não estavam sendo causadas pela tecnologia em si, e realmente não estavam, provando que a regulação seria sem sentido algum. A partir disso, todas as ações do Kirito passam a ser baseadas no conceito de liberdade, ou pelo menos ele tenta basear tudo nisso.
Isso é muito perceptível no Alicization, que é onde diversos debates a respeito disso são jogados direto pra você, seja por meio de mensagens metalinguísticas, como o próprio conceito de Incarnation(que é algo abordado desde o começo da obra, lá em Aincrad, e muita gente trata como furo de roteiro, sendo que é um negócio incrivelmente bem planejado), ou por meio de diálogos mesmo, como por exemplo um do Kirito, com o Eugeo, a Ronie e a Tiese, onde ele fala que não é porque algo está na lei que isso é objetivamente correto, e sim que você deve se basear num ideal pra dizer se aquilo é realmente correto(ora, escravidão já esteve na lei, e mesmo assim, nunca foi objetivamente correto, pois sempre foi algo que feria a liberdade de alguém). Tem outros exemplos, como um do Kirito com o Eugeo falando sobre o fato da Igreja do Axioma ter desarmado a população, ou seja, impedindo que eles se rebelassem contra atitudes tiranas, ou a conversa do Kirito com a Alice fora da torre, onde o Kirito questiona a moral daquele mundo, algo incabível pra a Alice, que teve sua mente lavada pra aceitar tudo pela lei das deusas que a Quinella dizia representar.
Falei aqui de apenas alguns pontos. Nem toquei na questão do título de espadachim negro, que é um tópico que eu gosto muito de conversar a respeito, porque vejo diversas pessoas o interpretando errado, agindo como se realmente o Kirito usasse esse título, quando na verdade ele nunca sequer gostou de ouvir alguém dizer isso. SAO é uma obra com texto mais implícito e nas entrelinhas do que parece(por isso eu gosto tanto dela), mas então muita gente acaba interpretando a obra e o Kirito errado, principalmente com essa onda gigantesca de hate que se formou ao longo dos anos.
Agora começando já respondendo o seu primeiro ponto: não quero dizer que não houve tempo para que as relações do Kirito fossem desenvolvidas. Elas foram. O que quero dizer é que logicamente não é de se esperar que 75 andares fossem transcritos em dois livros com a mesma abordagem de Progressive(o que não desmerece a obra original, são apenas abordagens diferentes, ambas canônicas e conectadas).
Sobre o Kawahara e também já ligando com um trecho mais pra frente, em que você fala sobre a novel, é útil destacar aqui que quando eu cito algo cortado no anime ou que foi mal feito nele, não quero justificar um erro do anime baseado na novel, e sim demonstrar que esse erro não tem relação com o autor. Além do fato de que essa discussão nunca se limitou ao anime, imagino, então não há problemas em destacar a novel, já que estamos falando do Kirito, ou melhor, dos Kiritos(novel e anime).
Enfim, vamos aos argumentos em si... Você disse que eu citei um trecho que apenas está presente na novel, se referindo ao sistema de experiência de parties, contudo, dentre todas as informações da novel que ajudam a expandir a riqueza do mundo, como o funcionamento do sistema de Beast Trainer e o sistema anti-assédio de Aincrad, essa informação em específico não foi cortada e está sim no contexto do anime. Você também citou que, caso essa informação estivesse sim inserida no anime, logo, o Kirito é mal escrito ou foi escrito com a intenção de ser burro. Não sei bem se entendi o que você quis dizer com isso, mas não seria isso muito mais relacionado à questão do egoísmo que eu abordei e que a própria obra cansa de falar a respeito(principalmente na novel, com os monólogos do Kirito, mas ainda presente no anime). Vi que você questionou a relação entre o egoísmo e o fato dele ser uma boa pessoa, e isso é algo que eu mesmo me questionava há algum tempo, mas abordarei isso mais pra frente, apenas vou concluir os pontos que você abordou antes.
Essa aqui é interessante porque você citou a Homura, uma das minhas personagens favoritas, inclusive, acima de Miyamoto Musashi, um personagem que tem uma história comigo e com quem eu tenho um puta respeito, não apenas como personagem, mas como pessoa real mesmo(eu tenho até o livro dos cinco anéis e a leitura é muito gratificante, diga-se de passagem kkkk). Dito isso, imagino que você tenha assistido Madoka Rebellion, pois vou citar uma passagem dele aqui(mas relaxa, não vou dar spoilers, caso não tenha assistido). Bom, Madoka Rebellion tem em seu final um dos maiores plot twists que eu já vi em questão de escala. A mudança da Homura durante a série de TV é algo bem simples de ser interpretado, tendo suas viradas no final da série. Enquanto isso, em Rebellion, muitas pessoas criticam o final por ele "acontecer do nada" ou pela obra "não estar preparada pra isso". O ponto é que a Homura de Rebellion tem um desenvolvimento muito mais "de baixo dos panos", ou, pra facilitar, subentendido do que na série de TV. As "pontes" que você citou existem, elas só não estão lá pra qualquer um ver, e é isso que torna o Rebellion tão interessante. Assistindo o filme várias vezes, você é capaz de notar diversos trechos de diálogos que são de extrema importância pra toda a virada da Homura no final. Diálogos esses que ou são repetidos, mas um pouquinho alterados, ou se complementam com diálogos ou monólogos posteriores. O ponto é que o Kiritão aqui é muito parecido com a Homura do Rebellion nesse quesito. As "pontes" no desenvolvimento são muito sutis e por isso podem dar uma impressão errada para algumas pessoas, como foi o seu caso agora e como também já foi o meu caso, linkando ali com a relação do egoísmo com o fato do Kirito ser uma boa pessoa.
Agora, um parágrafo sobre um trecho rápido seu. Você disse que a guilda dos Moonlight Black Cats deveria constituir o grupo de personagens mais importantes do arco de Aincrad, entretanto, temo dizer que isso é uma confusão causada principalmente pelo estilo de narrativa adotado pelo anime no primeiro arco. Como já disse, não é uma justificação de um erro do anime baseado na novel, e sim uma demonstração de que o seu argumento falha ao criticar também o Kawahara no meio disso tudo. Como você já deve saber, a novel não adota uma ordem cronológica, e não é como se isso fosse aleatório. Você passa o volume 1 inteiro sabendo que o Kirito passou por um trauma ao ver todos os membros da guilda dele morrerem, pra só no último capítulo do volume 2, ser agraciado com a história deles. Isso é um estilo de narrativa muito interessante porque os acontecimentos não são justificados pelas ações, e sim as ações são justificadas pelos acontecimentos. As atitudes do Kirito no volume 1 passam a se linkar após a leitura da última história do volume 2, e por isso é tão interessante. Enquanto isso, em vez de adaptar Aincrad em dois filmes(um pra cada volume), resolveu adaptar em 14 episódios e numa ordem cronológica, o que dá a entender que a narrativa seguiria um estilo convencional.
Voltando para o tema do egoísmo(e essa é a parte que eu mais queria falar a respeito), é importante destacar que você abordou uma dita contradição minha e/ou da obra, entretanto, é isso que torna o Kirito um personagem com camadas. Embora ele seja egoísta, ele é uma boa pessoa. Ele é um humano. Ao categorizar um personagem como egoísta, isso não quer dizer que ele tenha que agir de forma egoísta em 100% do tempo. Vamos falar do exemplo do Klein no primeiro episódio, que foi a sua primieira abordagem. O Kirito realmente ajudou o Klein. Por que ele fez isso? Há diversas respostas plausíveis aqui, como por exemplo a dualidade entre o mundo real e o virtual, abordada em Phantom Bullet, ou a vontade do Kirito, um jovem solitário, de encontrar um amigo e tornar dele um parceiro, ou até uma própria vontade egoísta, como de cobrar o Klein depois eventualmente. Mas enfim, o interessante é que nada disso vem ao ponto. Nada disso entra em conflito com o egoísmo dele justamente porque ele tem outros motivos para realizar suas ações, sejam elas quais forem. Moral da história: após ele ajudar o Klein e o Kayaba fazer o anúncio, o Kirito parte sozinho, aí sim de forma egoísta, não só quanto ao Klein, mas quanto a todos os outros jogadores, já que Aincrad tem recursos limitados e que ele conquistou boa parte pra ele. Então, basicamente, você pode ser uma boa pessoa mesmo tendo o defeito do egoísmo, afinal, todos temos defeitos, e é exatamente isso que humaniza o Kirito.
Falando agora dos outros momentos que você citou:
3º episódio: Kirito ajuda a guilda depois de relutar bastante, e ao ser convidado para se juntar a ela, toma uma atitude egoísta ao esconder seu nível, sabendo que os membros não o aceitariam caso soubessem que ele era das linhas de frente. Não se preocupou com os sentimentos e com a segurança de outros pelo simples fato de ter se sentido acolhido.
4º episódio: Kirito ajuda Silica por motivos pessoais dele. Ele mesmo diz a ela que sentia saudades da irmã dele e que achava elas parecidas. E também, uma boa pessoa, mesmo egoísta, em hipótese alguma deixaria outro morrer tendo poder para protegê-lo.
5º/6º episódio: Kirito ajuda na investigação a pedido pessoal de Asuna. Investigação essa que simplesmente caiu no colo dele. Uma má caracterização colocaria ele pra cagar pra esse problema, e não para aceitar resolvê-lo.
7º episódio: Aqui você mesmo explicou que é em detrimento próprio. Não vejo relação em ele ser "de boa" e qualquer dos temas aqui abordados.
8º episódio: Ele tem sim envolvimento com a Asuna. Progressive conta a história detalhada deles, mas não tem nada a ver aqui. O Kirito na novel clássica já conhecia a Asuna pessoalmente mesmo.
9º episódio: Ele ajuda o Exército de Libertação de Aincrad ao enviá-los o mapa do calabouço, coisa que ele sempre fez, e coisa que mais pra frente você descobre que ele não fez com o intuito de ajudar ninguém, e sim de não sentir culpa pelas mortas indiretamente por ele, ou seja, mais uma vez em detrimento próprio.
12º episódio: Tenta ajudar pra encontrar os pais da Yui. E aqui você pode argumentar dizendo que o fato dele ter ajudado a Yui é incoerente em relação ao egoísmo, mas aplico as mesmas coisas que eu disse no exemplo da Silica. Você vê uma criança toda machucada e confusa no meio de uma floresta num jogo da morte? O que qualquer pessoa normal faria, sendo ela egoísta ou não?
Então, como eu disse, ele passa a genuinamente querer ajudar os outros unicamente pelo fato de ajudar muito aos pouquinhos, pra finalmente se tornar aquele cara gente boa e sábio que temos em Alicization, que tem mais conflitos pessoais relacionados a fraqueza pessoal do que a relações emotivas em si. A própria jornada dele com o Eugeo é muito mais pelo Eugeo do que por ele mesmo. Não havia garantia alguma de que ele iria conseguir voltar ao mundo humano. O que acontecia ali era que ele estava partindo em uma jornada com um parceiro, agora com um verdadeiro intuito de ajudar. E isso porque estamos falando de apenas um ponto desse desenvolvimento. O Kirito cresce em tantos pontos que eu mesmo, ao estudar sobre a obra, descubro coisas que anteriormente não havia reparado. Nós nem tocamos nas inúmeras promessas que ele fez desde Aincrad até a metade de Alicization. Promessas vazias, que ele não podia cumprir. Falarei um pouco a respeito delas:
"Você definitivamente vai poder voltar pro mundo real algum dia" -Kirito para Sachi.

"Eu tenho 99% de certeza de que o Death Gun é apenas um rumor. Eu vou ficar bem" -Kirito para Asuna.

"Vamos conseguir restaurar as memórias da Alice e vamos voltar pra Rulid com ela" -Kirito para Eugeo.

"Nós três vamos voltar juntos, sãos e salvos" -Kirito para Selka.
O Kirito vem fazendo essas promessas desde o começo, e isso vem como um choque quando vários dos companheiros dele morrem na batalha contra a Igreja do Axioma. SAO é uma história bem planejada. Tenha em mente que mesmo as promessas que ele fez em Alicization já são um reflexo de bom planejamento, visto que é um arco que começa no volume 9 e só vem a ter esse choque no 14, ou seja, são cinco livros inteiros pra uma coisa lá de trás de reflexo na frente. Isso é uma boa estrutura. E isso sem considerar as promessas anteriores, lá de Aincrad, Fairy Dance, etc.
Agora, voltando a um tópico que você tocou: o PTSD. Bom, você disse que o Kawahara não preparou isso "desde sempre", mas demonstrarei aqui o motivo pelo qual isso só se faz presente em Phantom Bullet. E, sim, mais uma vez, é coerente. Imagino que não lembre, mas há uma cena em que a Yui justifica o porquê dela ter sentido vontade de conhecer o Kirito e a Asuna. A Yui é uma IA do Sistema Cardinal criada com o intuito de servir de auxílio psicológico aos jogadores. Por isso, ela estava constantemente monitorando cada jogador, embora o sistema a impedisse de fazer seu trabalho como no Beta havia sido designada. A Yui resolveu ir conhecer o Kirito e a Asuna porque o estado psicológico deles naquele momento era totalmente diferente dos de todos os outros jogadores. Depois de tudo que eles passaram, eles finalmente pararam as vidas para poderem crescer juntos, e isso fez muito bem a eles, tanto que em inúmeros diálogos na cabana, a Asuna menciona que ela não veria problema mais se aquele jogo não conseguisse ser finalizado e que agora não vivia mais com medo. Enfim, o arco de Aincrad chega ao fim, mas o terror do jogo da morte não se esvai, porque como o Kirito mesmo diz, o jogo não acaba enquanto ele não conseguir tirar a Asuna do NerveGear. Ou seja, Fairy Dance não tem tempo de respirar.
É uma sequência extremamente dinâmica e por isso o sofrimento do Kirito não tem relação com o PTSD nesse arco, e sim com algo mais como crescimento pessoal e com a possibilidade dele conseguir salvar a Asuna ou não. Ora, com o fim de Fairy Dance, aí sim os conflitos de Aincrad tem um "fim"(coloco entre aspas porque diversas vezes, os conflitos de lá reaparecem de alguma forma ou tem algum reflexo mais pra frente) e aí sim o PTSD pode acabar tendo reflexos, porque agora sim o trauma acabou, e o PTSD é um transtorno pós-traumático, não um transtorno que acontece durante o trauma. E, bom, ligando com o que eu falei anteriormente, o gatilho para o PTSD é justamente um personagem do Caixão Sorridente. Como eu disse, conflitos de Aincrad que tem um reflexo na frente. E só concluindo com factuais pra reforçar o meu ponto: a web novel de SAO foi escrita em 2002. Você mesmo havia falado isso, mas você cometou uma gafe. De 2002 para 2009(da web novel para a light novel oficial), não houve apenas "pequenas adições", e sim, foi feita uma enorme revisão de todos os arcos. O arco de Phantom Bullet, por exemplo, foi totalmente reescrito. Pra reforçar isso, basta notar que, embora a história até Alicization Lasting(volume 18) já estivesse concluída em 2009, esse mesmo volume só veio a ser lançado em 2016, o que é uma janela de lançamento bem grande, visto que vários volumes de Alicization podiam se juntar e formar um só, por serem pequenos. Então não é uma inserção aleatória ou "do nada", já que todos os arcos desde o primeiro foram completamente reestruturados e replanejados na publicação da light novel oficial.
Você também tocou rapidamente no conceito de Incarnation e mais uma vez cometeu uma gafe. Ele não é um recurso "quase que exclusivo" do NerveGear. Ele é muito mais relacionado à Seed do que ao NerveGear/AmuSphere/STL. Isto é, sem considerar também que todos esses equipamentos tem a mesma base estrutural.
Quanto a algumas afirmativas rápidas que você fez, não vou me aprofundar muito e responderei elas de forma bem objetiva:
1- Incarnation não é um plot device usado só pra fazer o Kirito ganhar a luta contra o Kayaba. Ele é um conceito que chega até a ser filosófico, inserido na obra por meio de forshadowings, como a Asuna ultrapassando a velocidade limite do sistema(alguns cortados no anime, infelizmente), e trabalhado como um mistério por baixo dos panos até Alicization. Um caso parecido que eu gosto de citar é o do Haki do Rei em One Piece, que é um recuro introduzido de forma muito similar ao Incarnation e que também só vem a ser explicado muito tempo depois, o que demonstra um bom preparamento da obra.
2- Nem todas as garotas se apaixonam por ele, e na verdade, as que se apaixonam são minoria. Não te culpo por pensar na Silica, na Sinon, na Tiese, ou seja lá em quem for como interesse romântico, mas a verdade é que elas não são. E, bom, o anime tem algumas cenas originais que reforçam um pouquinho essa ideia, e não há um fã da obra que goste dessas cenas, mas mesmo analisando no contexto exclusivo do anime, elas não se apaixonam pelo Kirito. É só uma forçaçãozinha que os diretores gostam de fazer pra incitar shipps de vender mais, o que não as torna legitimamente apaixonadas. Apenas a ratio de personagens femininas é maior que a de masculinos, o que é mais similar a Steins;Gate do que a Zero no Tsukaima, por exemplo.
3- E aqui o clássico argumento do Gary Stu... Eu sinceramente não tenho muito saco pra discutir esse tópico em específico porque pra mim já é óbvio que ele não é um Gary Stu, mas como não considero nenhuma discussão irrelevante, acho que vale a pena só ligar com o que eu falei nas linhas acima. Não é porque um personagem é "fodão" ou forte que ele necessariamente é um Gary Stu, e isso por si só já faz a gente voltar pro debate anterior sobre o desenvolvimento dele. O Kirito seria sim um Gary Stu, se você ignorasse toda a jornada, o sofrimento e a evolução dele ao longo da obra. É como dizer que a Madoka é uma Mary Sue, desconsiderando tudo que aconteceu pra ela chegar no ponto que chegou no final da série de TV. Um exemplo de personagem Gary Stu é aquele protagonista de Isekai wa Smartphone, que, como fica claro ao consumir ambas as séries, é totalmente diferente de como o Kirito é abordado.
E agora, finalmente, um parágrafo a respeito do Kayaba. Como eu já havia preparado o terreno anteriormente, acredito que aqui as coisas fiquem simples de serem abordadas. Citarei aqui Tenshi no Tamago, uma obra que tive o prazer de conhecer recentemente, mas, novamente, caso não tenha assistido, não vou contar spoilers. Há uma cena em Tenshi no Tamago em que a garota(ela não tem nome) pergunta ao homem(também sem nome) quem ele é. Em seguida, o homem faz a mesma pergunta à garota. Ora, analisando superficialmente, não há muita informação nesse texto da obra. São simplesmente duas perguntas. Mas o fato é que essas duas perguntas dizem muito mais do que só "Quem é você?". Aqui temos o mesmo caso. O "Eu não sei" do Kayaba no final de Aincrad carrega muito mais do que um "curiosamente, ele havia esquecido". Como eu disse, isso é uma análise de extrema superficialidade... Diferentemente de alguns vilões questionáveis da série, o Kayaba não é um vilão ruim. Na verdade, ele é um vilão ótimo e que ainda nem chegou a ter o seu fechamento como personagem, visto que ele ainda é abordado e expandido nos arcos até hoje. Esse texto que eu estou fazendo não é a respeito do Kayaba, então não me aprofundarei muito nele aqui, mas só quero que repense esse tópico, pois o "Eu não sei" significa muito mais do que aparenta significar numa visão superficial, como o próprio Alicization justifica isso demonstrando flashbacks do Kayaba(e mais uma vez, a obra quer que você conclua coisas, não te explicar expositivamente tudo). Então, como eu disse anteriormente, SAO tem muita coisa implícita, muita coisa subentendida, e muita coisa de baixo dos panos.
E só justificando rapidamente a segunda e a terceira imagem, elas são sim sobre ele perceber algo importante, mas ele não havia citado isso especificamente no arco anterior porque isso é um reflexo do fim do arco anterior. Ao ter finalizado Aincrad, Kirito foi visto como o herói que terminou o jogo da morte, o que colocou ele num patamar onde pôde elevar o seu ego nas alturas, e o levou a falhar miseravelmente nessa cena que eu coloquei aí.
Na verdade, Progressive não é um retcon. Há um posfácio do Kawahara no primeiro volume de Progressive onde ele comenta a respeito disso. O que acontece não é exatamente o que você falou aí. Você disse que a novel original dava a entender que eles não se falavam desde o primeiro andar e que isso chegava a ser abordado pelo Agil num dos primeiros episódios de Aincrad, só que na verdade, temos alguns erros aqui, que imagino que tenham sido só problemas de lembrança mesmo. O Agil não dá a entender que eles não se falavam desde os priemiro andar, e sim comenta que o Kirito não se dava muito bem com a Asuna(vou tocar nisso mais pra frente). Dito isso, a obra não dá a entender que eles não se falavam direito desde o primeiro andar, o que ela dá a entender é que eles se conheciam, mas não se falavam. E isso porque a própria reunião contra o Kobold do primeiro andar já é material de Progressive, ou seja, não tava na história original. Ou seja, o que a história original da a entender é que eles não se falavam muito, mas se conheciam há um tempo, e isso é dito pelo próprio Kawahara no posfácio. O ponto de Progressive não é ser um retcon e descanonizar o original ou ser um universo alternativo. O ponto do Kawahara é que Progressive é canônico na série como um todo, e essa questão do Kirito e da Asuna é tratada como uma narrativa em abismo, e não como um retcon. Como você deve saber, o volume 1 da novel é narrado pelo próprio Kirito, quase como um diário, então há textos onde ele comenta que ele e a Asuna nunca haviam jantado sozinhos e coisas assim, mas é como eu disse, isso é considerado como uma narrativa em abismo(uma história dentro de uma história) justamente pelo Kirito ser o narrador. É tratado como um erro de memória.
E nisso, é importante destacar que o anime trabalhou muito bem. Por mais que eu tenha minhas desavenças com o episódio 2, ele por si só já demonstra que Progressive é canônico, já que mostra o Kirito e a Asuna se encontrando logo no primeiro andar. Ah, e quanto à frase do Agil, dada essa frase e a introdução da Asuna na novel clássica, é presumível que eventualmente vai haver uma separação entre eles na história de Progressive. Quer dizer, os eventos da clássica estão destinados a acontecerem, então a Asuna uma hora ou outra vai se juntar à KoB e deixar o Kirito, assim dando origem aos momentos do "solo player". Agora, como isso vai ser feito só esperando pra ver, mas imagino que vá acabar sendo uma briga, afinal, assim a frase do Agil faria total sentido. Então resumindo, as mudanças que são feitas em Progressive são justificadas por narrativa em abismo, e não são como um retcon que ignora o original.

---
Beleza, isso aqui eu acho que não ficou muito bem esclarecido entre nós antes de começarmos o debate aqui. Pra mim havia ficado claro que você já tinha lido a novel(não sei até que ponto), mas que achava o Kirito ruim em ambas as obras, tanto que tinha falado mal do Kawahara, então ligando os pontos, imaginei isso. Então, assim... Já que você disse isso, imagino que possamos acabar chegando num ponto em comum em algum momento, porque, deixando clara a minha opinião, eu vejo o Kirito da novel como um personagem excelente com todas as letras, e o Kirito do anime como um personagem decente, que por mais que tenha seus problemas, não é todo esse mal que as pessoas comentam. E, sim, o consenso da fandom é justamente não só que o volume 1 da novel é melhor que a adaptação do anime, mas que a novel como um todo é bem melhor que o anime. A gente faz questão de defender o anime porque normalmente ou são feitas ofensas ao material original com base no anime, ou as críticas feitas a ele são bizarramente erradas, como dá pra ver nesse vídeo de duas horas defendendo o anime de SAO, onde às vezes nem parece que o cara tá respondendo um argumento sério, de tão longe da realidade ou de quão subjeitvo o argumento do cara é: https://www.youtube.com/watch?v=W4RnPX1dhl8
YouTube
Virtual Axiom
Your Argument SUCKS: DXFan vs Sword Art Online | Part 1 - Aincrad

Dito isso, quero fazer algumas perguntas e ressalvas:
Primeiro, você considera o Kawahara um péssimo autor exclusivamente por causa do "vício narrativo"(não acho limitação intelectual um termo adequado) que você colocou na mesa? Porque se você não tem críticas ao Kirito da novel, presumo que você o considere um personagem no mínimo bem escrito, e assim imagino que pense quanto aos outros personagens que seguem(Asuna, Suguha, Sinon, Alice, Eugeo...). E aqui vai uma ressalva: já sabia desse pedido de desculpas, e sei que é algo bem comum por parte do Kawahara sempre pedir desculpas por alguma coisa. Até lá no volume 2 da novel clássica ele pede desculpas por todas as personagens principais das side stories serem garotas. O cara literalmente pensou que as pessoas poderiam interpretar mal as side stories, coisa que fazem até hoje(sdhgyarhuwsqeyurh) e pediu desculpas por isso. E, sim, concordo que um vício narrativo não é algo bom, mas repare que a própria atitude do Kawahara em pedir desculpas por isso já demonstra a preocupação dele com a obra, e não uma vontade compulsiva de vendas, como é a base pra diversas outras light novels escritas atualmente.
Isso sem contar a evolução própria que cada cena de assédio sexual na obra. Cada uma passa a ser mais bem trabalhada que a outra. No caso da de Fairy Dance, é basicamente um plot device simples. No caso da de Phantom Bullet, tem o contexto da paixão psicopática do vilão por trás, o que por si só já é melhor do que um simples plot device. No caso da de Alicization, tem todo um contexto prévio e diversos debates inseridos ali pra que toda a cena fosse bem trabalhada e estruturadinha, ou seja, nem é uma cena problemática de alguma forma, isso fora que eu ainda tenho que elogiar a direção do anime de Alicization nessa cena. O cara mandou particularmente melhor que o diretor antigo com todo o cuidado que ele teve com essa cena, embora ainda tenha feito a clássica cagada dele deixando um rosto caricato nos vilões. Concluíndo, o que quero demonstrar é que, diferente de você, que falou qeu não vê problema nenhum nessas cenas, eu vejo problemas individuais nelas(exceto na de Alicization), mas não na necessariamente na repetição, porque a melhora no trabalho em cada uma das cenas é progressiva. Então, sim, o autor evolui bastante ao longo dos volumes.
---
Não sei o que você quer dizer com "subliminarmente" nesse ponto, mas definitivamente não é isso que quero dizer kkkk. Como você disse, existem diversos(se é que essa palavra é suficiente, lol) monólogos, como esse que você citou, ou aqueles onde o Kirito questiona as motivações do caixão sorridente, e informações, como a respeito do jornal de Aincrad, ou do sistema de sexo dentro de SAO, que são completamente cortados no anime e nem mesmo deixados implícitos. Eu poderia continuar citando aqui outros que eu não falei no texto passado, como o sistema anti-assédio de Aincrad, mas acho que já ficou clara a minha opinião quanto à inferioridade do anime e superioridade da novel, e como você mesmo concorda com isso, não tem porquê eu ficar me reafirmando. O que quero dizer é que o sistema de divisão de xp especificamente, de todas as informações da novel, está sim no anime. Em que momento isso é abordado eu definitivamente não lembro, mas que é eu tenho certeza que é, até porque essa informação já existia na minha cabeça antes de eu sequer pensar em ler a novel, lá nas minhas primeiras assistidas do anime, em 2012~2014. Se você fizer questão, eu posso tentar procurar exatamente onde isso acontece, mas não sei se tô com saco pra fazer uma pesquisa agora, depois dessa semana inteira pesquisando sobre Maquiavel e os caralho kkkkkk, então provavelmente minha próxima resposta demoraria um pouco mais...

---
Sobre o parágrafo da Homura, eu apenas me reafirmei ali porque os argumentos que usei a respeito das pontes já tinham sido mencionados no primeiro texto ou foram abordados depois, então não havia porquê eu repetí-los ali. E só reafirmando outra coisa pra deixar claro aqui: lógico que não considero o Kirito do anime superior ou em igual qualidade à Homura em hipótese alguma. Sei que você provavelmente compreendeu isso, mas como essa discussão tá vazando bastante pra outros lugares, acho bom deixar isso claro aqui pra não me interpretarem mal de alguma forma.

---
Não entendo como você pode considerar como se eu estivesse provando seu ponto no parágrafo sobre os Moonlight Black Cats. Você disse que eles deveriam ser os personagens principais do arco num parágrafo onde visivelmente critica Reki Kawahara, então demonstro meu ponto pela estrutura da novel, afinal, você estava criticando o autor.

(Alteração aqui): logo acima, eu disse que não entendo como você poderia considerar que eu estivesse provando seu ponto, mas acabei de perceber o motivo dessa confusão ter sido causada. Acabou que eu respondi a parte da estrutura no meu texto passado, mas esqueci de responder a base do seu argumento. Peço perdão por isso. Resolvi colocar esse parágrafo aqui em vez de alterar a primeira frase do anterior pra não quebrar o fluxo natural, porque eu realmente não lembrei de responder esse ponto...

Enfim, respondendo ele... Você tá analisando de novo as coisas de forma muito superficial. Não é como se "A" justificativa seja o incidente com os Moonlight Black Cats, e sim o conjunto de tudo, tanto que no primeiro episódio(antes do incidente), já fica bem claro que o Kirito é uma pessoa solitária. Isso passa a se intensificar por causa dos acontecimentos no episódio 3, então definitivamente não é "A" justificativa, como você tava tratando.

---
Quanto ao Klein, acho que a questão do egoísmo justamente se põe à prova numa situação de vida ou morte. Num mundo de recursos extremamente escassos como Aincrad, se colocar na frente de todos, sozinho daquela forma é uma atitude egoísta. Lógico que há uma justificativa por trás disso, afinal, é uma situação de vida ou morte, mas é justamente isso que incomoda o Kirito e que o faz crescer: o fato de que essa atitude matou várias pessoas. O egoísmo não é simplesmente deixar de emprestar alguma coisa pra alguém ou deixar de ajudar alguém.

Agora vamos aos comentários sobre os episódios:
3º- Como eu disse, ele se juntou à guilda mesmo sabendo que eles não o aceitariam se soubessem que ele era um jogador das linhas de frente ou um beater. Ele só entrou porque escondeu o seu nível. Pessoas solitárias se sentem felizes quando têm atenção, e foi assim que o Kirito se sentiu, acolhido. A última frase do líder dos Moonlight Black Cats por si só já ilustra o que eu quero dizer: "Você era um beater... Você não tinha direito de estar junto da gente!"
4º- Aqui temos um problema. Eu me referi exclusivamente ao salvamento da Silica, como deixei claro na última frase. O que ele disse não foi uma mentira, ele só aproveitou daquilo pra se aproximar da Silica depois que descobriu a ligação dela com a Rosalia. Quanto à jornada pra salvar a Pina, que a parte à qual você se refere, é muito simples: como você mesmo disse, ele estava sendo pago e aproveitou para ajudar a Silica no "caminho", afinal, ele é uma pessoa boa. O egoísmo dele não foi posto à prova por ajudar a Silica. E quanto ao que ele fala ao confrontar a Rosalia, imagino que você esteja se referindo ao moralismo dele ao perguntar se ela imaginava como o líder da guilda se sentia. O ponto é que isso não é incoerente de forma alguma, olha só: o que uma pessoa boa e egoísta faria?

A) Ajudaria uma má causa gratuitamente

B) Ajudaria uma má causa sendo pago para isso

C) Ajudaria uma boa causa gratuitamente

D) Ajudaria uma boa causa sendo pago para isso

É claro que a resposta é a letra D... O Kirito, independente do egoísmo dele, continua vendo a Rosalia como moralmente errada, então eu não sei onde você quer chegar.
5º- Fica bem claro que eles já se conhecem há bastante tempo mesmo no anime. Como eu disse, não é como se alguém fosse cagar pra um assassinato que aconteceu na frente dele, muito menos a pedido de uma pessoa próxima. Quer dizer, isso fora o fato de que esse assassinato não é um PK qualquer, e sim um problema coletivo. Alguém supostamente havia sido assassinado numa zona segura. Fazendo um paralelo, é o mesmo caso do arco do ferreiro no segundo andar de Progressive. Um problema desses poderia eventualmente prejudicar o Kirito também.
8º- Eu me expressei aqui usando "novel clássica" porque você havia mencionado Progressive, mas quis dizer "linha clássica", perdão pelo desentendimento. No anime, da mesma forma que na novel, eles já tem sim envolvimento, como eu já disse lá no começo do texto.
9º- Parece que aqui eu acabei misturando o anime com a novel. Essa conclusão que eu apresentei não tá exposta no anime... Você pode ligar as pontas e chegar a essa conclusão, mas parece que isso não é 100% claro por lá mesmo, pelo menos não nas cenas que eu peguei. Vou colocar uma imagem mostrando o que o Kirito fala, justificando a entrega das informações, mas como eu falei, parece que isso realmente fica meio vago no anime, então você pode chegar a essa conclusão da novel ou não. Acho que não tem muito o que prosseguir nesse ponto mais. Eu já disse a minha opinião sobre o anime, então logicamente concordo que aqui a inferioridade em relação à novel se demonstra.

12º- Ah, sim, é que você falou que ele tenta ajudar a mulher que cuidava do orfanato, quando na verdade ele vai até ela pra procurar ajuda. Você se refere à mulher que bate na porta do orfanato, essa sim ele ajuda. Preciso fazer algumas ponderações aqui. Repara que essa é a cena onde o Kirito solta a famosa frase dele que diz: "Eu prefiro ajudar e me arrepender do que não ajudar e me arrepender." Mais uma vez, isso não entra em conflito com o que eu falei, visto que o problema cai no colo dele, não é como se ele estivesse distribuindo ajuda por aí. E o que um jogador de nível alto com boas intenções faria numa situação dessas? Repara também que, de todas as atitudes já mencionadas, essa é a mais "benevolente", já que ele não tá ganhando nada em troca dessa vez, o que é interessante, porque a ela está sendo tomada justamente no fim do arco de Aincrad, ou seja, quando ele já teve um crescimento considerável, e quando ele já tava junto com a Asuna como casal e com a Yui como filha, o que por si só já justifica bastante coisa nesse coraçãozinho amolado dele.

---
Sobre o Eugeo, como eu mesmo disse: "Não havia garantia alguma de que ele iria conseguir voltar ao mundo humano." Claro que o Kirito queria de alguma forma contatar o Kikouka, mas a jornada era completamente incerta, o objetivo sólido era encontrar a Alice, ou seja, a missão do Eugeo. E, sim, o Kirito não tinha memórias de sua interação passada com ele, mas repara que isso nunca o impediu de ajudá-lo. Desde o começo com todos os primeiros quatro episódios pra derrubar o giga cedro, até a jornada em busca da Alice em si.

---
O que quero apontar com a questão das promessas é uma consistência nos erros que o Kirito vem cometendo desde o começo, e como isso é importante pro choque dele no final da luta contra a Quinella e pra a volta dele no volume 18, não adaptado ainda. Elas são uma mania pessoal do personagem e estão presentes ali desde o começo de Aincrad, e elas sempre trazem consequências, sendo elas pra ele ou para as pessoas ao redor dele.

---
A respeito do PTSD, como eu falei, a questão da Yui é de extrema importância aqui. Não sei se você compreendeu o meu ponto, mas pelas suas conclusões, já dá pra chegar nele. O PTSD do Kirito não é relacionado ao fato dele ter ficado preso em SAO, até porque, como eu falei na parte em que abordei a questão da Yui, o estado psicológico dele e da Asuna era diferente do estado psicológico do player médio de SAO. O PTSD do Kirito é relacionado aos problemas que ele teve com o caixão sorridente, principalmente quanto àquela invasão da base deles(que, só fazendo um comentário avulso, já tem forshadowings brabos pro volume 18, ainda não adaptado), e por isso, só vem a se manifestar depois, naquela cena tensa de Phantom Bullet, onde ele reencontra o Death Gun. A consequência(PTSD) é relacionada à causa, que são os conflitos com o Caixão Sorridente, e não a prisão dentro de Aincrad. Por isso a Yui é tão importante e por isso eu vivo falando que SAO joga várias coisas pra você tirar a conclusão. A ideia é que você ligue uma informação à outra, e não te entregar tudo de forma não natural, mas acaba que muita gente simplesmente não faz a relação.

---
Sobre as mudanças da Web Novel pra a Light Novel oficial, isso tá escrito no posfácio do Kawahara no volume 6(final do arco de Phantom Bullet). Vou colocar uma imagem aqui.

Não sei o que você quis dizer ao falar que se referiu a Progressive. O que eu disse não tinha nada a ver com a relação que você fez a Progressive, eu apenas linkei com o que você havia falado sobre a linha original da Light Novel ter sido lançada com pequenas adições e disse que não era bem assim pra reforçar o meu ponto sobre a obra ser bem preparada.

---
Quanto ao conceito de Incarnation, eu não relacionei efetivamente o uso dele no primeiro arco com o uso em Alicization porque não era essa a intenção do texto. Apenas te dei uma resposta rápida para uma asserção rápida que você fez. A gente até pode mudar o tema do debate pra Incarnation, mas acho que juntar com o tema atual não vai funcionar muito bem.

Dito isso, se quiser ver mais a fundo como funciona essa questão, recomendo muito esse vídeo aqui, ele trabalha muito bem nesse tópico específico e explica bem essa relação, tirando o terceiro tipo de Incarnation, que se faz presente em Accel World, então não vem muito ao caso aqui: https://www.youtube.com/watch?v=2iUPo275TI4

Mas, não, não é um plot-hole, e, sim, há diferenças entre o que acontece em Aincrad e o que acontece em Alicization, afinal, como você mesmo falou, um é em nível cerebral e o outro é em nível quântico.
YouTube
Gamerturk
INCARNATION! What is it? How does it work? - Sword Art Online EXPLA...

---
Fico feliz que pelo menos você não citou a Sachi, a Silica, a Yui(sim, eu já ouvi isso), ou seja lá quem for. Quanto à Suguha e à Lisbeth, sim, elas se apaixonaram pelo Kirito!

Isso sendo que a Suguha tem todo um arco de desenvolvimento dela focado nisso, então eu genuinamente não sei como alguém pode visualizar isso ou ela como um problema, visto que a própria conclusão do desenvolvimento dela é baseado em superar essa paixão e passar a ver e admirar o Kirito como ele é pra ela, ou seja, como um irmão.

A Lisbeth não chega a ter um arco de desenvolvimento como a Suguha tem, mas fica claro que a conclusão do episódio dela é completamente relacionada à Asuna e bem simples, por sinal. Ora, se ela gostou de um garoto, mas depois descobriu que uma amiga dela já estava junto com esse garoto, ela não tem nada a fazer a não ser esquecer isso e respeitar a relação deles, e é exatamente isso que ela faz. O drama dela com relação ao Kirito não tem nenhuma continuidade na narrativa simplesmente porque ele acabou, embora ela tenha um crush nele, e essa é a magia.

Quanto à Sinon, isso é basicamente um headcanon, tanto que o próprio spin-off da série ironiza isso kkkkk

---
O tópico a respeito de Gary Stu já é automaticamente discutido no meio aqui, então não faz muito sentido isolar essa discussão, por isso me sustentei no que já havia falado.

---
Não quis dizer que o Kayaba "se esqueceu de quem era" de forma alguma. Citei Tenshi no Tamago pra demonstrar o quão significante pode ser uma asserção ou um questionamento aparentemente tão "vazio". O propósito dele ao fazer um jogo da morte já está claro desde o primeiro episódio, como vou mostrar nas imagens a seguir. O fato dele ter "esquecido" no final do arco é justamente uma asserção aparentemente "vazia", mas que diz muitas coisas. O Kayaba queria brincar de Deus. Ele tinha algo parecido com um complexo de Deus, ou delírios de grandeza, se assim posso dizer. Aquele diálogo dele com o Kirito e com a Asuna no final de Aincrad demonstra que houve uma clara desconstrução dele ao longo da sua infância, quando sonhava com um castelo flutuando nos céus, até passar pela sua fase de desenvolvedor, quando estava no projeto do NerveGear e de SAO, e até chegar a SAO em si, quando lutou ao lado de todas aquelas pessoas que queriam com todas as forças se libertar daquele lugar(algumas não queriam, mas o Kayaba lutava nas linhas de frente, onde majoritariamente esse era o desejo popular). Tá vendo como ele é minuciosamente trabalhado? E isso porque não tá nem fechado ainda. Unital Ring, o último arco, pelo visto vai vir com tudo justamente pra fechar esse longo arco do Kayaba, que vem sendo trabalhado pouco a pouco desde o começo da obra.
PrataSZ Apr 2, 2020 7:00 AM
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⣀⣴⠶⠛⠛⠛⠛⠙⠛⣻⣶⣄⡀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⢀⣾⣟⢻⣦⣶⣶⠀⠀⠀⠘⠿⣭⣙⣿⣄⠀⠀⠀⠀⠀⠀
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⢀⣿⠟⠉⠋⠁⠉⢁⣀⣾⢷⣤⡀⠀⠀⠀⠹⣦⡀⠀⠀⠀⠀
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⢸⡏⠀⢀⣠⣶⣦⣾⣿⡟⠸⢻⣿⣿⣿⡄⣰⡿⡏⠀⠀⠀⠀
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⢸⣷⢠⣿⢿⡼⠯⣭⣟⣀⠀⢀⣈⣬⡽⣿⡟⡇⠀⠀⠀⠀⠀
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⣿⣾⣿⣏⠰⠻⡿⠏⠁⠀⠚⣿⡿⠖⣿⡃⠁⠀⠀⠀⠀⠀
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⢿⣴⡏⠙⣦⠀⠀⠀⠀⢠⡀⠀⠀⣸⣿⠃⠀⠀⠀⠀⠀⠀
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠉⠻⣼⣇⠀⠀⢀⣉⠀⠀⣴⠏⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⢸⡿⢦⣀⡈⠁⣠⠾⠃⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⢠⡾⢻⡾⠁⠀⠙⠛⣿⣵⣤⡀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⣠⡤⣿⠀⠘⣷⠛⠦⣤⢴⡟⠻⡏⢳⣄⡀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
⠀⠀⠀⠀⢀⡴⠞⠁⢠⡿⠀⠀⢿⡛⠶⠄⠀⢻⢿⡇⡀⢻⣿⢦⣀⠀⠀⠀⠀⠀
⠀⠀⢀⣶⠋⠀⠀⠀⣾⣃⣴⡯⢾⢿⣶⣶⣶⣶⣺⡟⣷⣶⡛⢶⡍⢳⣄⠀⠀⠀
⠀⠀⣿⠙⠳⢦⣄⠀⠉⢩⡀⠰⣿⠾⠋⢻⣭⣤⣿⡘⣿⡿⠃⢸⣧⡄⠙⣧⠀⠀
⠀⠀⣿⣇⠈⣷⢀⠻⣆⢸⣧⡞⠁⠀⠀⢰⣷⣬⡷⣧⣸⣿⡆⣼⣽⢀⣾⠻⠆⠀
⠀⢰⠏⠹⣆⠘⣏⠓⣽⠟⠁⠀⠀⠀⠀⣰⣶⠟⠷⢿⡧⠼⣷⣯⣿⠾⣁⠀⣀⠀
⠀⣿⠀⢠⠿⠀⢘⡿⠃⠀⣤⣶⠶⠿⠿⠟⢻⡄⠀⢸⡇⠀⠀⢰⣿⣿⠃⠀⣿⠀
⠀⡿⠀⢹⡄⣠⠞⢁⣤⣾⡟⠁⠀⠀⠀⠀⣸⠃⠀⠸⣧⣀⣀⣼⣽⣧⠄⠀⢻⡀
⢰⣇⣴⣶⠟⣡⡴⠛⣱⡿⣄⠀⠀⠀⠀⠀⣿⠀⠀⠀⠀⠉⣹⠟⡅⠀⠀⠀⠈⣇
⠈⠉⣿⠷⠋⠉⠀⢰⡟⠒⠋⠀⠀⠀⠀⠀⢿⠀⠀⠀⠀⠀⣿⠀⣽⠶⠦⣤⠶⠋
PrataSZ Mar 26, 2020 11:55 AM
me empresta uma grana
PrataSZ Mar 21, 2020 1:22 PM
⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣿⡿⠿⠿⠿⣿⣿⣿⣿⣿⡟⠛⢿⣿⣿⡟⠛⣿⣿⣿⡟⠉⠁⣀⡀⠙⣿⣿⣿
⣿⣿⣿⣿⣿⣿⠛⠉⠉⣻⣿⣿⣿⠟⠛⠉⠉⠉⠛⢿⡟⠄⢀⠤⠄⢀⣿⣿⣿⣿⣿⡇⠄⠘⣿⣿⠁⢠⣿⡿⠋⢀⣴⣴⣿⡟⠄⣾⣿⣿
⣿⣿⣿⣿⡿⠁⢠⣿⣿⣿⣿⣿⡇⠄⣶⣶⣿⣷⠆⢘⣿⠄⠄⠄⠲⣿⣿⣿⣿⣿⣿⠇⢀⡀⠸⡏⠄⣾⣿⠁⢰⣿⣿⣿⡿⠄⢰⣿⣿⣿
⣿⣿⣿⣿⣷⠄⠸⣿⣿⣿⣿⣿⣧⠄⠹⣿⣿⠏⠄⣼⣿⠄⢸⣷⣤⣀⠈⠙⠿⣿⣿⠄⢸⣧⠄⠄⢸⣿⣿⠄⠸⠿⠿⠋⠁⣰⣿⣿⣿⣿
⣿⣿⣿⣿⣿⣷⣤⣀⣀⣀⣀⣸⣿⣷⣤⣀⣀⣤⣾⣿⣿⣤⣼⣿⣿⣿⣿⣶⣄⣼⣿⡀⢸⣿⣦⣀⣾⣿⣿⣷⣤⣤⣤⣴⣾⣿⣿⣿⣿⣿
PrataSZ Dec 28, 2019 11:48 AM
garai me zuo kkkkkkkkkkkkkkkkk
PrataSZ Dec 28, 2019 11:30 AM
Muito judaico
NinjaVoadorNegro Dec 15, 2019 6:38 PM
Tu Também Ta Lendo Nagatoro Mano, E Ai Ta Gostando??
Macarron Apr 1, 2017 12:20 PM
Obrigado por aceitar!
guisande Sep 11, 2016 4:41 PM
Eu acompanho o mangá sim. Ele fica bem melhor mais para frente, tem uns torneios e outras coisas para treinar os personagens, normal desses shonens, mas com a chegada de alguns vilões e alguns acontecimentos, a coisa fica bem mais interessante. Aquela invasão de vilões do anime é fichinha perto de outras coisas que acontecem.

É possível que a segunda temporada não seja tão boa quanto a primeira, ou então no mesmo nível, mas caso ela seja de 24 episódios ou caso confirmem mais temporadas, pode ficar bem animado.
It’s time to ditch the text file.
Keep track of your anime easily by creating your own list.
Sign Up Login